domingo, 15 de novembro de 2015

Princípio das dores




Jesus, na Bíblia, disse que haveriam guerras, catástrofes e muitos sinais dos fins dos tempos. Disse para que não nos assustássemos, pois seriam estes apenas o princípio das dores (Mt 24: 4-9). O Apóstolo Paulo, citando a mesma situação em I Ts 5: 3, cita a expressão “dores de parto”. Em ambos os casos, falando das profecias com relação ao fim dos tempos, das catástrofes que ocorrerão. É como se o processo do fim dos tempos fosse algo como o trabalho de parto de uma mulher.
Ora, uma mulher grávida, quando entra em trabalho de parto, começa a ter as contrações e as dores em tempos espaçados. Primeiro um dia ou outro, depois 1 vez por dia, depois a cada 2 horas... mas o médico diz que só precisa se preocupar quando as contrações (e as dores) passam a acontecer em intervalos regulares de 5 minutos. Muitos casais de primeira viagem vão ao médico algumas vezes quando ocorrem essas dores. Mas são só o princípio. As dores mesmos ficam intensas quando ocorrem a cada 5 minutos. Neste momento, mal dá tempo de respirar e se recuperar da última contração, quando já recomeça outra. Então está quase na hora de dar à luz. Esta metáfora das dores de parto e dar à luz aparecem na Bíblia em I Ts, depois em Apocalipse (12: 2, 4). Creio que o Senhor Jesus está tentando nos mostrar como devemos interpretar os sinais do fim dos tempos.
No caso de uma mulher grávida, quando começam as primeira contrações, quando está no princípio das dores de parto, se for o primeiro filho dela, ela pensa que são dores fortes. Mas ela ainda não conhece as dores quando realmente o bebê está para nascer. Nem conhece também as dores do momento em si de dar à luz. Quando chega realmente o momento e ela sente as dores do momento de dar à luz, então percebe que aquelas primeiras eram apenas o princípio das dores. Ela não sabia ainda, mas viriam dores maiores.
Jesus usa esta metáfora para explicar o fim dos tempos. Mt 24: 5-8 “5Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; 8porém tudo isto é o princípio das dores.” Muitas coisas acontecerão e muitos ficarão assustados com a intensidade e variedade de catástrofes acontecendo. Problemas naturais, sociais, eclesiásticos etc. Guerras, fomes, terremotos. Mas Jesus mesmo disse “não vos assusteis”. Como um médico a falar para uma mulher grávida: “calma, marque o tempo das contrações, só venha o hospital quando elas tiverem um intervalo de 5 minutos de uma para a outra”. Embora todas essas coisas nos deixem espantados, de acordo com Jesus, não deveríamos nos assustar. Seriam apenas o princípio das dores.
Mas Jesus avisou isso tudo para que servisse de sinais para nós. Ao ver isso tudo, poderíamos perceber que a hora estaria chegando. Opa, as contrações estão ficando mais frequentes.
Estamos vendo catástrofes no mundo nos últimos tempos. Catástrofes naturais (terremotos, aquecimento global, tsunamis, aumento da atividade solar com explosões etc.), catástrofes sociais (corrupção, tragédias ocorridas por causa da ganância do ser humano, como o recente rompimento da barragem em Mariana-MG, desigualdade social etc.), catastrofes na igreja (falsos profetas, apostasia, abandono do primeiro amor etc.). Tudo isso estava previsto. Tudo foi previsto por Jesus para que soubéssemos que tudo está sob o controle dele. Mas é tudo o princípio das dores.
Muitas coisas são o princípio das dores. Mas quando começam a ficar de 5 em 5 minutos. Estas últimas semanas vimos muita coisa no noticiário: É tragédia em Mariana-MG, Atentado em Paris, Terremoto no Japão, corrupção, assassinatos e por aí vai.
Chegará um tempo em que os noticiários não darão conta de noticiar tudo adequadamente e já ocorrerá outra catástrofe para noticiar. Antes de terminar de cobrir os assuntos relacionados a uma, virá outra. Como nesta sequência, destas últimas 2 semanas. Está cada vez mais próximo o tempo em que as contrações serão de 5 em 5 minutos. Logo veremos uma tragédia atrás da outra, sem tempo de recuperar o fôlego, como uma mulher que não tem mais tempo de recuperar o fôlego entre uma contração e outra.
Quando chegar este momento, de uma verdadeira dor de parto, aquela que a mulher sente quando está dando à luz, então será como Jesus disse em outra parte: “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.” (Mateus 24: 21). Um sofrimento inigualável. Algo sem precedentes. Então, entenderemos que as guerras e outras catástrofes que vínhamos vendo ultimamente eram apenas o princípio das dores.
Dois outros profetas já haviam dito isto antes: “dia de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e negridão! Como a alva por sobre os montes, assim se difunde um povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.” (Joel 2: 2) e “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.” (Daniel 12: 1).
Daí, já não será mais o princípio das dores …


Pr. Lucas Durigon

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sábado, 30 de maio de 2015

A árvore do Éden precisava estar lá?

Se Deus sabia que o homem ia pecar, 
por que colocou a árvore no meio do jardim 
que não podia tocar?



Se Deus já sabia, antes de acontecer, que o homem iria pecar, não teria sido melhor, mais fácil para todos se Ele nem tivesse colocado aquela árvore no meio do jardim? Afinal, se ele não tivesse colocado aquela árvore ali, o homem com certeza não teria como pecar. Por que Deus precisaria “testar o homem”?
Este tipo de pergunta muitos fazem por pensar que a solução para os problemas da humanidade seria não haver cometido aquele primeiro pecado. E, se Deus não tivesse dado alguma coisa que pudesse fazer o homem pecar, então o pecado não existiria e, consequentemente, nada de ruim do que conhecemos na humanidade existiria.
Muitos dizem que Deus “se arriscou” muito ao dar este tipo de teste ao homem.
Mas será mesmo?
Deus disse assim na Bíblia, em Gênesis 2: “7Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. 8E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. 9Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. … 15Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. 16E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Então foi Deus quem fez o jardim, quem fez o homem, colocou ele no meio do jardim. Deu tudo o mais para o homem e o proibiu de apenas 1 coisa: da árvore da ciência do bem e do mal. Além de todas as árvores e tudo o que Deus havia feito para o homem, fez também a árvore da vida. Ou seja, colocou ali a escolha para o homem: a árvore da vida, e a árvore da ciência do bem e do mal, aquela que se o homem comesse do seu fruto, morreria! Pode-se dizer que Deus colocou ali perante o homem uma escolha, entre a vida e a morte (simbolizadas em duas árvores).
Neste momento de Gênesis, Deus já poderia ter dito o que disse em Deuteronômio 30: 19 “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,” Isso que Deus propõe ao homem foi dito em Deuteronômio, depois de dar ao homem a sua lei. Depois de dizer, em detalhes, o que o homem deveria ou não fazer. O que era permitido ou não: por exemplo, não poderia matar. Nem adorar outros deuses. E outras coisas. Em Deuteronômio, Deus propõe claramente uma escolha. Fala de forma explícita. Vida ou morte. E dá um conselho: escolhe a vida. Mas em Gênesis, embora a linguagem, a forma de dizer tenha sido simbólica (na figura de 2 árvores), o que Deus disse foi a mesma coisa: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Eu diria até que a opção dada ao homem em Gênesis foi infinitamente mais generosa. Tinha apenas 1 que não podia. Mas todas as outras estavam permitidas ao homem. Inclusive a árvore da vida. Ele só proibiu a árvore da vida ao homem depois de Adão e Eva terem cometido pecado: Gênesis 3: 22-24 “22Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. 24E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Mas mesmo com tantas opções, qual foi justamente a que Adão e Eva escolheram? Foi aquela que não podia. A proibida. Sabemos que a serpente, satanás, levou Eva a comer o fruto, através de mentiras e mostrando aparências. E Eva levou Adão a comer também. Logo após isso, Deus vem em direção ao homem, que se esconde e Deus pergunta a Adão se ele tinha comido do fruto. Isso porque Adão não confessou logo o que tinha feito, quando Deus lhe perguntou onde ele estava.
O fruto proibido representava a Lei de Deus naquele início. Deus não havia enviado os 10 mandamentos, nem dado outras ordens. Apenas 1: não comer do fruto. Era uma orientação clara e simples para que Adão soubesse o que poderia fazer (crescer, multiplicar, comer de todo o resto, desfrutar do jardim do Éden, inclusive da Árvore da Vida etc.) e o que não poderia fazer (comer daquela árvore específica). Se Deus não desse uma lei, não faria sentido limitar o homem em suas atitudes. A limitação, a “cerca” para as atitudes do homem foi colocada antes e avisada. Bastava ao homem respeitar esse limite.
Esta limitação significava dizer que Deus queria manter em ordem as coisas, deixando claro quem é que mandava ali. Deus precisava deixar claro que Ele ainda continuava sendo Deus, mesmo tendo dado tanta liberdade ao homem. Deus queria deixar claro que Ele, o criador, ainda comandava as coisas. E, se é assim, foi justo e bom, da parte de Deus, deixar isso claro. O que não seria justo é ter o poder de mandar (como Deus tem), não avisar ao homem e pegar o homem de surpresa a cada desobediência feita. Imagine que não houvesse aquela proibição, clara e específica. Então o homem começasse a comer alguns frutos. Mas de repente Deus falasse, de supresa: “não Adão. Esse não pode!” e Adão fosse pego de surpresa, largasse assustado o fruto e fosse comer outro. Mas Deus também falasse: “Não, Adão. Esse também não!” Depois da 5ª ou 7ª tentativa, Adão poderia ter dito: “Puxa vida, Deus. Então me diz o que pode e o que não pode!” Adão teria pedido para Deus lhe impor a lei. A regra.
Mas se fosse assim, tudo de surpresa, sem aviso prévio, então o homem poderia se sentir inseguro, sempre se perguntando: “será que esse pode ou não?” Poderia ser que o homem começasse a ter dúvidas, a não querer experimentar nada. Mas Deus não fez isso. Seria sarcástico, da parte de Deus, se tivesse feito assim. Deus deixou claro, logo no início, o que não poderia. E era apenas 1 item. Todo o resto era permitido. Era como se o Senhor dissesse: “Adão, isso não pode. Mas fique à vontade quanto ao resto”. O problema é que o homem desprezou o resto, inclusive a Árvore da Vida. E escolheu justamente o que não podia. Essa tem sido a tendência de escolha do homem a cada dia, de cada homem na face da terra, ao longo de sua história sobre a terra.
Adão poderia se confundir com o Criador. Mesmo depois de ter feito tudo para o homem (o mundo), de ter liberado tudo para o homem (tudo o que havia no jardim), depois de ter dado o domínio ao homem, de dar ao homem a honra de escolher o nome de cada ente da criação, este poderia pensar que podia tudo e que não havia limites para o que intentasse fazer. No episódio da torre de babel, Deus diz em Gênesis 11: 6 “e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.”. Se Deus não tivesse limitado Adão, este poderia pensar que poderia tudo. No futuro, com as pessoas que começaram a construir a Torre de Babel, foi exatamente isso que aconteceu.
Muitos perguntam hoje se pode haver uma moralidade, uma limitação moral, se Deus sequer existisse. Muitos ateus dizem ser possível ter uma atitude moral sem que Deus faça parte disso. Na bíblia, temos alguns exemplos de que deixar o homem livre o torna pecador.
Se Deus não tivesse colocado limites, se não tivesse proibido o homem de comer o fruto proibido, se não tivesse deixado claro quais eram as regras e as punições se fossem desobedecidas, então Deus seria injusto. Teria sido injusto cobrar do homem por algo que o homem nem sabia ser proibido. Mas também possibilitou outro exemplo, para mostrar o que o homem faria se o Senhor não o tivesse limitado.
Vamos imaginar agora se aquel árvore não estivesse ali. Talvez o homem permanecesse um tempo sem pecar. Mas no futuro poderia cometer um pecado, digamos um assassinato como Caim fez com Abel. Então, se Deus resolvesse punir o homem por algo assim, Adão poderia responder: “Ei, Deus, espera um pouco. Quem disse que eu não posso matar alguém? Ninguém nunca me proibiu disso.” Neste caso, se nunca tivesse havido um limite da parte de Deus, deixando claro que se o homem transgredir esse limite ele seria punido, então Adão poderia dizer não ser justo da parte de Deus receber uma punição por algo que ele não sabia, que ele não foi avisado.

Mas permanece a pergunta: Não seria melhor se Deus não tivesse dado nenhum aviso ao homem? Deixasse ele livre para viver? Talvez aí o homem não tivesse cometido pecado nenhum. Alguns podem dizer: “será que não foi o fato de Deus ter falado que não podia que teria despertado a curiosidade no homem?” Alguns querem colocar a culpa em Deus pelo pecado do homem: “foi Deus quem despertou a curiosidade de Adão e Eva quando disse que não podiam tocar no fruto”. Mas, para isso, temos outro exemplo na Bíblia. Depois do pecado ter entrado no mundo através da desobediência, vemos o relato de que Caim matou Abel em Gênesis 4: 8-16. Neste caso, Deus não havia “despertado a curiosidade” de Caim. Nem a serpente veio a ele para lhe influenciar. Mas Caim mesmo, motivado pelo sentimento que nasceu e cresceu em seu coração, matou seu irmão.
E interessante é que Deus, depois do ato de Caim, fez a ele o mesmo tipo de pergunta que tinha feito a Adão: “onde está?” Neste caso, podemos observar que Caim não se escondeu. Mas matou seu irmão e ficou por ali. Deus então perguntou onde estaria Abel? E Caim sequer responde a Deus que estava com medo e havia se escondido. Ele não teve vergonha, medo, nem se escondeu. Ele “encarou” Deus!
O que fez Caim não sentir vergonha de Deus? Ele não havia recebido a advertência de Deus para não fazer o que fez. E, quando o fez, não teve vergonha, medo de Deus nem arrependimento. Teria Caim pensado que, porque Deus não proibiu, então não era proibido?
Temos dois exemplos logo nos primeiros capítulos de Gênesis, mostrando que a tendência do coração do homem é ao pecado, seja influenciado por satanás ou por sua própria concupiscência. No primeiro exemplo, com Adão e Eva, Deus dando uma proibição. No segundo exemplo, com Caim e Abel, sem que Deus tenha feito qualquer advertência. Nos dois casos, o homem se deu ao pecado.

O que Deus queria mostrar? Não teria feito diferença, quanto a cometer pecado, se o homem recebesse ou não uma advertência, uma ordem. O fato é que o pecado sempre fez parte da vida do homem. Ele tende ao pecado, por influência de satanás ou por vontade própria. Deus colocar o fruto ali, no jardim, para dar os limites ao homem, lembrar-lhe quem é que manda e deixar claro que a punição era devido a uma transgressão bem definida foi um ato de amor da parte de Deus. Sem isso, o homem estaria perdido, literalmente sem rumo ou sem saber o que fazer. A árvore no jardim (1 proibida), com tantas outras permitidas, mostra a graça e a misericórdia de um Deus que deseja dar tudo ao homem, só pede obediência e reverência. 
Até hoje é assim.

Pr. Lucas Durigon

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pedi... Buscai... Batei...



Permita-me tomar o texto “pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” de sua citação que ocorre em Mateus 7: 7. Ele é também citado em Lucas, dentro de uma parábola dita por Jesus, mas gostaria de compartilhar a sua citação que ocorre em Mateus.
Veja só. Para entender um texto bíblico, devemos sempre ter em mente o contexto. O que ocorre antes de depois de um determinado texto ser citado. Existe o contexto imediato (texto próximo, mesmo capítulo) e o contexto geral (o livro onde ocorre, a bíblia como um todo). E, temos de lembrar que, ao escrever o texto bíblico, o autor (neste caso Mateus), não a dividiu em capítulos e versículos, muito menos aqueles títulos que as modernas edições da bíblia têm e que já vi alguns pastores desavisados usarem até como definição de pregação.
Para entender um pouco melhor este versículo (Mt 7: 7), precisamos começar em 6: 19, quando começa o trecho que trata deste mesmo assunto e ir até 7: 23. Em Mt 6: 19 começa dizendo “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam, 20. mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam”. Bem, Jesus começa deixando claro que existe uma diferença entre as coisas do céu e as da terra. Existe uma diferença entre o Reino de Deus e o do deste mundo. Mas deixa claro que “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (vs 21), ou seja, colocamos nosso coração naquilo que damos importância. Talvez no dinheiro, prestígio, posição social ou fama etc. Mas talvez coloquemos no Reino de Deus e a sua justiça, para que as outras coisas (necessidades materiais), nos sejam acrescentadas (vs 33).
A comida, a bebida e as necessidades materiais são buscadas pelos gentios, mas nosso pai sabe que precisamos delas (vs 31-32). Ou seja, não precisamos nos preocupar, inquietar com estas coisas. É consequência natural de uma vida que busca primeiro o reino de Deus.

Mas Jesus continua sua pregação do Sermão do Monte, um pouco dialética neste ponto, fazendo distinção entre o bem e o mal, a luz e as trevas (vs. 23: se teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!), entre a porta estreita e a porta larga (vs 13-14), entre a árvore boa e a ruim (vs 16-20), entre os verdadeiros e os falsos profetas. E nos dá sinais e sintomas para reconhecermos o verdadeiro do falso, o bom do ruim, e para escolhermos corretamente, embora deixe à nossa disposição a escolha (podemos escolher o mal, se os nossos olhos quiserem os tesouros desta terra e atentar para isso, e forem trevas).
Então, é bom entender que o contexto deste versículo é todo este trecho: “Pedi e dar-se-vos-á...”, mas se meu olho for mau e eu quiser juntar tesouros nesta terra, que tipo de pedido farei? Ou a quem farei este pedido? Perceba que o versículo 9 diz “e qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?” e perceba que este versículo é uma clara e direta alusão à tentação de Jesus, quando o diabo lhe ofereceu pedra, a fim de que Jesus usasse seu poder, para transformar em pão. O que o diabo fez? Disse para Jesus: eu tenho pedra, mas se você orar, se se esforçar, se “fizer um voto”, ops, isso não, mas foi quase, ou seja, se você, Jesus, fizer algo, pode pegar esta pedra que estou lhe oferecendo e fazer isso virar em pão. Deixe eu parafrasear: “Você meu irmão, pode pegar este envelope, colocar seu esforço aqui dentro, ops, é sacrifício que o pessoal fala, né, e o que você necessita virá”. Você precisa de pão, mas no fim das contas, lhe é oferecida uma pedra, para que você faça sua parte e a transforme em pão.
No texto de Lucas, isso é dito em forma de insistência, importunação. Tanto que foi pedido o pão para o amigo, que este lhe deu por causa da importunação. Mas espera aí, Jesus não disse um pouco antes, em Mt 6: 7 que não seria por muito falarem, ou por usar repetição, que seria ouvido?
Como agora Ele nos diz que devemos insistir, pedir, bater, até conseguir? Jesus mudou de ideia. Será que Jesus não sabe direito o que está falando? Claro que não é isso.
Na verdade, Este versículo “pedi e dar-se-vos-á, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á” é um alerta, não uma orientação. Ele não está dizendo que é assim que devemos fazer. Quando Jesus fala de oração, diz que tudo o que pedirmos em nome de Jesus, Ele nos faria (não vou entrar em detalhes sobre o que significa orar “em nome de Jesus”).
Quem se preocupa e se inquieta pelas necessidades materiais? Os gentios. Compare Mt 6, versos 8 com o 32. E o servo de Deus? Busca o Reino.
Então, o que Jesus quer dizer com os versos 7 e 8? É um alerta: Se você pedir, poderá receber. Se buscar, vai encontrar, se bater, lhe será aberta. Tem um ditado que diz “quem procura, acha”, mas o ditado popular refere-se a problemas. Jesus está dizendo que se insistirmos muito em pedir aquilo que Deus já sabe que necessitamos e que virá a nós como consequência de colocarmos o Reino de Deus em primeiro lugar, poderemos correr o risco de não estar pedindo a coisa certa, à pessoa certa.
Mas como saber? Jesus ensina. Ele mostra que o Pai dá boas coisas aos seus filhos. Mas se meu olho for trevas, como saberei enxergar as coisas boas? Se servir a Mamom, aborrecerei a Deus. Se desejar as riquezas, não desejarei “negar-me a mim mesmo”.
Então Jesus está ensinando que devemos saber o que devemos pedir. E o que devemos pedir? O Espírito Santo. O discernimento, o poder e a unção. Para quê? Ficar rodando e pulando na igreja? Ah, vai dormir. Pra ter ousadia de falar a Palavra de Deus, para ter coragem de até morrer por Jesus, se necessário for.
Olha que interessante. Jesus fala de bater e abrir. E usa, nos versos 13-14 a comparação entre a porta estreita e a larga. Tanto numa quanto outra tem pessoas que irão entrar. Ou seja, há pessoas que batem na porta larga. E, cuidado, ela será aberta para quem bate. De tanto a pessoa insistir em caminhar pelos caminhos que não são de Deus, acaba entrando por eles. Cuidado, se você bater, ser-lhe-á aberta a porta. E a porta estreita também. Será aberta a quem bater nela. A quem quiser viver pelos padrões do Reino de Deus, a quem escolher abandonar Mamom. As duas opções estão à disposição. Jesus não está falando apenas de bater na porta boa. Está alertando: cuidado em que porta você bate, porque ao bater, ser-lhe-á aberta. Então, escolha a porta correta.
Depois nos versos 21-23 a ideia de uma porta sendo aberta, e Jesus recebendo as pessoas para entrar (ou não, expulsando aqueles que não conhece). Lembre-se que este trecho que diz que algumas pessoas dirão “Senhor, Senhor!” também é repetido na parábola das dez virgens, em Mateus 25. Novamente, a ideia da porta, e o Senhor abrindo está presente lá. Veja Mt 25: 11. Jesus abriu a porta a quem bateu, mas não deixou entrar.
Jesus nos mostra como é o pai, quando o que precisamos vem dele. Ele não dá pedra no lugar de pão. Provérbios 10:22 “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores.” O que vem de Deus é bom, é o que preciso, nem sempre o que eu desejo. Porque pode ser que meu olho ainda esteja em trevas, pode ser que meu coração ainda ajunte tesouros na terra.

O alerta é: meus filhos, saibam que quando o Pai dá, seus critérios e suas prioridades não batem com os critérios e prioridades do mundo, de mamom, das trevas. Então, cuidado ao receberem algo que pediram, porque o fruto demonstra a natureza da árvore. Se o que eu peço glorifica a mamom, por melhor que pareça em minha vida (e não é apenas dinheiro, mas tudo o que leva o homem a se glorificar e não glorificar a Deus), então não é de Deus.


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