domingo, 20 de dezembro de 2020

7. A vitória de Cristo para nós é a vitória sobre o pecado

Não é fácil vencer o pecado.
Sozinhos não somos capazes disto.
Pra Jesus, custou sua vida, numa morte de cruz!
 




Em I Co 15: 57, Paulo diz “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” e muitos entendem neste versículo uma vitória dos problemas da vida, da dificuldades, talvez financeiras e das situações que nos deixam em dificuldades. Mas quando Paulo fala isso, está se referindo à nossa vitória sobre o pecado. Não é fácil vencer o pecado. Sozinhos não somos capazes disto. Pra Jesus, custou sua vida, numa morte de cruz! Somente por este Jesus Cristo, somos capazes disto. Então, Ele nos dá a vitória, para aqueles que nele creem, para podemos vencer o pecado e, com isso, mantermos nossa comunhão com Deus, o Pai. Ao manter essa comunhão, seremos fortes, vencedores em outras áreas, prósperos, porque teremos a ajuda de Deus em tudo o que fazemos, mantendo nossa vida longe do pecado. E, então, na prática, o resultado final é o mesmo. Porém, não podemos pular esta etapa. Achar que a vitória é direto para os problemas desta vida, porque, senão, vamos pensar que não há necessidade de vencer o pecado, de viver uma vida santa, de identificar o pecado e interromper o processo destrutivo que ele tem sobre nossas vidas.

Antes do versículo citado acima, Paulo pergunta “55Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” e então responde com o verso 57: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Então, é preciso entender de que tipo de vitória Paulo está falando. Senão, pode-se pensar que um emprego novo ou a troca de um carro é a vitória da qual Paulo está falando.

Mas Jesus não foi à cruz morrer para nos dar vitória de conseguir um emprego ou carro novo. A vitória que Ele nos promete é a vitória sobre o pecado!

Veja, o diabo sabe que a única coisa capaz de afastar Deus de sua criação é o pecado. Porque nenhuma outra coisa é capaz de fazer isso: nem altura ou profundidade, perigo ou espada. Mas perceba que Paulo está falando, no capítulo 8 de Romanos, onde diz que nada pode me separar do amor de Cristo ou do amor de Deus que está em Cristo, mas não inclui o próprio pecado nesta lista. Paulo diz que as dificuldades e provações da vida não nos podem separar de Jesus, do seu amor e do amor de Deus. Mas o pecado pode. Antes, no início do capítulo, Paulo deixa claro que há uma escolha a se fazer: ou vivemos pelo Espírito de Deus, ou seja, guiado pelo Espírito de Deus, para justamente fugir do pecado e permanecermos vivos no Espírito em Deus, ou escolhemos viver na carne, alimentando os desejos da carne e sermos tragados pelo pecado e, neste caso, estamos mortos e não vivos, não estamos debaixo de Cristo, sequer vivemos nele. Então, se estamos junto a Cristo, unidos por seu amor, porque vivemos pelo Espírito, longe do pecado, então, nesta condição e com este tipo de vida, nada poderá me separar deste amor. Porque estou em Cristo. Mas, se estou no pecado, se vivo no pecado, então não estou em Cristo e, neste caso, o amor de Cristo sequer está em mim. Já estou separado deste amor pela escolha da vida na carne, e não na vida do Espírito.


Pr. Lucas Durigon




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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

6. Tipos de Pecados

Se a restauração do pecado começa
com o reconhecimento do pecado,
uma das primeiras coisas é sabermos 

O QUE É PECADO. 



 

Muitas pessoas há que sequer sabem sobre o que é pecado ou não, o que ofende a Deus. E, mesmo que atualmente muitas atitudes pareçam serem “normais” e embora muitos pensem que algumas coisas deixaram de ser pecado, para Deus não mudou, em muitos aspectos, aquilo que Ele ainda considera pecado.

Há muitos que pensam que existem 3 pecados: matar, roubar, adulterar. Muitos que dizem não fazer estas coisas e, por isso, se consideram boas pessoas e que vão para o céu por isso. Infelizmente, essas pessoas estão muito longe da verdade e, provavelmente, a caminho de um engano que as levará direto para a condenação. Mas as possibilidades são muitas.

Conhecer a Palavra de Deus para saber o que se deve ou não fazer é o primeiro passo de quem deseja realmente vencer o pecado.

Se olharmos para os dez mandamentos, já teremos uma boa noção dos pecados que Deus deseja que não cometamos. Não ter outros deuses, não idolatrar nem adorar imagens e não tomar o nome de Deus em vão já é um grupo de instruções que nos mostram que Deus não divide sua glória com ninguém. Ele faz questão de ser o único adorado por nós, em nossas vidas. Nada nem ninguém mais deve ocupar este lugar em nosso coração.

O mandamento para guardar o dia do descanso é um mandamento que aponta para Deus (dedicar este dia a Ele), para nós (dar descanso ao nosso corpo) e para o próximo (o descanso é para todos).

Os próximos 6 mandamentos apontam para nosso próximo, o que devemos ou não fazer para com o nosso próximo: Honra a teu pai e tua mãe, não matar, não adulterar, não roubar, não levantar falso testemunho, não desejar nem cobiçar o que é do próximo. A maioria das pessoas conhece o 6º, 7º e 8º mandamentos, mas quero só dar uma atenção aos 2 últimos: não levantar falso testemunho, que inclui as fake news, as fofocas, injúrias, mentiras, difamação e tudo o que se refere a falar do próximo o que não é verdade. E também o pecado da inveja, da cobiça sobre tudo o que seja propriedade do meu próximo.

Bem, estes 2 últimos parecem, que ultimamente, andam meio esquecidos. Os primeiros 3, referentes a Deus também recebeu uma reforminha, tem um jeitinho, para que as religiões que adoram imagens possam dar uma desculpa para continuar pecando. Mas o importante é saber que não mudou. Deus não mudou. E gostaria de chamar a atenção aqui para o fato de que se apenas nestes 10 mandamentos, que são mais um resumo da lei de Deus do que propriamente a totalidade dela, se apenas neste grupo de 10 leis, muitos já esquecem da maioria, o que dirá se todo o desígnio, se toda a vontade de Deus, expressa na Bíblia, vier a ser exigida?

O novo testamento nos informa, por exemplo, que aquele que sabe que pode fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4: 17). É o pecado da omissão, da passividade, do “não é problema meu”, o pecado de não proteger o vulnerável, não agir em prol da viúva, do órfão, do pobre e do estrangeiro. É o pecado de passar pela rua e deixar o caído sem ajuda, como na parábola do bom samaritano (Lc 10: 30-37). Este pecado, por si só, engloba um grupo bem grande de (falta de) atitudes.

O pecado de desprezar Deus, de não lhe dar glórias (Rm 1: 21), porque então minha devoção se dirige a outro que não seja Deus, porque não há neutralidade nesta questão de devoção.

Se formos para o apocalipse, cap. 21: 8, veremos que Deus destina para o lago de fogo e enxofre todos os tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e mentirosos. É uma lista bem ampla e quero dar uma breve explanação sobre cada item aqui. A Bíblia não condena ao inferno alguém tímido como uma característica da personalidade da pessoa, aqueles que não sentem-se bem em falar em público. Até mesmo Moisés pediu ajuda para libertar o povo, por ser alguém nesta característica. Mas tímido, neste contexto bíblico, é aquele que não toma atitude, como o pecado da omissão do qual Tiago fala. O tímido que não vai para o céu é o que não tem coragem de agir conforme precisa agir. Não executa as mudanças de vida de que precisa, não toma atitude de ajudar ninguém e por aí vai. Mesmo alguém tímido no sentido de ficar quieto e não falar em público, pode ter mais atitude para ajudar alguém do que o falador.

Os incrédulos são todos os que não creem em Deus e em seu filho Jesus Cristo. Para estes, não há salvação. São os ateus de hoje, se assim o permanecerem e insistirem nesta loucura. Não crer em deus e em seu filho Jesus Cristo, simplesmente afasta a pessoa da salvação do céu, porque não se pode viver com alguém de quem não se crê. Os abomináveis, citados no apocalipse, são um grupo grande, porque Deus cita, por toda a bíblia, várias situações que tornam a pessoa abominável a Deus. É um termo genérico para abranger muitos tipos de pecados.

Vejamos alguns exemplos. Quem tem 2 pesos e 2 medidas, é abominável (Dt 25: 13-16) porque isso representa aquele que comete injustiça. Quem fala com os mortos ou faz adivinhações também (Dt 18: 10-12). Dar e oferecer ao Senhor o que é o “resto” (Dt 17: 1) e ofertar ao Senhor dinheiro de origem imoral (Dt 23: 18) também o são. O homem vestir-se de mulher e a mulher de homem (Dt 22: 5). Semear contenda entre irmãos (Pv 6: 16-19) e tantos outros, pois a lista é longa e, no versículo de apocalipse, a intenção foi mesmo usar uma palavra que abrangesse muitas situações.

Em todas estas situações, Deus está falando para aqueles que praticam este pecado continuamente, sem se arrependerem. Não herdarão o reino de Deus.

Paulo ainda diz em I Co 6: 9-10 que também não há espaço no céu para injustos, avarentos, efeminados, sodomitas, devassos, maldizentes (…). E em Gálatas 5: 19-21, acrescenta à lista os glutões e beberrões, invejosos, porfias, emulações e iras, pelejas, dissensões e heresias, fornicação, impureza e lascívia (…).

Ou seja, há muitos pecados que causam o afastamento da pessoa de conseguir ir para o céu. Mas todos eles estão falando das pessoas que praticam estas coisas continuamente, sem se arrependerem, se deixando escravizar por esses pecados. Veja o exemplo do maldizente, por exemplo. Será que muitos de nós já não cometemos, uma vez que seja, talvez até na “melhor das intenções” o ato de falar mal de alguém para outra pessoa. Mas se foi um fato isolado, esporádico, ainda se pode arrepender e pedir perdão. Mas, aquela pessoa que tem essa atitude como parte de seu caráter, de sua vida, que não pode encontrar alguém que já deseja sair falando “da última” notícia referente ao outro irmão, então esse tipo de pessoa, que vive nisso, está numa situação bem difícil.

O problema é pensar que muitas destas atitudes são normais e aceitas por Deus só porque, nos dias de hoje, todos as praticam, só porque a sociedade corrompida acha normal, não condena estas atitude, é um perigo pensar que Deus também acha tudo isso normal.



Pr. Lucas Durigon




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domingo, 13 de dezembro de 2020

5. O pecado é a única força capaz de bloquear meu relacionamento com Deus

Isaías deixa claro que meus pecados
me separam do meu Deus (Is 59: 2).
Eu acredito que no momento que pecamos,
Deus vira as costas para nós.
Não ouve mais nenhuma oração,
a não ser a oração de contrição,
o pedido de perdão pelo pecado cometido.



Deus andava com Adão no Éden, na viração do dia, ou seja, no cair da tarde. Porém, quando Adão pecou, Deus não mais veio visitar Adão, porque o relacionamento foi rompido. Durante todo o Antigo Testamento, o relacionamento rompido pelo pecado era restabelecido quando o sumo sacerdote, 1 vez ao ano, oferecia ao Senhor sacrifício pela expiação do pecado, e este entrava para o santo dos santos, para dentro do véu, a fim de conversar com Deus. E então, quando Jesus morreu na cruz do Calvário, o véu do templo se rasgou (Lc 23: 45), simbolizando que todo o acesso ao pai estava liberado através de Jesus Cristo, do seu sangue (Hb 10: 19-20).

Resumindo, em Adão o relacionamento foi rompido. A lei veio e trouxe a possibilidade de restabelecer pelo sacrifício e em Jesus o caminho ficou aberto novamente, desde que o homem escolha passar pelo sangue de Cristo, ou seja, morrer com Cristo para viver com ele (II Tm 2: 11), através do arrependimento dos seus pecados, da remissão dos seus pecados e do batismo em águas.

Isaías deixa claro que meus pecados me separam do meu Deus (Is 59: 2). Eu acredito que no momento que pecamos, Deus vira as costas para nós. Não ouve mais nenhuma oração, a não ser a oração de contrição, o pedido de perdão pelo pecado cometido. Deus espera que restabeleçamos o relacionamento com Ele, antes de atender a outros pedidos. Isso é um tipo de birra da parte de Deus? De maneira nenhuma. Sua santidade e justiça não permite que Ele tenha comunhão com o pecador. Por isso, ao pecarmos, precisamos imediatamente corrigir o erro.

É preciso lembrar que, com Deus, não tem “jeitinho”, não tem “negociação”, suborno, nada. Ele não volta atrás naquilo que determinou e só aceita um pedido daquele que está em pecado: o pedido de perdão. Mas para quem pensa que Deus é um carrasco por agir assim, quero lembrar que isso é sua característica de ser justo. Afinal, estas expressões que citei ali no início do parágrafo costumam caracterizar pessoas que distorcem a justiça, que são propensas a negociações para livrar a cara de quem pode pagar mais e por aí vai.

Imagine se Deus tratasse as pessoas de forma diferente, conforme sua condição social. Quer dizer, um pobre poderia cometer o pecado de roubo, mas um rico não! Seria justo? Este seria um Deus justo? E, embora haja atenuantes (mesmo na lei dos homens) para quem comete roubo a fim de alimentar a família, ainda é roubo e existe pena para isso. Imagine um Deus que se deixasse levar por um suborno de um rico para não levar em consideração o fato de que cometeu homicídio porque estava com problemas emocionais, para livrar a cara do cometimento do crime / pecado. Um Deus que agisse assim, não seria muito justo.

Então, para Deus, todos somos iguais. Grandes ou pequenos, ricos ou pobres, todos precisam pedir perdão pelo pecado cometido ou não terá mais um relacionamento de Pai e Filho com Deus. Estará fora da família, até decidir pedir perdão. Mas perceba que, além de Deus tratar todos de uma forma igual, o que ele pede que façamos (todos) é acessível a todos. Quero dizer, no novo testamento, o que Deus pede é um reconhecimento do pecado e que a pessoa tenha a humildade de pedir-lhe perdão, e àqueles contra quem se cometeu o pecado, quando envolve mais pessoas. Diferente do Antigo Testamento, quando se pedia a oferta de animais para a expiação do pecado, agora a expiação foi feita em Cristo Jesus e para cada um de nós basta a humildade de pedir o perdão, de forma sincera, que tudo volta ao normal. Temos, pela graça de Cristo, um advogado para isso. Esta é a primeira correção do erro: pedir perdão e recompor o que foi prejudicado, quando possível e quando for o caso.

Muitas pessoas podem achar que Deus é um tipo de carrasco. Que não perdoa aqueles que cometeram pecado. Mas a verdade é que o processo, hoje em dia, é muito fácil. Basta a humildade de reconhecer e pedir a Deus, em nome de Jesus, o seu perdão, que tudo está resolvido. O problema é que muitas pessoas não querem admitir seu pecado, seu erro. Não querem, como Adão, assumir a culpa, a responsabilidade do que fizeram. Muitos colocam a culpa em outras pessoas, em circunstâncias, em acontecimentos ou ocasiões e fazem de tudo para não assumir a culpa, impedindo que se volte a ter um relacionamento pleno com Deus. Como Adão, que disse ser culpa daquela mulher “que o próprio Deus lhe havia dado”, muitos dizem para Deus que a culpa é da situação da vida, “que Deus arrumou para ele”, ou que aquela pessoa que provocou o pecado, aquela pessoa que “Deus colocou no meu caminho” e, no fundo, o único objetivo é disfarçar e desviar da única verdade incontestável. Que o culpado precisa reconhecer a culpa para ser perdoado. Mas sabemos que isso é difícil para qualquer um. Mas é o orgulho humano, a arrogância e prepotência que impede as pessoas deste reconhecimento.

E assim, Deus não pode, pela sua justiça, ter um relacionamento com alguém arrogante e orgulhoso, como satanás o foi ao tentar tomar o lugar de Deus, alguém que não se humilha para reconhecer o seu pecado e corrigi-lo.


Pr. Lucas Durigon




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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

4. É preciso reconhecer, confessar e pedir perdão

Não confunda o amor e a misericórdia de Deus
com uma atitude como se não fosse necessário pedir perdão,
nem se arrepender.
 

 


O amor e misericórdia de Deus fazem com que Ele esteja sempre disposto a te receber de braços abertos e ouvir seu pedido de perdão, quando você estiver pronto para pedir, assim como na história do filho pródigo. Mas, como na parábola, Deus não vai atrás de você, se a sua escolha foi se afastar. Ele quer você de volta, para um relacionamento com Ele. Mas não vai, jamais, por maior que seja o amor dele por você, quebrar as próprias regras e transgredir a própria lei só pra voltar a se relacionar com você.

Se foi você quem se afastou de Deus pelo seu pecado, cabe somente a você procurar retomar seu relacionamento com Deus pelo arrependimento e pedido de perdão. E assim como o pai do filho pródigo, Deus também te espera na porta, de braços abertos, pelo seu retorno.

Você precisa entender que Deus te quer de volta, mas pela sua justiça, Ele exige seu arrependimento, o que é crucial para ter o perdão dEle. Na parábola do filho pródigo, o pai não foi atrás do filho, quando ele foi embora. Mas aguardou sua volta, pois a decisão do arrependimento tinha de ser do filho. Esperava ansiosamente sua volta, a ponto de aguardar na porta, para correr e abraçar o filho quando voltasse. E foi capaz de se alegrar com seu retorno, independente do que Ele havia feito de ruim, a ponto de fazer uma festa. O irmão mais velho só enxergava tudo o que ele havia feito de ruim. Mas o pai alegrou-se com a decisão da volta. E festejou.

Me permita dar um exemplo. Suponhamos um casal de adolescentes, em torno dos 17 anos. Frequentadores da igreja. De repente, ainda solteiros, a moça fica grávida e, por causa deste pecado de fornicar antes do casamento, eles se afastam da igreja, com um pouco de vergonha, talvez da situação, do que tenham feito, do julgamento dos outros. Talvez não se julguem mais dignos de estar na presença de Deus, ou então que não resolve tentar ser fiel a Deus porque, no fim das contas, sempre se acaba pecando: então é melhor desistir mesmo. Bem, este é o primeiro erro, ao cometer um pecado. Se afastar ainda mais de Deus, além do afastamento que o próprio pecado já proporcionou. Então a solução aqui seria pedir perdão a Deus e voltar para a comunhão na igreja e ao relacionamento com Deus.

Bem, o filho pródigo, enquanto estava longe de casa, precisou passar pelas consequências do seu pecado para perceber que precisava voltar atrás. O pai dele não foi lá buscá-lo. Esperou pela sua volta.

No exemplo acima do casal jovem, suponhamos que a história continue. Que eles permaneçam longe. E que um pastor, como um representante de Deus, na melhor das intenções, foi até eles, convidando-os a voltarem para frequentar a igreja. Imagine que, quando este pastor lhes diga para voltar e eles informem a vergonha que sentem com relação ao pecado que cometeram, imagine que o pastor apenas lhes digam que não precisam sentir vergonha. Que devem voltar assim mesmo. Porém, não cita nada com relação ao pecado cometido e à necessidade de arrependimento. É como se dissesse “vamos esquecer isso, está bem. Apenas voltem e tudo ficará bem.”

A verdade é que o pecado é destruidor. Apenas “deixar pra lá” não resolve.

Então, no exemplo acima, claro que Deus não deseja deixar a pessoa afastada pra sempre. Mas sua justiça também não permite que tudo fique por isso mesmo. Então o certo seria aquele casal de jovens saber que Deus deseja que voltem ao relacionamento com Deus, que voltem à igreja, mas não sem antes reconhecerem seu pecado e pedirem perdão a Deus. Então, eles precisam saber que Deus os ama. Que os quer de volta. Mas que também precisam reconhecer o seu pecado, se arrepender de verdade e com sinceridade de coração, pedir perdão e então voltar-se para Deus e para o convívio na igreja, na família de Deus.

Certa vez ouvi de um pastor que, para ele, quando há um problema com outro irmão da igreja, quando uma ofensa ou um pecado foi cometido, uma boa conversa resolve tudo. Não é bem assim. É necessário que o pecado seja reconhecido, citado e pedido perdão por parte de quem o cometeu. Fingir que nada aconteceu, apenas seguir em frente não é uma solução quando se trata de resolver o problema do pecado cometido.

Mas temos de entender uma coisa: certos tipos de pecado, quando cometidos, geram prejuízos, problemas à vítima, se o pecado foi cometido contra outra pessoa. Nestes casos, o pedido de perdão não são apenas as palavras. O pedido de perdão, para ser realmente considerado, deve vir acompanhado das atitudes a fim de reparar o problema que o pecado causou. Nos casos onde há reparação a ser feita, e esta seja possível de ser feita, não fazê-la implica em dizer que o pedido de perdão não é real, nem sincero. Veja o caso de Zaqueu (Lc 19: 2-10), cobrador de impostos que recebeu Jesus em sua casa para um jantar. Ao perceber que era um pecador, por tomar das pessoas mais do que lhe era de direito, ou seja, roubar, tomou a atitude de devolver a quem tinha roubado, e distribuir aos pobres parte dos seus lucros, por saber que suas atitudes tinham gerado problemas e prejuízos na vida de muita gente e, um pedido de perdão apenas de palavras não era, neste caso, suficiente.

Vamos imaginar a seguinte situação. Eu briguei com meu pai e o ofendi severamente, não vindo mais a falar com ele depois disso. Três meses depois, ele morreu, sem que eu tivesse tido a atitude de pedir-lhe perdão. Mas agora, após sua morte, não tem mais como pedir o perdão a ele, nem restituir-lhe nada, caso seja necessário. Eu só posso me dirigir a Deus e pedir perdão a Deus pelo ocorrido com meu pai. Não há mais nada a se fazer. Então meu pedido de perdão é dirigido a Deus.

Em outra situação hipotética, alguém trabalhava numa empresa e passou alguns anos, antes de se converter, desviando dinheiro e material de um setor da empresa para si. Ao perceber que isto era um erro, um roubo, um pecado, resolve pedir perdão ao dono da empresa, mesmo que isto custe o emprego. Mas não tem efeito nenhum se, junto com a conversa, o pedido verbal de perdão, eu não devolver o dinheiro roubado. Se apenas pedir perdão verbalmente, mas ficar com o conforto que o fruto daquele roubo me trouxe, na verdade eu não houve arrependimento genuíno, pois há o desejo de ficar com o que se roubou. E Deus deixa isso bem claro: quando for possível, devo restaurar o que o roubo me trouxe de benefício a quem de direito.

Nestes casos, a restituição faz parte do processo de pedir perdão.

Veja outro exemplo: suponhamos uma vida de crimes, onde um pai de família é morto e agora sua família não tem mais como se sustentar adequadamente. Apesar do sustento dado pelo governo, algumas coisas aquela família ficará privada, para o resto da vida, pela falta do provedor. E não é possível restituir a vida ao que morreu. Só que, neste caso, o pecado não foi apenas contra quem morreu. Também foi cometido contra uma esposa, talvez filhos. E talvez também, o homicida não possa sustentar essa família com seu salário. Se o puder, se houver arrependimento genuíno pelo ato, apenas o pedido de perdão não é suficiente, e sim a atitude de ajudar aquela família a suprir a falta que o provedor causa. Se não é possível prover a esta família, por falta de condições financeiras, então, pelo menos, além do pedido de perdão, posso fazer algo simbólico para ajudar esta família. Algo que me custe um pouco e que simbolize minha boa vontade em demonstrar meu arrependimento.

A graça de Jesus perdoou (se o arrependimento foi sincero), a família perdoou (porque também era cristã), mas uma atitude concreta, que esteja ao alcance irá mostrar que o arrependimento é de atitudes, não apenas de palavras.

Na verdade, muitas pessoas, ao se arrependerem, se não puderem fazer algo com sua atitude para corrigir o erro, sentem-se que não foram perdoadas. Devemos sim contar com a graça perdoadora e salvadora de Jesus em tudo. Em muitos casos, nem é possível fazermos nada, como no exemplo da briga com o pai. Mas, se for possível, não para desprezar a graça de Jesus, mas para demonstrar por atitudes que meu arrependimento é sincero, então isso deve fazer parte do meu pedido de perdão.

Vamos lembrar que foi apenas depois de declarar que devolveria de quem roubou e daria aos pobres, apenas depois disso foi que Jesus declarou a Zaqueu que “salvação entrou nessa casa”. A atitude prática, sempre que possível, é parte integrante do pedido verbal de perdão.


Pr. Lucas Durigon




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domingo, 6 de dezembro de 2020

3. Viver em Pecado e o Pecado esporádico

Pecado é pecado. Isso é verdade. 
Não existe “pecado”, “pecadinho” e “pecadão”.
Todos ferem a santidade de Deus.
Se houver arrependimento, a todos Deus perdoa.

 



Mas há uma grande diferença, do ponto de vista da dificuldade ou não do pecador se arrepender, entre pecados cometidos apenas uma vez, ou esporadicamente, como momentos de fraqueza e o pecado que faz parte da vida e do caráter de alguém, pelo qual não há mais arrependimento e do qual não se procura mais corrigir, que o torna reprovável ao Senhor.

A palavra de Deus nos deixa claro em I João 2: 1 que a orientação de Deus é para que não pequemos. É para que evitemos e lutemos contra o pecado. Toda orientação de Deus visa que fujamos do pecado. Não podemos brincar com ele como se fosse um bichinho de estimação. O pecado está mais para um animal selvagem não domesticado. No mesmo versículo, entretanto nos deixa claro que, se pecarmos, temos um advogado junto a Deus, o Pai, o qual é Jesus Cristo, o Justo. Ele é justo. João, que escreve este versículo, é um apóstolo conhecido pela sua característica de demonstrar amor. Ele é o mesmo que nos deixa claro que o amor é o oposto do pecado.

João reflete, na verdade, a característica do amor de Deus. E, por este amor, o desejo de Deus é que todos venham à salvação (I Tm 2: 3-4), que nenhum se perca (Jo 6: 39), que ninguém seja condenado. Este é o desejo de Deus e Ele fornece todas as possibilidades para que todos sejam salvos. Porém, Ele também é justo. E Jesus é justo, “o” justo. Por isso, embora Ele, o Senhor, deseje que todos venham a se salvar, não fará isso à custa de transgredir a própria lei.

Para aqueles que cometeram um pecado, que escorregaram ou tropeçaram em suas atitudes e ofenderam a Deus, mesmo desejando acertar, digo que não estão sozinhos. Paulo dizia que muitas vezes não fazia o bem que queria, mas acabava executando o mal que não queria (Rm 7: 14-25). Mas o desejo do coração e a tentativa eram pra fazer o bem. Claro que, para Deus, não podemos isolar a intenção da ação. Elas são consideradas juntas e Deus sonda os corações para ver o que mais ninguém é capaz de ver. Apenas dizer que queria fazer o bem, mas no fundo não queria ou, na verdade, não estava nem se importando com as consequências da própria atitude tem um significado. Mas quando, apesar da sincera busca da santidade, apesar da tentativa de manter-se puro, ainda assim ocorre um tropeção, comete-se um pecado, talvez levado por uma situação, ou induzido por alguém, então o verdadeiro servo de Deus, que deseja manter-se puro com Deus, irá buscar imediatamente a correção do pecado, o perdão de Deus mediante seu sincero e imediato arrependimento. É para este tipo de pessoa, com este tipo de atitude, que Deus declara: “estas coisas vos escrevo para que não pequeis, todavia, se pecardes, tendes um advogado perante o pai, Jesus Cristo o Justo”. Este versículo não é para ser usado a todo momento, com pecados que se cometem diariamente, inconsequentemente, de maneira irresponsável. Um advogado não é para as situações cotidianas.

Paulo disse que às vezes faz o que não deseja. A intenção e o desejo é fazer o certo, mas ele não consegue. Como muitos de nós, muitas vezes. Esse tipo de situação, em que, mesmo querendo e lutando para fazer o bem, somos tentados e levados a cometer o mal, a cometer pecado, então nestes casos, nos achegamos a Deus, pedimos sua ajuda e o nosso advogado, Jesus, nos defende.

A estas, o apóstolo Paulo, dirigindo-se a Timóteo primeiramente, diz que todos devemos nos fortalecer na graça (II Tm 2: 1). Ou seja, o pecado cometido uma vez, o esporádico, o “sem querer”, aquele que, sinceramente, não se buscou, mas aconteceu, será objeto da graça de Jesus, o advogado que irá defender, desde que a pessoa busque o perdão. Nem neste caso, deve-se ignorar o fato que o perdão vem de um verdadeiro arrependimento, daquele que pede, que clama, que implora o perdão do pecado que poderia condená-lo eternamente. Mas estes são os que têm um coração quebrantado, prontos a perceber seu pecado e chorar por ele.

Veja Davi, no exemplo da atitude dele. Adulterou com a mulher de Urias e ainda matou a este pelas mãos dos filisteus. Ficou no seu templo, sem se arrepender, talvez por pensar que era rei e podia fazer o que queria, talvez por não considerar que o que tinha feito era um pecado. Mas Deus envia um profeta e lhe mostra, através de uma parábola, a gravidade do seu pecado. Então, Davi não questiona, não argumenta. Apenas reconhece o seu pecado e chora. Amargamente.

Mas o que dizer daquela pessoa que já não vê mais consequência no pecado, que pensa que não será pega, nem sofrerá julgamento, ou que ninguém está vendo e, portanto, pode fazer o que quiser. E, por isso mesmo, tanto seu coração, sua intenção, quanto suas atitudes inclinam-se a fazer o mal constantemente, a pecar sem pensar nas consequências, a não mais temer o aviso de Deus sobre o seu julgamento.

A estes, que depois de um tempo, têm seu coração e mente cauterizados (I Tm 4: 2), que por esta atitude de insistir no pecado, apesar dos avisos do Espírito Santo já não são capazes de ouvir mais a Sua voz, a voz na sua consciência alertando do perigo e que, por isso, em suas vidas, calaram a voz do Espírito (I Ts 5: 19), a estes já não resta mais sacrifício que possa trazer perdão de pecados (Hb 10: 26). Porque vilipendiaram o sacrifícios de Jesus, ridicularizaram e desprezaram o que Jesus fez por nós na cruz do calvário. Estes não entendem as consequências eternas do pecado e pensam que, por não sofrerem consequências imediatas dos seus pecados, nunca as sofrerão. Ignoram o fato que algumas consequências são imediatas, outras não (I Tm 5: 24).

Veja Adão, o qual desobedeceu a Deus, se escondeu porque percebeu o que tinha feito, mas não teve a atitude de pedir perdão. Mesmo quando Deus o questiona sobre sua atitude, ele não se arrepende, mas transfere a responsabilidade para sua mulher.

Então, temos por um lado, aquela pessoa sincera, que busca de verdade a santidade e fazer a vontade de Deus, mas que pode cair. Deus deixa claro que ele sabe que nossa natureza é pecaminosa, que nossa carne tende para o pecado, pois é uma carne fraca (Mt 26: 41; Mc 14: 38), mas espera que haja disposição em ouvir a advertência do Espírito Santo e que, quando não se puder evitar o pecado, então que pelo menos haja arrependimento e pedido de perdão.

Por outro lado, há aqueles que nunca reconhecem o que fazem de errado. Sempre encontram outros culpados, sempre têm um motivo para justificar essa ou aquela atitude. Aqueles que não mais veem motivos para arrependimento, pois pensam que suas atitudes pecaminosas ninguém vê, não trará consequência e ficará “por isso mesmo”. A estes, que jamais se arrependem, resta uma expectativa de juízo, ardor de fogo (Hb 10: 27), pois não quebrantam mais o coração.

Estes a Bíblia chama daqueles que “vivem no pecado” (_), para as quais o pecado já faz parte do seu caráter, da sua conduta diária, da sua vida cotidiana. O pecado já lhes entrou no coração, na mente, no espírito e estão contaminados por ele, não desejam se livrar. Nestes casos, quando a pessoa quer, só existe uma solução: uma verdadeira cirurgia espiritual, em que o coração de pedra (já cauterizado e insensível à voz do Espírito) é trocado por um coração de carne (Ez 11: 29; 36: 26). Somente esta atitude drástica é capaz de mudar a situação. Esse é o momento que chamamos de “conversão”, comum e necessária para quem vem do mundo para a igreja, das trevas para a luz. Porém, mesmo que você já esteja na igreja, já seja um “religioso”, pode ser que o pecado de novo enraizou-se em você, já criou raízes que estão petrificando seu coração. Nestes casos, é preciso uma nova cirurgia, uma renovação verdadeira no arrependimento ou, quem sabe, um verdadeiro arrependimento, pois pode ser que o frequentar igreja tenha sido apenas por conveniência, e não por uma verdadeira transformação de vida.

Portanto, se você busca a santidade, se busca a Deus de verdade, mas cometeu algum pecado, não deixe o diabo te enganar: Volte-se para Deus, peça-lhe perdão, corrija o pecado cometido, e não volte a pecar neste mesmo pecado. Dobre sua vigília sobre essa mesma situação e volte para a comunhão de relacionamento com Deus, o Pai. Saiba que você pode se fortalecer na graça que há em Cristo Jesus, sabendo que o Senhor contempla o coração arrependido e se alegra quando um filho seu reconhece seus erros e volta-se para o caminho da verdade. Tenha coragem, porque Deus anseia por lhe dar o seu perdão, é a alegria dele. Só está esperando que você o peça, para que Ele lhe dispense todo seu perdão.

Mas saiba que, se você se entregou ao pecado. Se desistiu de vencer ele, se prefere cometê-lo frequentemente, seja por ser prazeroso, ou porque ninguém nunca fica sabendo, seja porque pensa não haver consequências, então cuidado: o juízo de Deus chegará e, se você realmente recusar-se a arrepender-se, então somente um destino lhe aguarda: a condenação ao inferno.


Pr. Lucas Durigon




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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

2. Síndrome de Adão e atitude de Davi

Precisamos assumir NOSSA responsabilidade
pelo cometimento do pecado,
não jogar a responsabilidade sobre quem quer que seja,
quando o cometemos.
Deus sabe que somos pecadores.
 



Viu isso logo no início da criação, quando haviam ainda apenas Adão e Eva na Terra. Por isso mesmo, providenciou logo uma cura para o pecado: um salvador, que nos traz salvação, redenção e perdão dos pecados.

O fato de pecarmos não é novidade para Deus. Nem o assusta ou surpreende. Porém, o pecado cometido precisa ser expurgado. Precisa haver arrependimento sincero e depois pedido de perdão por parte de quem o cometeu, a fim de que a culpa não o alcance e o julgamento o condene. De acordo com a orientação de Paulo sobre a Santa Ceia, se nós nos julgássemos a nós mesmos, se nós reconhecêssemos nosso próprio pecado e nos arrependêssemos, não precisaríamos ser julgados (I Co 11: 31).

Na Bíblia, temos muitos exemplos de homens e mulheres que pecaram. E quero destacar aqui 2 deles, que tiveram atitudes opostas com relação ao pecado que cometeram e, por isso, tiveram tratamentos diferenciados da parte de Deus. Estes dois personagens, Davi e Adão, trataram o pecado que haviam cometido de maneiras diferentes.

Davi assumiu a responsabilidade pelo pecado cometido, se arrependeu e mudou. Adão jogou a culpa e a responsabilidade sobre sua esposa, a qual, por sua vez, jogou sobre a serpente. Embora haja consequências para aqueles que fazem o outro pecar, pois Deus odeia esta atitude também, o cometimento do pecado é sempre minha própria responsabilidade, de mais ninguém.

É preciso entender isso, com muita clareza. Mesmo que o diabo sopre em minha orelha dizendo: “Veja aquele carro do seu amigo. Deveria ser seu. Você não acha que merece mais do que ele?” e coloque a inveja no meu coração e me leve até a situações onde eu cometeria muitas atitudes erradas para conseguir aquele carro, não significa que eu possa colocar a culpa no diabo, por ter me dito aquilo. Se eu resolver seguir essa sugestão de morte, serei o único responsável pelos meus atos, por aquilo que eu escolher fazer. Mesmo que outra pessoa me instigue a pecar, me faça perder a calma, me leve a atos imorais, injustos, ilegais, ainda assim, se fui eu quem cometi o pecado, sou o único responsável. Ninguém, por mais que tenha me influenciado, é responsável ou culpado pelo pecado que eu cometi. Nem mesmo o diabo!

Davi pecou. Adão pecou.

Davi reconheceu, chorou, se arrependeu, pediu perdão.

Adão responsabilizou a mulher. Esta responsabilizou a serpente.

Davi assumiu. Adão esquivou-se.

Davi foi chamado de “um homem segundo o coração de Deus”.

Adão, sua mulher e a serpente foram por Deus amaldiçoados e castigados.

Davi, ao pedir perdão, colocou-se debaixo da justificação de Deus. Adão tentou justificar-se a si mesmo com argumentos fracos e inválidos perante Deus.

Se o pecado não é novidade para Deus, o que então Ele espera de nós? Sim, que lutemos para evitar o pecado, para fugir dele (_) o máximo possível. Mas, se não conseguirmos, que pelo menos o reconheçamos, que percebamos o erro e peçamos perdão. Que sejamos restaurados. Que haja humildade, porque Deus resiste aos soberbos (Tg 4: 6; I Pe 5: 5) e não ouve a oração de pecadores, porque está afastado deles (Is 59: 2). Deus espera que haja verdadeiro arrependimento e mudança de atitude.

Se Deus sabe que somos pecadores, o que Ele realmente espera é a humildade do reconhecimento, de uma vida que declara “eu pequei” e pede o devido perdão. Ficar justificando-se, dando desculpas, tentando pôr a culpa do ato cometido em outro alguém, ficar buscando um culpado, quando não se tem nenhum por perto, nada disso agrada a Deus. O reconhecimento do ato e da própria responsabilidade, e depois lutar para não repetir o ato: esta é a única maneira de deixar que Deus cuide disso.

O pecado é algo que Deus vê, conhece. E não adianta tentar esconder dele, tentar disfarçar. Assim como Adão quando pecou e se escondeu. Deus até perguntou, porque queria ouvir, da boca de Adão, a resposta dele sobre onde ele estava. Queria dar uma oportunidade para Adão reconhecer, se arrepender e pedir perdão. Deus já sabia. Já tinha visto o pecado. Sabia o que tinha acontecido. Só que uma coisa era Adão ter dito: “me perdoa, Deus, desobedeci sua ordem, me arrependo”. Outra coisa era dizer “A culpa não é minha. Eu desobedeci sua lei, mas foi por causa da mulher que me deste”.

Não tente arrumar desculpas para Deus. Não vai funcionar. Ele sabe. Só espera que você reconheça. E peça perdão, em nome de Jesus, porque Ele quem conquistou na cruz o perdão para você.


Pr. Lucas Durigon




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domingo, 29 de novembro de 2020

1. O Problema do Mundo

 De acordo com Deus, 

este é o problema do mundo: 

O pecado.


Não há força mais destrutiva do que esta!


Por causa do pecado, o Criador, o Todo Poderoso, precisou descer a este mundo, tornar-se ser humano e morrer por toda a raça humana. A única força capaz de romper a comunhão entre Deus e o homem foi o pecado. Foi ele que fez com que Adão e Eva perdessem a companhia e a comunhão com Deus. Foi ele a causa primária do primeiro assassinato. A semente da amargura, enraizada no coração de Caim que o levou a matar Abel.

O pecado tem muitas facetas. Mas todas levam a um mesmo objetivo: matar. O salário do pecado é a morte.

Muitos enxergam o pecado apenas como se fosse “algumas coisinhas” erradas que fazemos que deixa Deus triste, como se o Criador estivesse lá no céu, encolhido em algum canto, com a cabeça baixa, fazendo beicinho por causa da nossa desobediência. Poucos têm a noção do poder devastador do pecado contra nossas vidas, contra a humanidade e toda a criação (Gn 3: 14-19; Rm 8: 22). Poucos têm a noção das reais consequências do pecado. É a desestruturação do próprio universo.

A força do pecado é a força da destruição! É a própria destruição. A recompensa para aquele que peca é a morte, nada menos que isso (Rm 6: 23). E aqui falo de morte eterna, não apenas a separação entre alma e corpo. Mas a separação definitiva da presença de Deus, da vida, do amor.

O pecado é como se fosse um verdadeiro exército vindo contra nós, um exército muitas vezes enviado pelo inimigo de nossas almas: satanás. Outras vezes é um exército inimigo que batalha de dentro de nós, guiado por um soldado: a nossa carne, a nossa cobiça, como um soldado traidor, que faz parceria com o inimigo e resolve batalhar de dentro do próprio exército, o qual está traindo.

Esse exército do mal luta para, conforme as ordens do seu senhor, o diabo, nosso adversário, tentar nos destruir. Já temos a vitória. Já foi conquistada para nós a vitória quando Cristo venceu o pecado e a morte e nos outorgou o direito de vencermos também, através do sacrifício dele na cruz do Calvário.

Mas essa vitória não vem se ficarmos simplesmente parados, esperando de braços cruzados por essa vitória. Essa vitória, conquistada por Jesus na cruz, é a garantia de que, nesta luta, sabemos o resultado final se a lutarmos conforme as regras e os princípios estabelecidos por Deus. Mas não significa ausência de luta, passividade ou uma espera em berço esplêndido. Na luta contra o pecado, somos chamados a batalhar também. Às vezes, precisamos ter consciência de que esta batalha precisa ir “até ao sangue”, ou seja, precisamos batalhar muito, lutar bravamente e ir até as últimas consequências contra o pecado.

Foi neste sentido que Jesus disse que “se seu olho te faz pecar, arranca-o”, ou seja, o pecado é algo tão sério que, se preciso for, devemos perder algo de muito valor para nós, a fim de vencer a batalha contra o pecado: até mesmo um membro do nosso corpo. Porque a única força capaz de nos enviar para o inferno é o pecado. Não é, como muitos pensam, o diabo.

Nesta batalha, para manter a vida eterna, e não sermos dominados pelo pecado que nos traria a morte eterna, devemos ter noção de que mesmo um membro do nosso corpo perde a importância, se é o caso de nos fazer pecar e levar todo o corpo para a condenação eterna, o inferno, por causa do pecado.

A necessidade desta batalha é real. Mais do que isto, sua existência e nossa participação nela é real e independente da nossa vontade.

Muitos há que não percebem quando o pecado os tenta, quando a carne ou satanás “forçam a barra” perante si para levarem a pessoa ao pecado. Todos precisam entender que nosso inimigo não tem o poder de cometer pecado por nós, em nosso nome, por procuração. O que ele faz é tentar e tentar, insistir até que nós mesmos caiamos em pecado por nossa própria decisão. A decisão é sempre nossa. A insistência do diabo não justifica nossa queda. O cometimento do pecado é sempre, sempre, nossa responsabilidade. Não é culpa de ninguém mais!

Precisamos entender que o papel da nossa carne e do diabo, nesta questão do pecado, é insistir muito para que nós cometamos o pecado. Cabe a cada um de nós perceber e ter a noção da armadilha que está sendo montada contra nós a fim de desmantelar a estratégia para nos fazer pecar. Porém, muitas vezes, para desfazer esta armadilha, precisaremos lutar! E, algumas destas vezes, precisaremos lutar “até ao sangue”, ou seja, até nossas últimas forças.

Para se ter uma ideia da importância e frequência deste assunto na Bíblia, é importante ressaltar que a palavra “pecado” (e o plural, “pecados”), são citados na Bíblia 489 vezes! Se a Bíblia tem 1189 capítulos, é praticamente uma citação desta palavra a cada 3 capítulos!

Pode até não parecer muito. Mas se lembrarmos que a Bíblia trata dos mais variados assuntos, então ter uma palavra que aparece com tanta frequência é bastante sim. Significa que, se você fizer um planejamento de leitura da Bíblia em 1 ano, irá se deparar com esta palavra todo dia, algumas vezes mais de 1 vez no dia).

Só a título de comparação, as palavras “salvar”, “salvação” e “salvador”, aparecem 227 vezes! E é um assunto igualmente importante. Mas algo me diz que Deus deseja alertar seu povo para o perigo que é o pecado, e insiste neste assunto, para que seu povo fique atento. A palavra “céu”, aparece 347 vezes. “Inferno” são apenas 29 vezes, porque na verdade o que leva ao inferno é o pecado, e Deus está mais preocupado em nos curar na origem do problema do que tentar evitar a consequência! A palavra “amor”, muito importante na Bíblia, pois define o próprio ser de Deus (I Jo 4: 8, 16) e é o principal mandamento de Jesus para nós, tem 245 citações! Então, vejamos que ter uma palavra que aparece quase 500 vezes na Bíblia, eu vejo como sinal de ser algo realmente que mereça nossa atenção. Deus está nos chamando a atenção para essa realidade, para a presença do pecado, como algo destrutivo, neste mundo e em nossas vidas, e deseja nos curar disso, se assim o quisermos.

Se considerarmos ainda as palavras “pecar” e “pecador”, com mais 79 citações diretas na Bíblia, então, passa de 500 citações, e olha que nem incluí as conjugações de pecar, nem as variantes de pecador.

Por outro lado, parece ser o objetivo do inimigo fantasiar o pecado, fazê-lo parecer bonito ou menos perigoso do que é. Deus alerta e o inimigo disfarça. Afinal, quem já não se deparou ou até usou aquele velho argumento “nem é tão ruim assim” ou “isso me faz bem, não deve ser ruim” ou ainda “isso nem é pecado”. Mas a verdade é que Deus faz questão de alertar seu povo para este perigo, que não é pequeno. Nada pode nos separar do amor de Deus, conforme Romanos (Rm 8: 35-39), nem praga, fome, espada. Mas ali não cita o pecado, que é a única coisa que pode fazer separação entre nós e Deus, segundo Isaías (Is 59: 2), e que é uma força que se origina de dentro de nós, a fim de ofender e afastar Deus de nós. Tudo o que é externo a nós não pode nos separar de Deus e do seu amor.

Aliás, nem o pecado nos afasta do amor de Deus. Deus continua nos amando e desejando nosso retorno a ele, através do arrependimento. Mas o fato é que, pelo pecado, somos afastados do nosso relacionamento com Deus.

O pecado é o problema o mundo. De acordo com a Bíblia, o contrário de pecado é o “amor”. Vejamos alguns exemplos práticos. A Bíblia diz que aquele que ama a seu irmão, não rouba, não mata etc. (Rm 13: 8-9). Que a consequência do amor e sua prática anula a prática do pecado. Roubar e matar, por exemplo, são dois pecados. Agora, vamos ser sinceros. Realmente esses dois pecados são parte dos problemas do mundo. Se fossem extintos, esta parte dos problemas do mundo seriam resolvidos.

Aliás, qual problema do mundo não é, realmente, um pecado? Adultérios e invejas que levam a cobiças e lutas por ter o que não se tem. Corrupção, preconceitos, desprezo aos mais fracos etc. Problemas de segurança, violência, desigualdade social, todos eles são problemas que têm início na natureza pecaminosa do ser humano.

Enquanto as pessoas, a política, organismos sociais e tantos grupos buscam resolver os problemas em sua consequência, Deus, em Jesus Cristo, nos mostrou como resolver o problema na raiz. Se todo ser humano tivesse consciência dos perigos do pecado e dedicasse sua vida a resolver esse problema, em calar a voz do inimigo para negar o pecado em cada dia, então todos os problemas estariam resolvidos.

É um assunto importante e relevante hoje em dia. Porque pouco se fala disso. Tornou-se um assunto incômodo para as pessoas, que não querem pensar em si mesmas como pecadoras. Preferem ser mocinhos e mocinhas, heróis e heroínas da própria existência, que é a ideia atualmente aceita para o ser humano. Mas falar do pecado também é importante porque muitos já não sabem mais o que é isso. Muitos perderam a noção de seu alcance, causas e consequências. Saber do que se trata para podermos fazer algo a respeito, para termos a opção de escolher, é realmente relevante.

A existência do pecado causa a destruição do mundo. Deveria ser contra essa força que todos deveríamos concentrar esforços para derrotar. Cada um dentro de si. Jesus já mostrou a cura para isso: o arrependimento pelo seu sangue!

Pr. Lucas Durigon





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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Quem não tem pecado, atire a primeira pedra



Diante da cena de uma mulher, em flagrante adultério, que estava para ser apedrejada e morta, Jesus orienta a todos que cumpram com a lei de Moisés, atirando a pedra, tomando a dianteira para atirar primeiro a pessoa ali que não tivesse nenhum pecado.
Claro que, se aquelas pessoas fossem minimamente honestas e pensassem nas consequências de seus atos, desistiriam de tal condenação, porque não há um justo, nenhum sequer, ninguém que não peque. Todos aqueles com pedras na mão eram, igualmente, alvos de condenação pelos pecados que cometiam.
De acordo com o relato bíblico, os primeiros que saíram dali foram os mais velhos, os mais idosos e experientes e, espera-se, os mais sensatos. Aqueles que mais prontamente sabem que são também pessoas pecaminosas e não poderiam condenar outra pessoa, atirando uma pedra, pois sabiam que não estavam isentos de pecado.
As palavras de Jesus fizeram com que todos os ansiosos por participar de um apedrejamento fossem mais comedidos e refletissem, porque amanhã poderia ser eles. Tudo bem que não era qualquer pecado que era punido com apedrejamento, como o adultério daquela mulher, mas Jesus vai um pouco mais além da lei de Moisés e diz que para condenar alguém, seria necessário ser uma pessoa irrepreensível, sem mancha, sem pecado! E daí, nenhum daqueles expectadores cumpriam com o requisito.
O único que poderia se encaixar neste quesito seria o próprio Jesus. E ele deixa claro, no final, que do mesmo modo que nenhum daqueles outros pecadores tiveram a coragem de condenar a mulher, pois estavam no mesmo barco dos pecadores, ele, Jesus também não o faria, mas por motivos diferentes: por causa da sua misericórdia e amor. Ele até se encaixaria no quesito de não ter pecado e poderia atirar a pedra, mas ele não a condena. A salva da condenação (de uma morte por apedrejamento) e a orienta a seguir sua vida, sem pecar novamente: requisita dela um arrependimento pelas atitudes, uma mudança, uma conversão que fizesse com que ela parasse de pecar.
Mas Jesus falava, não apenas com a mulher, e sim também com aqueles judeus que, tendo cometido pecados, seriam alvo da mesma pena que estavam aplicando à mulher. Isso porque quando julgamos alguém, somos condenados pela mesma medida com que medirmos.
Nosso trabalho não é julgar para condenar, como no exemplo do apedrejamento da mulher pecadora. Podemos até fazer um julgamento de análise, a fim de, por exemplo, não seguir falsos profetas, o que o próprio Jesus também orientou. Mas nunca nos deu Ele a prerrogativa de julgar para condenar (apedrejar).
Mas se alguém acha que não tem pecados, então que julgue e condene e se coloque no lugar do juiz, no lugar de Deus para estabelecer vereditos.

Pr. Lucas Durigon


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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Salmos – Oásis espiritual


"Louvai ao Senhor, porque ele é bom; 
porque a sua benignidade é para sempre." 
(Salmos 136: 1)



Ao contrário do que muitos pensam, não foi apenas Davi quem escreveu os Salmos. Ele é autor de cerca de metade deles (até o de número 72), mas outros autores escreveram outros Salmos, como Salomão e o chefe dos cantores do templo, Asafe. Os Salmos é o livro de cânticos do povo de Israel. Estes poemas tinham melodia, arranjo musical, composto por músicos e tocado nas festas e eventos ocorridos no templo. Os 150 Salmos abrangem uma gama de assuntos bem ampla.
É o maior livro da Bíblia, com 150 capítulos e 2461 versículos. Em número de capítulos, dos 1189 capítulos que a Bíblia toda contém, os 150 capítulos do livro de Salmos representam 1/8 ou 12,5% do total de capítulos da Bíblia, sendo apenas 1 livro, dos 66 que existem! Em número de versículos, os salmos representam aproximadamente 10% dos versículos do Antigo Testamento, que somam 23148 versículos.
É no Livro de Salmos também que estão o maior (119, com um total de 176 versículos), e o menor (117, com um total de 2 versículos) capítulos da Bíblia!
Como foi dito, nos Salmos, encontramos uma vasta gama de assuntos. Não é um texto contínuo, mas uma coletânea de letras de cânticos, que eram entoados pelo povo de Israel, como os de números 120 a 134, chamados de “cânticos dos degraus”, porque eram os cânticos comumente usados durante a subida do povo, caminhando para o Templo de Jerusalém, vindo de outras partes de Israel. Lembrando que a cidade de Jerusalém fica no topo de um monte, para chegar lá, é necessário subir. Naquela época, a pé, no lombo de burros, numa caminhada demorada e com degraus, até chegar no topo. Enquanto subiam, cantavam estes cânticos que estão separados ali nos Salmos!
Há Salmos de celebração e alegria. Há salmos de lamento, penitência e arrependimento. E também os de confissão. Há Salmos didáticos que contam histórias do povo. Há Salmos exortativos, animando o povo a permanecer com sua fé firme no Senhor. E em praticamente todos eles a tônica é que sempre a esperança e a confiança são colocadas em Deus. Mesmo nos Salmos mais dramáticos e tristes, ao final, não falta uma palavra de esperança no livramento, na salvação, no auxílio do Senhor.
Acima de tudo, os Salmos são feitos para Louvar ao Senhor. Exaltam ao Nome do Senhor e sua grandeza, e sua bondade, e sua majestade em sua maioria. 
Os Salmos são para serem lidos, orados, cantados, meditados e contemplados. Nos aproximam de Deus, com uma linguagem poética e ensinam e exortam de uma forma que toca direto ao coração. O hábito das igrejas e de muitas pessoas, que antigamente começavam o dia ou o culto com a leitura de um Salmo deveria ser retomado! E ler outras partes da Bíblia também.
Não é bem um livro para se ler numa sequência única, como outros da Bíblia. Isso porque não se trata de uma narrativa contínua. Mas fazer um esforço e ler os Salmos em um curto espaço de tempo, de forma concentrada, talvez em paralelo com outros livros da Bíblia, mas de forma sistemática, para começar e terminar sem protelar muito, é uma experiência edificante, que todo cristão deveria tentar pelo menos 1 vez!
Além de tudo e todos os temas que Salmos abrange, junto com Isaías, é o livro mais messiânico da Bíblia, ou seja, o que mais fala sobre Jesus, em termos proféticos!
Os Salmos são um oásis espiritual.


Pr. Lucas Durigon


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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Atos dos Apóstolos – ou Atos do Espírito Santo


Escrito pelo discípulo Lucas, médico, que também escreveu o evangelho de Lucas, o livro de Atos é a continuação dos Evangelhos. Logo após a subida de Jesus aos céus, deixou seus discípulos encarregados de continuar a obra que Ele havia iniciado. No livro de Atos, vemos como estes discípulos, que deram continuidade a esta obra, seguiram em frente e fizeram o que tinham pra fazer, orientados pelo Espírito Santos de Deus. É bom percebermos também que a presença do Espírito é tão intensa neste livro que muitos dizem que devia se chamar “Atos do Espírito Santo”, que foi quem levou os apóstolos a fazerem o que faziam.
O livro é claramente dividido em 2 partes. Até o capítulo 12, além de falar sobre os primeiros eventos após a ascensão do Senhor Jesus, sobre o recebimento do Espírito Santo, a instauração do ministério do serviço diaconal, a vida em comum da igreja inicial e a morte de Ananias e Safira por mentir ao Espírito Santo. Nesta primeira parte também vemos 2 diáconos agindo pelo poder do Espírito: Estêvão, o primeiro mártir da igreja e Filipe, que pregou ao eunuco etíope. Também nesta primeira parte conta a conversão de Paulo. Neste trecho também mostra a maneira como Deus disse a Pedro que o evangelho deveria, sim, ser pregado aos gentios.
Porém, podemos dizer que esta primeira parte foca e conta a história baseado na pessoa de Pedro, contando muito do que Pedro fez nos primeiros dias, quando assumiu a liderança dos apóstolos de Jesus. Vários eventos que ocorrem com aquele a quem Jesus incumbiu de apascentar suas ovelhas foram citados neste livro. Lucas era discípulo de Paulo, amigo de Paulo. Mas contou esta primeira parte tendo o apóstolo Pedro como personagem principal.
Neste aspecto, quero chamar especial atenção ao fato de alguns episódios, ocorridos com Pedro, como a libertação milagrosa da prisão, suas pregações com milhares de conversões, os milagres feitos através dele, incluindo a questão de que até sua sombra as pessoas desejavam que passassem por elas quando enfermas!
Na segunda metade do livro de Atos, a partir do capítulo 13, já inicia mostrando como Saulo e Barnabé foram escolhidos por Deus, e enviados e consagrados pela igreja para realizar a obra que Deus havia separado para eles. A partir daí, o autor Lucas continua falando do crescimento da igreja, do Reino de Deus, da obra de Deus sob a perspectiva das tarefas realizadas por Paulo. E, neste sentido, dá mais detalhes ainda do que fez na primeira parte.
Quero frisar aqui que Lucas toma o cuidado de demonstrar que Paulo também foi libertado milagrosamente da prisão, ele também fez pregações que levaram muitos a se converterem e também fez milagres de curas, inclusive os lenços que ele portava, ao entrar em contato com as pessoas, as curavam.
Lucas era discípulo de Paulo, companheiro deste na maioria das viagens que Paulo fez, andou com ele e foi testemunha ocular da maioria dos eventos que narrou nesta segunda metade do livro de Atos. Os eventos que Lucas narrou no evangelho e a maior parte dos eventos da primeira metade do livro de Atos, ele obteve as informações de terceiros, conversando e entrevistando pessoas que haviam participado dos eventos. Mas aqui, nesta segunda metade do livro de Atos, ao narrar os fatos daquilo que Paulo estava fazendo, ele participou pessoalmente da maior parte.
Apesar disso, mostra nesta segunda parte a decisão de todos (Pedro, Tiago e outros líderes da igreja), no Concílio de Jerusalém, sobre questões de circuncisão, de ritos judaicos abolidos e decisões em outros assuntos.
Depois deste evento no capítulo 15, Lucas passa a narrar, basicamente, as viagens missionárias de Paulo, sua prisão e julgamento, suas atividades, milagres, pregações, até o final do livro, no capítulo 28.
É um livro que traz, em cada capítulo, um verdadeiro ensino sobre como devemos realizar a obra de Deus. Além disso, mostra como a obra continuou depois que Jesus deixou tudo a cargo dos seus discípulos, como eles fizeram tudo, com a ajuda do Espírito Santo, sem o qual nada poderia ser feito.


Pr. Lucas Durigon

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Tito – Como o pastor deve lidar com a igreja


A carta do apóstolo Paulo escrita para o pastor Tito é uma carta de orientações a este pastor em como lidar com os diferentes grupos de pessoas que existem ou aparecem na igreja. E, embora seja esta uma carta pastoral, porque foi escrita para um pastor, para o orientar, ela deve ser lida, hoje em dia, por todos os cristãos, pois a orientação que Paulo dá a Tito sobre como lidar com os jovens, os idosos ou idosas, os senhores de escravos e outros grupos deveria ser lida por cada um destes grupos para se saber inclusive o que Deus espera de cada um deles na sua conduta cotidiana da igreja. Embora seja uma carta dirigida a um pastor e de grande valia para os pastores de hoje balizarem seu trato com as pessoas da igreja, também é de grande valor para os membros entenderem suas posições e tarefas, que se deseja que tenham na igreja onde Tito é pastor, que é a ilha de Creta.
Para o pastor que deseja observar estas orientações, pode ler também a primeira carta escrita a Timóteo por Paulo que é muito parecida com esta nas orientações.
A orientação do apóstolo aqui nesta carta se dá em como tratar os grupos da igreja. No capítulo 1, já fala em como lidar com os presbíteros da igreja e aqueles que contradizem, os que falam e fazem mal na igreja. O motivo de Tito ter ficado em Creta era para organizar a igreja e estabelecer líderes para cuidar dela. Lembrando que quando se fala de igreja em Creta (que é uma ilha), Paulo está falando de uma igreja estabelecida em várias cidades. Tito seria o organizador destas cidades. E Paulo começa dizendo quais as características que deve ter alguém que venha a receber a incumbência de ser um presbítero em alguma destas cidades onde a igreja está estabelecida. Características morais, sociais e espirituais para poder ser exemplo e orientar as outras pessoas na igreja são imprescindíveis para o líder de uma comunidade. Mas Paulo também preocupa-se em como agir frente aqueles que procuram tumultuar, contradizer os ensinos e o andamento da igreja. Observar as obras realizadas por estes, para verificar se o que fazem está de acordo com a Palavra de Deus, a sã doutrina e se o que dizem está de acordo com o que fazem é um balizador que Paulo orienta Tito a usar para escolher quem ele deve repreender e até mesmo “tapar a boca” daqueles que falam contra a sã doutrina.
Orienta a que Tito procure convencer a estes contradizentes pela Palavra de Deus, mostrando-lhes a verdade. Mais no final da carta, Paulo diz que os falsos profetas, deve-se admoestar e tentar recolocar no caminho por 2 ou 3 vezes. Mas, se depois disso, não quiserem se consertar, deve-se evitar este tipo de pessoa que busca semear a divisão pela contradição gratuita. Ou seja, pessoas que não demonstram boas obras, não se preocupam com a sã doutrina, mas apenas falam fábulas e debates inúteis sobre coisas que não geram nos homens o fruto de realizar boas obras.A estes, depois de tentar admoestar e convencer do erro por 2 ou 3 vezes, deve-se evitar este tipo de pessoa.
Esta é uma orientação importante a um pastor, que tem como tarefa (dentre outras) a de proteger o rebanho daqueles que poderiam destruir a fé de todos.
Orienta Tito também a como ensinar e tratar os idosos e as idosas. Os jovens e os escravos. Mas dá principalmente orientações ao próprio Tito, de como se comportar e agir, sendo o pastor, o líder daquela região, as várias cidades existente em Creta. Sempre lembrando que a base de todo agir cristão, seja para um líder ou uma pessoa participante, é viver pelo balizamento da sã doutrina, estipulada na Palavra de Deus. Fugir desta sã doutrina é como sair de um caminho seguro que te leva ao destino.
É uma orientação que serve a todos nós, cristãos, especialmente pastores e principalmente em tempos onde tudo é relativo, Paulo estabelece um absoluto de orientações, balizada pela Palavra de Deus. Uma importante orientação a seguir em dias como os atuais.





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