domingo, 29 de novembro de 2020

1. O Problema do Mundo

 De acordo com Deus, 

este é o problema do mundo: 

O pecado.


Não há força mais destrutiva do que esta!


Por causa do pecado, o Criador, o Todo Poderoso, precisou descer a este mundo, tornar-se ser humano e morrer por toda a raça humana. A única força capaz de romper a comunhão entre Deus e o homem foi o pecado. Foi ele que fez com que Adão e Eva perdessem a companhia e a comunhão com Deus. Foi ele a causa primária do primeiro assassinato. A semente da amargura, enraizada no coração de Caim que o levou a matar Abel.

O pecado tem muitas facetas. Mas todas levam a um mesmo objetivo: matar. O salário do pecado é a morte.

Muitos enxergam o pecado apenas como se fosse “algumas coisinhas” erradas que fazemos que deixa Deus triste, como se o Criador estivesse lá no céu, encolhido em algum canto, com a cabeça baixa, fazendo beicinho por causa da nossa desobediência. Poucos têm a noção do poder devastador do pecado contra nossas vidas, contra a humanidade e toda a criação (Gn 3: 14-19; Rm 8: 22). Poucos têm a noção das reais consequências do pecado. É a desestruturação do próprio universo.

A força do pecado é a força da destruição! É a própria destruição. A recompensa para aquele que peca é a morte, nada menos que isso (Rm 6: 23). E aqui falo de morte eterna, não apenas a separação entre alma e corpo. Mas a separação definitiva da presença de Deus, da vida, do amor.

O pecado é como se fosse um verdadeiro exército vindo contra nós, um exército muitas vezes enviado pelo inimigo de nossas almas: satanás. Outras vezes é um exército inimigo que batalha de dentro de nós, guiado por um soldado: a nossa carne, a nossa cobiça, como um soldado traidor, que faz parceria com o inimigo e resolve batalhar de dentro do próprio exército, o qual está traindo.

Esse exército do mal luta para, conforme as ordens do seu senhor, o diabo, nosso adversário, tentar nos destruir. Já temos a vitória. Já foi conquistada para nós a vitória quando Cristo venceu o pecado e a morte e nos outorgou o direito de vencermos também, através do sacrifício dele na cruz do Calvário.

Mas essa vitória não vem se ficarmos simplesmente parados, esperando de braços cruzados por essa vitória. Essa vitória, conquistada por Jesus na cruz, é a garantia de que, nesta luta, sabemos o resultado final se a lutarmos conforme as regras e os princípios estabelecidos por Deus. Mas não significa ausência de luta, passividade ou uma espera em berço esplêndido. Na luta contra o pecado, somos chamados a batalhar também. Às vezes, precisamos ter consciência de que esta batalha precisa ir “até ao sangue”, ou seja, precisamos batalhar muito, lutar bravamente e ir até as últimas consequências contra o pecado.

Foi neste sentido que Jesus disse que “se seu olho te faz pecar, arranca-o”, ou seja, o pecado é algo tão sério que, se preciso for, devemos perder algo de muito valor para nós, a fim de vencer a batalha contra o pecado: até mesmo um membro do nosso corpo. Porque a única força capaz de nos enviar para o inferno é o pecado. Não é, como muitos pensam, o diabo.

Nesta batalha, para manter a vida eterna, e não sermos dominados pelo pecado que nos traria a morte eterna, devemos ter noção de que mesmo um membro do nosso corpo perde a importância, se é o caso de nos fazer pecar e levar todo o corpo para a condenação eterna, o inferno, por causa do pecado.

A necessidade desta batalha é real. Mais do que isto, sua existência e nossa participação nela é real e independente da nossa vontade.

Muitos há que não percebem quando o pecado os tenta, quando a carne ou satanás “forçam a barra” perante si para levarem a pessoa ao pecado. Todos precisam entender que nosso inimigo não tem o poder de cometer pecado por nós, em nosso nome, por procuração. O que ele faz é tentar e tentar, insistir até que nós mesmos caiamos em pecado por nossa própria decisão. A decisão é sempre nossa. A insistência do diabo não justifica nossa queda. O cometimento do pecado é sempre, sempre, nossa responsabilidade. Não é culpa de ninguém mais!

Precisamos entender que o papel da nossa carne e do diabo, nesta questão do pecado, é insistir muito para que nós cometamos o pecado. Cabe a cada um de nós perceber e ter a noção da armadilha que está sendo montada contra nós a fim de desmantelar a estratégia para nos fazer pecar. Porém, muitas vezes, para desfazer esta armadilha, precisaremos lutar! E, algumas destas vezes, precisaremos lutar “até ao sangue”, ou seja, até nossas últimas forças.

Para se ter uma ideia da importância e frequência deste assunto na Bíblia, é importante ressaltar que a palavra “pecado” (e o plural, “pecados”), são citados na Bíblia 489 vezes! Se a Bíblia tem 1189 capítulos, é praticamente uma citação desta palavra a cada 3 capítulos!

Pode até não parecer muito. Mas se lembrarmos que a Bíblia trata dos mais variados assuntos, então ter uma palavra que aparece com tanta frequência é bastante sim. Significa que, se você fizer um planejamento de leitura da Bíblia em 1 ano, irá se deparar com esta palavra todo dia, algumas vezes mais de 1 vez no dia).

Só a título de comparação, as palavras “salvar”, “salvação” e “salvador”, aparecem 227 vezes! E é um assunto igualmente importante. Mas algo me diz que Deus deseja alertar seu povo para o perigo que é o pecado, e insiste neste assunto, para que seu povo fique atento. A palavra “céu”, aparece 347 vezes. “Inferno” são apenas 29 vezes, porque na verdade o que leva ao inferno é o pecado, e Deus está mais preocupado em nos curar na origem do problema do que tentar evitar a consequência! A palavra “amor”, muito importante na Bíblia, pois define o próprio ser de Deus (I Jo 4: 8, 16) e é o principal mandamento de Jesus para nós, tem 245 citações! Então, vejamos que ter uma palavra que aparece quase 500 vezes na Bíblia, eu vejo como sinal de ser algo realmente que mereça nossa atenção. Deus está nos chamando a atenção para essa realidade, para a presença do pecado, como algo destrutivo, neste mundo e em nossas vidas, e deseja nos curar disso, se assim o quisermos.

Se considerarmos ainda as palavras “pecar” e “pecador”, com mais 79 citações diretas na Bíblia, então, passa de 500 citações, e olha que nem incluí as conjugações de pecar, nem as variantes de pecador.

Por outro lado, parece ser o objetivo do inimigo fantasiar o pecado, fazê-lo parecer bonito ou menos perigoso do que é. Deus alerta e o inimigo disfarça. Afinal, quem já não se deparou ou até usou aquele velho argumento “nem é tão ruim assim” ou “isso me faz bem, não deve ser ruim” ou ainda “isso nem é pecado”. Mas a verdade é que Deus faz questão de alertar seu povo para este perigo, que não é pequeno. Nada pode nos separar do amor de Deus, conforme Romanos (Rm 8: 35-39), nem praga, fome, espada. Mas ali não cita o pecado, que é a única coisa que pode fazer separação entre nós e Deus, segundo Isaías (Is 59: 2), e que é uma força que se origina de dentro de nós, a fim de ofender e afastar Deus de nós. Tudo o que é externo a nós não pode nos separar de Deus e do seu amor.

Aliás, nem o pecado nos afasta do amor de Deus. Deus continua nos amando e desejando nosso retorno a ele, através do arrependimento. Mas o fato é que, pelo pecado, somos afastados do nosso relacionamento com Deus.

O pecado é o problema o mundo. De acordo com a Bíblia, o contrário de pecado é o “amor”. Vejamos alguns exemplos práticos. A Bíblia diz que aquele que ama a seu irmão, não rouba, não mata etc. (Rm 13: 8-9). Que a consequência do amor e sua prática anula a prática do pecado. Roubar e matar, por exemplo, são dois pecados. Agora, vamos ser sinceros. Realmente esses dois pecados são parte dos problemas do mundo. Se fossem extintos, esta parte dos problemas do mundo seriam resolvidos.

Aliás, qual problema do mundo não é, realmente, um pecado? Adultérios e invejas que levam a cobiças e lutas por ter o que não se tem. Corrupção, preconceitos, desprezo aos mais fracos etc. Problemas de segurança, violência, desigualdade social, todos eles são problemas que têm início na natureza pecaminosa do ser humano.

Enquanto as pessoas, a política, organismos sociais e tantos grupos buscam resolver os problemas em sua consequência, Deus, em Jesus Cristo, nos mostrou como resolver o problema na raiz. Se todo ser humano tivesse consciência dos perigos do pecado e dedicasse sua vida a resolver esse problema, em calar a voz do inimigo para negar o pecado em cada dia, então todos os problemas estariam resolvidos.

É um assunto importante e relevante hoje em dia. Porque pouco se fala disso. Tornou-se um assunto incômodo para as pessoas, que não querem pensar em si mesmas como pecadoras. Preferem ser mocinhos e mocinhas, heróis e heroínas da própria existência, que é a ideia atualmente aceita para o ser humano. Mas falar do pecado também é importante porque muitos já não sabem mais o que é isso. Muitos perderam a noção de seu alcance, causas e consequências. Saber do que se trata para podermos fazer algo a respeito, para termos a opção de escolher, é realmente relevante.

A existência do pecado causa a destruição do mundo. Deveria ser contra essa força que todos deveríamos concentrar esforços para derrotar. Cada um dentro de si. Jesus já mostrou a cura para isso: o arrependimento pelo seu sangue!

Pr. Lucas Durigon





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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Quem não tem pecado, atire a primeira pedra



Diante da cena de uma mulher, em flagrante adultério, que estava para ser apedrejada e morta, Jesus orienta a todos que cumpram com a lei de Moisés, atirando a pedra, tomando a dianteira para atirar primeiro a pessoa ali que não tivesse nenhum pecado.
Claro que, se aquelas pessoas fossem minimamente honestas e pensassem nas consequências de seus atos, desistiriam de tal condenação, porque não há um justo, nenhum sequer, ninguém que não peque. Todos aqueles com pedras na mão eram, igualmente, alvos de condenação pelos pecados que cometiam.
De acordo com o relato bíblico, os primeiros que saíram dali foram os mais velhos, os mais idosos e experientes e, espera-se, os mais sensatos. Aqueles que mais prontamente sabem que são também pessoas pecaminosas e não poderiam condenar outra pessoa, atirando uma pedra, pois sabiam que não estavam isentos de pecado.
As palavras de Jesus fizeram com que todos os ansiosos por participar de um apedrejamento fossem mais comedidos e refletissem, porque amanhã poderia ser eles. Tudo bem que não era qualquer pecado que era punido com apedrejamento, como o adultério daquela mulher, mas Jesus vai um pouco mais além da lei de Moisés e diz que para condenar alguém, seria necessário ser uma pessoa irrepreensível, sem mancha, sem pecado! E daí, nenhum daqueles expectadores cumpriam com o requisito.
O único que poderia se encaixar neste quesito seria o próprio Jesus. E ele deixa claro, no final, que do mesmo modo que nenhum daqueles outros pecadores tiveram a coragem de condenar a mulher, pois estavam no mesmo barco dos pecadores, ele, Jesus também não o faria, mas por motivos diferentes: por causa da sua misericórdia e amor. Ele até se encaixaria no quesito de não ter pecado e poderia atirar a pedra, mas ele não a condena. A salva da condenação (de uma morte por apedrejamento) e a orienta a seguir sua vida, sem pecar novamente: requisita dela um arrependimento pelas atitudes, uma mudança, uma conversão que fizesse com que ela parasse de pecar.
Mas Jesus falava, não apenas com a mulher, e sim também com aqueles judeus que, tendo cometido pecados, seriam alvo da mesma pena que estavam aplicando à mulher. Isso porque quando julgamos alguém, somos condenados pela mesma medida com que medirmos.
Nosso trabalho não é julgar para condenar, como no exemplo do apedrejamento da mulher pecadora. Podemos até fazer um julgamento de análise, a fim de, por exemplo, não seguir falsos profetas, o que o próprio Jesus também orientou. Mas nunca nos deu Ele a prerrogativa de julgar para condenar (apedrejar).
Mas se alguém acha que não tem pecados, então que julgue e condene e se coloque no lugar do juiz, no lugar de Deus para estabelecer vereditos.

Pr. Lucas Durigon


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