segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Examinai Tudo. Retende o Bem.


 

O título acima é exatamente a descrição do versículo de I Tessalonicenses 5: 21.

E, em tempos de informações excessivas, como este da internet que vivemos, só precisamos interpretar melhor a questão do que significa o “tudo” deste versículo, porque é óbvio que com a quantidade de informações que temos atualmente, não dá pra levar o “tudo” deste versículo ao pé da letra, como se tivéssemos que examinar ou estudar todo o conteúdo da internet. Não é disso que se trata.

Mas o tudo, eu colocaria por exemplo examinar todas as opções de uma mesma situação, por exemplo. E então, concluir qual é boa e reter esta.

Ou então, examinar todas as opções de emprego que tenho a minha disposição e, como critério de escolha, ter o “bem” como fator fundamental. Neste caso, vale um exemplo mais explicado. Suponhamos que eu procure emprego e tenha 3 ofertas para escolher. Então, numa delas o salário é melhor, mas na outra, cujo salário é menor, me proporciona mais tempo com a minha família. E ainda há outra cujas tarefas a serem executadas exigem certa imoralidade da minha parte, como por exemplo fazer subornos para conseguir contratos. Então, ao examinar tudo, as opções com suas características, o que a Bíblia está dizendo é que o critério principal para escolha é o “bem”. E não o salário, por exemplo. Neste exemplo, poderia ser que o emprego que exige minha corrupção moral fosse o melhor salário. Mas, de acordo com o conselho bíblico, não é essa que deveria ser escolhida, pois eu deveria reter o que é bom, ou o bem.

Examinar tudo é um conselho muito bom. Significa que não posso simplesmente reter em minha mente, em meus sentimentos, em minhas emoções ou em minhas escolhas algo que não tive o trabalho de examinar. Reter na mente, no coração ou na vida coisas de forma acrítica, sem reflexão, sem exame é um perigo. Pode nos fazer colocar para dentro de nossas vidas coisas que à primeira vista parecem boas, mas que, se examinadas com um pouco mais de cuidado, são problemáticas, prejudiciais, imorais ou mesmo ilegais.

Vou dar outro exemplo. Você está numa discussão com alguém que, no calor do momento, dirige ofensas à sua pessoa, colocando sua capacidade em questão. Diz por exemplo que você é um incompetente em determinada tarefa. Alguns psicólogos dizem que você tem 5 segundos para refutar, dentro de você, esta informação, a fim de não internalizar ela e acabar acreditando nesta mentira que pode ser prejudicial à sua autoestima. Se você não examinar isso e simplesmente aceitar, sem examinar, o que aquela pessoa falou, pode passar a se sentir inferior e acreditar que não é capaz mesmo daquela tarefa.

Mas, neste exemplo, vamos usar o conselho bíblico. Vamos examinar tudo. Ou seja, ao ouvir de outra pessoa a opinião dela de que você é incompetente, vamos examinar isso e analisar as opções. Isso, na sua mente, enquanto ouve a acusação.

Na primeira hipótese do meu exame, esta pessoa está apenas nervosa, falando coisas sem critério e eu sei que sou absolutamente capaz e competente naquilo que executei. Pode ser que essa pessoa seja meu chefe e tenha dito isso num rompante de raiva, apenas para me insultar. Então, no meu exame, eu considero a opção dele, mas examino e chego à conclusão que não, não sou incompetente: apenas ele está nervoso. E é isso que eu retenho dentro de mim, da minha mente, do meu coração: que sou absolutamente capaz. Então, eu examinei, e retive o bem. Perdoei o insulto e quem o fez, não me magoei nem retive coisas ruins dentro de mim e segui em frente.

Na segunda hipótese do meu exame interno, pode até ser que o chefe estava certo, apesar da forma ríspida de dizer, mas que eu preciso analisar melhor minhas atitudes e melhorar meu comportamento, a maneira de fazer as coisas. Mesmo assim, eu me examino, e também examino o que me foi dito e, de forma honesta, reconheço minha limitação e me proponho a melhorar. Neste caso, mesmo que a palavra dita pareça um insulto e pudesse me colocar pra baixo ou me desestabilizar, ao ouvir o conselho bíblico eu posso examinar a situação como um todo e reter apenas o que é bom em tudo isso, ou seja, a necessidade de melhorar, considerando que o chefe tem razão no que fala, mesmo que eu tenha que desconsiderar a maneira e a forma como ele fala. Então, eu retenho apenas o que é bom, ou seja, o conteúdo da sua crítica que me leva a aperfeiçoar minha atitude, e descarto o que não é bom, ou seja, a forma ríspida de falar dele, que poderia me magoar ou criar um sentimento de inferioridade em mim. Ao ouvir este conselho bíblico, eu poderia, por exemplo responder a ele que agradeço pela chamada de atenção e vou procurar melhorar, e ignorar a maneira como ele falou. Com certeza, uma atitude dessas vai surpreender a pessoa que fez a acusação e me proporcionará uma oportunidade de crescimento.

A terceira hipótese de análise para uma crítica dessas é pensar que não sou, normalmente uma pessoa incompetente mas, neste caso, acabei cometendo um erro isolado. Da mesma forma, eu analiso tudo em minha mente, mas retenho apenas o fato de que cometi um erro, ignorando (não retendo) a crítica exagerada e desproporcional do meu chefe, me colocando numa situação em que pareço ser, constantemente, um incompetente. A verdade, que é boa e pode me gerar uma oportunidade de melhora, de crescimento, é o que deve ser retido. E eu ignoro e jogo fora tudo o mais que acompanha aquilo que é bom, mas que poderia me prejudicar.

Estes são apenas alguns exemplos de situações e análises, de examinar o que me atinge e poder reter apenas o que é definido como bom.

O que eu quero enfatizar é o fato da orientação divina neste versículo nos dizer que não devemos aceitar tudo sem exame, sem análise, sem verificar bem o que é. Este exame me fará chegar a uma conclusão bem mais acurada e correta do que se eu simplesmente aceitasse o primeiro emprego por causa do salário ou considerasse a ofensa do meu chefe, me passando a considerar o que ele me diz, sem análise.

E, depois de analisar, de não apenas aceitar qualquer coisa de qualquer jeito, a orientação é para o critério correto para escolher o que vai ficar na minha vida. Ou seja, aquilo que é bom. Não o que é mais lucrativo ou fácil. Mas o que é bom. Este é o critério. Devemos analisar, examinar tudo o que nos chega. Nada, nem mesmo a pregação de um líder religioso, deve ser aceita sem análise, sem exame. E o critério deve ser o que é bom para escolher.

É um conselho maravilhoso. Se colocarmos em prática, há muito que podemos melhorar para nós e para o mundo, praticando isso.


Lucas Durigon


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