segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Podemos Confiar no texto Bíblico


Gostaria de fazer uma breve defesa dos textos bíblicos e sua autenticidade e veracidade sob o aspecto histórico e puramente textual. Para quem acredita, para os cristãos verdadeiros, não há dúvidas sobre a questão da inspiração dos textos bíblicos feita pelo Espírito Santo. Não há dúvidas, sob o ponto de vista da fé, que os textos bíblicos foram dados por Deus ao homem. E eu também creio nisso, com todas as minhas forças. Sou testemunha do quanto a Palavra de Deus é viva e eficaz, da capacidade dela em operar transformação de vidas (operou na minha e vi operar na vida de muita gente). Sei que a Palavra de Deus se renova a cada dia, como se estivesse realmente viva!

Mas, neste momento, quero falar de outro aspecto. Falar da Palavra de Deus e de sua veracidade, mesmo que você não queira utilizar os aspectos da fé, mesmo que você não tenha fé e queira apenas acreditar na Bíblia como um texto escrito, seja poético, histórico, narrativo etc. Sim, porque a Bíblia contém tudo isso.

Um livro que foi escrito ao longo de aproximadamente 2 mil anos. Este é o tempo de duração da escrita dos livros bíblicos. Lembrando que Bíblia significa “biblioteca” ela é, na verdade, não apenas um único livro, mas um conjunto de 66 livros reunidos, sendo única no seu conteúdo e continuidade, na unicidade do tema, mas tendo sido escrita por aproximadamente 40 autores.

E precisamos entender que todos estes autores escreveram daquilo que lhes era pertinente no seu tempo. Testemunharam e registraram os acontecimentos do seu tempo. Considerando o aspecto de que estes autores tinham o temor de Deus e a vontade de escrever o que era verdade, o fizeram com o maior cuidado. Uma das maiores provas disso é que encontramos na Bíblia descrições das derrotas do próprio povo de Deus, em narrativas históricas ou mesmo em derrotas pessoais de seus principais personagens. Este tipo de conteúdo acentua a veracidade dos textos, porque, geralmente, os escritores tendem a ocultar de suas narrativas históricas os seus próprios fracassos.

Sob esse aspecto histórico, mesmo que o leitor não tenha o aspecto da fé em sua leitura, crendo ser toda narrativa bíblica uma demonstração da ação de Deus no meio da história humana, ainda assim deve permanecer confiável o texto como narrativa histórica pura. Isso porque, ainda que o povo de Israel veja nos acontecimentos históricos a mão de Deus, mesmo para quem não acredita assim, a narrativa em si não pode ser posta em dúvida. Muitos argumentam sobre o texto ser antigo, ou por não haver outros textos, de outros povos, que confirmem a narrativa bíblica. Mas tudo isso não é argumento para não acreditar no texto bíblico.

Ora, veja bem, se você estuda seu livro de história da escola, sobre qualquer evento histórico brasileiro ou mundial, é necessário que acreditemos naquilo que foi narrado no livro, como evento ou fato histórico. E muitos acreditam, em tudo o que leem nos textos históricos diversos. Mas muitas pessoas colocam em dúvida os acontecimentos históricos narrados na Bíblia.

Minha pergunta seria: Por que o texto do livro da escola é confiável e a Bíblia não?

Muitas histórias narradas em outros livros não têm mais do que 1 testemunha, ou seja, apenas 1 pessoa que a tenha narrado ou, pelo menos, apenas 1 narrativa que tenha chegado intacta até nós. Isso é mais verdade quanto mais antigo o texto ou evento histórico. Muitos acreditam sobre histórias contadas de civilizações antigas como verdadeiras, embora existam apenas 1 texto (e muitas vezes apenas 1 cópia deste texto) de alguma narrativa histórica antiga. Mesmo assim, acredita-se neste evento. Porque é o que temos disponível para conhecer esta história antiga.

No caso da Bíblia, temos muitas vezes mais de 1 história na mesma bíblia. Por exemplo, os livros de Reis e Crônicas, escritos por autores diferentes, são paralelos que se confirmam um ao outro. E, depois do escrito original, no caso da Bíblia, quase todos os livros e trechos contam com mais de 1 cópia antiga para comprovar o texto escrito.

Então, por que confia-se em outros textos e não na Bíblia? Não há motivos objetivos, técnicos ou mesmo históricos para este tratamento diferente. A única coisa é que muitos querem tentar fazer desacreditar o que está escrito na Bíblia e usam destes argumentos, ainda que aceitem que outros eventos históricos possam ser comprovados e acreditados, mesmo que tenham menos textos que o descrevam do que nos exemplos bíblicos.

A Bíblia é confiável nos seus escritos e tem sido o livro mais estudado, mais perscrutado e o que mais estudiosos se dedicam a comprovar a veracidade de seus textos, a buscar, na arqueologia, comprovação de tudo o que está escrito. Isso não acontece com a maioria massante dos outros textos históricos que temos, e ainda assim, muitos acreditam mais nos outros textos do que nos textos bíblicos!

Me parece uma posição apenas por conveniência, sem motivos claros. Muitos dizem que não podem acreditar na Bíblia, na verdade, apenas porque não querem acreditar, porque a Bíblia é a Palavra de Deus, e pode mudar a vida das pessoas. Mas, para mudar, exige-se mudança de comportamentos internos e atitudes das pessoas. E muitos apenas escolhem ficar como estão, sem se submeter à mudança de Deus em suas vidas. E então, para não terem que acreditar nos aspectos de fé da Bíblia e para não terem de aceitar a verdade da natureza pecaminosa humana, então buscam um meio de desacreditar os aspectos históricos e textuais da Bíblia, a fim de poderem dar uma desculpa para sua falta de fé no aspecto espiritual da Bíblia.

Mas a Bíblia é crível, é fidedigna em seu conteúdo. E isso tem sido cada vez mais comprovado, ao longo dos tempos, pela fé e testemunho de mudanças de vida e também pelos estudos, arqueologia e crítica textual a qual o texto bíblico tem sido submetido.

Lucas Durigon


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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Oseias – Deus requer amor verdadeiro e fidelidade

Oseias é o primeiro livro do grupo chamado de “Profetas Menores”, com este título por causa do tamanho dos textos. Apesar dos seus 14 capítulos, 2 a mais que os 12 capítulos do livro de Daniel (que está no grupo dos profetas maiores), os capítulos de Oseias são curtos e em número de versículos, Daniel tem 75% a mais que Oseias.

Deus deu a este profeta uma dura tarefa. Como ocorre em alguns casos de profetas, que Deus pede para que façam algo com suas próprias vidas a fim de transmitir a mensagem do Senhor (Deus mandou que Jeremias não se casasse, a Isaías deu ordens de andar nú – Is 20: 3, etc.). Para Oseias, a ordem foi bastante controversa: mandou que o profeta casasse e tivesse filhos com uma prostituta. E, aos filhos que teve com a mulher prostituta, Deus mandou ele colocar nomes que indicavam a relação de Deus com seu povo.

Aliás, esta ordem de Deus foi para ilustrar o comportamento do seu povo de Israel, para com o Senhor Deus. Eles estavam se comportando como prostitutas. Deus deixa claro que seguir outros deuses por interesse e fazer alianças com nações que adoram outros deuses só por causa das vantagens financeiras é se comportar como uma prostituta. Essa é a essência de uma mulher assim: o amor é vendido por dinheiro. E isso, na verdade, desqualifica o amor. O povo de Deus, conforme Oseias narra em todo o seu livro, estava se vendendo por dinheiro. Buscava quem desse mais lucro, mais vantagens, quem pagasse mais. O amor e a fidelidade a Deus não eram sem interesse, mas rápido abandonavam o Deus que havia tirado eles da escravidão do Egito (ou do pecado) para seguirem outro deus que lhes oferecessem uma melhor vantagem financeira. E Deus pede ao profeta Oseias que deixe isso bem claro, inclusive tomando uma mulher prostituta por esposa e mãe de seus filhos.

Mas o fato de Deus pedir para o profeta se casar com ela tem outro objetivo. Deus também diz que, embora seu povo tenha se comportado assim, Ele, o Senhor, está disposto a recebê-los de volta, desde que se convertam. O livro de Oseias é um dos que mais usam esta expressão: “converter-se”. E esta é a exigência do Senhor, que se convertam, mudem o seu comportamento e os seus caminhos, porque os caminhos de Deus são vida e por ele devemos andar, diz o profeta no encerramento do seu livro (14: 9).

A falta do conhecimento do Senhor, dos mandamentos e desígnios do Senhor levam o homem a cometer maldades, a cometer pecados, a se desviar deste caminho do Senhor. E, por isso, o povo perece, por lhe faltar o conhecimento do Senhor. Porque rejeitaram o conhecimento de saber quem é Deus, o povo entrou a cometer pecado e, como o salário do pecado é a morte, a falta deste conhecimento do Senhor levou-os a perecer, no pecado.

Mas o Senhor leva o profeta Oseias a tomar esta atitude e fazer esta comparação para mostrar quão grave e louco é o caminho que o povo de Israel escolheu. Também o Senhor deixa claro que, mesmo com tão grande loucura, está disposto a perdoar e a voltar a ser o Seu Deus, se eles mudarem seus caminhos, que para isso é necessário conhecer os desígnios de Deus e jamais ignorá-los. O Senhor deixa claro, por meio do profeta, que o caminho que eles escolheram continuará a trazer sofrimento e perdição, se neste caminho eles permanecerem, e que a conversão é necessária e imperativa se eles desejam ter um bom e abençoado futuro.

Deus trata sua relação com seu povo de forma até ciumenta neste livro, mostrando sua tristeza em ver seu povo seguir este caminho, de seguir outros deuses apenas pelos benefícios financeiros que eles oferecem, como uma verdadeira prostituta. Deus se entristece em ver seu povo desprezando tudo o que Ele, o Senhor, fizera por eles.

E, como em nenhum outro profeta, o Senhor mostra quanto Ele fez para que seu povo fosse apenas seu, como os atraiu e trabalhou por eles, que agora se comportavam como adúlteros. Deus chama seu povo para um relacionamento de fidelidade e amor verdadeiro, não movido por interesse. Oseias pode ser chamado de “O profeta do amor” por causa do conteúdo e da forma como Deus se dirige a seu povo.



Lucas Durigon


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