“O
que justifica o ímpio, e o que condena o justo,
tanto um como o
outro são abomináveis ao Senhor.”
“Ai
dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal;
que fazem das trevas luz, e
da luz trevas;
e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”
Estamos vivendo tempos em que as pessoas estão perdendo a referência
dos valores, do que é certo ou errado. A ideia de que tudo é
relativo, inclusive a verdade, parece que faz com que as pessoas
sintam-se no direito de criar sua própria verdade ou sua própria
moral personalizada.
Nesta ideia, justifica-se dizendo ser amor a relação entre pessoas
do mesmo sexo, por exemplo. Como se amor fosse definido pela atitude
de troca de carícias ou a forma como se trata a outra pessoa.
Na mesma lógica, muitos tomam decisões em suas próprias vidas,
supondo que vivem em redomas isoladas do mundo, pensando que suas
próprias atitudes, na sua própria vida, não afeta ninguém ao
redor. Por exemplo, se alguém mente sobre a renda familiar, para
conseguir, no poder público, uma boa colocação para adquirir uma
casa própria popular, pode pensar que sua mentira não prejudica
ninguém. Mas alguém, que realmente precise da casa (ou pelo menos,
numa intensidade maior, por ter mais necessidade) pode ficar de fora
do benefício por ter a primeira pessoa mentido e não haver casas
suficientes para todos que precisam. Aquela mentira “inocente”
pode prejudicar, sim, outra pessoa. E, como não tem como sabermos se
a mentira vai ou não prejudicar alguém realmente, o melhor seria
seguir o conselho bíblico: não mentir. Mas muitos preferem
relativizar, criar sua própria verdade, justificar-se dizendo que
“minha mentira não vai prejudicar ninguém”, ou “eu preciso
mais”, ou ainda “não tem outro jeito, se eu não ajeitar a
realidade um pouquinho”, e daí, então, não tem problema,
conforme pensa cada um. Como a pessoa sabe? Como vamos saber se não
prejudica alguém?
A mentira, relações afetivas e outras situações da existência
humana são permeadas de valores éticos e morais. Existem absolutos
que não deveriam ser relativizados, para o bem de todos. Há
absolutos que existem porque a vida é tão cheia de variantes, que
seria virtualmente impossível a cada um de nós saber, com certeza,
que minha atitude “inocente” não prejudica ninguém. Por isso,
seguimos certos absolutos universais, certas regras que não deveriam
mudar, que são válidas para todos, sem que para isso fiquemos
arranjando exceção ou justificativa pessoal para essa ou aquela
situação.
No mundo de hoje, o relativismo vem acompanhado do sofisma. Aquela
meia verdade, ou uma mentira travestida de verdade para justificar
certos atos que deveriam ser injustificáveis.
Se alguém comete um crime, por exemplo, precisa sofrer as
consequências. Faz parte da vida. É a responsabilidade de responder
pelos próprios atos, a fim de que cada um entenda que todo ato, bom
ou mau, tem consequências. O perdão e o amor, presentes na Palavra
de Deus, os quais eu prego e creio que devam ser praticados, não
servem para tirar de alguém a responsabilidade pelo que cometeu. Se
assim o fizermos, invariavelmente, a sociedade começará a pensar
que pode-se fazer tudo porque Deus e todos perdoam mesmo, então não
há consequências. O perdão e o amor é para que aquele ato possa
ser neutralizado (quando possível), possa ser perdoado a fim de que
a pessoa retome sua vida, para que não fique indefinidamente sendo
julgada e condenada. Se ela não desejar o perdão, já irá passar a
condenação no inferno, eternamente, o que já seria uma grande e
grave consequência. Nesta vida, o perdão e o amor não podem ser
relativizados, ao ponto de ignorar ou absolver sem pena nenhuma
aqueles que cometeram atos graves contra outras vidas.
Muitos hoje que usam argumentos travestidos de “amor”, estão
apenas tentando semear a irresponsabilidade, a inconsequência. É
verdade que precisamos ajudar ao próximo, por exemplo, estender a
mão ao necessitado, dar alimento ao faminto. São ensinamentos de
Jesus. Mas a mesma bíblia também diz que “aquele que não quiser
trabalhar, que não coma”. Perceba, que é aquele que não “quer”
trabalhar. O que não pode, está impossibilitado, não consegue,
temporária ou definitivamente, precisa sim da ajuda da sociedade, da
igreja, do governo. Mas, usando-se uma desculpa, muitos “pegam
carona” e, podendo, não querem se esforçar, para viver às custas
de outros, por exemplo.
Essa inversão de valores, onde o preguiçoso se mostra como uma
vítima necessitada, onde criminosos parecem merecer mais direitos
que pais de família trabalhadores, onde o “amor”, ou a ideia
errada dele é desculpa para todo tipo de aberração.
Veja, por exemplo, que há presos, em presídios, que recebem
alimento de graça, sem precisar trabalhar, marmitas com carne,
legumes etc., e muitos pais de família trabalhadores não têm
condições de oferecer isso para seus filhos, por exemplo, e ainda
há pessoas que acham que esses mesmos criminosos ainda precisam de
mais e mais direitos! Enquanto pais de família precisam pagar por
isso, e às vezes não conseguem, crianças em escolas, estudando,
não têm a mesma qualidade de alimento dos presos. E estes, ainda,
sentem-se no direito de “fazer greve” e jogar fora as marmitas
para exigir algo melhor. Isso é inversão de valores. Se o pai de
família precisa trabalhar duro para dar de comer aos seus filhos e a
si mesmo, por que eu preciso, com meus impostos, pagar a comida de um
criminoso condenado e ainda aceitar que ele exija o cardápio? Que
não vá deixar ele passar fome, tudo bem, é compreensível e
aceitável. Mas por que não pagar apenas o arroz com ovo e deixar
que o prisioneiro, como qualquer pai de família livre, tenha de
trabalhar e suar a camisa caso queira comer um bife? É este tipo de
exemplo (e tantos outros) que são inversões de valores que precisam
ser restabelecidos, porque Deus não aprova isso.
Essa inversão de valores, movida por sofismas, por falácias e
falsos argumentos, por atitudes que condenam aquele que é justo e
acabam inocentando aqueles que cometeram seus erros, não ajuda
ninguém. Não ajuda a vítima do erro. Não ajuda quem comete o
erro, o qual nunca irá perceber que precisa de uma mudança de
atitude.
O bom mesmo é fazer o que é certo.
Mas como ter um referencial absoluto de certo e errado num mundo todo
relativizado onde cada um tem a sua verdade? Eu sugiro buscarmos uma
referência fixa e constante: a Palavra de Deus. Ali, temos as
respostas, os referenciais absolutos.
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