No evangelho de João, cap. 2 e verso 16, encontramos a seguinte
narrativa: “e disse aos que vendiam pombos:
Tirai daqui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas”,
no momento em que Jesus promovia a primeira purificação do templo,
no início do seu ministério. Lá pro fim do seu ministério, o
Senhor Jesus faria outra purificação (Mateus 21: 12-13), igual a
esta.
Este fato é retratado no evangelho de João 2: 13-17, logo após ter
realizado o milagre de transformar água em vinho (2: 1-12), que foi
o primeiro milagre do seu ministério. Portanto, esta purificação
foi feita no início do seu ministério. Em Mateus 21: 12-13, Marcos
11: 15-17 e Lucas 19: 45-46, a narração da purificação do templo
ocorre depois de sua entrada triunfal em Jerusalém, 1 semana antes
de sua morte e ressurreição, portanto já na sua última semana do
seu ministério terreno. Com exceção de Lucas, todos citam o fato
de Jesus ter dirigido uma palavra direta aos vendedores de pombos.
Jesus, ao ser apresentado no templo por ocasião da sua circuncisão,
seus pais entregaram um par de pombas para oferta (Lucas 2: 24).
Eu sou daqueles que acredita que nada do que está na Bíblia é em
vão. A menor informação, o menor detalhe, a citação que pareça
mais inóspita está ali por algum motivo e Deus permitiu que fizesse
parte da sua palavra para cumprir com um propósito. Sendo assim, a
citação que venha a parecer sem a menor importância, quando faz
parte da Palavra de Deus, tem sempre um significado maior.
Assim é com esta pequena citação quando, mesmo estando todos os
vendedores ali, todos sendo expulsos por Jesus, o escritor do
evangelho faz questão de destacar que Jesus se dirigiu, em um dado
momento, direta e especificamente aos vendedores de pombos.
E por que esta distinção, em se tratando dos vendedores de pombos,
se todos os outros vendedores (de ovelhas, bois etc.) estavam ali
também? Por que destacar a fala de Jesus, dirigida aos vendedores
deste tipo específico de animal?
Bem, antes de tudo, uma rápida contextualização do porquê os
vendedores destes animais estavam ali no templo. É que, quando um
judeu desejava (ou precisava) apresentar um sacrifício no templo,
devia levar um animal para o sacrifício. Um tipo diferente de animal
para cada tipo de sacrifício (_). Normalmente, ele levaria o animal
de sua própria criação, do seu próprio rebanho. Mas um detalhe na
lei de Deus permitia que o judeu que morasse longe, quando o caminho
era longo, vendesse seu próprio animal na sua região, levando o
dinheiro durante a viagem (mais fácil de transportar) para comprar
outro animal equivalente quando chegasse ao templo para oferecer o
sacrifício (_). Portanto, a própria lei de Deus permitia que
houvesse um certo comércio, a fim de facilitar a vida daqueles que
fariam o sacrifício e tivessem que viajar longas distâncias.
Mas, então, por que Jesus os expulsa, de forma tão vigorosa?
Será que Jesus não conhecia a lei que diz que era permitido essa
venda, perto do templo, para quem viajasse de longe, a fim de não
ter que transportar o pobre animal por uma longa distância? Eu
acredito que essa lei era uma forma de facilitar para o ofertante,
gerar economia e preservar o pobre animal da longa viagem.
Muitos poderiam argumentar, baseado nessa lei de Deus, que o quê
Jesus fez era desnecessário ou exagerado. Mas essa citação de João
nos traz luz sobre o que estava acontecendo.
Eu acredito que Jesus tinha 2 motivos básicos para fazer o que fez:
Primeiro, o fato de os vendedores estarem dentro do templo, na
área interna do pátio que era destinada aos gentios e prosélitos
(_). As vendas deveriam ser feitas para fora da área do templo, nos
arredores, na cidade. Quando a lei do sacrifício e da venda-recompra
do animal foi feita, talvez a intenção fosse de que, quando
chegasse em Jerusalém, comprasse de algum criador. Talvez alguns
vendedores, querendo obter vantagem no sentido de um melhor
posicionamento perante os clientes, tivessem pensado que era melhor
ir para dentro da área do templo, a fim de melhor captar os clientes
que necessitavam do animal. O objetivo desta venda, quando a lei foi
estabelecida, não era ter lucro. Pelo menos não um exorbitante.
Talvez um lucro que compensasse a disposição do vendedor em
oferecer o necessário animal para o sacrifício. O Senhor, ao fazer
a lei, talvez esperasse que dentre os judeus que moravam perto do
templo, percebessem o privilégio que tinham de não ter de viajar
para longe a fim de cumprir com os rituais judaicos e ajudassem seus
irmãos que vinham de longe, e precisavam recomprar animais para o
sacrifício. Talvez o Senhor desejasse que os de perto abençoassem
os de longe, vendendo com lucros saudáveis e aceitáveis, apenas
para repor o animal do rebanho. Fariam isso em troca do privilégio
de não terem de viajar longe para realizar seus sacrifícios de
purificação. Era um irmão judeu ajudando outro. Mas talvez os de
perto tivessem percebido na situação uma maneira de obter maior
lucro, porque era obrigatório ter um animal para o sacrifício e
eles talvez se aproveitassem disso para obter maior lucro! Talvez o
objetivo não fosse realizar vendas e ter lucro. Muito menos dentro
da área do templo! Jesus se irou.
E Jesus deixou claro que eles não deviam “fazer da casa do Pai
local de vendas”.
Estes vendedores viram na lei de Deus uma oportunidade a mais de
fazer um dinheiro extra e extrapolaram os direitos que a lei dava.
Não agiram bem com seus irmãos judeus. Jesus os expulsa a todos do
templo.
Então, o primeiro problema não era a venda em si. Mas o modo como
estava sendo feita. Que os vendedores quisessem se aproveitar, de
forma exacerbada, da posição privilegiada para vender mais. Que
estivessem se aproveitando de uma permissão de Deus, para facilitar
quem fizesse o sacrifício, e com isso tentassem obter mais lucro,
talvez acima do justo. Que fizessem isso dentro de uma área santa,
reservada a outro propósito, não o de venda, tornava o ato ainda
mais motivo da ira demonstrada por Jesus, no zelo da casa do Pai
(Salmos 69: 9; João 2: 17).
Então, quando Jesus diz “não façais da casa de meu Pai casa
de vendas”, Ele está condenando o fato de que as vendas eram
feitas no lugar errado. Talvez do jeito errado. Que o fizessem do
lado de fora. Que ficasse claro que ali era lugar de oração e de
buscar a presença de Deus, não de comércio.
Mas havia ainda o segundo problema. E, com relação a isso, Jesus se
dirigiu especificamente aos vendedores de pombos. Ora, a venda também
não seria uma atitude errada em si. Embora não devesse fazer isso
dentro do templo, local santo. Mas com relação aos pombos, havia um
outro problema. Talvez até mais sério.
Conforme Levítico cap. 5, haviam 3 categorias de oferta que poderiam
ser apresentadas no templo para expiação do pecado. Fala de alguns
tipos de pecado e de alguns tipos de oferta. Os tipos de oferta não
estavam relacionadas aos tipos de pecado, mas à situação
financeira do ofertante. Assim, em Levítico 5: 6 informa que uma
cabrinha ou gado miúdo (bezerro?) deveria ser oferecido pela
expiação do pecado. No verso 7, deixa claro que, se o pecador não
tem dinheiro para oferecer o gado, que ofereça então 2 rolas ou 2
pombas. Isso, pelo fato de não ter condições de ofertar o gado. E
ainda no verso 11, informa uma terceira categoria, pois se não
tivessem condições de ofertar as rolas ou pombas, que ofertassem um
pouco de farinha.
Ou seja, Deus não se importa com o valor da oferta, desde que,
conforme a prosperidade de cada um, haja disposição em ofertar.
Então o pombo era para quem ofereceria uma oferta por não ter
condições de ter, criar ou comprar um animal maior. É provável
que sequer as pessoas tivessem criação de pombos/rolas.
Provavelmente, bastaria capturá-las na natureza para ofertar. Seria
o trabalho da captura, no lugar da criação, o que as pessoas
ofereceriam. Chegando em Jerusalém alguém nestas condições
financeiras, não teria de gastar. Bastaria capturar. Seria gratuito.
Mas no templo, eles vendiam a pomba.
Ou seja, Deus permitiu que a pomba fosse oferecida em oferta por
aqueles com pouca condição financeira. Talvez nem comprasse, mas
capturasse para oferecer. A Bíblia não cita, em nenhuma parte, de
alguém que tivesse criação de pombos. Mas os vendedores do templo
as capturavam nos arredores de Jerusalém e as ofereciam para venda,
por um preço que talvez fosse abusivo, exploratório. E, nesta
situação, os pobres eram extorquidos ou impedidos de oferecerem sua
oferta.
Ainda mais. Se os vendedores capturavam estas aves nos arredores,
haveria escassez de aves livres para que os viajantes que desejassem
dar a oferta de pombos o pudessem capturar e ofertar. Seriam
obrigados a comprar dos vendedores. Assim, além de cobrar um preço
por algo que poderia ser gratuito, sua atitude ainda impediam as
pessoas de tentar buscar gratuito. Tiravam delas a opção de fazer a
oferta sem custo financeiro, apenas com o custo do trabalho da
captura.
Nesta situação, a ira de Jesus foi ainda mais severa com os
vendedores de pombos, que prejudicavam (ou até impediam) os mais
pobres de oferecerem sua oferta. Talvez o preço dos pombos fosse
exagerado. Não sabemos os detalhes. Sabemos que Jesus os chamou de
ladrões e salteadores.
A indignação de Jesus era com todos os vendedores. E era maior e
mais específica com aqueles que prejudicavam os mais vulneráveis
dos seus irmãos judeus: os pobres. Jesus direcionou uma palavra
específica a estes: não façais da casa de meu Pai covil de ladrões
e salteadores.
No evangelho de João, cap. 2 e verso 16, encontramos a seguinte
narrativa: “e disse aos que vendiam pombos:
Tirai daqui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas”,
no momento em que Jesus promovia a primeira purificação do templo,
no início do seu ministério. Lá pro fim do seu ministério, o
Senhor Jesus faria outra purificação (Mateus 21: 12-13), igual a
esta.
Este fato é retratado no evangelho de João 2: 13-17, logo após ter
realizado o milagre de transformar água em vinho (2: 1-12), que foi
o primeiro milagre do seu ministério. Portanto, esta purificação
foi feita no início do seu ministério. Em Mateus 21: 12-13, Marcos
11: 15-17 e Lucas 19: 45-46, a narração da purificação do templo
ocorre depois de sua entrada triunfal em Jerusalém, 1 semana antes
de sua morte e ressurreição, portanto já na sua última semana do
seu ministério terreno. Com exceção de Lucas, todos citam o fato
de Jesus ter dirigido uma palavra direta aos vendedores de pombos.
Jesus, ao ser apresentado no templo por ocasião da sua circuncisão,
seus pais entregaram um par de pombas para oferta (Lucas 2: 24).
Eu sou daqueles que acredita que nada do que está na Bíblia é em
vão. A menor informação, o menor detalhe, a citação que pareça
mais inóspita está ali por algum motivo e Deus permitiu que fizesse
parte da sua palavra para cumprir com um propósito. Sendo assim, a
citação que venha a parecer sem a menor importância, quando faz
parte da Palavra de Deus, tem sempre um significado maior.
Assim é com esta pequena citação quando, mesmo estando todos os
vendedores ali, todos sendo expulsos por Jesus, o escritor do
evangelho faz questão de destacar que Jesus se dirigiu, em um dado
momento, direta e especificamente aos vendedores de pombos.
E por que esta distinção, em se tratando dos vendedores de pombos,
se todos os outros vendedores (de ovelhas, bois etc.) estavam ali
também? Por que destacar a fala de Jesus, dirigida aos vendedores
deste tipo específico de animal?
Bem, antes de tudo, uma rápida contextualização do porquê os
vendedores destes animais estavam ali no templo. É que, quando um
judeu desejava (ou precisava) apresentar um sacrifício no templo,
devia levar um animal para o sacrifício. Um tipo diferente de animal
para cada tipo de sacrifício (_). Normalmente, ele levaria o animal
de sua própria criação, do seu próprio rebanho. Mas um detalhe na
lei de Deus permitia que o judeu que morasse longe, quando o caminho
era longo, vendesse seu próprio animal na sua região, levando o
dinheiro durante a viagem (mais fácil de transportar) para comprar
outro animal equivalente quando chegasse ao templo para oferecer o
sacrifício (_). Portanto, a própria lei de Deus permitia que
houvesse um certo comércio, a fim de facilitar a vida daqueles que
fariam o sacrifício e tivessem que viajar longas distâncias.
Mas, então, por que Jesus os expulsa, de forma tão vigorosa?
Será que Jesus não conhecia a lei que diz que era permitido essa
venda, perto do templo, para quem viajasse de longe, a fim de não
ter que transportar o pobre animal por uma longa distância? Eu
acredito que essa lei era uma forma de facilitar para o ofertante,
gerar economia e preservar o pobre animal da longa viagem.
Muitos poderiam argumentar, baseado nessa lei de Deus, que o quê
Jesus fez era desnecessário ou exagerado. Mas essa citação de João
nos traz luz sobre o que estava acontecendo.
Eu acredito que Jesus tinha 2 motivos básicos para fazer o que fez:
Primeiro, o fato de os vendedores estarem dentro do templo, na
área interna do pátio que era destinada aos gentios e prosélitos
(_). As vendas deveriam ser feitas para fora da área do templo, nos
arredores, na cidade. Quando a lei do sacrifício e da venda-recompra
do animal foi feita, talvez a intenção fosse de que, quando
chegasse em Jerusalém, comprasse de algum criador. Talvez alguns
vendedores, querendo obter vantagem no sentido de um melhor
posicionamento perante os clientes, tivessem pensado que era melhor
ir para dentro da área do templo, a fim de melhor captar os clientes
que necessitavam do animal. O objetivo desta venda, quando a lei foi
estabelecida, não era ter lucro. Pelo menos não um exorbitante.
Talvez um lucro que compensasse a disposição do vendedor em
oferecer o necessário animal para o sacrifício. O Senhor, ao fazer
a lei, talvez esperasse que dentre os judeus que moravam perto do
templo, percebessem o privilégio que tinham de não ter de viajar
para longe a fim de cumprir com os rituais judaicos e ajudassem seus
irmãos que vinham de longe, e precisavam recomprar animais para o
sacrifício. Talvez o Senhor desejasse que os de perto abençoassem
os de longe, vendendo com lucros saudáveis e aceitáveis, apenas
para repor o animal do rebanho. Fariam isso em troca do privilégio
de não terem de viajar longe para realizar seus sacrifícios de
purificação. Era um irmão judeu ajudando outro. Mas talvez os de
perto tivessem percebido na situação uma maneira de obter maior
lucro, porque era obrigatório ter um animal para o sacrifício e
eles talvez se aproveitassem disso para obter maior lucro! Talvez o
objetivo não fosse realizar vendas e ter lucro. Muito menos dentro
da área do templo! Jesus se irou.
E Jesus deixou claro que eles não deviam “fazer da casa do Pai
local de vendas”.
Estes vendedores viram na lei de Deus uma oportunidade a mais de
fazer um dinheiro extra e extrapolaram os direitos que a lei dava.
Não agiram bem com seus irmãos judeus. Jesus os expulsa a todos do
templo.
Então, o primeiro problema não era a venda em si. Mas o modo como
estava sendo feita. Que os vendedores quisessem se aproveitar, de
forma exacerbada, da posição privilegiada para vender mais. Que
estivessem se aproveitando de uma permissão de Deus, para facilitar
quem fizesse o sacrifício, e com isso tentassem obter mais lucro,
talvez acima do justo. Que fizessem isso dentro de uma área santa,
reservada a outro propósito, não o de venda, tornava o ato ainda
mais motivo da ira demonstrada por Jesus, no zelo da casa do Pai
(Salmos 69: 9; João 2: 17).
Então, quando Jesus diz “não façais da casa de meu Pai casa
de vendas”, Ele está condenando o fato de que as vendas eram
feitas no lugar errado. Talvez do jeito errado. Que o fizessem do
lado de fora. Que ficasse claro que ali era lugar de oração e de
buscar a presença de Deus, não de comércio.
Mas havia ainda o segundo problema. E, com relação a isso, Jesus se
dirigiu especificamente aos vendedores de pombos. Ora, a venda também
não seria uma atitude errada em si. Embora não devesse fazer isso
dentro do templo, local santo. Mas com relação aos pombos, havia um
outro problema. Talvez até mais sério.
Conforme Levítico cap. 5, haviam 3 categorias de oferta que poderiam
ser apresentadas no templo para expiação do pecado. Fala de alguns
tipos de pecado e de alguns tipos de oferta. Os tipos de oferta não
estavam relacionadas aos tipos de pecado, mas à situação
financeira do ofertante. Assim, em Levítico 5: 6 informa que uma
cabrinha ou gado miúdo (bezerro?) deveria ser oferecido pela
expiação do pecado. No verso 7, deixa claro que, se o pecador não
tem dinheiro para oferecer o gado, que ofereça então 2 rolas ou 2
pombas. Isso, pelo fato de não ter condições de ofertar o gado. E
ainda no verso 11, informa uma terceira categoria, pois se não
tivessem condições de ofertar as rolas ou pombas, que ofertassem um
pouco de farinha.
Ou seja, Deus não se importa com o valor da oferta, desde que,
conforme a prosperidade de cada um, haja disposição em ofertar.
Então o pombo era para quem ofereceria uma oferta por não ter
condições de ter, criar ou comprar um animal maior. É provável
que sequer as pessoas tivessem criação de pombos/rolas.
Provavelmente, bastaria capturá-las na natureza para ofertar. Seria
o trabalho da captura, no lugar da criação, o que as pessoas
ofereceriam. Chegando em Jerusalém alguém nestas condições
financeiras, não teria de gastar. Bastaria capturar. Seria gratuito.
Mas no templo, eles vendiam a pomba.
Ou seja, Deus permitiu que a pomba fosse oferecida em oferta por
aqueles com pouca condição financeira. Talvez nem comprasse, mas
capturasse para oferecer. A Bíblia não cita, em nenhuma parte, de
alguém que tivesse criação de pombos. Mas os vendedores do templo
as capturavam nos arredores de Jerusalém e as ofereciam para venda,
por um preço que talvez fosse abusivo, exploratório. E, nesta
situação, os pobres eram extorquidos ou impedidos de oferecerem sua
oferta.
Ainda mais. Se os vendedores capturavam estas aves nos arredores,
haveria escassez de aves livres para que os viajantes que desejassem
dar a oferta de pombos o pudessem capturar e ofertar. Seriam
obrigados a comprar dos vendedores. Assim, além de cobrar um preço
por algo que poderia ser gratuito, sua atitude ainda impediam as
pessoas de tentar buscar gratuito. Tiravam delas a opção de fazer a
oferta sem custo financeiro, apenas com o custo do trabalho da
captura.
Nesta situação, a ira de Jesus foi ainda mais severa com os
vendedores de pombos, que prejudicavam (ou até impediam) os mais
pobres de oferecerem sua oferta. Talvez o preço dos pombos fosse
exagerado. Não sabemos os detalhes. Sabemos que Jesus os chamou de
ladrões e salteadores.
A indignação de Jesus era com todos os vendedores. E era maior e
mais específica com aqueles que prejudicavam os mais vulneráveis
dos seus irmãos judeus: os pobres. Jesus direcionou uma palavra
específica a estes: não façais da casa de meu Pai covil de ladrões
e salteadores.
Lucas Durigon
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