segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Ai daquele que provocar tropeço

Está lá em Lucas 17: 1-2 
E disse aos discípulos: 
É impossível que não venham escândalos, 
mas ai daquele por quem vierem! 
Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, 
e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.


Este versículo não está eximindo da responsabilidade aquele que tropeça, aquele que comete um pecado, aquele que se desvia da fé. Cada um responderá por si mesmo e por suas próprias atitudes! Ninguém estará livre de responder pelo seu pecado, só porque foi levado a pecar por outro. Jesus não disse isso para querer dizer que eu posso colocar a culpa do meu pecado sobre outro alguém, que me levou a pecar. Não! O meu pecado, a minha responsabilidade, é só minha e ninguém responderá por mim.
Mas esta advertência de Jesus chama a atenção para outro personagem quando se trata de pecado: aquele que levou a pessoa a pecar, aquele que trouxe o tropeço, o escândalo, aquele que influenciou a pessoa a pecar. Ainda mais se estamos falando de alguém incauto, novo na fé, um pequenino. Então a responsabilidade que é colocada também sobre aquele que levou outro a pecar e enorme! Jesus chega a dizer que seria melhor essa pessoa logo se jogar no mar do que ter de enfrentar o julgamento por ter causado escândalo e ter levado outra pessoa a pecar, a se desviar da fé.
Jesus não está, com isso, tirando a responsabilidade do pecador. Está dizendo que aquele que o levou a pecar também responderá por seu ato e terá de assumir sua responsabilidade.
Vou dar um exemplo bem comum para quem é casado. Os solteiros, meus leitores, que me desculpem. Mas num casal, quando se unem pelo matrimônio, entende-se que ambos irão satisfazer-se mutuamente no ato sexual, a fim de suprirem esta necessidade humana dentro da santidade do casamento, sem que para tal venham a pecar na prostituição, no adultério, na fornicação. É um dos objetivos do casamento, prover satisfação sexual debaixo da autorização santa de Deus e fugir do pecado. Em complemento a isso, o apóstolo Paulo deixou claro que o marido ou a mulher não podem negar-se um ao outro, na atividade sexual, a fim de evitar que sejam tentados por satanás e venham a cometer pecado. Ou seja, o marido ou a mulher não podem deixar de atender seu companheiro(a) sexualmente, desde que isso seja coerente e racional, sob perigo de aquele que foi negligenciado cair em pecado de adultério ou prostituição, pela tentação de satanás.
Bem, se numa situação dessas, onde digamos que a mulher não permita ao seu esposo ter relações sexuais e o marido venha a cometer adultério, ele irá responder pelo seu pecado perante ao Senhor. Porém, de acordo com Lucas 17, a mulher, que pela sua atitude levou seu marido a pecar, embora não responda pelo pecado de adultério em si, irá também responder por ter levado o outro a pecar. E, de acordo com Lucas, seria para ela melhor se atirar no fundo do mar!
Aquele que faz o outro pecar não ficará impune, vendo a condenação de alguém que cometeu pecado por causa da sua própria influência. O apóstolo Tiago também diz que aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4: 17) e, dentro desta ideia, se você sabe livrar o seu irmão do pecado, e não o avisa, não o ajuda a se livrar do pecado, ou ainda fica vendo o outro cometer o pecado e não faz nada, apenas espera ele consumar seu ato que o levará à condenação, e você fica apenas “assistindo” à queda do seu irmão, podendo impedi-lo de cometer o erro, mas resolve não fazer nada, ficar apenas olhando, então você também comete pecado!
Cometer o pecado é ruim. Necessita de arrependimento e mudança de atitude. Mas levar o outro a pecar é igualmente condenável por Deus. Ainda mais se o outro for um pequeno, ou melhor, um menor que você. Se, ao levar o outro a pecar, você está numa posição superior que a dele, fazendo que aquele pequenino fique vulnerável no entendimento do que é pecado.
Outro exemplo, se um líder eclesiástico faz algo errado, e um novo convertido vê ele fazendo aquilo que é errado, e é levado a pecar da mesma forma, pelo engano de ter visto o seu líder tomando aquela atitude, então quem cometeu o pecado irá responder pelo que fez. Mas o líder, aquele que levou o novo convertido a pecar pelo seu exemplo, irá responder de forma muito mais dura. Seria melhor atirar-se no fundo do mar, que seria menos doloroso. Quem cometeu o pecado por ver o mau exemplo do outro não poderá alegar que estava imitando, a fim de ser absolvido. Somente o arrependimento sincero e o abandono do pecado, com a devida restituição, quando possível, poderão dar paz ao pecador novamente. Mas quem serviu de pedra de tropeço, de mau exemplo, de escândalo para com aquele que cometeu o pecado, terá um duro julgamento. O novo convertido poderá até ter caído por achar que o líder, por ser líder, estaria fazendo algo certo, mesmo parecendo errado. Que sua posição de líder deveria dizer que suas atitudes são corretas. O exemplo do outro não irá absolvê-lo. Mas o que causou o tropeço, desse eu não quero estar perto, no dia do julgamento.

Pr. Lucas Durigon


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