sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Juízes - a falta que faz uma liderança obediente a Deus


O livro de Juízes conta a história do povo de Israel num período meio indefinido. Logo após a morte de Moisés e Josué, não mais tiveram um líder como eles. Juízes conta a história neste período, depois da morte deles e antes de aparecerem os reis de Israel. Samuel, que ungiu Saul e Davi como reis, foi o último dos juízes de Israel, fechando este período.
Aliás, se pensarmos na história do povo de Israel por blocos, temos a era dos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, que desce ao Egito com seus 12 filhos e lá ficam por aproximadamente 400 anos. Depois temos a libertação do povo e o estabelecimento deles de volta na terra prometida, com Moisés e Josué. Logo em seguida, vem esta fase dos Juízes, seguida pela monarquia, com o estabelecimento do Reino, tendo uma fase unificada e outra em que o próprio Israel se dividiu em 2 (tribos do Norte, chamadas de Israel e tribos do Sul, chamadas de Judá). Mas durante a monarquia, como castigo pelos pecados do povo, Deus os entregou aos inimigos e foram levados cativos. Logo após este período, voltaram à sua terra, para a reconstruírem e esperarem pelo Messias, que veio depois do período chamado interbíblico.
Mas voltando ao livro de Juízes especificamente, depois do povo de Israel morar na terra prometida, passou a enfrentar lutas e problemas com alguns inimigos ao redor, principalmente porque durante as conquistas, não foi totalmente obediente a Deus, e também deixou de eliminar alguns povos que ali viviam, os quais lhes trouxeram problemas depois.
Neste período de Juízes, embora o povo não tivesse um líder único e centralizador, como haviam sido Moisés e Josué, e como viriam a ser os reis, principalmente Davi e Salomão, tinham alguns líderes que se levantavam temporariamente para orientar o povo a fazer a vontade de Deus e livrá-los dos perigos que os inimigos traziam. Estes juízes tinham basicamente 2 tarefas: julgar o povo de Israel em suas diferenças entre si e liderar o mesmo em suas guerras contra outros povos estrangeiros, inimigos.
É neste período que podemos ver a história de Gideão, Sansão, Jefté, Débora e Baraque …
Basicamente, o livro de Juízes segue um ciclo onde o povo se afasta de Deus, comete pecados e sofre por este afastamento, perdendo a proteção de Deus e sendo maltratado pelos inimigos. Então o povo clama e pede a ajuda de Deus, se arrepende e Deus envia um libertador (um juiz) que os lidera numa luta ou os livra sozinho mesmo (como Sansão). Então há paz por um tempo, até que o povo volte a pecar, se afaste de Deus novamente, sofra com os inimigos etc., e todo este ciclo se repete várias vezes neste livro. De certa forma, é um sinal para cada pessoa, mostrando que se nos afastamos de Deus através do pecado, perdemos sua proteção e somos subjugados. Mas Deus retorna em nosso socorro quando nos arrependemos e nos voltamos a Ele. Porém, esta narrativa é também uma advertência, porque diz nas entrelinhas que o ideal seria que nunca nos afastássemos de Deus, mas que nos mantivéssemos sempre na sua presença para recebermos suas bênçãos e proteção. O livro de juízes deixa muito claro que o afastamento de Deus tem consequências sérias.
Logo no cap. 1, é mostrado um resumo dos habitantes inimigos que não foram expulsos da terra, com os quais o povo de Israel conviveu e que trouxeram problemas mais tarde. E no cap. 2, o Senhor deixa claro que a presença destes povos inimigos junto deles lhes trariam laço e problema. E o próprio Senhor os abandonaria à própria sorte, por não terem obedecido à Sua voz! E não tiraria dali estas nações, porque o povo se permitiu conviver com eles e seus deuses.
No capítulo 3 de Juízes, começa o ciclo em que aparece o povo de Israel sofrendo debaixo de algum povo inimigo e o envio de um juiz para os libertar. Neste capítulo, aparecem Otniel, Eúde e Sangar para ajudar Israel. Os versículos que iniciam o cap. 4, que ocorre logo após o povo ser liberto do inimigo por algum juiz, é repetido por todo o livro de Juízes: “Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos ohos do Senhor, depois de falecer Eúde. E vendeu-os o Senhor na mão de … então os filhos de Israel claramam ao Senhor, … e por vinte anos oprimia violentamente os filhos de Israel”. Neste caso, sós este verso, o Senhor enviou Débora e Baraque, os quais libertaram Israel. Mas depois disso, logo o povo de Israel pecava novamente (cap. 6), se afastava de Deus, O qual os entregava ao inimigo de novo. Então clamavam, pediam ajuda e Deus enviava ajudadores.
Este ciclo se repete por todo o livro. E é o espelho da vida pessoal de muitos cristãos.
Nos caps. 7 e 8 temos a famosa história de Gideão, um dos juízes que libertou Israel. No cap. 9, o filho de Gideão, Abimeleque, toma o poder à força, por interesse, matando seus 70 irmãos. Mas a história mostra que ele, que não era um homem de caráter, tomou o poder à força porque Gideão e seus outros filhos negaram-se a reinar sobre Israel sob a mão de Deus.
Depois Jair, Jefté, Ibzã, Elom e Abdom livram e tornam-se juízes sobre Israel.
Entre os capítulos 13 a 16 temos a conhecida história de Sansão.
E depois, alguns eventos dramáticos nesta fase da história do povo de Israel. A Tribo de Dã quase foi dizimada de entre Israel, por causa da vingança de um crime cometido. Um homem de Israel investe seu dinheiro para fazer a imagem de um ídolo e contratar um sacerdote para lhe atender particularmente. Muitos erros eram cometidos, com graves consequências pela falta de líderes que conduzissem o povo.
Outra frase que se repete no livro de Juízes é: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”.

Lucas Durigon




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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Neemias - reconstruindo um povo



Neemias, na Bíblia judaica, formava um livro só com Esdras, seu companheiro no processo do retorno do povo judeu a Jerusalém. Neemias foi feito governador, cuidando da administração geral e liderança do povo para a restauração do povo no retorno à sua terra, enquanto Esdras, sacerdote e escriba, cuidava para restaurar na mente e coração do povo a lei de Deus, esquecida por muitos nesta época, depois de 70 anos de exílio em terras estranhas.
Neemias é um dos livros da Bíblia que para entender é necessário entender seu personagem principal. Neemias, homem de oração, colocado como copeiro do rei Artaxerxes, foi autorizado e designado para voltar a Jerusalém e liderar a reconstrução dos muros da cidade. Mas não só isso. Neemias também era um homem de muita oração e um líder nato, que sabia priorizar as coisas, coordenar o que fosse necesário e realizar uma tarefa que lhe era dada para fazer. Era, portanto, o homem certo para aquele momento, para aquela tarefa.
A reconstrução do muro é real, mas também representativa, porque a reconstrução necessária ao povo, apresentada no livro de Neemias é mais ampla. Foi reconstruída sua disposição para o trabalho e para a guerra. A confiança em Deus de que os defenderia precisou também ser reconstruída, enquanto resistiam àqueles que os tentavam impedir. Precisaram reconstruir sua fidelidade à lei de Deus. E também as relações entre ricos e pobres, para que a justiça fosse restabelecida entre seu povo, depois que os judeus ricos haviam explorado os judeus mais pobres. Também foi reconstruída a posição e tarefas dos sacerdotes e levitas, dos guardas da cidade. Foi restabelecida a noção de que eles eram um povo de Deus e a Ele deviam obediência mediante a aliança firmada na lei de Moisés. Por fim, reconstruída as famílias. Tudo isso, sob a liderança de Neemias, que não reconstruiu apenas os muros de pedra, mas várias características que tornavam aquele povo especial para Deus. A reconstrução do muro foi apenas uma das reconstruções feitas pelo líder Neemias apresentada neste livro.
Logo no primeiro capítulo, Neemias recebe a notícia de como estão as coisas em Jerusalém. Importante lembrar que neste tempo, um pequeno grupo de judeus já havia retornado a Jerusalém. Mas a cidade ainda estava destruída e abandonada, com seus muros e portões destruídos. Ninguém havia ainda tomado a atitude de reconstruir a cidade. Provavelmente, como nos informa o profeta Ageu, porque cada um se preocupou mais em tentar restaurar sua própria casa. Mas Neemias se entristece com isso e apresenta um jejum perante o Senhor. E sua oração neste primeiro capítulo é descrita tomando metade do capítulo. É uma oração de penitência, reconhecendo o pecado seu e de seus antepassados, pedindo perdão a Deus por isso tudo e que Deus o ajudasse a restaurar a cidade, por causa do arrependimento.
Então Neemias, no capítulo 2, se apresenta perante o Rei Artaxerxes, para cumprir suas funções (ele era copeiro do Rei), mas está triste por causa da notícia. O rei, após perguntar o motivo da tristeza, oferece a Neemias o que ele quisesse. Neemias, homem de oração, faz uma rápida oração para pedir orientação de Deus e responde que deseja que o rei lhe dê autorização e recursos para voltar a Jerusalém e reconstruir os muros e a cidade que estão destruídos. O rei autoriza e Neemias parte para Jerusalém. Quando chega, fica em silêncio por um tempo, observando a situação ao vivo e refletindo sobre o que faria, com a orientação de Deus.
Nos caps. 3 e 4, Neemias organiza equipes de trabalho que começam a obra e logo em seguida inimigos tentam parar o trabalho, mas Neemias não lhes dá ouvidos e continua a obra, sem parar. Neste tempo, quem trabalhava na reconstrução tinha, em uma das mãos, as ferramentas para a reconstrução e na outra, a espada para a guerra.
No cap. 5, o povo pobre de Israel reclama que seus compatriotas ricos os estavam explorando, ao que Neemias os repreende e os faz devolver o que tinham tomado em excesso por juros. Os inimigos não desistem de tentar atrapalhar a obra, mas Neemias reforça a guarda, para não deixar que eles atrapalhem. Até mesmo a um convite feito para que fosse conversar com estes inimigos, Neemias respondeu que não poderia atender, porque estava ocupado com uma grande obra.
Quando Esdras é chamado para ler a lei de Deus para o povo, este lembrando de tudo o que havia feito de errado perante Deus, chora e se arrepende, fazendo confissão do seu pecado e renovando a aliança com Deus de que seriam seu povo. Essa reconstrução da aliança e do relacionamento com Deus talvez seja a parte mais importante deste livro.
Neemias faz várias listas de nomes de pessoas que voltaram para Jerusalém. E, no cap. 12, faz uma cerimônia com cânticos e festa para dedicar os muros de Jerusalém. Por fim, é tratada a questão daqueles que se casaram com mulheres de outros povos, trazendo pecado para o povo.
Em todo o tempo, Neemias pede que o Senhor se lembre dele, como pessoa, para o perdoar, para o retribuir pelo bem que ele tem feito, pede a misericórdia de Deus em todo o tempo.



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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Jó - conheceu a Deus profundamente



O livro de Jó é dividido basicamente em 3 porções. A apresentação da situação, nos 2 primeiros capítulos, sendo o diálogo entre Deus e satanás e depois a descrição do que aconteceu com Jó. O capítulo 3 serve de transição para a outra parte do livro, a maior, que se estende do capítulo 4 ao 37, o trecho dos diálogos entre Jó e seus “amigos”. Na parte final, entre os capítulos 38 e 42, Deus aparece a Jò e restaura sua condição para melhor do que era antes.
Vamos ver um pouco melhor estas partes. No capítulo 1, é feita uma apresentação de Jó, suas riquezas, seus 10 filhos e seu hábito de oferecer sacrifícios para pedir perdão pelos seus filhos. Então Satanás aparece perante Deus, que lhe pergunta se conhecia Jó, dando testemunho de ser Jó homem sincero, reto, temente a Deus, que se desviava do mal. Mas Satanás argumenta que Jó só age assim porque Deus o cercou de bens e, por isso, Ele é fiel a Deus. Satanás diz ainda que se Jó ficasse sem nada, abriria a boca rapidamente para blasfemar de Deus. O Senhor, de forma surpreendente, aceita o desafio e permite que Satanás tire tudo de Jó, tudo o que Jó tinha, sabendo e conhecendo o coração de Jó o suficiente para saber que ele não blasfemaria. Satanás então tira todos os bens de Jó e mata seus filhos. Ladrões, fogo e tempestade derrubam as casas, levam os animais, matam os filhos num único dia!
Ao voltar na presença de Deus, já no capítulo 2, satanás ouve de Deus a confirmação que, mesmo depois de tudo isso, Jó permaneceu fiel. E ainda adorou ao Senhor. Satanás diz que Jó está assim porque perdeu tudo, mas ainda tem saúde. Então Deus permite que Satanás toque em sua saúde, sem contudo permitir-lhe tirar a vida de Jó. A enfermidade que acometeu Jó, então, era tão séria, que ele se coçava com um caco e cheirava mal à distância. Nisto, chegaram 3 amigos de Jó vindo de terras distantes, os quais ficaram ali perto dele, sem falar nada, estarrecidos pela situação de Jó, por 7 dias.
No capítulo 3, quando depois de toda essa situação e tanto tempo em silêncio, Jó desabafa. Deseja não ter nascido. Diz ainda que aconteceu com ele exatamente o que ele tinha medo que acontecesse.
A partir do capítulo 4, inicia-se uma alternância de diálogos, após a fala de Jó, de respostas dos 3 amigos que vieram visitá-lo: Elifaz, Bildade e Zofar. Cada um falava com Jó tentando dar uma explicação para sua situação ao qual Jó respondia. Elifaz falou, Jó respondeu. Depois Bildade, ao que Jó respondeu. E Zofar também, recebendo resposta de Jó. Elifaz e Bildade ainda repetiram mais uma rodada de diálogo, com respostas de Jó a cada um. Basicamente, o discurso deles era o que se Jó estava passando por aquilo, era porque ele devia ter algum pecado, toda sua sinceridade (a qual o próprio Deus testificou no início), deveria ser mentira, uma vez que estava passando por aquilo. De acordo com a lógica destes “amigos”, Deus não deixaria alguém realmente bom passar por aquilo. Mas a resposta de Jó sempre foi no sentido de confirmar sua integridade e vida que não mereceria tudo aquilo por algo que tivesse feito de errado. Jó afirmava sua sinceridade perante Deus e esta afirmação irritou seus amigos. O diálogo com estes 3 amigos que apareceram logo no capítulo 2 termina no capítulo 31.
No final, já no capítulo 32, aparece um outro “'amigo”, Eliú, mais jovem que os outros 4 e que, por isso mesmo, esperou até agora para falar. Este amigo fala diferente, Jó não lhe responde e fala até o capítulo 37, dizendo que os amigos de Jó erraram em acusá-lo e Jó não deveria ter se preocupado em se defender. Não era necessário.
Quem interrompe este último amigo agora é o próprio Deus que toma a palavra no capítulo 38, dizendo de sua grandeza demonstrada na sua criação. Pergunta a Jó se ele tem condições de aconselhar Deus. O Senhor não dá nenhuma explicação sobre o ocorrido com Jó, nenhuma resposta. Mostra apenas que Jó desconhece as razões e as origens de muitas das coisas as quais ele pode ver, então como poderia conhecer as razões do que aconteceu com ele? Jó percebe sua própria limitação e se rende a Deus, dando-lhe glória. Nisto, o Senhor repreende os 3 primeiros amigos de Jó, e ordena-lhes que procurem Jó para que este ore por eles. Enquanto orava pelos amigos, o Senhor restaurou a posição de Jó, dando-lhe o dobro do que tinha antes e ainda outros 10 filhos, como dantes.



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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ester - O Livramento do povo judeu


O livro de Ester e o de Rute são os únicos 2 livros da Bíblia que recebem o nome de uma mulher. Rute, bisavó do Rei Davi. Aqui, Ester é esposa do Rei Assuero, também chamado de Xerxes ou Artaxerxes, rei da Pérsia. O livro conta como o povo judeu recebeu livramento de um extermínio coletivo. Mas o livro começa contando como Ester chegou a ser rainha.
Primeiro, o Rei Assuero (Xerxes) era casado com Vasti. Num evento tipo “palácio de portas abertas”, o Rei decidiu expor a grandeza de seu palácio por 6 meses para convidados. Ao final deste período, fez um banquete de 7 dias e mandou chamar a rainha Vasti para mostrá-la (e sua beleza) aos homens importantes do lugar. Como ela decidiu não comparecer, negando o pedido do rei, o mesmo decidiu mandá-la embora e procurar outra rainha.
Nesta busca, mandou chamar todas as moças virgens de seu reino e, entre elas, estava Hadassa, que se chama Ester, criada pelo seu primo mais velho Mardoqueu, que trabalhava no palácio do Rei, ambos judeus. Ester então apresentou-se como candidata ao Rei e foi escolhida, pois era muito bonita e havia agradado ao Rei.
Neste momento, Ester, uma judia, torna-se rainha da Pérsia, que era o império que havia tomado o Reino da Babilônia, das mãos dos descendentes de Nabucodonosor. O povo judeu ainda vivia em parte nesta terra para a qual tinha sido levado na época que Nabucodonosor os levaram cativos (na época de Daniel e Jeremias). Parte do povo já havia voltado para sua terra de Jerusalém, com a autorização dos Reis Dario e Ciro, também do Reino Medo-Persa, que antecederam Xerxes. Ou seja, Os judeus foram levados pelos babilônicos e viveram na babilônia e em todo seu reino por anos. A Babilônia, por sua vez, foi vencida pelos medo-persas, mas os judeus continuaram ali, até que Ciro iniciou a autorização para que os judeus voltassem a Jerusalém, sob pedido do profeta Daniel. Xerxes, o que estava se casando com Ester, era o terceiro rei deste novo reino medo-persa, depois de Dario e Ciro. E agora que Daniel já estava morto, Deus provê uma rainha para se casar com o Rei Xerxes.
Neste tempo, Mardoqueu, o primo de Ester que a havia criado, descobre um complô contra o Rei Xerxes, denuncia o mesmo e salva a vida do rei, o que fica registrado num livro. Havia no palácio do Rei um governador, de nome Hamã, não judeu, que gostava de ser reverenciado e exaltado, para o qual o Rei Xerxes havia ordenado que todos deveriam se inclinar. Como Mardoqueu, judeu e fiel a Deus havia se recusado a se inclinar perante Hamã, este passou a ter ódio de Mardoqueu e, por extensão, teve ódio de todo o povo judeu, contra o qual intentou um extermínio coletivo, induzindo o rei a promulgar uma lei dizendo que no dia 13 do mês de adar (último mês do ano), todos os judeus deveriam ser mortos, em todas as províncias do Reino Persa, sob a autoridade do Rei Xerxes. O rei promulgou esta lei, influenciado por Hamã e esta lei chegou ao conhecimento de Mardoqueu.
O mesmo pede então para que Ester, esposa do rei, clame pelo seu povo judeu, dizendo que talvez tenha sido este o motivo de ela ter alcançado o posto de rainha. Ester pede para que todos ali do seu povo façam um jejum. Neste meio tempo, o Rei, numa noite de insônia lembra que Mardoqueu havia salvado sua vida e nada havia sido dado a ele em recompensa. Pergunta o rei a Hamã (o que odeia Mardoqueu) qual o prêmio deveria receber alguém que agradou o rei, sem dizer quem era. Mardoqueu é honrado pelo rei, o que deixa Hamã mais furioso ainda. Ester então se apresenta ao Rei Assuero e pede para oferecer um banquete a ele e Hamã junto. 2 vezes. Então ela clama pela própria vida e de seu povo, dizendo ser judia e alvo do ódio de Hamã, que planejou a morte de todos os judeus.
O Rei Assuero manda matar Hamã, e envia cartas aos judeus em todas as províncias, orientando-os a se defenderem, porque a matança dos judeus estava programada para um determinado dia. Os judeus conseguem sobreviver, matam seus algozes com a autorização do Rei da Pérsia e, a partir daí, passam a comemorar a festa do Purim, que até hoje é comemorada, para relembrar esse livramento, semelhante ao livramento da escravidão do Egito, quando comemoram a festa da Páscoa.


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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Rute - a estrangeira que fez parte do povo de Deus


Um pequeno livro de apenas 4 capítulos, mas com uma riqueza de ensinamentos e conhecimento maravilhosa. Aliás, como acontece muitas vezes na Bíblia, os pequenos livros têm sempre muitos detalhes que precisamos entender o contexto, a cultura, as leis para ter um completo entendimento do que se diz. Com esta compreensão completa, maravilhas do amor de Deus se apresentam de forma mais vibrante.
No primeiro capítulo, um resumo das situações que levaram aos acontecimentos do livro. Uma família de 4 pessoas (pai, mãe e 2 filhos), por causa de uma fome, mudam-se para as terras de Moabe. É bom entendermos 2 coisas logo neste início. O que acontece com esta família de Israel era mais comum do que se pensa, de ter que se mudar para outras terras, por causa de fome. Este movimento de migração, muito comum hoje em dia, também acontecia com o povo de Deus. Não havia guerra neste episódio, mas poderíamos até mesmo considerar esta família como refugiados, por causa da fome em seu país. Mudaram-se para uma terra estrangeira. E também entender que o povo de Moabe, para onde se mudaram, era um povo que tinha, geralmente, dificuldades de relacionamentos com o povo de Israel. Este povo é descendente de Ló, do incesto provocado pela sua filha mais velha, ao embriagar seu pai (Gn 19: 31-38). Causaram dificuldades durante a saída do povo de Deus do Egito.
Mas é para esta terra que se mudou esta família. Os 2 filhos desta família se casaram com 2 mulheres desta terra de Moabe, duas moabitas. E lá viveram muito tempo. O povo de Israel, geralmente não se misturava em casamento com outros povos. Mas estes fugiram à regra.
Porém, morreram os 3 homens desta família (pai e 2 filhos), numa época que não era comum as mulheres terem emprego para sobreviver, nem pensão do INSS. A sogra das 2 quis voltar para sua terra natal de Judá e, enquanto estavam a caminho, mandou as duas noras voltarem para sua casa. Uma delas (Orfa), voltou, chorando na despedida. A outra, Rute, insistiu em ficar com Noemi (sua sogra) para onde quer que ela fosse, deixando registrado na Bíblia uma das mais lindas dedicatórias de amizade, cumplicidade e companheirismo que encontramos. Ela disse: “Não insistas para que eu te abandone, e deixe de seguir-te, porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; onde quer que morrerees morrerei eu, e ali serei sepultada
Chegaram a Belém, sendo alvo dos comentários sobre a perda dos 3 maridos que haviam sofrido. Noemi dizia que o Senhor a tinha feito voltar sem nada. Teria partido cheia e voltado vazia! Mas cegaram na época da colheita da cevada.
Por causa de sua situação financeira delicada, que necessitavam de sustento, Rute se dispõe a ir apanhar as espigas que caíssem dos colhedores, usufruindo de uma lei que dizia que estrangeiros e pobres (ela se encontrava nas 2 categorias) poderiam seguir os colhedores em tempos de colheita, pegando o que caísse no chão. Pela lei, aos colhedores era ordenado que não apanhasse do chão o que caísse, e deixasse para quem precisa, como se o próprio Senhor derrubasse no chão aquilo que queria deixar para quem precisa. Rute esforça-se neste trabalho e Boaz, o dono da terra, reconhece o seu trabalho e não só isso, também o fato de ela não ter abandonado sua sogra em um momento tão difícil. Por isso, lhe dá mais do que ela tinha conseguido colher.
Ao ver o resultado deste trabalho, Noemi pergunta onde ela tinha trabalhado. Ao revelar que havia sido nas terras de Boaz, Noemi, sogra de Rute anima-se pois percebe que ele é um parente, um que poderia ser remidor delas. Ou seja, alguém que poderia se casar com a viúva que não tivesse filhos, como na lei do levirato. Essa lei existia, a fim de dar ao morto descendência, para que seu nome não fosse extinto da terra. E também para dar à viúva, desamparada, alguém que a pudesse sustentar. Mas como neste caso, não haviam mais irmãos para desposar a viúva, então outros parentes poderiam ser os que assim o fizessem.
Noemi orienta então sua nora, Rute a aproximar-se de Boaz, relatar que ela deseja que ele assuma o papel de remidor. Boaz se dispõe a fazê-lo e deseja se casar com Rute, mas declara que existe outro parente mais próximo que ele, que tem esse direito de ser o remidor antes dele. Mas se ele recusasse, então Boaz poderia assumir este papel. Ele vai então procurar este outro parente próximo, declara o interesse dele em ser o remidor de Rute e pergunta ao seu parente se ele deseja fazê-lo em seu lugar. Após a resposta negativa, Boaz decide então se casar com Rute.
Eles têm um filho, ao qual dão o nome de Obede, que é avô do Rei Davi. Boaz e Rute são, portanto, bisavós do Rei Davi. E, se lembrarmos que Jesus é da descendência de Davi, então temos na genealogia de Jesus uma moabita, uma estrangeira, Rute. O que demonstra que mesmo que alguém faça parte de um povo inimigo de Deus, pelas suas atitudes, poderá ser redimida e fazer parte da família de Deus.



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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

II Samuel - O Reinado de Davi


Continuação da história de I Samuel, mostra a história do Reinado de Davi. I Samuel termina com a morte de Saul e Davi assume o trono em II Samuel. Muito interessante notar que eram os reis que financiavam e promoviam os escritos de suas histórias. E II Samuel é um livro também de confissões, pois ali estão os vários erros e pecados de Davi cometidos durante o seu reinado. Ele bem poderia ter deixado isso de fora, para fazer parecer melhor do que realmente era. Mas, pela vontade e soberania de Deus, nesse livro podemos ter a ideia de que todos erram, grandes ou pequenos. Aqui também percebemos que todos necessitam de Deus, sua ajuda e orientação, inclusive o grande Rei Davi. Nesse livro, onde são narradas suas conquistas, também estão contidos seus pecados, suas fraquezas, suas tristezas, sua dependência de Deus, seus arrependimentos em cada uma destas situações. É um livro que Deus usou para nos mostrar que não importa quão grande sejamos aos olhos humanos, seremos sempre dependentes do Senhor. Mesmo o grande Rei Davi sofre todas as dificuldades de qualquer ser humano.
Davi mostra-se aqui em II Samuel sempre arrependido dos seus pecados, buscando sempre a reconciliação com Deus e acertar o seu erro. Deus mostra-se compassivo e misericordioso, aceitando o arrependimento de Davi.
O livro começa com Davi mostrando sua tristeza e luto pela morte de Saul e Jônatas (filho de Saul e grande amigo de Davi) e logo em seguida Davi sendo aclamado Rei em Judá, enquanto um filho sobrevivente do Rei Saul (Isbosete), com o apoio do grande general Abner, aliado e sobrinho de Saul, busca tornar-se Rei de outra parte do povo de Deus, no reino de Israel. Este reinado dividido, entretanto, durou pouco tempo, e teve pouca força, pois Davi crescia em força e influência no Reino, sendo abençoado por Deus, enquanto o lado do herdeiro de Saul se enfraquecia.
Abner, general que apoiava o reinado paralelo de Isbosete, percebendo que seu lado começa a perder força, faz um acordo com Davi, mas é morto logo em seguida por Joabe, o principal general dos exércitos de Davi (e um dos principais personagens deste livro de II Samuel), morte essa que levou Davi a lamentar muito, por ser Abner um grande líder entre o povo. Logo em seguida é morto também Isbosete e somente então Davi é considerado o único Rei sobre todo o povo de Israel e Judá.
Davi então busca a Arca da Aliança para trazer a Jerusalém, agora capital do Reino unificado. Neste momento, Uzá, um sacerdote é morto pelo Senhor por tocar na Arca. Depois de deixar a Arca 3 meses na casa de Obede-Edom, agora sim traz a arca para Jerusalém, celebrando com danças, motivo pelo qual é repreendido por sua esposa Mical, a qual permanece sem ter filhos até o fim da vida, ela que era descendente da casa de Saul (lembrando que um herdeiro de Mical poderia trazer confusão quanto ao direito de herança ao trono, por ser um filho dela descendente de Davi e Saul ao mesmo tempo).
Davi também se propõe construir um templo para a Arca, o qual é bem visto pelo profeta Natã, mas proibido pelo Senhor Deus. Natã de noite recebe de Deus a orientação de que o filho de Davi construiria o templo, pois Davi, homem de guerra, tinha as mãos sujas de sangue. Muitas vitórias sobre povos inimigos ocorrem neste período da história retratada em II Samuel, sem contudo trazer detalhes destas batalhas.
E um episódio que figura como demonstração da graça de Deus, leva Davi a buscar na casa de Saul algum herdeiro que pudesse ser por ele acolhido e sustentado. Fica sabendo que Mefibosete, filho de seu amigo Jônatas, havia tornado-se coxo de ambas as pernas e ainda vivia. Convida-o então a morar no palácio e comer da sua mesa, como um de seus filhos.
Neste livro está também narrado o grande pecado de Davi, seu adultério com Bateseba, mulher de Urias (a qual engravida) e a sequência, em que Davi tenta fazer Urias dormir com sua esposa para fazer parecer que o bebê era do marido e, com a recusa deste em dormir com sua esposa no meio da guerra, Davi então manda seu general Joabe colocar Urias em situação de perigo, sem ajuda, para ser morto pelos Amonitas em batalha. Por este grande pecado de adultério e homicídio, Deus o repreende através do profeta Natã, o que leva Davi a arrepender-se de seu pecado e pedir perdão a Deus. Deus o perdoa, mas a criança que nasceu deste ato morre com poucos dias de vida, apesar do jejum e clamor de Davi para que deixasse a criança com vida.
Na sequência, grandes problemas afetam a família de Davi. Seu filho Amnon estupra sua meia irmã Tamar e é morto (por causa disso) por Absalão, irmão de Tamar. Absalão então é expulso do Reino e passa alguns anos fora, como fugitivo. Quando volta a morar em Jerusalém, por influência de Joabe (general do exército de Davi), passa então a disputar o Reino com seu pai Davi. Sua intenção é reinar no lugar de seu pai e passa a influenciar as pessoas a seu favor, contra Davi. Na tentativa de tomar o reino e sendo que Davi não deseja batalhar contra seu filho Absalão, Davi foge de Jerusalém. Absalão vai em busca de Davi e seus homens para derrotá-los em batalha, mas é derrotado e morto nesta mesma batalha, quando ficou com seus cabelos preso nos galhos de um carvalho. Davi lamenta muito pela morte de seu filho (que tinha se tornado inimigo) e volta para Jerusalém. Há a narração de um período de fome e guerras.
O livro termina com uma oração de Davi, nos moldes de seus salmos, no capítulo 22 e uma descrição dos homens valentes, 37 poderosos guerreiros que ajudaram Davi em todas as batalhas no capítulo 23. No último capítulo 24, conta ainda um pecado de Davi, ao tentar contar o povo e o consequente castigo de Deus por causa disto, pelo qual Davi pede também perdão e a misericórdia de Deus. Neste livro, não vemos a morte de Davi.



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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

I Samuel - O Início do Reino


Neste livro, começa a contar a história do surgimento do grande profeta Samuel, o qual centralizou novamente a liderança no povo de Israel. Durante sua liderança, Deus levantou os primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Este livro conta a história do nascimento deste profeta, sua liderança em Israel, a escolha de Saul como rei, a história toda de seu reinado, até sua morte por suicídio. E conta também a unção de Davi como rei, e toda a fase de perseguição deste por parte de Saul, além das vitórias de Davi nas batalhas.
O profeta Samuel foi o filho de uma mulher que era estéril, clamou ao Senhor e fez um voto de entregar seu filho ao Senhor, caso o Senhor lhe desse um filho, que até então ela não podia ter. Deus ouviu suas orações e ela cumpriu com seu voto, entregando seu filho logo após desmamar.
Samuel cresceu no templo do Senhor, sendo direcionado pelo sacerdote Eli, sem contudo se contaminar com os hábitos reprováveis deste outro sacerdote, o qual não disciplinava seus filhos, Hofni e Fineias, que faziam abominações perante o Senhor, roubando as ofertas deixadas pelo povo, prostituindo-se com mulheres no templo e eram reprováveis. Deus disse que mataria os dois filhos de Eli num mesmo dia, como sinal de uma mudança que faria. E assim o cumpriu, sendo que ainda, no mesmo dia, morreu o próprio sacerdote Eli, ao receber a notícia da morte de seus filhos e da captura da Arca da Aliança do Senhor.
Samuel foi um adolescente que ouviu Deus falar com ele diretamente.
Durante o livro de I Samuel, a presença dos filisteus está constante, na tomada da Arca, no tempo do sacerdote Eli, no confronto entre Davi e Golias, e no final, quando vencem Saul, na batalha quando Saul se suicida e seus filhos morrem em batalha, terminando a história contada em I Samuel. Além disso, Davi ainda fez aliança com os filisteus e com eles morou por 1 ano e 4 meses antes de assumir definitivamente o reino em Israel. Também conta a história de como a presença da Arca, na terra dos filisteus, por si só, trouxe derrotas e ao seu deus Dagon. Várias guerras de Saul contra os filisteus e a vitória de Jônatas (filho de Saul) sobre centenas de filisteus também é contada aqui. Neste livro, sabemos como está consolidada a grande rivalidade entre o povo de Israel e os filisteus.
Ao ungir Saul como rei, Samuel dá-lhe, da parte do Senhor, orientações e ordens que, quase sempre, Saul ignora e faz as coisas como lhe dá na cabeça, muitas vezes ouvindo a voz do povo em como deveria agir, ao invés de ouvir ao Senhor. Por inúmeras atitudes de desobediência, o Senhor lhe tira o reinado e passa a outro, Davi, que é ungido ainda muito jovem pelo profeta Samuel para ser rei. Logo após ser ungido, Davi vai ao acampamento dos Israelitas, ouve a afronta de Golias contra o povo de Deus e se dispõe a enfrentá-lo com apenas uma funda e algumas pedrinhas, mas mata o gigante de quase 3 metros de altura. Mesmo assim, demorou algum tempo até que pudesse assumir o trono, efetivamente. Neste meio tempo, Saul luta muitas batalhas, sem a ajuda do Senhor, mas com a presença de Davi em seu exército e, pela sua presença, Deus confiava a Israel, pelas mãos de Davi, a vitória em todas as batalhas.
Saul, neste tempo, cada vez mais perturbado, pela ausência do espírito de Deus e pela presença de um espírito de perturbação, começa a perseguir Davi e tentar matá-lo. Talvez por isso, ao ver o estado de Saul sem a presença do Espírito de Deus, o salmista Davi tenha pedido a Deus para não retirar dele o Seu espírito (Sl 51: 11). Dentro de casa, pelas terras de Israel, Saul vai em perseguição a Davi, que passa um bom tempo apenas fugindo do rei Saul para salvar a própria vida, sendo neste tempo treinado por Deus para assumir o Reino de Israel. Deus permitiu, por 2 vezes, que Davi tivesse Saul em suas mãos para matá-lo, mas Davi preserva sua vida, temendo ao Senhor em levantar a mão contra o seu ungido para tirar-lhe a vida. Saul não tem o mesmo temor para com o Senhor.
O livro de I Samuel é muito rico em detalhes e situações diversas: a amizade de Davi e Jônatas, filho de Saul, o extermínio dos sacerdotes de Israel por parte de Saul, a entrega do cargo de Samuel, o profeta, prestando contas de sua reta administração ao povo, sua morte e o pranto de todo Israel. É neste livro que ocorre a única consulta a um morto por parte de um israelita, quando Saul, usando os serviços de uma pitonisa, pede para falar com Samuel, já morto. O estabelecimento do princípio de que quem fica com a bagagem é merecedor dos despojos de guerra tanto quanto os que lutaram também está neste livro.
Enfim, no livro de I Samuel, muitos dos princípios e acontecimentos que definiram o povo de Israel na fase do reinado estão presentes. O fim do livro, com a morte de Saul, deixa o caminho livre para que Davi, efetivamente, tome posso do Reino de Israel, que já estava para ele preparado, desde o tempo que foi ungido Rei de Israel.
Saul foi um rei que tomou posse do reino sem preparo nenhum, e decepcionou ao Senhor. Davi, mesmo depois de ungido a Rei, foi preparado por um bom tempo, com perseguições e lutas, fortalecendo-o no Senhor para assumir o Reino, e foi o grande Rei de Israel.



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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Marcos - a história contada por quem ouviu


O menor em tamanho dos 4 evangelhos, Marcos era um discípulo que não havia conhecido Jesus pessoalmente, portanto não teve a oportunidade de andar com Jesus. Segundo estudos, é muito provável que Marcos foi um companheiro de trabalho de Pedro, um discípulo de Pedro, de quem teria ouvido as narrativas sobre a vida de Jesus. Então, Marcos escreveu daquilo que Pedro lhe contou sobre a vida de Jesus.
Marcos é o único dos 3 evangelhos sinóticos que não narra o nascimento de Jesus. Começa contando sobre o batismo e o ministério de Jesus. “Sinótico” é como chamamos os evangelhos de Marcos, Lucas e Mateus, por serem “similares” entre si. O evangelho de João foge à regra em termos de estilo de escrita.
Mas Marcos é um evangelho muito interessante, pois é escrito por alguém que conheceu a história da vida de Jesus através de um de seus discípulos e a registrou no seu evangelho, a fim de que todos pudessem conhecer essa história. Seria como se eu ou você, ouvindo a narrativa da história da vida de Jesus, resolvêssemos escrevê-la para registrar. Assim como eu ou você, Marcos ouviu de Jesus e quis contar para outros sobre Ele.
Por esse motivo, seu evangelho é muito direto e objetivo. As narrativas de genealogia e do nascimento que Lucas e Mateus contam, Marcos não o faz. Fala rapidamente de João Batista e sem demora já fala do batismo de Jesus (logo no capítulo 1: 9, diferente de Lucas e Mateus, que só tratam do batismo no cap. 3). Logo após, Marcos já começa falando dos milagres e das pregações de Jesus. Se olharmos Mateus, por exemplo, após falar sobre nascimento, batismo, tentação no deserto nos 4 primeiros capítulos, ainda tem mais 3 (do 5 ao 7) para falar da pregação do Sermão do Monte. Só no Capítulo 8 que Mateus mostra Jesus curando. Marcos dá prioridade para narrar logo estas atividades práticas de Jesus. Resume, por exemplo, o batismo e tentação de Jesus em 5 versículos. Todo preparo teórico para entender o ministério de Jesus é bem resumido por Marcos. Por isso mesmo, é um evangelho ideal para quem começa a ler a Bíblia ou querer entender sobre as atitudes de Jesus.
As parábolas, curas, ensinos e pregações, os milagres, as orientações aos discípúlos, a escolha dos 12 apóstolos e outros eventos ocorrem, em Marcos, misturados uns aos outros, porque este evangelho é o mais próximo de uma ordem cronológica dos acontecimentos. Diferente de Mateus, que escreve por temas, de João, que apresenta Jesus sob a perspectiva de sua natureza, diferente até de Lucas que, como pesquisador, quis narrar detalhes da vida de Jesus, Marcos vai narrando os acontecimentos conforme se seguem. Ele quer contar a história.
Como os outros evangelhos, a maior parte de seu texto é dedicada à última semana de vida de Jesus, e também sua morte e ressurreição. Já no capítulo 11 apresenta Jesus entrando em Jerusalém, que é o evento que antecede sua morte e ressurreição, que ocorre no domingo, sendo que na sexta-feira seguinte Ele é crucificado e no domingo (apenas 7 dias depois de entrar em Jerusalém, aclamado como Rei), Jesus já ressuscita. Este curto espaço de eventos (apenas 1 semana), ocupa os capítulos 11 a 16 de Marcos, equivalente a 44% do conteúdo de Marcos, quase metade!
Entre os capítulos 1 e 10, Marcos concentra-se em narrar os atos de Jesus. As curas eexpulsões de demônios recebem um destaque especial nesta parte do evangelho. A cura da sogra de Pedro, de leproso, paralítico, no sábado, da filha de Jairo, da mulher com fluxo de sangue, de um surdo-mudo, do jovem epiléptico, do cego Bartimeu. Depois, após sua entrada em Jerusalém, não são narradas curas. Orientações específicas e objetivas aos seus discípulos, expulsões de demônios, muitas parábolas e repreensões aos fariseus, que se apegavam às suas tradições também fazem parte desta primeira parte de Marcos, caps. 1 ao 10, que narram 3 anos do ministério de Jesus.
Entre os caps. 11 e 13, a revelação e explicação clara sobre a natureza de Jesus, sua divindade, sobre o que aconteceria a Ele e a consequente explicação das responsabilidades de seus seguidores quanto a isso, sobre a posição que teriam quanto a esta verdade sobre Jesus. Ele é Rei, é o Filho de Deus, filho do homem, é o que tem autoridade para purificar o templo, e é o que voltará para o julgamento final.
Os capítulos 14 e 15 falam da última ceia e a prisão e morte de Jesus. O capítulo 16 encerra narrando sua ressurreição e ascensão aos céus, com as orientações de Jesus para todos os seus discípulos.



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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Apocalipse - o propósito completo de Deus



Talvez considerado o livro mais “enigmágico” de toda a bíblia, essa impressão vem do fato de apocalipse ter sido escrito em linguagem simbólica, assim com as parábolas de Jesus. Essa linguagem não torna a história contada uma mentira, mas sim contada numa linguagem que somente aqueles que entendiam a Palavra de Deus conforme contada no Antigo Testamento poderiam entender plenamente o que estava sendo contado em Apocalipse. Essa estratégia de escrita adotada por João é especialmente importante porque ele estava preso e como, provavelmente, toda correspondência passava pela censura dos guardas romanos, João não poderia falar abertamente das coisas que desejava, uma vez que havia sido preso por pregar Jesus e, se falasse abertamente de Jesus, provavelmente sua correspondência não chegaria ao destino (lembrando que este livro foi escrito para alcançar os crentes em vários lugares, a fim de encorajá-los frente às perseguições).
João começa contando seu encontro com Jesus que lhe passaria as revelações e logo em seguida é levado a escrever 7 cartas, para 7 igrejas da Ásia Menor que, na verdade, representam a mensagem de Deus para toda sua igreja, em todos os lugares, em todas as épocas.
Neste ponto, é importante sabermos que o número 7 é muito frequente em Apocalipse e entender o porquê disso. Esse número representa perfeição, no que se refere a algo completo, sem faltar nada em si mesmo. É desse tipo de perfeição que trata o número 7, presente em toda a bíblia e de uma forma abundante aqui em Apocalipse. Portanto, quando João (orientado pelo Senhor) envia a mensagem de Deus para 7 igrejas da Ásia Menor, na verdade está simbolizando a mensagem completa de Deus para toda sua igreja.
Da mesma forma, existem 7 trombetas, 7 selos, 7 cálices da ira de Deus. Trombeta representa aviso e, portanto, Deus enviou seu aviso completo, perfeito, a toda a humanidade. Deus não efetuaria seu julgamento sem enviar todo seu aviso. Os 7 selos representam a completa revelação dos mistérios de Deus, de tudo o que havia ficado guardado até o fim, agora seria revelado. O cálice representa a ira de Deus sendo derramada sobre o homem. Aqui, o cálice é usado nesta simbologia porque representa algo que vai se enchendo aos poucos. Quando se esgota sua medida (de todos os 7), então Deus derrama sua completa ira sobre a humanidade, o que acontecerá neste ponto.
Mas o propósito geral deste livro, além de encorajar os cristãos daquela época por causa da perseguição que sofriam, é mostrar todo o propósito de Deus, ao definir seu ponto final. O julgamento, declarado aqui em Apocalipse, é o fim de toda história, conforme a conhecemos. Não se fala em fim do mundo, mas de uma renovação do mundo, retirando todo o mal e julgando todo o mal praticado em toda a história. Os justos viverão em paz com Deus, o qual será sua luz, o qual dará as recompensas e estará presente para sempre.
No livro de Apocalipse é onde vemos com mais clareza e da forma mais direta a diferença entre o justo e o ímpio. As recompensas e os castigos estão bem claros aqui, assim, como também a condição para receber um e outro. Ou seja, vida e bênçãos para quem escolheu se arrepender, andar com Deus e obedecê-lo em sua vida. Sofrimento e dor para quem escolheu se afastar totalmente de Deus. Cada vez mais, no livro de Apocalipse, esta diferença vai ficando mais clara. Aqui já não há a confusão entre o joio e o trigo, mas a diferença está ficando cada vez mais clara, mostrando os verdadeiros filhos da luz e a verdadeira treva, que receberá condenação.
Acima de tudo, o livro do Apocalipse é um convite ao arrependimento. É Deus mostrando sua chance dada à humanidade ao arrependimento. É Deus avisando, para que todos vejam que existe 2 caminhos a seguir. É a consequência final da escolha de 1 destes caminhos, apresentado primeiramente a Adão e Eva (não coma do fruto), depois em Deuteronômio (deixo para ti vida e morte, escolhe pois a vida), depois Jesus deixa isso claro (aquele que ouve minhas palavras e as cumpre e os que não as cumpre), aqui mostra o resultado final desta escolha.



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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Mateus - o evangelho da Criação da Igreja



O primeiro livro do Novo testamento, primeiro dos 4 evangelhos, foi escrito por um dos 12 apóstolos de Jesus, que o acompanhou nos 3 anos de seu ministério e testemunhou, pessoalmente, a obra realizada por Jesus. Mateus separa seu livro por seções muito claras, tratando de assuntos bem objetivos. O ápice do livro é a criação da Igreja por Jesus, no seu capítulo 16. Basicamente, o livro se separa em antes e depois disso. O antes serve para preparar todos para a criação da igreja. O depois, para mostrar como agir nesta nova realidade.
Mateus escreve com divisões tão claras que podemos aqui dividir em temas, da seguinte forma: primeiro mostrando o nascimento de Jesus (caps. 1 e 2), depois falando do batismo e tentação de Jesus (3 e 4), depois narrando o famoso Sermão da Montanha nos capítulos de 5 a 7. A partir de então, começa a falar sobre o trabalho realizado por Jesus, com curas, milagres, ensino e orientações (caps. 8 a 12). Mateus reserva um capítulo (13) para narrar várias parábolas que Jesus contou para explicar qual a natureza do Reino de Deus, e este capítulo serve de divisão especial, porque a seguir narra a morte de João Batista, que representa o fim da velha aliança, do judaísmo, preparando para o nascimento da igreja e o início na nova aliança. Nos capítulos 14 e 15, Mateus mostra esta transição, explicando que Jesus tinha alimento suficiente para ambos os povos (judeus e gentios), porque agora, na nova aliança, na igreja, não apenas os judeus seriam atendidos, mas toda a humanidade, estendendo a salvação para os gentios. Jesus mostra isso através de vários exemplos que ocorrem nos capítulos 14 e 15, de uma forma especial através das 2 multiplicações de pães e peixes, uma destinada a alimentar os judeus e a outra para alimentar a todos.
O capítulo 16 é o ápice quando Jesus inaugura a Igreja. Já neste capítulo e na sequência, Jesus começa a mostrar a responsabilidade de seus seguidores e as consequência para quem escolher segui-lo. Até o capítulo 15, Jesus curou, ensinou, deu tudo para o povo. Foi Jesus quem fez tudo. Ao inaugurar a igreja, Jesus começa a dar responsabilidade para seus seguidores, pois está preparando a todos para o momento de sua morte e ressurreição. Mais do que isso, os está preparando para prosseguir sua obra.
Nos capítulos 17 a 20, Mateus narra Jesus chamando seus discípulos para participar da obra. Jesus cobra deles agora que venha a fazer a obra, que venham a colocar em prática o que Jesus havia ensinado, na forma de cobrar uma atitude. Na primeira parte do livro de Mateus, até o cap. 15, Jesus ensina, mostra e faz. Agora, Jesus pede que seus discípulos façam. A cura do lunático, o cumprimento das obrigações dos discípulos com o pagamento do tributo, a exortação a saber sobre a posição do discípulo dentro do Reino, o perdão dos pecados por parte dos seus seguidores, a questão da família e do divórcio, a responsabilidade para com as crianças, a decisão de deixar tudo para seguir a Jesus (no exemplo do jovem rico), a parábola dos trabalhadores da vinha, todos estes exemplos são uma chamada à responsabilidade dos seus seguidores, dos que são chamados a segui-lo.
No cap. 21 já estamos na semana santa. A última da vida de Jesus, antes da crucificação. O evento da sua entrada em Jerusalém mostra como mesmo seus discípulos que estavam com ele na época não haviam entendido ainda (até este momento) o propósito de seu ministério. Desejavam ver um messias político, que libertasse o povo de suas mazelas econômicas e políticas. Nesta última semana, Jesus intensifica suas orientações. Caps. 22 e 23 com várias orientações aos seus discípulos. Nos caps. 24 e 25, o Sermão sobre o julgamento final e a responsabilidade de cada discípulo seu quanto a suas atitudes na parábola dos talentos e das virgens.
No fim, os capítulos 26 e 27 mostram a última ceia, a prisão e crucificação de Jesus. No final, no último capítulo de Mateus (28), mostra a Ressurreição de Jesus e suas últimas orientações aos seus discípulos.
Mateus é um evangelho escrito por um judeu, para mostrar aos judeus que o Senhor criou algo novo, a Igreja, porque os judeus haviam desvirtuado o judaísmo e seu objetivo inicial.




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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Êxodo - milagres e leis. Libertação e provação.



Segundo livro da bíblia, contendo 40 capítulos, número representativo de provação, neste livro ela aparece ligada à libertação. O número 40 aparece diversas vezes neste livro. Êxodo mostra-nos que libertação e provação andam juntas. Os milagres e as leis de Deus também. Logo no início, reconta o final da história de José, mostrando como o povo de Deus foi parar no Egito, onde cresceram abundantemente, vindo a ser um grande povo, contra o qual o novo Faraó do Egito lutou e perseguiu. Este novo Faraó não era amigo do povo hebreu, como os antigos, da época de José.
Podemos dividir o Êxodo em 2 metades. O capítulo 20, com a entrega dos 10 mandamentos a Moisés, para os repassar ao povo, é a linha divisória desta divisão. Antes disso, todos os eventos da libertação do Egito e curta caminhada no deserto até chegar ao monte Sinai. Depois disso, a entrega de diversas leis por parte de Deus ao povo, através de Moisés.
Em Êxodo, é contado como Moisés nasceu, em meio a uma grande provação de seu povo e um especial livramento de Deus dado a Ele, quando criança. Este que seria o principal personagem da história deste livro. Conta a história de como Moisés cresceu no Egito, preparando-se para ser um grande líder. Conta como ele fugiu, aos 40 anos de idade, após matar um egípcio. Como se tornou pastor de ovelhas, pelos outros 40 anos. E como Deus falou com ele de forma especial, numa montanha, do meio de uma sarça ardente, e o comissionou para liderar o povo de Israel numa marcha de libertação da escravidão. A vida de Moisés é dividida em 3 partes de 40 anos: como filho do Faraó, depois fugitivo, como pastor de ovelhas mais 40 anos e por fim o libertador, levando seu povo à terra prometida nos últimos 40 anos de sua vida. A história do Êxodo ocorre cerca de 400 anos depois do fim da história ocorrida no final de Gênesis.
Moisés, aos 80 anos de idade, inicia seu trabalho de libertar o povo de Israel do Egito. Nisso conduzido por Deus, recebe auxílio de seu irmão mais velho, Arão, para falar com Faraó. Pede, repetidas vezes ao Faraó que liberte o povo de Deus. Este se nega por diversas vezes e, a cada negação, Deus envia através de Moisés uma praga contra o Egito, num total de 10 pragas, que vai aos poucos sendo destruído, até sucumbir totalmente com a morte dos primogênitos e depois o afogamento dos exércitos de faraó no mar vermelho. Durante as dez pragas (águas transformadas em sangue, rãs, piolhos, gafanhotos, mosquitos, trevas, chuva de saraivas, …, …, e morte dos primogênitos), o povo de Deus foi também provado em sua fé, chegando Faraó a aumentar o sofrimento dos Israelitas neste período. Mas a cada praga, comprovava Deus sua superioridade perante Faraó e seus deuses.
Depois de, finalmente, Faraó permitir a saída do povo de Israel, na noite da morte dos primogênitos do Egito, enquanto Deus protegia os primogêntios do povo de Israel, aqueles que tivessem a proteção em suas portas do sangue de um cordeiro, o povo de Israel celebra a primeira Páscoa (passagem), que é a festa que celebra a libertação do povo de Israel de sua escravidão no Egito. Nesta mesma noite, as famílias dos egípcios deram aos israelitas jóias, ouro e prata e outros bens, e os Israelitas saíram do Egito para nunca mais voltarem. No caminho, uma nuvem protegia sua caminhada de dia, a fim de dar-lhes sombra em pleno deserto. Uma coluna de fogo os protegia de noite, durante o frio intenso daquela região. Depois de um curto tempo que os Israelitas tinham saído do Egito, Faraó se arrependeu de deixá-los sair e mandou os exércitos perseguirem-nos.
O povo de Deus se vê então cercado em sua caminhada. À frente, o mar vermelho. À retaguarda, o exército de faraó em sua perseguição. É então que Moisés abre o mar vermelho pelo poder de Deus, por onde o povo de Israel passa em terra seca, o que, tentando os egípcios, morrem afogados, porque Deus fechou o mar bem na hora que estavam passando.
O povo de Deus comemora o grande livramento que Deus lhe dá, com cânticos e danças. Depois, recebe os 10 mandamentos, não sem fazer rebeldia.
A partir do capítulo 21, várias leis são dadas ao povo, detalhando os 10 mandamento. Leis que falam sobre os escravos e homicidas, os que amaldiçoam seus pais ou ferem qualquer pessoa. Leis sobre propriedade, testemunho falso, sábado e ano do descanso para a terra. Leis sobre as festas que o povo deveria observar.
Deus promete a presença de um anjo junto ao povo. Moisés então, ao subri ao monte, recebe orientações de Deus para a construção do tabernáculo, para o qual Deus ordena que todos tragam ofertas para a construção. Deus dá orientações detalhadas a Moisés sobre o que deve fazer, sobre a arca e o propiciatório, a mesa, cortinas, tábuas, véu, altar e pátio do tabernáculo, além do azeite.
Deus ainda dá ordens sobre o sacerdócio de Arão e seus filhos e como proceder aos sacrifícios de consagração sacerdotal. Todos os detalhes do tabernáculo, como construí-lo, o que fazer, Deus dá nesta parte de Êxodo.
Neste meio, o povo resolve fazer para si um bezerro de ouro, e acende a ira de Deus e de Moisés, o qual quebra as tábuas dos 10 mandamentos dados por Deus e, apesar de tudo isso, intercede em favor do povo rebelde, para que não sejam destruídos por Deus. Deus envia novas tábua da lei e o povo então traz ofertas para construção do tabernáculo. Até as vestes dos sacerdotes são detalhadas nas orientações de Deus neste ponto.
Êxodo finaliza, após a construção do tabernáculo, com a ordem de Deus para levantar acampamento e continuar a viagem. Este tempo que ficaram acampados ali no Sinai, de aproximadamente 1 ano, serviu parra receberem as orientações e ordens do Senhor para a caminhada que fariam em seguida, cuja continuação é narrada no livro de Números.



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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Gênesis - o Princípio de tudo




Primeiro livro da bíblia, o nome “Gênesis” significa “início”, “princípio”. Escrito por Moisés segundo a tradição judaica. Conta-se neste livro a história do início de todas as coisas. O livro de Gênesis é dividido em 3 partes básicas. Do primeiro capítulo ao de número 11, Deus nos mostra como criou todas as coisas, na Terra, a natureza. A partir do capítulo 12 e até o capítulo 36, conta a história no nascimento do seu povo hebreu. E, a partir daí, até o final (capítulos 37 a 50), conta especificamente a história de José e como o povo hebreu foi para o Egito, que é a preparação para o Êxodo e para o grande acontecimento do povo hebreu, a libertação do Egito, narrada no Êxodo.
Na primeira parte, temos a descrição da criação do mundo, do planeta terra e todo o universo. A criação dos seres que habitam o planeta e do próprio homem. Logo em seguida, vemos a origem do pecado, com a explicação da maneira como ele surgiu na humanidade. Entre essas duas partes, vemos também que Deus desejava ter um relacionamento com o homem, passeando com ele pelo jardim antes do pecado, e tendo com o homem um diálogo. Após o pecado, este relacionamento é seriamente modificado. Mas mesmo ainda no Gênesis e por toda a Bíblia, vemos Deus buscando restabelecer este diálogo com o homem, sempre Deus tomando a iniciativa. Deus dialoga com Noé e com Abraão. Aqui Deus determina que o homem terá domínio sobre a natureza e toda a criação.
Em Gênesis, vemos ainda outros inícios: o primeiro assassinato; o afastamento do homem de Deus; o pecado enchendo a terra e o primeiro julgamento de Deus, com o dilúvio que ocorre no planeta, do qual apenas Noé e sua família é salva para reconstruir todas as coisas; Esse julgamento já é um exemplo do julgamento final, que veremos no apocalipse. Depois disso, surge o arco íris; Temos também a explicação do porquê termos muitas línguas (idiomas) no mundo, através do ocorrido na Torre de Babel, no capítulo 11, quando se encerra esta primeira parte do Gênesis.
Na segunda parte, que começa com o capítulo 12, mostra a escolha de Deus para iniciar uma nova história com a humanidade, através de um povo especial, descendentes de Abraão, a partir do qual todas as famílias da terra seriam abençoadas. Seus filhos, Isaque e Ismael explicam a origem de povos que sustentam inimizades até os dias de hoje. Deus deixa claro que a promessa feita seria para ser herdada por Isaque, o qual casa-se com Rebeca e tem 2 filhos: Esaú e Jacó. O primogênito era Esaú, mas este abriu mão de tal direito em favor de Jacó, o qual veio depois a se chamar Israel, pai do povo Israelita, que teve 2 esposas, Raquel e Léia, e 2 concumbinas, Bila e Lia, as quais lhes deram 12 filhos, dando início às 12 tribos de Israel.
Rúben, Simeão, Levi, Judá, Gade, Issacar, Naftali, Dã, Asser, Zebulom, José e Benjamin.
José, o filho preferido de seu pai Israel, foi alvo da inveja e maldade dos seus outros 10 irmãos mais velhos, os quais o venderam como escravo e José foi levado para o Egito. E aqui começa a última parte do Gênesis.
Lá no Egito, Deus o prosperou em tudo o que fazia, mesmo sendo escravo ou prisioneiro. José foi fiel e Deus permanecia com ele. Interpretou sonhos, incluindo o de faraó, alertando a todos sobre uma fome que viria, para a qual se preveniu e armazenou provisões, a fim de alimentar, não apenas o Egito, mas todos os povos ao redor. Tornou-se por isso, governador do Egito aos 30 anos, 13 depois de ter sido vendido como escravo. Teve 2 filhos, aos quais chamou Manassés e Efraim. Mais tarde, seus 2 filhos receberam herança entre os filhos de Israel, recebendo portanto José (através de seus filhos) porção dupla da terra prometida.
Quando a fome se abateu sobre o mundo todo, o Egito tinha alimentos para vender ao mundo, por causa do trabalho executado por José. Os irmãos de José vieram ao Egito para comprar alimentos e participaram da mais incrível história sobre perdão que podemos encontrar. José, apesar de ter todo o poder, não se vinga de seus irmãos, mas avalia-lhes o caráter e, depois, dá-lhes o perdão, ao ver a disposição de Judá em salvar seu irmão Benjamin, colocando-se em seu lugar, sendo uma figura do que faria Jesus por todos nós.
José reencontra seu pai, Israel, depois de mais de 20 anos em que este pensava estar seu filho José morto. Ainda com fome sobre a terra, José convida seu pai e todos seus familiares para virem morar no Egito. Mais de 70 pessoas vieram. E este é o início da estada do povo de Israel no Egito, que veio depois a ser libertado por Moisés.
A história de Gênesis termina com a morte de José, preparando para os acontecimentos descritos no livro de Êxodo.


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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Um Profeta com Depressão



Muitos falam, atualmente, que a depressão é uma doença do homem moderno. Ouço muitos dizerem de servos de Deus, crentes ou mesmo pastores que sofrem ou sofreram de depressão. Muitos outros crêem não ser possível um servo de Deus passar por isso ou sofrer de depressão. Mas será que na bíblia temos exemplos de pessoas que sofreram deste mal?
Claro que na época não haviam clínicas psicológicas nem terapeutas que pudessem diagnosticar o estado psíquico de desânimo mortal que caracteriza a depressão. Mas será que alguns sinais não nos mostram que essa não é uma exclusividade do homem moderno?
Não teria Elias, o profeta, sofrido de depressão ao se esconder de Jezabel, pedindo a Deus a morte, dizendo não ser melhor que seus pais? Neste caso, o sentimento foi decorrente de um grande esforço e consequente desgaste emocional e espiritual, resultado da luta contra os profetas de baal e da ameaça de Jezabel, de que lhe tiraria a vida. Muitos dizem, nos dias de hoje, que um estresse ou desgaste decorrente de um grande esforço por muito tempo podem levar a um estado depressivo.
Alguns dos sinais característicos da depressão presentes em Elias estava o desânimo e pessimismo (“não sou melhor que meus pais”, foi o que ele disse, apesar de ter enfrentado e vencido centenas de profetas), além de vontade de dormir, uma e outra vez, mesmo após ter se alimentado. Ele se deitou e o anjo precisou ordenar “levanta-te” 2 vezes. Deus respondeu a Elias, enviando um anjo para alimentá-lo e orientando ele a continuar caminhando. Não parar. Não desistir. Continuar. Em outro momento, olhamos melhor o exemplo de Elias.
Será que Jonas, o profeta que Deus enviou a pregar em Nínive, não estava sofrendo de depressão mesmo quando Deus o enviou a pregar? Neste caso, creio que os detalhes apresentados nesta história são muito mais incisivos. Vamos olhar o texto bíblico presente na história de Jonas para ver os sinais que demonstram seu estado depressivo.
1. Levanta-te. A palavra que veio a Jonas iniciou com a ordem: “levanta-te” (vs 2) e depois Deus disse: “vai à cidade de Nínive”. Bem, se a ordem era para se levantar, significa que ou ele estava deitado, sentado, ou inerte, parado, ou rendido, entregue. Poderia também estar tomado da glória de Deus, prostrado. Mas esta última opção é descartada pelos sinais que esse seguem.
É bom lembrar que para nenhum outro profeta a ordem começa com “levanta-te”. Nos outros livros proféticos, Deus inicia sua mensagem diretamente, sem rodeios, indo direto ao assunto. A única vez que vemos essa ordem acontecer, além do caso de Jonas, foi com Elias, quando se entregou e desejou morrer após a ameaça de Jezabel. Deus enviou o anjo, que lhe entregou alimento e o ordenou a se levantar (I Reis 19: 5, 7).
A atitude de estar entregue, prostrado é própria de alguém com características depressivas. Assim estava Jonas quando o Senhor o chamou para levar a mensagem a Nínive.
2. Fuga. O verso 3, após a ordem de Deus para que ele fosse para Nínive, nos mostra que Jonas fugiu de diante do Senhor, da ordem do Senhor, fugiu de seu novo desafio, de sua nova tarefa. A bíblia não usa a palavra “desobedecer” como, aliás, está no consciente coletivo de quem ouve e lê a história de Jonas. Ele fugiu. Queria tentar ficar longe do problema, da tarefa, da dificuldade, do desafio, do enfrentamento.
Note que provavelmente Jonas já era um profeta, que teria sido usado por Deus. Não há, no início do livro de Jonas, a característica de uma chamada para a tarefa, como quando Deus fala e explica a Jeremias seu chamado, dizendo ter sido escolhido no ventre de sua mãe, ou quando Deus faz todo um preparo para o chamado, como ocorreu com Isaías. Após falar levanta-te, Deus deu uma ordem direta, como se Jonas simplesmente já soubesse o que deveria fazer ou o que significaria o cumprimento daquela ordem. Aliás, o próprio profeta declara saber as consequências da ordem que recebera no final do livro (Jonas 4: 2). Não agiu como um profeta ou pastor iniciante, no afã de cumprir com uma ordem dada por Deus. Pelo contrário: fugiu.
A fuga e a negação das tarefas é uma outra característica de quem está depressivo.
3. investir na depressão. Quem está neste estado, nega-se a investir para sair desta situação, mas não vê dificuldade em investir para aprofundar o estado em que se encontra. Jonas não teve dificuldade em pagar por uma passagem para fugir da ordem de Deus. Pagou. Investiu na própria doença, em favor da derrota! É um investimento inconsciente. Pois só investimentos naquilo em que acreditamos. Seja investimento financeiro, seja de tempo ou recursos humanos. Ou seja, Jonas acreditava mais na fuga do que no cumprimento da tarefa a ele dada.
Quem está com dificuldades de ver uma “luz no fim do túnel”, por causa de algum problema, tende a investir na manutenção do seu problema, ainda que inconsciente. É como se desejasse provar a todos que “realmente está sofrendo” ou mostrar que seu sofrimento é justificável. Inconscientemente, busca meios de se manter naquela situação.
Quem está depressivo, não hesita em investir no seu estado depressivo. Tem por hábito alimentar e reforçar esta situação pelas atitudes e, se necessário, até mesmo investindo dinheiro. Mas geralmente tem muita dificuldade para investir tempo e dinheiro naquilo que poderia tirá-lo da situação em que se encontra. Geralmente, sequer consegue enxergar estas opções.
4. Porão do navio. Este é, talvez, o sinal mais marcante e decisivo para nos mostrar que o que Jonas sentia era uma grande depressão. Em plena tempestade, que Deus havia enviado por conta da desobediência de Jonas, enquanto toda a tripulação e passageiros trabalhavam para tentar salvar o navio e suas próprias vidas, ele conseguiu ir até o porão, até o lugar mais profundo do navio, mais isolado e distante (Jonas 1: 5). O porão era o último lugar que um marinheiro gostaria de estar em um momento de eminente naufrágio. Mas foi ali que Jonas escolheu estar. Talvez ele quisesse ver se atrairia a morte mais rapidamente. Não se envolveu na tentativa de salvação, na busca por uma solução como todos os outros faziam. Isolou-se e ficou ali.
E não foi só isso. Jonas conseguiu dormir um profundo sono em plena tempestade! Não era um sono da confiança, como o que Jesus dormiu no barco enquanto Ele e seus discípulos quase naufragaram na tempestade (Mateus 8;24). Era o sono da entrega, da desistência. Ele não se importava se o navio afundaria. Se ele sobreviveria. Não estava nem aí. No lugar mais fundo do navio. Era o sono profundo do desânimo. O mundo se acabava lá fora, mas Jonas não se importava. Não queria sair da sua letargia. Quem está depressivo, também dorme profundamente. Tanto metaforicamente quanto literalmente.
5. A reação dos companheiros. Quem está próximo, reage ao tipo de atitude que a pessoa com depressão tem. Na maior parte das vezes, fica impaciente com a atitude de quem está depressivo, estranha seu comportamento como algo fora do normal e pede para que a pessoa depressiva tome uma posição diferente. Vejamos. O mestre do navio disse para Jonas: “que tens, dormente? Levanta-te, invoca o teu Deus” (Jonas 1: 6). Primeiro estranhou sua atitude (que tens), depois caracterizou-o (pejorativamente) de “dormente”. Pedindo então para que se levantasse, incitou-o a buscar a Deus.
Quem está por perto, percebe a atitude negativa, depressiva. Geralmente exige uma reação, uma atitude diferente. Mas, assim como Jonas, geralmente o depressivo só investe mesmo é na depressão. Não na reação. A reação das pessoas ao redor de Jonas também nos mostram que ele estava neste estado depressivo.
6. Joguem-me no mar. O desejo de entregar sua própria vida, Jonas pede para que os marinheiros o joguem no mar. Ele queria morrer, embora não quisesse que os outros sofressem por causa dele. Mas aqui vale uma lembrança: é impossível ao depressivo se isolar e não afetar ninguém com seu estado. Ele acaba por afundar o barco de todos os que estão próximos. Sua situação arrasta a si mesmo e, não poucas vezes, os outros que estão ao redor, para o fundo do mar do desânimo, ou da destruição.
Ele continuava querendo fugir de Deus. Desta vez, tentando a morte. Jonas, ao pedir para jogarem ele no mar, não imaginou que seria engolido pelo grande peixe. Jamais pensou na forma como Deus trataria esta situação. Imaginou, como seria natural pensar, que morreria afogado. No fundo, esse era o seu desejo. Pediu que o matassem, já que um suicídio tem consequências desastrosas para a alma. Mas que ele desejou aberta e explicitamente a morte, dando a desculpa que isso seria a solução para todos os problemas, isso desejo, como fazem muitos que sofrem de depressão.
7. Assumir a culpa de tudo. No verso 12 diz que Jonas sabia que por causa dele estava ocorrendo aquela tempestade. Embora a auto-comiseração e uma insistência em se sentir culpado por tudo sejam características de uma pessoa depressiva, neste caso Jonas estava certo. Era realmente um julgamento de Deus por causa da sua desobediência. Mas também foi a maneira que Deus encontrou para tratar com Ele e salvar Nínive. Mas não significa que, de uma forma geral, não seja esta uma característica de uma pessoa depressiva: se culpar por tudo.
Jonas, como todo aquele que sofre em depressão, culpava-se pela situação. Na visão dele, como geralmente ocorre na mente de muitos que sofrem de depressão, a tempestade que assola os outros ao seu redor, é culpa sua. “por minha causa lhes sobreveio esta tempestade”. Me atirem ao mar que tudo se resolverá. Me matem que vocês ficarão bem. E o mais interessante, não é que Deus realmente acalmou a tempestade. Mas Jonas não tirou a própria vida. Se colocou nas mãos daqueles que estavam viajando com ele.

Bem, neste momento, estamos apenas identificando uma situação através dos sintomas que podemos ver na vida de Jonas, conforme registrado no livro bíblico que recebe seu nome. Esperamos, nos próximos estudos, analisar as consequências da depressão, a forma como Deus trabalha nessa situação e como sair disso, de acordo com as lições do próprio livro de Jonas e da situação de Elias. Mas podemos usar este primeiro estudo para tentar identificar em nosso ministério ou de outros, ou mesmo na vida de outros irmãos da igreja, a presença de uma depressão que precise de tratamento.
Que Deus nos abençoe.








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