Se Deus sabia que o homem ia pecar,
por que colocou a
árvore no meio do jardim
que não podia tocar?
Se Deus já sabia, antes de acontecer, que o homem iria pecar, não
teria sido melhor, mais fácil para todos se Ele nem tivesse colocado
aquela árvore no meio do jardim? Afinal, se ele não tivesse
colocado aquela árvore ali, o homem com certeza não teria como
pecar. Por que Deus precisaria “testar o homem”?
Este tipo de pergunta muitos fazem por pensar que a solução para os
problemas da humanidade seria não haver cometido aquele primeiro pecado. E, se Deus não
tivesse dado alguma coisa que pudesse fazer o homem pecar, então o
pecado não existiria e, consequentemente, nada de ruim do que
conhecemos na humanidade existiria.
Muitos dizem que Deus “se arriscou” muito ao dar este tipo de
teste ao homem.
Mas será mesmo?
Deus disse assim na Bíblia, em Gênesis 2: “7Então,
formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas
narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. 8E
plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e
pôs nele o homem que havia formado. 9Do
solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à
vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do
jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. … 15Tomou,
pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar. 16E o SENHOR Deus lhe
deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17mas
da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no
dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Então foi Deus quem fez o jardim, quem fez o homem, colocou ele no
meio do jardim. Deu tudo o mais para o homem e o proibiu de apenas 1
coisa: da árvore da ciência do bem e do mal. Além de todas as
árvores e tudo o que Deus havia feito para o homem, fez também a
árvore da vida. Ou seja, colocou ali a escolha para o homem: a
árvore da vida, e a árvore da ciência do bem e do mal, aquela que
se o homem comesse do seu fruto, morreria! Pode-se dizer que Deus
colocou ali perante o homem uma escolha, entre a vida e a morte
(simbolizadas em duas árvores).
Neste momento de Gênesis, Deus já poderia ter dito o que disse em
Deuteronômio 30: 19 “Os céus e a terra tomo, hoje, por
testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e
a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência,” Isso que Deus propõe ao homem foi dito em
Deuteronômio, depois de dar ao homem a sua lei. Depois de dizer, em
detalhes, o que o homem deveria ou não fazer. O que era permitido ou
não: por exemplo, não poderia matar. Nem adorar outros deuses. E
outras coisas. Em Deuteronômio, Deus propõe claramente uma escolha.
Fala de forma explícita. Vida ou morte. E dá um conselho: escolhe a
vida. Mas em Gênesis, embora a linguagem, a forma de dizer tenha
sido simbólica (na figura de 2 árvores), o que Deus disse foi a
mesma coisa: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Eu diria até que a opção dada ao homem em Gênesis foi
infinitamente mais generosa. Tinha apenas 1 que não podia. Mas todas
as outras estavam permitidas ao homem. Inclusive a árvore da vida.
Ele só proibiu a árvore da vida ao homem depois de Adão e Eva
terem cometido pecado: Gênesis 3: 22-24 “22Então,
disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome
também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23O
SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de
lavrar a terra de que fora tomado. 24E,
expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o
refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da
árvore da vida.”
Mas mesmo com tantas opções, qual foi justamente a que Adão e Eva
escolheram? Foi aquela que não podia. A proibida. Sabemos que a
serpente, satanás, levou Eva a comer o fruto, através de mentiras e
mostrando aparências. E Eva levou Adão a comer também. Logo após
isso, Deus vem em direção ao homem, que se esconde e Deus pergunta
a Adão se ele tinha comido do fruto. Isso porque Adão não
confessou logo o que tinha feito, quando Deus lhe perguntou onde ele
estava.
O fruto proibido representava a Lei de Deus naquele início.
Deus não havia enviado os 10 mandamentos, nem dado outras ordens.
Apenas 1: não comer do fruto. Era uma orientação clara e simples
para que Adão soubesse o que poderia fazer (crescer, multiplicar,
comer de todo o resto, desfrutar do jardim do Éden, inclusive da
Árvore da Vida etc.) e o que não poderia fazer (comer daquela
árvore específica). Se Deus não desse uma lei, não faria sentido
limitar o homem em suas atitudes. A limitação, a “cerca” para
as atitudes do homem foi colocada antes e avisada. Bastava ao homem
respeitar esse limite.
Esta limitação significava dizer que Deus queria manter em ordem
as coisas, deixando claro quem é que mandava ali. Deus precisava
deixar claro que Ele ainda continuava sendo Deus, mesmo tendo dado
tanta liberdade ao homem. Deus queria deixar claro que Ele, o
criador, ainda comandava as coisas. E, se é assim, foi justo e bom,
da parte de Deus, deixar isso claro. O que não seria justo é ter o
poder de mandar (como Deus tem), não avisar ao homem e pegar o homem
de surpresa a cada desobediência feita. Imagine que não houvesse
aquela proibição, clara e específica. Então o homem começasse a
comer alguns frutos. Mas de repente Deus falasse, de supresa: “não
Adão. Esse não pode!” e Adão fosse pego de surpresa, largasse
assustado o fruto e fosse comer outro. Mas Deus também falasse:
“Não, Adão. Esse também não!” Depois da 5ª ou 7ª tentativa,
Adão poderia ter dito: “Puxa vida, Deus. Então me diz o que pode
e o que não pode!” Adão teria pedido para Deus lhe impor a lei. A
regra.
Mas se fosse assim, tudo de surpresa, sem aviso prévio, então o
homem poderia se sentir inseguro, sempre se perguntando: “será que
esse pode ou não?” Poderia ser que o homem começasse a ter
dúvidas, a não querer experimentar nada. Mas Deus não fez isso.
Seria sarcástico, da parte de Deus, se tivesse feito assim. Deus
deixou claro, logo no início, o que não poderia. E era apenas 1
item. Todo o resto era permitido. Era como se o Senhor dissesse:
“Adão, isso não pode. Mas fique à vontade quanto ao resto”. O
problema é que o homem desprezou o resto, inclusive a Árvore da
Vida. E escolheu justamente o que não podia. Essa tem sido a
tendência de escolha do homem a cada dia, de cada homem na face da
terra, ao longo de sua história sobre a terra.
Adão poderia se confundir com o Criador. Mesmo depois de ter
feito tudo para o homem (o mundo), de ter liberado tudo para o homem
(tudo o que havia no jardim), depois de ter dado o domínio ao homem,
de dar ao homem a honra de escolher o nome de cada ente da criação,
este poderia pensar que podia tudo e que não havia limites para o
que intentasse fazer. No episódio da torre de babel, Deus diz em
Gênesis 11: 6 “e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos
têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não
haverá restrição para tudo que intentam fazer.”. Se Deus
não tivesse limitado Adão, este poderia pensar que poderia tudo. No
futuro, com as pessoas que começaram a construir a Torre de Babel,
foi exatamente isso que aconteceu.
Muitos perguntam hoje se pode haver uma moralidade, uma limitação
moral, se Deus sequer existisse. Muitos ateus dizem ser possível ter
uma atitude moral sem que Deus faça parte disso. Na bíblia, temos
alguns exemplos de que deixar o homem livre o torna pecador.
Se Deus não tivesse colocado limites, se não tivesse proibido o
homem de comer o fruto proibido, se não tivesse deixado claro quais
eram as regras e as punições se fossem desobedecidas, então Deus
seria injusto. Teria sido injusto cobrar do homem por algo que o
homem nem sabia ser proibido. Mas também possibilitou outro exemplo,
para mostrar o que o homem faria se o Senhor não o tivesse limitado.
Vamos imaginar agora se aquel árvore não estivesse ali. Talvez o
homem permanecesse um tempo sem pecar. Mas no futuro poderia cometer
um pecado, digamos um assassinato como Caim fez com Abel. Então, se
Deus resolvesse punir o homem por algo assim, Adão poderia
responder: “Ei, Deus, espera um pouco. Quem disse que eu não posso
matar alguém? Ninguém nunca me proibiu disso.” Neste caso, se
nunca tivesse havido um limite da parte de Deus, deixando claro que
se o homem transgredir esse limite ele seria punido, então Adão
poderia dizer não ser justo da parte de Deus receber uma punição
por algo que ele não sabia, que ele não foi avisado.
Mas permanece a pergunta: Não seria melhor se Deus não tivesse dado
nenhum aviso ao homem? Deixasse ele livre para viver? Talvez aí o
homem não tivesse cometido pecado nenhum. Alguns podem dizer: “será
que não foi o fato de Deus ter falado que não podia que teria
despertado a curiosidade no homem?” Alguns querem colocar a culpa
em Deus pelo pecado do homem: “foi Deus quem despertou a
curiosidade de Adão e Eva quando disse que não podiam tocar no
fruto”. Mas, para isso, temos outro exemplo na Bíblia. Depois do
pecado ter entrado no mundo através da desobediência, vemos o
relato de que Caim matou Abel em Gênesis 4: 8-16. Neste caso, Deus
não havia “despertado a curiosidade” de Caim. Nem a serpente
veio a ele para lhe influenciar. Mas Caim mesmo, motivado pelo
sentimento que nasceu e cresceu em seu coração, matou seu irmão.
E interessante é que Deus, depois do ato de Caim, fez a ele o mesmo
tipo de pergunta que tinha feito a Adão: “onde está?” Neste
caso, podemos observar que Caim não se escondeu. Mas matou seu irmão
e ficou por ali. Deus então perguntou onde estaria Abel? E Caim
sequer responde a Deus que estava com medo e havia se escondido. Ele
não teve vergonha, medo, nem se escondeu. Ele “encarou” Deus!
O que fez Caim não sentir vergonha de Deus? Ele não havia recebido
a advertência de Deus para não fazer o que fez. E, quando o fez,
não teve vergonha, medo de Deus nem arrependimento. Teria Caim
pensado que, porque Deus não proibiu, então não era proibido?
Temos dois exemplos logo nos primeiros capítulos de Gênesis,
mostrando que a tendência do coração do homem é ao pecado, seja
influenciado por satanás ou por sua própria concupiscência. No
primeiro exemplo, com Adão e Eva, Deus dando uma proibição. No
segundo exemplo, com Caim e Abel, sem que Deus tenha feito qualquer
advertência. Nos dois casos, o homem se deu ao pecado.
O que Deus queria mostrar? Não teria feito diferença, quanto a
cometer pecado, se o homem recebesse ou não uma advertência, uma
ordem. O fato é que o pecado sempre fez parte da vida do homem. Ele
tende ao pecado, por influência de satanás ou por vontade própria.
Deus colocar o fruto ali, no jardim, para dar os limites ao homem,
lembrar-lhe quem é que manda e deixar claro que a punição era
devido a uma transgressão bem definida foi um ato de amor da parte
de Deus. Sem isso, o homem estaria perdido, literalmente sem rumo ou
sem saber o que fazer. A árvore no jardim (1 proibida), com tantas
outras permitidas, mostra a graça e a misericórdia de um Deus que
deseja dar tudo ao homem, só pede obediência e reverência.
Até
hoje é assim.
Pr. Lucas Durigon
Se desejar contribuir com este ministério de levar a mensagem de Deus, faça uma doação clicando no seguinte link. Sou muito grato.
se gostou deste, compartilhe clicando abaixo
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
___________________________________________
um novo artigo por mês, neste blog
veja outros trabalhos meus, no meu site:
Conheça o Desafio Bíblico,
Jogo de perguntas e respostas bíblicas,
com mais de 2500 questões
para você testar seus conhecimentos no livro sagrado.
saiba mais e adquira o seu clicando em
https://www.lupasoft.com.br/DesafioBiblico
Não me convenceu... o plano Deus e muito oculto.... Essas palavras por mas que sejam baseado em bíblia não me convenceu... Deus não precisava cria esse roteiro.. Deus queria e quer que o mal exista.. motivo ? Não sabemos pra mim essas explicações são apenas pra querer amenizar realidade que todo teólogo pensa.. o famoso porque? Lógica ... Todo mundo se pergunta mas niguem fala por medo....DEUS CRIOU O MAL O MOTIVO NÃO SE SABE SE VC NEGA QUE DEUS CRIOU VC AUTOMÁTICAMENTE DIZ QUE ALEM DEUS ECISTE OUTRO CRIADOR QUE NÃO E LÚCIFER.. ENFIM TODAS AS COISAS GORAM FRITAS POR ELE... ELE É O PRIMEIRO E TUDO QUE VEIO DRPOIS E CRIAÇAO DELE
ResponderExcluirPra chegar nesse conteúdo, a dúvida teria que ser porque Deus colocou uma árvore proibida "do nada" no meio deles.
ExcluirO blog explica de forma clara e várias vezes.
Não foi um teste. Foi a forma de dizer que Ele tem o controle. Com exceção daquela árvore, tudo podia.
O texto aposta dois exemplos sobre o limite X o ser humano e inclinado a errar.
Caim não foi limitado e nem advertido sobre o erro. Não existiu influência e nem curiosidade. Ele errou e encarou porque na sabia que não podia.
Adão e Eva foram orientados e mesmo assim desobedeceram.
Mesmo culpados, negaram.
Tenho certeza que se eva nao comesse do fruto do conhecimento se tivessem filhos e a geraçao se multiplicasse com muita certeza um dia un filho ou filha de Adão comeria ,a na ser se Deus tirasse a arvore do conhecimento como fez com a a arvore da vida pois o teste teria sido para Adão e nao pra sua posteridade ,se foi teste eles nao comendo teriam passado neste entao nao haveria necessidade de uma arvore do pecado isso se fosse um teste ok,mas,talvez só saberemos um dia ok
ResponderExcluir