Deus age, muitas
vezes, de formas suaves e sutis,
gerando grandes
transformações.
“E
Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o
Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte
vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor;
porém
o Senhor não
estava no vento;
e
depois do vento um terremoto;
também
o Senhor não
estava no terremoto;
E
depois do terremoto um fogo;
porém
também o Senhor não
estava no fogo;
e
depois do fogo uma voz mansa e delicada.
E
sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa,
e
saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna;
e
eis que veio a ele uma voz, que dizia:
Que
fazes aqui, Elias?”
I
Reis 19: 11-13
Isto
ocorreu com o profeta Elias, após uma grande vitória perante os
falsos profetas, que levou a rainha Jezabel a pedir seu pescoço.
Então, com uma combinação de um desgaste físico, emocional e
espiritual causado por uma grande vitória, somado à ameaça de uma
mulher com poder na nação, seu íntimo sucumbiu.
Esta
sequência de acontecimentos e este diálogo, que continua a seguir,
é fantástico. O Senhor de toda a criação, de toda a terra, chama
seu profeta, com quem tinha uma profunda e íntima relação, a quem
tinha usado de maneira poderosa e lhe pergunta: “Que fazes aqui?”,
como se, pela primeira vez, o grande profeta, que sempre esteve onde
Deus ordenou, por mais inusitado que fossem os lugares, mas que agora
parece estar no lugar errado! Como poderia um servo de Deus, que
ouvia a voz do Senhor lhe falar direta e claramente, estar no lugar
errado?! A pergunta de Deus esperava uma resposta, ou era apenas para
gerar uma reflexão no próprio Elias, a fim de que ele pensasse e
refletisse sobre o que estava fazendo ali?
Os
acontecimentos anteriores a este diálogo foram intensos e
desgastantes para o humano Elias. A fim de profetizar e mostrar ao
rei Acabe e ao povo de Israel os seus erros, pecados e desvios dos
caminhos do Senhor, profetizou que não choveria na terra e assim
aconteceu por 3 anos e meio. Foi sustentado por corvos e por uma
viúva, porque ele próprio também sofreu com as privações da
falta de chuva, ainda que o Senhor o sustentou. No final deste
período, confrontou sozinho, de forma intensa, a 850 profetas que
serviam a outros deuses, que eram sustentados pela corte, enquanto
Elias era sustentado por Deus, mas sem luxos ou regalias! E, após
este confronto, deu fim ao período de seca, anunciando a chuva, que
fez com que finalizasse esse ciclo de julgamento e mensagem de Deus
para o povo, mostrando-lhe seus pecados.
O
fim deste ciclo coincidiu com a ameaça de Jezabel, a rainha, que
prometeu tirar sua vida! E tudo isso, o tempo de extremo desgaste, o
fim do ciclo e a ameaça fizeram o profeta fugir.
Um
covarde? Não.
Um
soldado que precisava de um tempo de restauração e descanso para
retomar a luta!
Foi
após tudo isso, de intensos e fortes acontecimentos, que mantiveram
o profeta em alerta máximo, foi após isso que ele fugiu da ameaça
da rainha. Caminhou um dia no deserto, deitou-se abaixo de um zimbro
e pediu a Deus para morrer. Mas dormiu. Um anjo o acordou com comida
e água. Elias, depois de mais uma rodada de sono, comida e bebida,
pela orientação do anjo, caminhou depois disto 40 dias e 40 noites,
até Horebe, e entrou então numa caverna.
Naquela
caverna, o Senhor lhe diz: “que fazes aqui, Elias?”. Deus o
conhecia pelo nome. Não o repreendeu. Pelo contrário, sabia da sua
necessidade de descanso e alimento após tantos eventos dramáticos.
Mas
também sabia da necessidade de Elias de uma conversa suave e mansa.
Depois de tantos acontecimentos, Deus não escolhe se mostrar num
tornado, numa tempestade, num fogo, como havia sido há pouco,
perante os falsos profetas, sequer se mostra no terremoto. Nestes
eventos traumáticos, enquanto Elias estava na caverna, Deus escolhe
não aparecer.
Muitos
esperam, hoje em dia, que Deus lhes apresente, lhes mostre em meio a
eventos fantásticos, em meio a muitas e grandes coisas. Mas, muitas
vezes, como ocorreu com o profeta Elias, Deus escolhe falar conosco
de forma suave e mansa.
Não
significa que Deus não fale através dos terremotos. Que não age em
meio a turbulências. É uma das especialidades dele. Mas Ele também
sabe a hora e o local para se manifestar desta ou daquela maneira.
Elias
naquele momento precisava ouvir uma voz suave, pois sua alma já
estava sobrecarregada de fortes emoções. Era tempo para uma voz
mansa e suave, nem por isso menos poderosa ou transformadora. Deus
transformou, com essa voz mansa e suave, o destino da vida de Elias.
Lhe prometeu um descanso definitivo, não antes de deixar algumas
coisas em ordem.
Foi
em meio a uma voz mansa e suave que Elias ouviu a voz de Deus. O
momento era propício para isso. E, muitas vezes para nós,
precisamos parar para ouvir a voz doce, mansa e suave do Senhor, o
Todo Poderoso.
Com
certeza, a voz sendo dele, não importa a maneira como se manifeste,
gerará grandes transformações em nossa vida se a ouvirmos.
Pr. Lucas Durigon
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