sexta-feira, 22 de junho de 2018

A Marca da Besta



A Bíblia fala sobre isso no Apocalipse 13: 16-18.

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.
Antes de falar sobre isso, vamos lembrar alguns detalhes. O mais importante para entender o que Apocalipse diz é lembrar que João o escreveu numa linguagem simbólica, cheia de características referentes ao antigo testamento. Ou seja, para entender o apocalipse é preciso conhecer o conteúdo bíblico como um todo e interpretar de acordo com esse simbolismo apocalíptico.
Não. Não vou tentar fazer um monte de conta pra descobrir quem tem o número 666 no nome. O número “6”, na Bíblia, representa o homem, o ser humano imperfeito. Não quero tentar descobrir quem poderia ser esse homem, no momento.
Mas quero chamar a atenção para 2 fatos aqui apresentados. O de que a marca seria colocada na “mão” ou na “testa” e o fato de que a falta dessa marca impediria o comércio.
Por que, eu pergunto, em meio a tantas outras preocupações como terremotos, catástrofes, pestes e guerras, justo agora, quando se fala em marca da besta, colocado nas mãos ou na testa, a Bíblia fala de compra e venda, de comércio? A dinâmica econômica não é uma preocupação constante nos eventos que ocorrem no Apocalipse. De forma explícita, só aparece aqui. Por que, então, essa preocupação sobre a questão comercial quando se fala na marca da besta.



Eu acredito numa interpretação literal deste versículo. Em algum momento, um líder (a besta ou o anticristo) irá determinar que sejam marcados os que lhe são fieis e só estes tenham autorização para comprar e vender. Se formos mais abrangentes, talvez só estes possam ter atendimento em hospitais. Ou só estes possam ter documentos ou uma carta de motorista. Talvez os órgãos públicos e as grandes empresas adotem essa marca universal como crachá para marcar ponto no trabalho. Pode ser um tipo de cadastro de um governo ou um novo tipo de RG ou CPF. Já existe um chip, que pode ser implantado sob a pele (justamente na mão direita ou na testa), capaz de armazenar dados da pessoa, que facilite o pagamento de contas, debitando diretamente deste chip.
Mas mesmo que isso venha a ocorrer um dia desta, ou de outra forma, há uma interpretação mais imediata aqui. Pensar que seria esse chip um dia, além de ficar muito distante, é algo que será mais evidente e notório, pois será uma situação vista por todos.
Mas, considerando que a linguagem do apocalipse não é apenas literal, vamos entender o que significa a marca da besta de forma mais simbólica. Na Bíblia, a cabeça, a mente, a testa como parte visível da cabeça, representa a forma de pensar, a ideologia, as crenças de uma pessoa. Jesus mesmo disse que deveríamos amar a Deus com toda a força, coração, alma e com todo o entendimento (Mc 12: 30). E que os que são de Cristo têm a mente de Cristo (I Co 2: 16) ou, em outras palavras, quem não é de Cristo não tem a mente de Cristo. Então, a cabeça (ou a testa) pode representar a forma de pensar de alguém, que será marcada pela besta conforme diz apocalipse.
Então, estamos falando de a marca da besta definindo a forma de pensar de alguém, de um grupo. Isso fará com que aqueles que não possuam esta marca não consigam comprar nem vender.
De forma semelhante, a mão representa nossas obras, nosso trabalho, nosso labor. Assim também quem tiver a marca da besta na mão, significa essa marca definindo a forma de trabalhar destas pessoas. E quem não tiver essa marca no seu trabalho, também não conseguirá comprar nem vender.
Vejamos, qual é a marca da besta? Não seriam a desonestidade, o trabalho fraudulento, a atitude individualista de levar vantagem sobre o outro, a ganância e tantas marcas que vemos já nas relações comerciais de tantas pessoas? Mas nos dias citado pelo apocalipse, a situação ficará tão difícil que não será possível para aquele que tem a marca de Cristo, a mente e a atitude íntegra comprar nem vender. Isso já está acontecendo, quando vemos que aqueles que são honestos têm cada vez mais dificuldade em sobreviver. Parece que só conseguem fazer negócios hoje em dia aqueles que cedem às regras de um mundo cada vez mais tenebroso.
Mas manter o caráter e a integridade, mesmo com prejuízo próprio, com o firme propósito de permanecer fiel aos princípios bíblicos, sem se desviar, é realmente uma prova de fé. E, nos últimos tempos, seremos provados assim.
Será melhor mentir sobre um produto que se vende e garantir a comissão ou falar a verdade, arriscando-se a perder o salário (não conseguir comprar nem vender)? Para quem segue a Cristo, não pode haver dúvida quanto ao caminho a seguir. Mesmo que isso custe a provisão necessária. Há custos em se seguir a Cristo, em se manter fiel. É necessário que seus discípulos entendam isso.




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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Como Zaqueu




A história do publicano Zaqueu foi recentemente popularizada no meio evangélico através de uma música que conta a parte da história em que o cobrador de impostos subia numa árvore para ver Jesus, alegando que devo seguir o exemplo dele e tomar alguma atitude para também ser visto por Deus nas minhas necessidades. E como Jesus entrou na casa e vida de Zaqueu, a música pede que o Senhor entre também e mude a minha (casa e vida).
A história, na Bíblia, está em Lucas 19: 1-10.
E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente. E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Há muitos ensinamentos interessantes nesta história. É um acontecimento muito rico e Lucas, com seu alto poder de síntese, conseguiu traduzir em poucas palavras um acontecimento muito amplo e profundo. Poderíamos falar da posição social de Zaqueu, de como ele não se importou com sua imagem e alta posição, mas buscou ver Jesus. De como Jesus não se importou em estar na casa de um publicano ou mesmo olhou para um homem naquela situação. Ou da murmuração dos outros, que ficaram observando a situação toda.
Mas quero chamar a atenção para a parte final da história. Em como a salvação veio se tornar concreta na vida de Zaqueu, após a presença de Jesus. Zaqueu não seguiu Jesus apenas de intenção ou de palavras. Ele o fez por atitudes. Muito prática e muito direta e objetiva.
Zaqueu cobrava impostos. Certamente havia abusado do poder de cobrar e prejudicado muitas pessoas, explorado muitos pobres. Ele sabia disso. No caso, o arrependimento não bastava ser um pedido de perdão a Deus. Porque, neste caso, as pessoas prejudicadas continuavam a sofrer as consequências do pecado de Zaqueu (tinham menos recursos) e o próprio Zaqueu era um pecador arrependido que estava numa condição de restituir o fruto do seu pecado, do seu roubo.
Há casos em que nosso pecado não tem como ser restituído. Se ofendemos uma pessoa querida que já morreu, por exemplo, não podemos fazer nada, a não ser pedir perdão a Deus por ter ofendido aquela pessoa. Mas se eu ofendi alguém com quem convivo e me arrependo, então preciso ir até a pessoa e pedir perdão.
Se eu roubei pessoas, mas perdi todo o dinheiro que roubei e estou sem nada, não posso devolver aquele dinheiro. Mas, se tiver saúde, ainda posso me oferecer para algum trabalho em benefício daquela pessoa para, pelo menos como atitude de arrependimento, demonstrar minha boa vontade em compensar o que fiz de errado, se estiver verdadeiramente arrependido.
Arrependimento não pode ser apenas palavras, quando atitudes são possíveis ou necessárias. E assim fez Zaqueu. E assim deveríamos fazer cada um de nós. E foi somente depois disso que Jesus declarou: “Hoje veio a salvação a esta casa”.
Arrependimento verdadeiro vem sempre acompanhado das ações equivalentes.
Já imaginou, se pelo Espírito Santo, ao redor do Brasil, todo aquele que roubou, pequeno ou grande, depois de arrependido, voltasse ao lugar de onde roubou e devolvesse o fruto do seu roubo? Só o agir do Espírito Santo para realizar algo assim. Seria cura para uma Nação.



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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Somente o povo de Deus...


Entendendo melhor a promessa de Deus feita a Salomão, com relação ao templo que estava sendo inaugurado, precisamos entender que as promessas feitas a Israel, agora são dirigidas à Igreja, povo de Deus, que é chamado pelo seu nome.
Para que o objetivo final venha a ser atingido e possamos morar numa nação abençoada, é necessário que o povo de Deus se faça presente, com sua influência santa, sua intervenção, que traga a verdadeira justiça e seja um povo realmente sal da terra e luz do mundo no meio de uma geração perversa. Se o sal não salgar, então para nada presta e tudo se perde.
E para que suas orações “funcionem”, é necessário que primeiramente o povo de Deus esteja purificado e santo diante da presença de Deus. Não adianta nada pedir pelo fim da corrupção e continuar agindo como corrupto. Deus não vai ouvir esse tipo de oração.
Enquanto os líderes da igreja no Brasil continuarem pregando um evangelho que visa a obter benefícios pessoais, inclusive induzindo o povo ao erro, levando a cada um nesta nação acreditar que para obter bênçãos não tem problema realizar uma transgressãozinha da lei de Deus e ensinar que “os fins justificam os meios”, enquanto isso acontecer, não haverá cura no Brasil, não haverá terra sarada, não haverá verdadeiro avivamento e verdadeira restauração.
Muitos dizem que pequenas transgressões serão perdoadas. Mas isso quando é feito sem querer e há verdadeiro arrependimento. Uma transgressão planejada, com o fim de obter vantagem, ainda mais enquanto a pessoa acha que isso justifica uma bênção recebida, não será perdoada, não haverá restauração.
Mas alguns podem perguntar do que estou falando. Falo das pequenas e das grandes coisas. Porque quem é fiel no pouco, é fiel no muito. E quem é infiel no pouco, é infiel no muito (Lc 16: 10). Então, quando se abre uma possibilidade para transgredir pouco em benefício próprio, logo esse pouco aumenta. Por isso, os padrões do Senhor são rígidos e altos. Porque se se deixa abrir excessões, logo temos uma grande abertura, e o certo vira errado, e o errado vira certo.
Assim, quando o povo de Deus ora pedindo para terminar com a corrupção de milhões realizada por políticos, mas consente em não assinar a carteira de trabalho para continuar recebendo seguro desemprego, baseado numa mentira, então sua oração não tem validade. Ainda mais um caso assim, que é um pecado planejado, não um tropeço sem intenção.
E não importa, se é o patrão ou o empregado. Consentiu num erro assim, contaminou-se. É necessário voltarmos aos padrões de Deus. Não nos contaminar com pouco. Porque um pequeno e invisível vírus, se encontrar ambiente propício, derruba os maiores mamíferos, depois de multiplicado, derruba os homens mais fortes. Uma pequena concessão ao pecado e à transgressão, à injustiça e à corrupção torna-se grande. A igreja tem feito muitas concessões, ao longo de muito tempo.
Cada vez que a igreja negou ajuda a uma viúva ou a um órfão. Cada vez que negou justa remuneração a um missionário, mas agiu com balança desigual, fornecendo salários exorbitantes a pastores locais, tornou-se abominável ao Senhor (Provérbios 11: 1). Necessita se arrepender.
Cada vez que um pastor ou administrador, ou conselho ou presbitério disse não haver dinheiro para evangelizar, para enviar e sustentar missionários, mas teve dinheiro para reformar desnecessariamente seus templos, encher de luxo vão seus prédios e juntar riquezas desnecessárias, então cometeu pecado perante o Senhor e não pode ter sua oração ouvida. Precisa se arrepender, antes de mais nada.
O trabalho de pedir para Deus sarar esta nação é do povo de Deus. Através de seu exemplo e de sua atitude correta, a justiça precisa voltar a reinar. Quando até líderes de igreja se colocam em alianças fraudulentas com líderes políticos, para obter vantagens pessoais ou para pequenos grupos, de forma ilegal, imoral ou excusa, perde todo seu poder para orar e clamar pelo agir de Deus. Sua oração não é mais ouvida.
Porque Deus ouvirá, perdoará os pecados e sarará a terra. Mas apenas se o SEU POVO, se humilhar, orar, buscar Sua face e se converter dos seus maus caminhos.




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