sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Gênesis e o dilúvio - o tempo de vida do homem




Gn 10: 25. aqui vemos, na descrição das genealogias, o nome de um descendente de Noé, de nome Pelegue, que significa “divisão”, pois cita “Peleque, porquanto em seus dias se repartiu a terra”, referindo-se a uma divisão física, como quando se rasga um papel em pedações, não uma divisão de herdeiros, como quando se reparte os direitos sobre uma porção de terra. Gn 10: 5 cita a palavra “repartida”, que é pelegue. Mas Pelegue foi uma repartição física, a única aparição desta palavra em hebraico neste sentido. Nos dias do nascimento desta criança, ocorria a divisão dos continentes da Terra, visível aos habitantes de então. Sem, filho de Noé, gerou Arfaxade, o qual gerou a Salá, de quem nasceu Éber, pai do Pelegue. Peleque era tataraneto de Sem, o mesmo da época do dilúvio. Ou seja, 4 gerações depois. De acordo com Gn 11: 10-19, temos que Arfaxade foi gerado 2 anos depois do dilúvio, e que Pelegue nasceu 99 anos depois disto, tempo suficiente para aquela água que penetrou na terra causasse rompimentos nas partes mais finas da crosta, gerando a divisão entre os continentes. Sobre isso também falaremos adiante.
Mas mais intrigante ainda na contagem de gerações presente em Gn 11 é a diminuição gradual do tempo de vida dos viventes. Deus havia limitado o tempo de vida dos homens em 120 anos antes de enviar o dilúvio. Antes disso, os homens viviam entre 800 e 900 anos.
Logo após o dilúvio, essa média teve uma drástica queda e os homens passaram a viver em média 400 anos. Se notarmos as gerações depois de Sem, e antes de Pelegue, em Gn 11: 11-19, veremos homens tendo filhos na média aos 30-35 anos e vivendo em torno de 400 anos. Ou seja, a média de vida caiu pela metade do que ocorria antes do dilúvio.
E se olharmos novamente para os próximos nesta genealogia, a partir de Pelegue, seu filho Reú, Serugue, Naor, Tera e, finalmente, Abrão, veremos que estes passam a viver uma média de 200 anos e alguns até menos, em torno de 150 anos. Mas o interessante é que no momento de Pelegue, aquele que quando nasceu ocorreu a divisão da terra, houve de novo uma queda brusca na média de idade, dos 400 anos daquele grupo pós dilúvio e antes de Pelegue, para cerca de 200 anos após Pelegue. A queda, neste caso, foi brusca na contagem dos anos. Depois disso, há uma diminuição gradual até chegar à média de 120 anos, estabelecida por Deus.
Aqui devemos nos perguntar, o que teria causado esta queda do tempo de vida das pessoas, em 2 etapas? Uma queda brusca após o dilúvio de 800 para 400 anos de vida em média e outra queda brusca de 400 para 200 anos em média após Pelegue. Claro que, se Deus estabeleceu, assim o seria. Mas que meios teria usado Deus para trazer isso a efeito? Por que houve 2 momentos de queda brusca da média de idade dos viventes, bem nestes 2 momentos (pós dilúvio e pós divisão da terra)?

Aqui quero afirmar algo bastante difícil. O tempo, conforme contado no período antediluviano, representavam realmente anos, no sentido de que um ano refere-se a uma volta completa do planeta em torno do Sol ou, como sabiam naquela época, um retorno do nascer do sol na posição original no horizonte, após 1 ano de alterações desta posição. O que eu quero deixar claro é que a contagem é feita pelo conceito de ano que tempos. Os povos observavam o movimento do sol no horizonte a cada nascente e concluíam quando o ano iniciava. Mas 1 ano, naquela época, não duraria, necessariamente os 365 dias que dura hoje em dia. Aliás, cada planeta tem a duração de 1 ano (1 volta completa em torno do sol) diferente do outro. O ano em Marte tem 687 dias marcianos. Já em Mercúrio, apenas 88 dias. Em compensação, em Netuno, 1 ano de lá (1 volta completa de Netuno ao redor do Sol) equivale a 164 dos anos terrestres. O que eu quero dizer é que no período antediluviano, a contagem de 1 ano terrestre durava menos dias. Também tratarei das justificativas para este argumento a seguir. Não sei precisar exatamente quantos dias duravam 1 ano, mas digamos que 1 ano naquela época durava 200 dias! Então cada 2 anos, passavam-se 400 dias. Isso seria pouco mais do que 1 ano na contagem atual. E, de acordo com essa hipótese, os povos da época contavam um determinado tempo que para eles representavam 2 anos, com uma duração que para nós equivale a pouco mais de 1 ano. Isso justificaria dizer que alguém viveu 800 anos, neste tipo de contagem, que seria equivalente a uns 400 anos na nossa contagem atual. Essa diferença bem poderia justificar a mudança de tempo percebida na contagem dos anos nas genealogias ante e pós diluviana.
E o que poderia justificar essa mudança? Talvez a inclinação do eixo da terra causada pelo dilúvio e a própria precipitação de toda aquela massa de água sobre a superfície, causando alteração da massa da terra e de seu centro gravitacional. Ainda devemos considerar o aumento da massa dos próprios oceanos, visto que parte das águas do dilúvio causaram um aumento das águas dos oceanos. Esses fatores poderiam ainda ter alterado a relação gravitacional entre a Terra e a Lua, o que poderia também ser um fator extra para alterar a translação da terra. Esses fatores poderiam ter alterado o tempo de translação da Terra ao redor do Sol.
Neste sentido, os anos vividos pelas pessoas naquela época eram realmente 800 ou 900 anos, mas não um ano de 365 dias como temos hoje. Portanto, o tempo real vivido pela pessoa (se tomássemos por base 1 hora, por exemplo), seria parecido com os mais longevos de hoje em dia. Por exemplo, 1000 anos daquela época seriam (no exemplo que eu usei), 200.000 dias e não 365.000 dias. E viver 400 anos (como as genealogias de Gn 11, no período pós dilúvio) numa contagem de 365 dias por ano seria o equivalente a viver 146 mil dias na terra. Ou seja, a duração de 1 ano mudou, referente aos dias vividos num ano. Daí, a queda brusca da contagem do tempo de vida das pessoas. Biologicamente, estavam vivendo o mesmo tempo. O relógio biológico tinha a mesma duração. Mas o tempo cosmológico mudou porque a terra mudou seu tempo de translação.

Além disso, há outra mudança brusca no tempo de vida (ou na contagem da percepção deste tempo de vida) nos dias Pelegue, quando os homens passam a vivem menos tempo, diminuindo a média de 400 para 200 anos! E agora, o que teria mudado? Agora, era o tempo do movimento de rotação. Minha teoria é que a terra era um pouco menor no seu diâmetro nesta época, menos “pesada” também por causa da água que ficava dispersa na atmosfera (que alimentou o dilúvio). Alguns cientistas antigos já chegaram a medir o diâmetro da terra menos do que o atual.
Antes da terra dividir-se em continentes, havia uma única massa de terra (o Pangea). Concentrando o peso num lugar só. Mas, com a infiltração da água no subsolo, isso causou um “inchaço” do interior da terra, provocando um rompimento de dentro pra fora, nos pontos onde a crosta era mais fina (como a ligação entre a costa brasileira e africana), separando os continentes e ocorrendo, na mesma época, um aumento do tamanho do diâmetro da terra. A distribuição de peso mais espalhada sobre a terra (e não concentrada como no período do Pangea) e um aumento do diâmetro teria deixado o movimento de rotação mais lento. E agora, a percepção da duração de 1 dia era mais longa. O dia que antes durava menos (digamos 18 horas), agora dura 24 horas! E, novamente, embora na contagem cronológica de tempo demore mais horas para o dia mudar, o relógio biológico do ser humano mantinha a mesma contagem. O fato é que agora, com o dia mais longo, o mesmo tempo vivido pelo homem que antes fazia passar 10 dias por exemplo, agora passavam-se, digamos, 7 dias. A contagem do tempo mudou, mas o relógio biológico humano permanecia o mesmo. O mesmo tempo vivido pelo homem antes contava-se como 10 dias e agora como 7, por exemplo. É bom esclarecer que os valores numéricos aqui apresentados são suposições, não tenho a exatidão destes números, mas podemos inferir algo bem próximo do ocorrido quando vemos a diferença do tempo de vida das pessoas nas genealogias de Gn 11, quando se muda drasticamente de 400 para 200 anos o tempo de vida de cada um.

Além disso, devemos considerar um terceiro elemento na alteração do tempo médio de vida dos homens durante estas mudanças. O sol é um dos causadores do envelhecimento das células do corpo humano. Se antes o sol não tinha uma incidência tão forte e permitia aos homens viverem mais tempo por causa do menor desgaste gerado nas células, agora, com o sol incidindo mais forte e diretamente sobre a terra, gera um desgaste maior no ser humano, diminuindo seu tempo de vida biologicamente falando. Este fator, por si só, jamais explicaria pessoas que viviam 900 anos passando a viver agora apenas 100 ou 120 anos. Mas este fator poderia explicar porque alguns homens que viviam 200 anos em média (no período em que o dia e o ano já tinham durações parecidas com as dos nossos dias), diminuiram seu tempo máximo de vida para 120 anos.


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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Gênesis - o dilúvio transformando a Terra



Agora, vejamos alguns outros pontos, de várias partes do Gênesis, que nos trazem luz sobre várias questões de alterações presentes na terra. Destas observações e narrações presentes no Gênesis, vamos tirar uma série de lições geológicas, de uma sequência de acontecimentos ocorridos nesta fase inicial. O ponto central da transformação é o dilúvio. E, em torno dele, uma série de acontecimentos que iremos discutir. Primeiramente, apresentando como pontos isolados. Depois, numa lógica de acontecimentos interligados e consequentes, uns com os outros.

Sobre o tempo de vida do homem, de sua existência, que se falavam em centenas de anos, vemos logo no início, na advertência de Deus sobre o não comer da árvore da ciência do bem e do mal, que no dia em que eles comecem, morreriam (Gn 2: 16-17). Também podemos ver em II Pedro 3: 8 a revelação de que para Deus 1 dia é como mil anos e mil anos como um dia. Neste aspecto, podemos entender que o homem morreu no mesmo dia, visto que nenhum deles viveu mais do que mil anos, 1 dia para o Senhor.
Mas sobre o tempo de vida dos humanos nesta época, ainda veremos mais.

No cap. 5 de gênesis, antes da narração do dilúvio, presente no capítulo 6, podemos ver pelas narrativas das gerações, que de Adão até o dilúvio passaram-se 1656 anos. O pai de Noé, Lameque, morreu 5 anos antes do dilúvio. Mas seu avô, Matusalém, o homem que mais viveu na face da terra, morreu no mesmo ano do dilúvio. Mas não chegou a 1000 anos, que seria 1 dia! Noé tinha 500 anos ao gerar seus filhos, Sem, Cam e Jafé. A Bíblia diz que foram gerados quando Noé tinha 500 anos, o que podemos inferir que eram trigêmeos. Nasceram quando Noé tinha 500 anos. O dilúvio chegou quando Noé tinha 600 anos.
É importante notar também que, neste período antediluviano os homens viviam uma média de 800 a 900 anos.

Deus estabelece, então, que a vida do homem deverá ter um limite: 120 anos! (Gn 6: 3).

Em Gn 7: 11-12 o dilúvio começa, com as águas que jorraram das fontes do grande abismo e as janelas dos céus se abriram e choveu quarente dias e quarente noites. Aqui podemos ver aquelas águas, que foram separadas e ficaram no firmamento, ou seja, suspensas na atmosfera, agora estão sendo precipitadas sobre a terra. Aquela camada, citada em Gn 1: 6-8, talvez de alguns kilômetros de espessura, agora vinha sobre a terra. Essa camada, antes suspensa, causava um bloqueio da força da luz do sol e, com isso, várias consequências climáticas que faziam com que a terra fosse diferente naquela época. O ciclo das águas, com chuvas constantes, ainda não existia. Passaria a existir a partir daqui.

Gn 8: 1-2 diz que Deus fez passar um vento, ao mesmo tempo em que a chuva cessava. Sabemos que os ventos são causados pelo deslocamento de massas de ar, depois do ar quente subir. Antes do dilúvio, com a terra coberta por águas (a camada de vapor ao redor de toda a terra, a qual se precipitou durante o dilúvio), não deveria ter havido ventos, porque provavelmente não havia aquecimento de massar de ar que pudessem deslocar-se e causar ventos. A primeira citação de ventos vem após as chuvas do dilúvio. Agora, sem a massa de vapor de água a rodear a terra, o sol esquentava a superfície e gerava o deslocamento de ar para cima (que antes era mais difícil justamente por estar ocupado pelo vapor de água que rodeava a terra) e, consequentemente, para os lados, a fim de ocupar o espaço deixado vago pela massa de ar quente que subiu, gerando os ventos.

Gn 8: 3, 5 diz-nos que as águas foram minguando sobre a terra. Isso nos leva a entender que elas penetraram no subsolo, talvez ocupando espaços vazios neste subsolo, gerando as atuais reservas de água subterrânea existentes. Lembrando que não havia tido chuvas até então, estes espaços vazios no subsolo ainda não tinham sido preenchidos. Não seria, realmente possível que essas águas voltassem a evaporar, causando novas chuvas. Primeiro porque isso geraria um ciclo infindável de dilúvios, se toda essa quantidade evaporasse ao invés de infiltrar na terra. Mas não seria possível, porque a massa de água seria tão grande que não seria evaporada. A lâmina d´água impediria a evaporação delas em grande quantidade e, o mais provável é que o planeta ficasse com uma quantidade enorme de água na superfície e houvesse muito pouca terra visível. O termo bíblico quando diz que as águas foram “indo e minguando” nos dá a entender uma penetração para o subsolo, ocupando espaços vagos, mas também inchando a terra de dentro pra fora, pela saturação dessa monumental quantidade de água infiltrada. Esse processo de penetração no solo durou alguns meses, até mostrar a terra seca. Essas águas ocuparam espaços vagos no subsolo, mas também forçaram, de dentro para fora, os espaços e a terra, causando inchaço e rompimentos. Nesta época, era um grande e único continente. Esse rompimento, de dentro para fora, trará outras consequências.

Gn 8: 22 também é a primeira citação da alternância de temperatura sobre a terra, ou seja, da existência de estações do ano. Até este momento, a terra provavelmente teria seu eixo de rotação perpendicular, mas a infiltração de toda essa água, somada ao peso dela durante o tempo do dilúvio em que esteve na superfície teria causado a inclinação do eixo da terra. Vale lembrar que recentemente um tsunami nas Filipinas também causaram uma mudança no eixo da terra de fração de milímetros. Um tsunami, em apens algumas ilhas, com duração de algumas horas. Imagine uma massa de água, sobre o supercontinente Pangea, durante quase um ano desequilibrando e causando alteração do equilíbrio, depois preenchendo espaços vazios dentro da terra e inchaço. Essa massa de água teria inclinado o eixo da terra. Pela primeira vez, em Gn 8: 22, cita-se a existência das estações do ano e os ciclos terrestres. Logo após estes eventos. Como também é sabido que a possibilidade de estações do ano está ligada à inclinação do eixo da terra em relação ao seu plano orbital, podemos entender que esse processo iniciou aqui neste momento justamente porque seu plano se inclinou neste momento. Ainda vale lembrar que o dilúvio ocorreu no momento que a terra era apenas 1 massa de terra (o supercontinente Pangea). E, com as limitações das cordilheiras nos extremos deste supercontinente (veja abaixo), a concentração de águas nele poderia ter sido como num “copinho”, que segurava as águas dentro da terra consideravelmente.

Gn 9: 11-15 é quando Deus mostra o arcoíris como sinal de sua aliança com o homem, cita que não haveria mais dilúvio que destruísse a terra da mesma forma. Há 2 considerações físico geológicas a se fazer aqui. Primeiro o fato de que o arcoíris não poderia ter aparecido antes, quando a massa de água estava sobre a terra, causando uma diminuição da força da luz do sol de forma homonênea e constante. O arcoíris só pode aparecer quando a luz brilhante do sol constrasta com a água na atmosfera, iluminando os cristais de água. Em tempo nublado, não há arcoíris. O arcoíris só surgiu depois que veio o dilúvio, liberando esta camada de vapor de água que mantinha o planeta num estado de nublado constante. Só agora, com a incidência da luz do sol diretamente, é que poderia aparecer o arcoíris.
E também é importante citar nesta parte que Deus promete aquilo que a sua própria lei física estabelece. Não haveria como toda aquela massa de água voltar ao céu para provocar uma nova chuva nas mesmas dimensões. Primeiro porque parte dela penetrou o solo, fazendo parte do ciclo da água na terra. Segundo porque agora, com a incidência da luz do sol mais diretamente, o processo de evaporação que gera nuvens que precipitem se dá de forma bem mais rápida. O sol, sendo mais forte agora, evapora a água mais rapidamente e permite um acúmulo de um volume de água mais rapidamente nas nuvens, causando chuvas em intervalos menores. Na primeira vez, demorou 16 séculos para estas águas precipitarem, porque não havia evaporação volumosa que saturasse as nuves e causasse precipitação. Por isso, ao longo destes séculos, essa lenta evaporação causou uma lenta saturação das águas dos céus que, quando precipitaram, foi tudo de uma vez. Então agora, depois do dilúvio, não mais seria possível ocorrer um novo dilúvio, pois não daria tempo de juntar muita água no céu que fosse volumosa o bastante para gerar novo dilúvio. Com o sol mais forte, a evaporação causaria a saturação das nuvens mais rapidamente, já gerando chuvas grandes, mas não tão grandes como a do dilúvio, e não universalmente, que apenas aquela massa de água no céu possibilitou acontecer. E isso condiz com a promessa de Deus.



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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Gênesis e um pouco de biologia e geologia



1.9. E disse Deus: ajuntem-se as águas debaixo os céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. 1.10. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
Neste momento, vemos a separação da matéria seca e da líquida, fazendo aparecer o continente e os Mares. Vale lembrar um detalhe, neste trecho: a terra seca estava “num” lugar, em apenas um lugar e não vários, como os vários continentes que temos hoje. Isso condiz com a teoria do Pangea, o supercontinente, de que seria formada a terra no início. A Bíblia também diz que era apenas 1 continente (num lugar a terra seca).
A teoria do Pangea já foi confirmada e podemos ver sua maior prova observando o encaixe perfeito entre as costas da África e do Brasil. Outros elementos comprovam esta teoria e podemos ver que a Bíblia também a comprova, dizendo que era apenas 1 lugar de terra. Além disso, veremos adiante que houve um momento, citado na Bíblia, quando ocorreu a separação dos continentes, o que fica registrado no nome de um dos descendentes de Noé: Pelegue. Isto veremos mais adiante.
Essa parte da formação da terra também condiz com a questão anterior, do sol mais fraco e ausência de chuva ocorrida por precipitação. Ou seja, se houvesse, nessa época em que a parte sólida estava misturada com a líquida (uma lama), o fenômeno de chuvas como conhecemos atualmente, nunca teria ocorrido a separação, pelo simples fato que a precipitação de chuvas movimentariam a crosta constantemente, impedindo a organização da parte seca em um lugar. Mas, se considerarmos que não havia essa precipitação, a parte seca teve tempo de se separar da parte líquida.

1.11. E disse Deus: produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra e assim foi. 1.12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. 1.13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
Neste ponto, a criação dos vegetais, os primeiros seres vivos, que viriam a servir de mantimento para os outros seres vivos. Vemos na ordem bíblica o respeito pelo ciclo de vida, noque se refere à alimentação. Os vegetais como base para a alimentação de outros seres vivos. Surgiu no momento em que a terra seca havia sido separada, deixando a água líquida em outra parte, inclusive para ser usada para irrigar os vegetais.
Mas é importante neste versículo, quando começam a ser formados os seres vivos, chamar a atenção para o termo “conforme a sua espécie”, que aparece aqui, e que vai aparecer muitas vezes ainda, durante o relato da criação, quando surgirem os animais. Esta expressão bíblica nos mostra que as espécies foram criadas para se reproduzirem conforme sua espécie. Caju dá caju, macieira dá macieira etc. A ciência já comprovou que duas espécies diferentes não produzem “filhos” férteis. Na maioria das vezes, sequer produzem filhos. Quando isso ocorre, eles são estéreis, não possibilitando a perpetuação da espécie híbrida. “conforme a sua espécie” é um detalhe importante do relato bíblico, negando a possibilidade da criação de novas espécies a partir de outras. As espécies que foram criadas geram descendentes semelhantes a si. Isso também é confirmado pela genética. Também negando o cruzamento indiscriminado entre espécies, a fim de gerar outras.

1.14 Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. 1.15 E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. 1.16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. 1.17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, 1.18 para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 1.19 Houve tarde e manhã, o quarto dia.
Os luzeiros, ou seja, o sol a lua e as estrelas teriam sido criados sob a perspectiva da terra, na linguagem bíblica. Ou seja, não podiam antes serem detectados ou vistos da terra. Apareceram somente depois da criação dos vegetais, que teriam enriquecido a atmosfera com oxigêncio. Consideremos a possibilidade de antes a atmosfera ser composta de gases que impediriam de se verem os luzeiros. Mas agora, com o enriquecimento do oxigênio, talvez se tornassem visíveis.
Lembrando que a camada de vapor de águas sobre o firmamento não eram como as atuais nuvens, densas e espessas de forma a possibilitar sua precipitação. Eram formações mais leves e bem menos densas, diminuindo a luz do sol, mas não impedindo a passagem dessa luz.

1.20 Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. 1.21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 1.22 E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. 1.23 Houve tarde e manhã, o quinto dia.
Aqui, novamente, vemos uma ordem lógica, já provada pela ciência: os primeiros animais a surgirem foram os marinhos. Repete-se, nesta questão de criação dos seres vivos, a expressão “conforme sua espécie”, dizendo que os seres vivos não gerarão outros nem cruzarão, gerando espécies híbridas.

1.24 Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. 1.25 E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
Na sequência, outros animais, mas sempre com a expressão “segundo a sua espécie”.



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