segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

14. Fugir do pecado

 

Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1:12-15)




Precisamos entender que o papel da nossa carne e do diabo, nesta questão do pecado, é insistir muito para que nós cometamos o pecado. O diabo sabe que o pecado é a única coisa que nos afasta de Deus e assim ele deseja que pequemos, para que, longe de Deus, o diabo possa agir mais livremente em nossas vidas!

Cabe a cada um de nós perceber e ter a noção da armadilha que está sendo montada contra nós a fim de desmantelar a estratégia para nos fazer pecar. Porém, muitas vezes, para desfazer esta armadilha, precisaremos lutar! E, algumas destas vezes, precisaremos lutar “até ao sangue” (Hebreus 12: 4), ou seja, até o limite das nossas forças.

Há um ditado popular que diz que “não podemos impedir um pombo de voar sobre nossas cabeças. Mas podemos impedi-lo de fazer um ninho em nossa cabeça”.

Da mesma forma, não podemos impedir que as armadilhas e estratégias do nosso inimigo sejam montadas e colocadas em prática para nos fazer pecar. Mas podemos ficar atentos para que não nos deixemos cair nestas armadilhas! Ou, pelo menos, não cair constantemente, a todo momento.

Vamos imaginar uma situação prática. Você é casado(a) e tem um emprego numa empresa onde trabalham homens e mulheres jovens. De repente, alguém do sexo oposto começa a frequentar o mesmo horário de almoço que você, seja no refeitório da empresa ou num restaurante. E a situação não é de uma amizade antiga ou de um almoço em grupo, onde aquela pessoa está, mas você percebe que, de repente, na maioria das vezes, o almoço acaba ficando só você e esta pessoa do sexo oposto. Talvez, no início, não tenha nada de mais, de forma real e sincera. Mas, com o tempo, este tipo de situação vai se tornando sugestiva. Assim, com uma situação destas, aos poucos, começam pensamentos na sua cabeça do tipo: “bem, meu cônjuge parece que não me valoriza”, “esta pessoa com quem estou almoçando me dá muitos elogios”, “como me sinto bem ao lado dele(a)” e por aí vai. Este tipo de pensamento pode ser uma semente, colocada por satanás ou pela própria carne, a fim de levar a você a uma situação, em algum momento, para cometer um pecado de adultério.

Claro que não tem problemas em ter amizades, em qualquer ambiente. Inclusive amizades com o sexo oposto. Mas tudo isso precisa de cuidados. Quando se é casado(a), o cuidado é bem específico. Talvez na situação do exemplo acima, a pessoa pudesse ter o cuidado e convidar outros amigos para o almoço, junto com aquele grupo. Ou buscar, uma vez ou outra, mudar o ambiente de refeição, só pra variar, e quebrar a sequência de “encontros inusitados”, ou tomar alguma atitude que não permita ir se deixando envolver com aquela situação, que é muito usada por satanás, para preparar armadilhas. Se a situação, ao invés de ser algo corriqueiro, como no exemplo dado acima, fosse mais incisiva, tipo de algum colega do sexo oposto fazendo elogios e insinuações abertamente, fazendo convites mais íntimos e coisas do tipo, então a resposta, para evitar cair no pecado, precisa também ser mais incisiva. É necessário deixar claro a sua posição e fugir, literalmente fugir de uma situação que está sendo preparada para levar ao pecado de forma mais direta!

Mas, muitas vezes, o desejo da carne é manter uma situação deste tipo. Afinal, talvez aquela pessoa precise de elogios. Talvez esteja fragilizada emocionalmente e sinta-se bem naquela companhia, com aquela situação de uma boa conversa na hora da refeição. Talvez isso tudo faça bem para o ego, para a autoestima. E talvez nem tenha problema com isso, pode ser que seja só uma boa conversa, mesmo. Mas é necessário ter muito cuidado. O diabo, nosso adversário, vai tentar se aproveitar da situação. Neste caso, pode-se batalhar contra o pecado de forma preventiva, matando a carne e o desejo de viver com este conforto emocional de ser valorizado(a), tendo em mente que isto pode ser uma armadilha. Mas, para algumas pessoas, isso pode representar uma luta monstruosa.

Pode ser que a pessoa esteja lutando bravamente para vencer sua carne e o desejo de viver aqueles momentos. Mas pode realmente ser necessário fazer isso. Batalhar, até ao sangue, até ao ponto de matar os confortos da carne, para fugir do pecado. Se este pecado for consumado, as consequências serão destrutivas, pois gera morte.

Há 2 aspectos quando falamos em vigiar e orar, em fugir do pecado: há o aspecto preventivo, quando eu luto para não cair na armadilha preparada, e há a fuga do pecado quando eu já fui enganado por satanás ou por minha carne e caí na armadilha. Agora a luta é para se livrar do laço, assim como um animal que cai numa rede: precisa me livrar disso.

Fugir do pecado exige vigilância, oração constante e firmeza de propósito. “Vigiai e orai” é uma ordem recorrente de Jesus para seus discípulos. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Marcos 14: 38). Veja também Marcos 13: 33, 37; Mateus 26: 41; I Coríntios 16: 13; Mateus 24: 42; I Pedro 4: 7.

A melhor forma de fugir do pecado, é sequer chegar perto dele, não dar corda, não iniciar. A melhor forma é prevenir e fugir dele antes mesmo que o pecado tenha qualquer insinuação perante a minha pessoa. Sempre que possível, esse deve ser nosso objetivo.

Alguns podem achar ser isto um sinal de fraqueza ou covardia. Mas o pecado não existe para ser desafiado, e experimentado. Sempre que possível, devemos fugir antes mesmo de chegar perto dele. Isso é verdadeira sabedoria. Não devemos brincar com o pecado, ou experimentar “só um pouquinho”. O pecado é, como já dissemos, uma força destrutiva com a qual não devemos brincar.

Existe uma estória, onde um rei desejava contratar um novo cocheiro para sua carruagem real e anunciou no reino em busca de pretendentes ao cargo, que tivesse muita experiência e habilidade na condução de carruagens. No dia marcado, chegaram 3 candidatos para o rei, que faria com eles uma pequena entrevista, para decidir qual seria seu novo cocheiro. Dirigiu-se então para os 3 da seguinte forma: – Estou procurando o cocheiro mais habilidoso, corajoso e prudente do reino. Para isso, quero que vocês me respondam uma pergunta: Se você estiver guiando minha carruagem no alto de um planalto e tiver um penhasco a certa distância, você conduziria a carruagem a que distância do penhasco?

Chamou cada um, então, individualmente e em particular, para lhe dar a resposta:

O primeiro, querendo exibir toda sua coragem e habilidade, disse ao Rei: – Eu sou tão habilidoso, oh, rei, que poderei dirigir a carruagem até chegar perto 10 metros do penhasco, sem trazer nenhum perigo ao Rei.

O Rei ficou impressionado com a resposta do cocheiro, ergueu as sobrancelhas em sinal de admiração e chamou o próximo. O segundo a responder, disse.

Minha habilidade e destreza me permitem conduzir os cavalos até à beirada do penhasco, a apenas 2 metros do mesmo e andar por ali por vários metros, sem nenhum risco.

Mais uma vez, o rei ficou surpreso com tanta destreza, que ficou calado. Chamou então, com um gesto, o último candidato. Este respondeu.

Se eu avistasse um penhasco à frente, majestade, mudaria imediatamente o curso da carruagem, para não chegar sequer perto do perigo.

O rei se impressionou com a destreza de atitude e em perceber o perigo do 3º cocheiro e o nomeou concheiro real.


Assim deve ser nosso tratamento para com o pecado. Fugir, se possível, antes mesmo de chegar perto.

Mas, se não foi possível fugir dele antes de chegar até nós, então devemos tentar fugir com todas as forças, mesmo que ele já tenha se estabelecido em nossas vidas. Então, se alguém já cometeu um pecado de roubo, por exemplo, ao desviar produtos na empresa que trabalha em benefício próprio, porque tinha a oportunidade fácil, ou os produtos estavam “dando mole”, deve procurar fugir deste pecado. Então, tão logo se assuma que aquilo foi um pecado, deve-se buscar fugir da situação. Ou seja, num exemplo destes, de forma prática, deve-se devolver o que foi roubado, confessar o erro e pedir perdão.

Devemos sempre nos afastar do pecado, seja de forma preventiva ou corretiva.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

13. O ensinamento da Santa Ceia sobre o pecado

 

Este tema é específico para os cristãos. Fala não apenas de arrepender-se do pecado como uma novidade, mas do ato contínuo de examinar-se e manter-se longe do pecado ou, se o cometer, de acertar isso com Deus de forma constante, numa oportunidade singular, única que Deus dá aos seus filhos: a santa ceia.



Veja o ensinamento da Santa Ceia sobre corrigir o pecado. Diz que se nós nos examinarmos a nós mesmos não seremos julgados. Ou seja, se pararmos para refletir nos nossos pecados, analisar, arrepender-se e pedir perdão, não seremos expostos publicamente para ter que ser julgado por terceiros!

O texto de I Coríntios 11: 17-34 fala sobre o tema da Santa Ceia. E há ricos e numerosos ensinamentos de Paulo neste trecho. Mas, para o propósito desta sequência de ensinos, vou tratar aqui apenas da questão do pecado, citado por Paulo, quando da nossa participação na Santa Ceia.

Este é um ensinamento específico para os filhos de Deus. Mas todos podem entender e tirar proveito deste ensino. Porém, é algo que Deus trata em família, com os íntimos, com seus filhos, com aqueles que um dia já se entregaram a Jesus Cristo. O cuidado que temos de dar ao arrependimento do pecado, falado no ensinamento sobre a Santa Ceia é constante.

O trecho já começa, no verso 17, dizendo que aquela reunião, ajuntamento ou culto não estava cumprindo o propósito de fazer as pessoas saírem dali melhor do que entraram. Mas, nesta igreja, as pessoas iam para a Santa Ceia, para sua reunião e saíam piores do que chegavam!!

Seria isso possível?! Voltar da igreja pior do que quando foi ??!!

Mas por que isto estava acontecendo? Paulo explica em seguida e mostra que aqueles irmãos (como muitos hoje em dia) não estavam participando da Santa Ceia da forma correta, não estavam dando o devido valor a esta celebração, não honravam a Deus com esta reunião. E, por causa disto, haviam ali pessoas fracas, doentes e até mortas! (vs. 30)

E Paulo ainda explica os motivos pelos quais eles estavam cometendo este erro. Os erros se resumem a 2: pecado não confessado e não discernir o corpo de Cristo (vs. 28-29). O que Paulo deseja é que eles corrijam as atitudes e passem a participar da Santa Ceia de forma a serem abençoados. A correção que Paulo diz para eles vale para nós, ainda mais quando vai se aproximando o nosso encontro definitivo com o Senhor Jesus, porque sua vinda está próxima. Estamos vivendo um tempo de concerto, quando Deus deseja que seus filhos acertem suas vidas, para o encontro com Ele.

Neste texto, vamos tratar do motivo 1, da questão do pecado, como Paulo fala na Santa Ceia. Em outro momento, falaremos do outro motivo: o não discernimento do Corpo de Cristo, no estudo sobre dons espirituais.

Paulo resume esse ensino da seguinte forma: comer a Ceia do Senhor de forma indigna traz condenação, portanto, não faça isso, mas acerte-se com Deus, antes que Ele tenha que acertar contas contigo!

Bem resumido, né, meu irmão? Mas vamos ver de que forma o apóstolo Paulo desenvolve este raciocínio. Para isso, vamos nos concentrar neste trecho, dos versos 27 a 32. Veja:

27Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 29Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. 30Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. 31Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 32Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (I Coríntios 11: 27-32)

Primeiro, Paulo deixa bem claro que existe uma consequência bastante grave em não observar com cuidado e atenção merecidos a Santa Ceia do Senhor. Paulo nos mostra que participar dela de forma indigna nos trará condenação, sendo culpados pelo corpo e sangue do Senhor Jesus! Ou seja, seremos culpados dEle ter morrido!

E este ensinamento não é difícil de entender, é o seguinte: Jesus morreu pelos nossos pecados, para nos perdoar e nos livrar da condenação do inferno. Ou seja, somos realmente culpados por ele ter precisado ir à cruz do calvário. Foram os nossos pecados que levaram Jesus até ali (_).

Ele perdoa os pecados que cometemos na ignorância ou de forma esporádica, quando nos arrependemos e pedimos perdão. Mas, se os cometemos de forma consciente e deliberadamente, desprezando o sacrifício de Jesus, embora sejam também alcançados pelo perdão de Cristo, são tratados de forma diferente (Hebreus 10: 26), pois não o fizemos de forma inocente, mas sim consciente e somos culpados deste pecado e, portanto, responsáveis pela sua morte na cruz, que foi feita em nosso favor para nos perdoar os pecados.

Em outras palavras, Cristo morreu pelos meus pecados e, se eu pequei voluntária e deliberadamente, então eu escolhi crucificar Jesus! De acordo com Hebreus, se eu fiz isso depois de conhecer esta questão do sacrifício de Jesus que limpa os pecados, então esta minha atitude é mais grave ainda, é condenável, e eu me torno culpado de Cristo ter sido crucificado. É como se eu dissesse: “eu sei que são os meus pecados que colocaram Jesus na cruz, mas não importa, vou pecar de novo e dar mais uma martelada naquele prego, naquela cruz, lá no Gólgota!”

“Tão perigoso quanto”, é o pecado que eu cometo como um deslize, feito “sem querer”, mas que eu resolvo depois não me arrepender dele, nem falar dele, não confessar. É mais especificamente deste que Paulo trata nos versos 27-28 de I Coríntios 11. Paulo diz que quem come e bebe indignamente, o faz para a própria condenação e completa no verso seguinte: “examine-se, pois, o homem a si mesmo,” ou seja, faça um “exame de consciência”, reflita e pense, sistematicamente, nos pecados cometidos, nas atitudes reprováveis. Paulo está dizendo que não podemos “deixar pra lá”, continuar levando a vida como se nada tivesse acontecido, mas sim que devemos dar a devida importância a isso: fazer um exame, cauteloso e detalhado, para descobrir se há algo que mereça nossa atenção, a fim de gerar arrependimento e pedirmos perdão.

E Paulo completa a orientação de uma forma interessante, o verso 28 completa-se da seguinte forma: “... e assim coma deste pão e beba deste cálice.” É óbvio que Paulo não deseja que façamos um exame apenas para dizer: “ah, que interessante, tem um pecado aqui”. É óbvio que se é algo perigoso participarmos da Santa Ceia de forma indigna e devemos nos examinar para depois participar da mesma ceia, está implícito que o auto exame inclui a necessidade de arrepender-se e pedir perdão quando o pecado é encontrado. Isso é óbvio porque Paulo está falando com cristãos que sabem sobre o perigo do pecado e entendem que, ao descobrir o pecado em nossa vida, devemos seguidamente pedir perdão deles, e não há necessidade de explicar o óbvio: que todo pecado encontrado em nossas vidas precisam ser tratados, ou seja, gerar arrependimento e um pedido de perdão. Isso é óbvio.

E Paulo reafirma isso no verso seguinte, repetindo o decreto que comer e beber indignamente gera condenação (vs. 29) e isto porque não discernimos o corpo de Cristo (veremos esse assunto em outro momento). Paulo ainda esclarece que toda essa atitude errada frente ao pecado gera fraqueza, doença e morte! (vs. 30).

Ou seja, nosso papel, durante a Ceia do Senhor, deveria ser fazer um auto exame e acertar as contas com o Senhor, pedir perdão, arrepender-se sinceramente. A Santa Ceia é uma oportunidade periódica para fazer-se um exame e não deixar o pecado não confessado se acumular. É o momento de reconhecer o erro, de confessar, de acertar as contas. E, não fazer esse acerto é participar da Ceia de forma indigna: é estar debaixo de condenação.

É como se o Senhor dissesse: “olha, meu filho, encontre-se comigo na Santa Ceia e vamos conversar. Vamos aprofundar nossa comunhão. Mas, se precisarmos acertar algumas coisas entre nós, vamos começar por aí, tudo bem? Neste dia, neste encontro especial, eu quero que você me diga se há algo pendente entre nós, para que possamos acertar antes de comer juntos”. Então, após um convite destes feito pelo Senhor dos Senhores, seria muito indigno se eu recusasse ou ignorasse esse convite. Em se tratando do Salvador, isso seria condenável, porque estou desprezando a oportunidade que Ele está me dando para deixar tudo em ordem novamente, caso eu tenha cometido pecados e fechado a porta neste relacionamento.

Mas o verso 31 é uma chave importante: “se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados”. Paulo está nos ensinando que quando tomamos a iniciativa de fazer este auto exame e reconhecer os nossos pecados de forma constante, como na Santa Ceia, ou às vésperas dela, como um preparo para dela participar, então não precisaremos que o Senhor nos julgue, nos repreenda. Jesus nos dá a oportunidade, a cada Ceia, de acertar as contas, de ter a iniciativa de verificar o que está pendente em nosso relacionamento com Ele para poder acertar e não correr o risco de passar o tempo e acabar participando da Santa Ceia sem o devido acerto e fazê-lo, portanto, de forma indigna.

A Ceia é uma oportunidade, de tempos em tempos, para verificarmos se há em nós algum caminho mau e colocar diante do Senhor (Salmos 139: 23-24) para que sejamos purificados, mediante o arrependimento e pedido de perdão. Quando o salmista pediu ao Senhor “guia-me pelo caminho eterno”, estava pedindo a Deus uma orientação do que fazer com seus pecados. Ao que Paulo respondeu, nesta orientação sobre a Santa Ceia.

Se nós cuidarmos de fazer este auto exame periodicamente, cada vez que participamos da Santa Ceia ou durante a preparação para dela participar e se, neste momento, nos julgamos a nós mesmos e já nos consideramos pecadores e tomamos as providências necessárias (arrependimento e perdão), então não será necessário passarmos pela repreensão e julgamento do Senhor, porque nos adiantamos nisso. Mas, se nos negarmos a reconhecer o erro e escolhermos deixar o pecado ali, então será o Senhor quem irá nos chamar para uma repreensão e julgamento, pois não seguimos suas orientações, não aproveitamos o convite dele para este acerto.

Mas, como tudo isto fala aos filhos, mesmo em sendo julgados e repreendidos pelo Senhor, ainda é uma coisa muito boa. Porque Sua repreensão vem para a restauração, para não sermos condenados com o mundo, mas para que sejamos tratados. Paulo deixa isso muito claro no verso 32: “Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” A repreensão do Senhor é boa. Porém, será melhor se o fizermos por nossa livre e espontânea vontade, por nossa iniciativa, antes de precisar ser chamado a atenção pelo Senhor.

Participar da Santa Ceia periodicamente é ter a oportunidade de se acertar com o Senhor, de nos limparmos, nos examinarmos, a fim de manter o relacionamento intacto. É um ajuste periódico no relacionamento, é um aprofundamento da comunhão.

O que Deus está dizendo aos filhos com esta orientação é: aproveitem a oportunidade que lhes dou, a cada Santa Ceia, de se acertarem comigo, antes que eu tenha que chamá-los para um acerto!