O livro do apóstolo Tiago, com seus 5 capítulo,
poderia ser chamado de “Provérbios do Novo Testamento”. Se os
evangelhos contam a vida de Jesus, as cartas de Paulo e Hebreus são
doutrinárias, se Atos é um livro histórico do agir do Espírito
Santo e apocalipse um livro profético no Novo Testamento sobre o fim
dos tempos, podemos dizer com certeza que Tiago ocupa o lugar de
livro que fala sobre um cristianismo prático. Sobre como viver, na
prática, o exemplo de vida e os ensinos de Jesus e a teologia de
Paulo.
É um livro que contém abundantes exemplos práticos da
vida cotidiana e como deveríamos agir, sendo cristãos, nas
situações do nosso dia a dia. Diferente das parábolas de Jesus,
que remetem a situações prática e mostram verdades sobre o Reino
de Deus, Tiago vai direto no ponto e diz aos cristãos que devemos
cuidar da nossa santidade e vida de obediência a Deus não apenas
nos momentos solenes e separados para dedicar-se a Deus. Mas sim
nosso cristianismo deve ser vivido e, mais do que isso, demonstrado
nas atitudes cotidianas.
É em Tiago que sabemos que a “fé sem obras é
morta”, ou seja, que a fé deve ser demonstrada por atitudes do dia
a dia das nossas vidas. Não é um conceito ou um sentimento interno
que não tenha relação com nossas atitudes diárias. A fé é algo
que se manifesta pelas ações, pelas atitudes, que Tiago chama de
obras. E, como ele é pródigo em dar exemplos práticos sobre o que
está dizendo, na questão da fé, Tiago manda logo 3 exemplos: o de
Abraão, que demonstrou sua fé pela atitude de entregar seu filho
para ser sacrificado, a atitude da prostituta Raabe, que não ficou
“em cima do muro”, mas teve a atitude de crer que Deus entregaria
a cidade aos israelitas e escolher um lado e ter uma atitude de
proteger eles e o exemplo mais próximo de nós, de que se
encontrarmos alguém necessitado de roupa ou alimento, não podemos
apenas orar, mas devemos dar-lhe comida e vestimenta para resolver
seu problema. A fé é demonstrada por atitudes.
Também Tiago deixa claro que a língua é poderosa.
Nossas palavras, nossa capacidade de abençoar ou maldizer pelas
palavras é algo poderoso e não podemos misturar bênção com
maldição nas atitudes práticas do que dizemos com nossa língua.
Ou seja, bênção e maldição não são conceitos que ficam lá no
céu, uma distante realidade. Tiago é muito prático e mostra que
nossas palavras, do dia a dia, fabricam bênção e também fabricam
maldição. Não é algo controlado por Deus ou um assunto que
somente anjos e demônios dominam. É mais simples e cotidiano do que
isso. Está ao nosso alcance, e Tiago é muito prático em explicar
que quando dizemos algo para alguém que seja malicioso, estamos
gerando maldição. Ou bênção, se dizemos algo bom. Ou seja, somos
responsáveis, com nossos atos (neste caso, nossas palavras) de gerar
bênção e maldição. Tiago usa exemplos e metáforas para nos
fazer entender que nossa santidade deve escoher ser sempre benignos
(dizer bênçãos) e que esta questão faz parte do nosso dia a dia,
na prática.
Seu exemplos são tão claros e diretos que ele chega a
ser contundente para alguns. Eu diria que um cristão imaturo não
consegue ler Tiago sem se ofender ou se sentir diminuído. Porque
Tiago coloca o dedo na ferida, é muito direto. Quando ele quer falar
sobre acepção de pessoas, que não devemos agir desta forma, usa um
exemplo de dois homens entrando no culto. Um bem vestido e bem
tratado pelas pessoas da igreja. Outro maltrapilho e desprezado pelos
participantes da igreja. E anuncia: “agistes com acepção de
pessoas tratando diferentemente duas pessoas por causa de sua
aparência”. Seus exemplos são claros, suas palavras diretas. Quem
lê Tiago não pode dizer que não entendeu o que deve fazer para ser
um verdadeiro cristão.
Ele ainda deixa muito claro que uma verdadeira religião
se baseia em visitar (ir até, ajudar) viúvas e órfãos, explica
que as tribulações têm um objetivo nas nossas vidas, e repete,
quase que literalmente, as Palavras de Jesus ao dizer que não basta
ouvir ou conhecer as escrituras, é preciso praticar o que se
aprende. Este trecho pode inclusive ser considerado a base e a chave
do livro de Tiago, ao citar a conclusão do Sermão do Monte de
Jesus. Mas todo o livro de Tiago pode ser considerado uma explicação
prática de todo o Sermão do Monte de Jesus. O livro de Tiago é pra
ser lido e relido, de tempos em tempos, na igreja e individualmente.
E pode ser usado como um balizador, onde cada um pode analisar se tem
levado a vida cristã da forma como deve, e corrigir, quando for o
caso. Porque Tiago termina deixando claro que “se alguém se tem
desviado da verdade, se alguém o converter (fazer voltar à
verdade), saiba que isso salva da morte uma alma (morte eterna) e
cobre uma multidão de pecados”. Ou seja, Tiago deixa claro que há
sempre espaço para o arrependimento e para o retorno a uma vida
correta, santa, na presença de Deus.
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