segunda-feira, 4 de maio de 2020

Efésios – a unidade nos dá forças


A cidade de Éfeso foi realmente um centro religioso na época dos apóstolos. Os irmãos efésios foram os únicos que receberam uma carta tanto de Paulo quanto de João, no livro do apocalipse (uma das cartas para as 7 igrejas do apocalipse). Pelo menos das que chegaram até nós na Bíblia. Além do cristianismo, Éfeso era a central de idolatria voltada a Diana, deusa da caça do panteão romano. E, provavelmente, outros deuses eram adorados nesta cidade pelos seus habitantes. Mesmo assim, uma forte igreja se estabeleceu ali. Tanto Paulo em sua epístola quanto João, nas cartas do apocalipse atestam isso. A fé e força desta igreja.
A carta de Paulo aos efésios é uma exortação à unidade e a uma vida de santidade que considera a grande obra feita por Jesus na cruz em nosso favor. Junto de Romanos, em efésios temos claro que a salvação é pela graça, mediante a fé. Que nada podemos fazer, por nossas próprias forças, que nos faça merecer a salvação. É algo muito precioso, muito valioso, muito grande e não nos é possível merecer, sob qualquer pretexto, tão grande salvação. Pelo contrário, Paulo deixa claro que somos nós é que devemos, após receber a salvação, dedicar uma vida de consagração a Deus justamente por causa da salvação recebida. Em Efésios, Paulo inverte a lógica de muitos hoje em dia, que pensam poder merecer salvação por causa de serem bons ou pelo que fazem e deixa claro que tudo o que fazemos é uma pequena resposta à grande salvação recebida.
Paulo divide o texto em 2 partes bem distintas em conteúdo e propósito e iguais em tamanho. Os primeiros três capítulos mostra a grandiosidade da obra de Cristo feita em nosso favor. Chega a pedir que Deus esclareça a eles a grandeza dessa obra, como que reconhecendo que por palavras escritas isso não seria possível, de tão grande que é, sendo que apenas o Espírito Santo poderia mostrar tal grandeza para cada um de nós. Em sua linguagem escrita, Paulo usa de muitos superlativos para demonstrar essa grandeza. “Riquíssimo em misericórdia” (Ef 2: 4), “todas as bênçãos espirituais” (Ef 1: 3), “sobreexcelente grandeza do seu poder” (Ef 1: 19) são alguns exemplos dessa linguagem que tenta transmitir tão grande salvação que foi dada por uma igualmente grande dedicação e sacrifício por parte de Jesus. Nesta parte, é onde Paulo chega a dizer que deseja que compreendamos a “largura, comprimento, altura e profundidade” do amor de Cristo. Ou seja, conhecer e experimentar esse amor em todas as suas dimensões, em todas as direções. Tudo é grande nesta parte, quando Paulo deixa claro que a obra de Cristo para nos salvar não tem preço. Termina o capítulo 3 com um “amém.”, como se fosse o final, mas realmente finalizando esta parte.
Nos outros três capítulos da carta (4 a 6), inicia dizendo “rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados”. E, com essa introdução, passa então a dizer como deve ser o comportamento e a vida daqueles que conheceram e usufruiram desta tão grande salvação. Uma vida que realmente responda dignamente ao presente recebido, de podermos morar com Deus no céu. Nesta segunda parte do livro, orientações práticas para a vida cristã, baseadas no fato de que devemos buscar viver desta forma digna para responder ao sacrifício de Jesus. A primeira questão é a unidade, que na verdade é o tema central desta carta. Deixa claro também que se recebemos a salvação como um presente, sem nada que tivéssemos feito por mérito para recebê-la, cabe a nós, agora, conservar e preservar esta salvação por uma vida e conduta santa e digna. Sequer palavras torpes devem ser pronunciadas por aqueles que receberam salvação por meio de Jesus Cristo (4: 29). Quem furtava, além de deixar o furto, ainda deve trabalhar para ter o que dividir com os necessitados.
A vida em família, na relação entre marido e mulher e entre pais e filhos é uma porção de destaque na vida santa que devemos ter para viver de forma santa e digna. Além disso, Paulo deixa claro, aqui em Efésios, que temos de nos manter vigilantes e conscientes de que nossas dificuldades e lutas têm origem no desejo do inimigo, através de uma grande estrutura de trabalho para o mal, em nos desviar de todo o propósito para salvação. Em Efésios há uma clara definição sobre a guerra espiritual na qual estamos inseridos e de que temos uma armadura para poder vencer esta guerra, com armas que Deus nos proveu, além da salvação dada por Cristo.


Pr. Lucas Durigon

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