A cidade de Éfeso foi realmente um centro religioso na
época dos apóstolos. Os irmãos efésios foram os únicos que
receberam uma carta tanto de Paulo quanto de João, no livro do
apocalipse (uma das cartas para as 7 igrejas do apocalipse). Pelo
menos das que chegaram até nós na Bíblia. Além do cristianismo,
Éfeso era a central de idolatria voltada a Diana, deusa da caça do
panteão romano. E, provavelmente, outros deuses eram adorados nesta
cidade pelos seus habitantes. Mesmo assim, uma forte igreja se
estabeleceu ali. Tanto Paulo em sua epístola quanto João, nas
cartas do apocalipse atestam isso. A fé e força desta igreja.
A carta de Paulo aos efésios é uma exortação à
unidade e a uma vida de santidade que considera a grande obra feita
por Jesus na cruz em nosso favor. Junto de Romanos, em efésios temos
claro que a salvação é pela graça, mediante a fé. Que nada
podemos fazer, por nossas próprias forças, que nos faça merecer a
salvação. É algo muito precioso, muito valioso, muito grande e não
nos é possível merecer, sob qualquer pretexto, tão grande
salvação. Pelo contrário, Paulo deixa claro que somos nós é que
devemos, após receber a salvação, dedicar uma vida de consagração
a Deus justamente por causa da salvação recebida. Em Efésios,
Paulo inverte a lógica de muitos hoje em dia, que pensam poder
merecer salvação por causa de serem bons ou pelo que fazem e deixa
claro que tudo o que fazemos é uma pequena resposta à grande
salvação recebida.
Paulo divide o texto em 2 partes bem distintas em
conteúdo e propósito e iguais em tamanho. Os primeiros três
capítulos mostra a grandiosidade da obra de Cristo feita em nosso
favor. Chega a pedir que Deus esclareça a eles a grandeza dessa
obra, como que reconhecendo que por palavras escritas isso não seria
possível, de tão grande que é, sendo que apenas o Espírito Santo
poderia mostrar tal grandeza para cada um de nós. Em sua linguagem
escrita, Paulo usa de muitos superlativos para demonstrar essa
grandeza. “Riquíssimo em misericórdia” (Ef 2: 4), “todas as
bênçãos espirituais” (Ef 1: 3), “sobreexcelente grandeza do
seu poder” (Ef 1: 19) são alguns exemplos dessa linguagem que
tenta transmitir tão grande salvação que foi dada por uma
igualmente grande dedicação e sacrifício por parte de Jesus. Nesta
parte, é onde Paulo chega a dizer que deseja que compreendamos a
“largura, comprimento, altura e profundidade” do amor de Cristo.
Ou seja, conhecer e experimentar esse amor em todas as suas
dimensões, em todas as direções. Tudo é grande nesta parte,
quando Paulo deixa claro que a obra de Cristo para nos salvar não
tem preço. Termina o capítulo 3 com um “amém.”, como se fosse
o final, mas realmente finalizando esta parte.
Nos outros três capítulos da carta (4 a 6), inicia
dizendo “rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é
digno da vocação com que fostes chamados”. E, com essa
introdução, passa então a dizer como deve ser o comportamento e a
vida daqueles que conheceram e usufruiram desta tão grande salvação.
Uma vida que realmente responda dignamente ao presente recebido, de
podermos morar com Deus no céu. Nesta segunda parte do livro,
orientações práticas para a vida cristã, baseadas no fato de que
devemos buscar viver desta forma digna para responder ao sacrifício
de Jesus. A primeira questão é a unidade, que na verdade é o tema
central desta carta. Deixa claro também que se recebemos a salvação
como um presente, sem nada que tivéssemos feito por mérito para
recebê-la, cabe a nós, agora, conservar e preservar esta salvação
por uma vida e conduta santa e digna. Sequer palavras torpes devem
ser pronunciadas por aqueles que receberam salvação por meio de
Jesus Cristo (4: 29). Quem furtava, além de deixar o furto, ainda
deve trabalhar para ter o que dividir com os necessitados.
A vida em família, na relação entre marido e mulher e
entre pais e filhos é uma porção de destaque na vida santa que
devemos ter para viver de forma santa e digna. Além disso, Paulo
deixa claro, aqui em Efésios, que temos de nos manter vigilantes e
conscientes de que nossas dificuldades e lutas têm origem no desejo
do inimigo, através de uma grande estrutura de trabalho para o mal,
em nos desviar de todo o propósito para salvação. Em Efésios há
uma clara definição sobre a guerra espiritual na qual estamos
inseridos e de que temos uma armadura para poder vencer esta guerra,
com armas que Deus nos proveu, além da salvação dada por Cristo.
Pr. Lucas Durigon
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