
Diante da cena de uma mulher, em flagrante adultério, que estava
para ser apedrejada e morta, Jesus orienta a todos que cumpram com a
lei de Moisés, atirando a pedra, tomando a dianteira para atirar
primeiro a pessoa ali que não tivesse nenhum pecado.
Claro que, se aquelas pessoas fossem minimamente honestas e pensassem
nas consequências de seus atos, desistiriam de tal condenação,
porque não há um justo, nenhum sequer, ninguém que não peque.
Todos aqueles com pedras na mão eram, igualmente, alvos de
condenação pelos pecados que cometiam.
De acordo com o relato bíblico, os primeiros que saíram dali foram
os mais velhos, os mais idosos e experientes e, espera-se, os mais
sensatos. Aqueles que mais prontamente sabem que são também pessoas
pecaminosas e não poderiam condenar outra pessoa, atirando uma
pedra, pois sabiam que não estavam isentos de pecado.
As palavras de Jesus fizeram com que todos os ansiosos por participar
de um apedrejamento fossem mais comedidos e refletissem, porque
amanhã poderia ser eles. Tudo bem que não era qualquer pecado que
era punido com apedrejamento, como o adultério daquela mulher, mas
Jesus vai um pouco mais além da lei de Moisés e diz que para
condenar alguém, seria necessário ser uma pessoa irrepreensível,
sem mancha, sem pecado! E daí, nenhum daqueles expectadores cumpriam
com o requisito.
O único que poderia se encaixar neste quesito seria o próprio
Jesus. E ele deixa claro, no final, que do mesmo modo que nenhum
daqueles outros pecadores tiveram a coragem de condenar a mulher,
pois estavam no mesmo barco dos pecadores, ele, Jesus também não o
faria, mas por motivos diferentes: por causa da sua misericórdia e
amor. Ele até se encaixaria no quesito de não ter pecado e poderia
atirar a pedra, mas ele não a condena. A salva da condenação (de
uma morte por apedrejamento) e a orienta a seguir sua vida, sem pecar
novamente: requisita dela um arrependimento pelas atitudes, uma
mudança, uma conversão que fizesse com que ela parasse de pecar.
Mas Jesus falava, não apenas com a mulher, e sim também com aqueles
judeus que, tendo cometido pecados, seriam alvo da mesma pena que
estavam aplicando à mulher. Isso porque quando julgamos alguém,
somos condenados pela mesma medida com que medirmos.
Nosso trabalho não é julgar para condenar, como no exemplo do
apedrejamento da mulher pecadora. Podemos até fazer um julgamento de
análise, a fim de, por exemplo, não seguir falsos profetas, o que o
próprio Jesus também orientou. Mas nunca nos deu Ele a prerrogativa
de julgar para condenar (apedrejar).
Mas se alguém acha que não tem pecados, então que julgue e condene
e se coloque no lugar do juiz, no lugar de Deus para estabelecer
vereditos.
Pr. Lucas Durigon
se gostou deste, compartilhe clicando abaixo
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
___________________________________________
um novo artigo por mês, neste blog
veja outros trabalhos meus, no meu site:
http://lupasoft.com.br/LucasDurigon/
Nenhum comentário:
Postar um comentário