Logo após a morte e Moisés, Deus levanta outro líder, que faria o povo herdar a Terra Prometida. Moisés não pôde entrar na terra prometida, morreu antes disso. Mas Josué, seu sucessor, seria usado por Deus, como um conquistador em batalhas, para tomar posse da terra prometida, começando por Jericó, primeira cidade a ser conquistada. Neste momento, através de estratégias claras dadas por Deus, Josué circunda a cidade de Jericó 13 vezes (1 vez por dia nos primeiros 6 dias e outras 7 vezes no último dia), a qual cai apenas com os gritos do povo de Israel, sem uso de armas. Falar do livro de Josué é falar do homem, servo de Deus, sucessor de Moisés.
Todo o cumprimento da promessa de conquistar a Terra Prometida, de vencer os 40 anos no deserto, de ser liberto da escravidão no Egito se cumprem neste momento, conforme descrito neste livro de Josué. Ou seja, o povo não pôde entrar na Terra prometida logo que saiu do Egito, mas foram levados ao deserto, por 40 anos. Agora, após tudo isso, chegou a hora de receberem a promessa. E é o livro de Josué que descreve este momento sublime do povo de Deus.
O livro de Josué tem algumas partes bem claras. Os primeiros 5 capítulos fala do preparo do povo, para começarem as conquistas. Os capítulos 6 a 11 descrevem as conquistas das cidades sob a liderança de Josué e orientação de Deus. Então, dos capítulos 12 ao 19, vemos Josué repartindo a terra entre as tribos de Israel. Poderíamos dizer que este trecho é a escritura das terras, conforme a promessa de Deus, de dá-las ao povo de Israel, aos descendentes de Abraão. O final do livro, dos capítulos 20 ao 24, vemos uma crescente consolidação do relacionamento deste povo em sua nova terra com o seu Deus, terminando no cap. 24 com um pacto de fidelidade ao Senhor.
Nos primeiros 5 capítulos, durante os preparativos, o Senhor chama a Josué para suceder Moisés, dá-lhe a tarefa e o encoraja. Josué envia novamente 2 espias à terra prometida, mais especificamente Jericó, a fim de ver se o povo tinha aprendido a lição e se o relatório dos espias, desta vez, seria conforme a promessa do Senhor. Da outra vez, através dos relatórios dos 10 espias que não confiaram no Senhor, veio o castigo dos 40 anos no deserto. Desta vez, o novo relatório dos espias pôde confirmar a confiança no Senhor e servir como redenção ao pecado de falta de fé. Deus também confirmou a sua mão sobre Josué, ao realizar o milagre da passagem do rio Jordão em seco. Tudo isso precisava ser acertado antes de começarem as conquistas da terra, a que o Senhor levaria Josué. Tudo isso prepararia o coração do povo para as conquistas, para se submeterem ao Senhor. Ainda nos preparativos, Deus pede ao povo para se santificar e para circuncidar os homens que, durante a travessia no deserto, não haviam sido circuncidados. E pede para o povo celebrar a páscoa e relembrar o livramento de Deus do Egito, pois no deserto não haviam celebrado a páscoa. Estes preparativos seriam para levar o povo a lembrar e reafirmar sua aliança com o Deus que os livrara da escravidão.
A primeira cidade conquistada foi Jericó, de forma milagrosa e sobrenatural. Também esta primeira conquista deveria dedicar todos os despojos a Deus e não tomar nada do que havia na cidade. Entre os capítulos 12 e 19, Josué conquista 31 cidades para tomar posse da terra prometida. No início, Deus queria estabelecer um padrão de obediência e mostrar a Josué que Ele, o Senhor, deveria ser o líder em todas as batalhas e conquistas. No início das conquistas, houve episódios em que Josué se empolgava com a vitória e resolvia não consultar ao Senhor e fazer do seu jeito na batalha seguinte. Então, era derrotado. Após a vitória, ele pensava não precisar do Senhor para a próxima batalha. Assim foi com Gibeão (cap. 9), após a vitória sobre Ai, ao ser enganado em fazer uma aliança, pelos homens que fingiram vir de longe, e fez aliança com Israel, que não consultou ao Senhor e foram enganados. Assim foi também com Ai, na primeira incursão, quando por causa do pecado de Acã foram derrotados. Josué foi à batalha sem consultar ao Senhor e foram derrotados e envergonhados. Depois, perante o mesmo inimigo, após consultar ao Senhor e corrigir o problema que havia do pecado de Acã, experimentaram a vitória!
Entre os capítulos 12 e 19 se deu a repartição das terras conquistadas entre as Tribos de Israel. Este foi o momento de reivindicação. De pedir o que se achava justo. Poderíamos dizer que este trecho do texto de Josué é a escritura de posse da terra de Canaã por parte de Israel, conforme a promessa de Deus.
Nos últimos capítulos, algumas orientações especiais quanto às cidades de refúgio (cap. 20), mostrando que eu perdão e a misericórdia sempre foram os padrões no agir de Deus. Também que os levitas, apesar de não terem herança, tinham um lugar para sua habitação em meio ao povo (cap. 21), a fim de esclarecer que a ausência de herança não significa ausência de pertencimento.
Nos capítulos finais de Josué, do 22 ao 24, a confirmação da fidelidade ao Senhor e um pacto, no último capítulo, firmado entre Deus e o povo, sob a mediação de Josué, a fim de prometer fidelidade ao Senhor que os havia estabelecido na Terra Prometida. O Senhor oferece a eles, por meio de Josué, a escolha (acompanhada de suas devidas consequências) entre servir ou não ao Deus verdadeiro.
A decisão do povo de Israel, agora liberto da escravidão e de posse da sua Terra Prometida, em servir unicamente a Deus, estabelece-o como povo de Deus e o prepara para viver sob a orientação e ordens do Todo Poderoso.
Lucas Durigon
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