quinta-feira, 31 de maio de 2018

E se o meu povo...


E se
     o meu povo,
          que se chama pelo meu nome,
     se humilhar,
          e orar,
          e buscar a minha face
          e se converter dos seus maus caminhos,
então
     eu ouvirei dos céus,
     e perdoarei os seus pecados,
     e sararei a sua terra.



Nada mais propício nestes dias, no Brasil, do que refletirmos sobre este conhecido versículo de II Crônicas 7: 14. O contexto era outro. O Rei Salomão, ao terminar a construção do Templo do Senhor e após fazer a oração de consagração do Templo, pedindo ao Senhor que olhasse em favor da sua Nação, recebe de Deus esta resposta à noite, dizendo no versículo anterior que “Se eu fechar os céus, e não houver chuva; ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra; ou se enviar a peste entre o meu povo”. Logo após este verso (13), vem o consolo e a promessa de Deus, garantindo que se o Seu povo orar, Ele atenderá.
Mas veja. Não é assim, de qualquer jeito. A promessa de Deus é que Deus ouviria a oração feita naquele templo que Salomão estava inaugurando, que Deus não deixaria de ouvir seu povo. A promessa vale hoje para qualquer lugar, em qualquer momento, porque nós somos o templo do Espírito Santo (I Co 3: 16-17).
Primeiro, essa promessa é de que Deus ouviria o “seu povo”. Não é uma promessa para quem não é povo de Deus, para aquele que não tem Deus por Senhor. Só é povo de Deus quem segue os preceitos de Deus. E esta promessa, de que Deus ouviria a oração, é direcionada para o Seu povo. Para especificar melhor, diz ainda que é o povo “que se chama pelo seu nome”, ou seria como dizer o povo que é da família de Deus, que tem o mesmo sobrenome. Como hoje, uma família onde todos são chamados pelo mesmo sobrenome e assim se sabe que são parte de uma mesma família.
A Bíblia na Linguagem de Hoje diz assim: “Então, se o meu povo, que pertence smente a mim, se arrepender, abandonar os seus pecados e orar a mim, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e farei o país progredir de novo”.
Ainda assim, antes de definir a questão do povo a quem se dirige a promessa, o versículo começa com um “se”. Não é de qualquer jeito que Deus ouvirá a oração de seu povo. Existem condições. Várias delas, ligadas pela conjunção “e”.
Este povo, que é de Deus, precisa “se humilhar”. Reconhecer a grandeza de Deus. Entender que não é nada e quem faz tudo é Deus. Precisa se colocar no seu lugar. Mas não só isso.
Precisa também “orar”, colocar-se de joelhos, em particular, em grupos, com a igreja, e clamar, e dizer a Deus aquilo pelo que busca, mesmo que Deus já o saiba, pois Deus quer ouvir. Precisa abrir a boca e declarar sua fé de que acredita que somente Deus é capaz de dar uma resposta. Mas ainda não é suficiente. Tem outro “e”.
e buscar a minha face” é preciso conhecer Deus, estar perante Deus. E, para quem ousa tomar essa atitude, sabe que não dá para entrar na face de Deus sem buscar santidade, sem buscar perdão. Ninguém consegue entrar na presença de Deus se não se entregar a Jesus, para o fazer através do seu sangue. Então, buscar a face de Deus é algo bastante amplo. Mas ainda não é só isso. Tem um último “e”
e se converter dos seus maus caminhos”, ou seja, mudar as atitudes e parar de fazer coisas más e passar a fazer coisas boas, uma mudança concreta dos atos e não apenas das intenções e das palavras. Mas uma mudança completa (coração, mente, corpo, pensamentos, palavras e atitudes).

Bem, se houverem estas condições satisfeitas. Se o povo de Deus fizer tudo isso, então, e SOMENTE ENTÃO, é que Deus ouvirá as orações. Mas ainda não responderá tudo. Primeiro vem o ouvir de Deus, “então eu ouvirei dos céus”. É bom entender que sem o arrependimento, a oração a busca da santidade, a busca da face do Senhor, Ele sequer ouve nossas orações. Somente o fato de ter um Deus que nos ouve já é uma grande bênção. Mas Ele ouve àqueles que se arrependem, que se purificam. Os pecados fazem separação entre Deus e nós. O pecado impede que Deus nos ouça. Então a primeira ação de Deus é: “vou ouvir vocês”.
Depois, por causa do arrependimento do povo, Deus se dispõe a perdoar os pecados. Porque não pode haver nenhuma restauração e nenhuma nova atitude num povo cheio de pecados. A cura vem depois do perdão dos pecados. A restauração, a prosperidade, o avivamento e as bênçãos vêm todas depois do perdão dos pecados. Deus só pode agir num coração limpo, sem pecados. Então agora Deus promete perdoar os pecados.
Só depois disso é que sarará a nossa nação. Está de acordo com Provérbios 28:13 “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”
Na versão da Linguagem de hoje, só depois disso é que “farei o país progredir de novo”. E não há nada mais propício neste momento do que desejar que nosso país seja próspero de novo. Mas isso só voltará a acontecer quando o povo do Senhor, que se chama pelo seu nome, acordar e cumprir com sua parte.
É preciso que a igreja, o povo de Deus, faça sua parte.


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