sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Gênesis e um pouco de biologia e geologia



1.9. E disse Deus: ajuntem-se as águas debaixo os céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. 1.10. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
Neste momento, vemos a separação da matéria seca e da líquida, fazendo aparecer o continente e os Mares. Vale lembrar um detalhe, neste trecho: a terra seca estava “num” lugar, em apenas um lugar e não vários, como os vários continentes que temos hoje. Isso condiz com a teoria do Pangea, o supercontinente, de que seria formada a terra no início. A Bíblia também diz que era apenas 1 continente (num lugar a terra seca).
A teoria do Pangea já foi confirmada e podemos ver sua maior prova observando o encaixe perfeito entre as costas da África e do Brasil. Outros elementos comprovam esta teoria e podemos ver que a Bíblia também a comprova, dizendo que era apenas 1 lugar de terra. Além disso, veremos adiante que houve um momento, citado na Bíblia, quando ocorreu a separação dos continentes, o que fica registrado no nome de um dos descendentes de Noé: Pelegue. Isto veremos mais adiante.
Essa parte da formação da terra também condiz com a questão anterior, do sol mais fraco e ausência de chuva ocorrida por precipitação. Ou seja, se houvesse, nessa época em que a parte sólida estava misturada com a líquida (uma lama), o fenômeno de chuvas como conhecemos atualmente, nunca teria ocorrido a separação, pelo simples fato que a precipitação de chuvas movimentariam a crosta constantemente, impedindo a organização da parte seca em um lugar. Mas, se considerarmos que não havia essa precipitação, a parte seca teve tempo de se separar da parte líquida.

1.11. E disse Deus: produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra e assim foi. 1.12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. 1.13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
Neste ponto, a criação dos vegetais, os primeiros seres vivos, que viriam a servir de mantimento para os outros seres vivos. Vemos na ordem bíblica o respeito pelo ciclo de vida, noque se refere à alimentação. Os vegetais como base para a alimentação de outros seres vivos. Surgiu no momento em que a terra seca havia sido separada, deixando a água líquida em outra parte, inclusive para ser usada para irrigar os vegetais.
Mas é importante neste versículo, quando começam a ser formados os seres vivos, chamar a atenção para o termo “conforme a sua espécie”, que aparece aqui, e que vai aparecer muitas vezes ainda, durante o relato da criação, quando surgirem os animais. Esta expressão bíblica nos mostra que as espécies foram criadas para se reproduzirem conforme sua espécie. Caju dá caju, macieira dá macieira etc. A ciência já comprovou que duas espécies diferentes não produzem “filhos” férteis. Na maioria das vezes, sequer produzem filhos. Quando isso ocorre, eles são estéreis, não possibilitando a perpetuação da espécie híbrida. “conforme a sua espécie” é um detalhe importante do relato bíblico, negando a possibilidade da criação de novas espécies a partir de outras. As espécies que foram criadas geram descendentes semelhantes a si. Isso também é confirmado pela genética. Também negando o cruzamento indiscriminado entre espécies, a fim de gerar outras.

1.14 Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. 1.15 E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. 1.16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. 1.17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, 1.18 para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 1.19 Houve tarde e manhã, o quarto dia.
Os luzeiros, ou seja, o sol a lua e as estrelas teriam sido criados sob a perspectiva da terra, na linguagem bíblica. Ou seja, não podiam antes serem detectados ou vistos da terra. Apareceram somente depois da criação dos vegetais, que teriam enriquecido a atmosfera com oxigêncio. Consideremos a possibilidade de antes a atmosfera ser composta de gases que impediriam de se verem os luzeiros. Mas agora, com o enriquecimento do oxigênio, talvez se tornassem visíveis.
Lembrando que a camada de vapor de águas sobre o firmamento não eram como as atuais nuvens, densas e espessas de forma a possibilitar sua precipitação. Eram formações mais leves e bem menos densas, diminuindo a luz do sol, mas não impedindo a passagem dessa luz.

1.20 Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. 1.21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 1.22 E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. 1.23 Houve tarde e manhã, o quinto dia.
Aqui, novamente, vemos uma ordem lógica, já provada pela ciência: os primeiros animais a surgirem foram os marinhos. Repete-se, nesta questão de criação dos seres vivos, a expressão “conforme sua espécie”, dizendo que os seres vivos não gerarão outros nem cruzarão, gerando espécies híbridas.

1.24 Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. 1.25 E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
Na sequência, outros animais, mas sempre com a expressão “segundo a sua espécie”.



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