domingo, 26 de maio de 2024

Jonas – Deus repreende a quem ama

 

Assim como Jonas foi parar no ventre do grande peixe, para que Deus corrigisse o seu caminho, porque Deus é um pai amoroso que repreende a todo aquele que chama de filho (Hebreus 12: 6), a todo o que ama, Deus corrige. Da mesma forma, Deus enviou um profeta a falar para o povo de Nínive, os Assírios porque, apesar da maldade contida nas atitudes deste povo, Deus também os ama.

A atitude de Jonas, israelita do povo de Deus, em fugir do mandado do Senhor, é inversamente proporcional à atitude dos ninivitas que, ouvindo a Palavra, fizeram jejum e se arrependeram imediatamente, mesmo não sendo povo chamado de Deus. Mas Deus sabia que seu coração estava pronto para o arrependimento naquela geração, tão logo tivessem a oportunidade de ouvirem a palavra de Deus, e a orientação do que deveriam fazer: “arrependam-se”. (apesar de Jonas não ter dito isso).

Quanto ao conteúdo deste livro de 4 capítulo, é um dos poucos na Bíblia onde podemos dividir cada capítulo em um assunto específico. Dessa forma, o Livro de Jonas é composto de 4 momentos especiais.

O capítulo 1 fala do chamado, da fuga e da captura de Jonas. Deus chama Jonas para ir pregar em Nínive e o profeta decide fugir da presença do Senhor, viajando para uma oposta à que deveria, se quisesse cumprir a ordem de Deus. Mas neste mesmo capítulo, durante a fuga Deus envia uma tempestade que obriga os tripulantes do navio onde Jonas estava para fugir da presença do Senhor e jogarem Jonas no mar. Ao fazerem isso, além de acalmarem a tempestade, também fizeram com que Jonas pudesse ser tragado pelo grande peixe, já no último versículo.

O capítulo 2 mostra Jonas dentro do grande peixe, orando ao Senhor para que o salvasse. Ele reconhece que havia fugido da presença do Senhor e se compromete a cumprir com sua tarefa, com seus votos perante o Senhor. Jonas reconhece que havia errado em fugir da presença do Senhor. Ele ora a Deus do interior do grande peixe. E, no momento em que se compromete a cumprir seu voto, Deus manda o peixe vomitá-lo na praia, a fim de cumprir com a tarefa que Deus havia lhe dado.

O capítulo 3 é quando Jonas finalmente cumpre sua tarefa e anuncia a palavra de Deus em toda a cidade de Nínive, profetizando que esta seria destruída por causa dos seus pecados. Porém, ou ouvir a pregação, o rei de Nínive se arrepende e decreta um arrependimento em toda a cidade, a qual se arrepende, jejua e se converte ao Senhor. Mediante o arrependimento de todos, Deus decide poupar a cidade e não a destrói.

Mas no capítulo 4, isto deixa Jonas decepcionado. Como ele havia profetizado que Nínive seria destruída, queria ver isto acontecer. A Bíblia diz que ele se posicionou a alguma distância de Nínive para “assistir” à destruição da cidade, o que não aconteceu, porque Deus foi misericordioso e olhou para o arrependimento do povo. Neste capítulo, então, Deus vai cuidar do seu profeta e dialogar com o depressivo Jonas, que desejava que o Senhor destruísse a ímpia Nínive. Mas Deus mostra seu caráter misericordioso a Jonas, quando explica que o arrependimento livra o culpado da condenação. Deus explica a Jonas que o arrependimento de Nínive precisava ser honrado com livramento e perdão. Parece que Jonas não se importa muito com o fato de sua pregação ter salvado uma cidade inteira. Ele se importa mais com a aboboreira que morre e tira sua sombra e Deus mostra o quão desproporcional é esse sentimento de Jonas, pois havia uma cidade inteira ali que não tinha discernimento e a pregação do profeta Jonas fez com que se arrependessem.

Embora Deus tenha salvado os ninivitas daquela geração por causa do arrependimento causado pela pregação de Jonas, a mesma cidade seria condenada um século depois, conforme atesta o profeta Naum. Portanto, a salvação é para quem se arrepende e, se as gerações posteriores não souberam manter a salvação, então o livramento alcançado nos tempos de Jonas não serviria para salvar as futuras gerações. Assim, a misericórdia de Deus existe, como vemos neste livro do profeta Jonas. Mas é tão real quanto o juízo de Deus, que podemos ver no profeta Naum.

Lucas Durigon




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segunda-feira, 13 de maio de 2024

II Tessalonicenses – a diferença entre justos e ímpios

 


Assim com a primeira carta, Paulo novamente volta a dar ênfase ao tema escatológico e II Tessalonicenses é uma das cartas que nos trazem informações de como serão os últimos momentos do homem nesta terra antes da volta de Jesus.

Particularmente nesta carta, que tem apenas 3 capítulos, Paulo volta a elogiar a atitude dos Tessalonicenses, a dizer que em certos aspectos eles cumpriram com o pedido do apóstolo na primeira carta de evoluir e progredir na fé e no amor e os elogia a isso. E também, nesta carta, mostra-nos que haverá um derradeiro sinal, antes da efetiva vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Será o aparecimento do homem da perdição, chamado de anticristo em outros lugares da Bíblia e que, segundo Paulo cita em II Tessalonicenses, é condição sine qua non para que se completem os sinais que devemos observar para ter certeza da vinda de Cristo.

A manifestação do homem do pecado e da operação do mistério da injustiça são avisados por Paulo como sinais dos últimos tempos, que precedem à vinda do Senhor Jesus. Também a operação do erro, mentira e engano serão visíveis nos últimos tempos, conforme declarado aqui em II Tessalonicenses. Dos 3 capítulos desta epístola, o capítulo 2 praticamente todo fala da questão escatológica e merece nossa atenção.

Mas é importante ressaltar também que em todos os 3 capítulos, sejam os elogios do cap. 1, a escatologia do cap. 2, ou as orientações práticas de Paulo no cap. 3, incluindo a célebre orientação de que “quem não quiser trabalhar, que não coma também”, em todos os 3 capítulos, Paulo faz questão de traçar paralelos entre as consequências de uma vida e decisões ímpias e os consequentes prêmios daqueles que optam por uma vida e comportamento justos.

Estes contrastes são apresentados por Paulo ao longo dos 3 capítulos, sempre deixando claro o que ocorre com aqueles que escolhem uma vida fora dos ensinamentos do Senhor e com aqueles que seguem ao Senhor, em suas ordens. Este paralelo e contraste, presente em toda a Bíblia, é muito claro e reforçado aqui em II Tessalonicenses.

Paulo quer deixar claro aqui, como toda a Palavra de Deus diz, que vale a pena servir ao Senhor, não apenas pelos benefícios e recompensas que recebem aqueles que são fieis, mas porque também a alternativa, a outra opção, o outro caminho disponível é repleto de más consequências. Paulo deixa claro para aqueles que tomam uma posição de perseguir os servos de Deus, que a justiça do Senhor não deixará este tipo de atitude sem a justa retribuição.

No último cap., o de número 3, Paulo dá a orientação que talvez seja a mais citada desta carta, a de que as pessoas devem procurar trabalhar para conseguir o próprio sustento. Problema esse que já havia sido citado na segunda carta mas, aparentemente, piorou e se agravou, ao ponto do apóstolo Paulo citá-lo mais diretamente, dando uma solução drástica: deixar sem comida aqueles que não querem trabalhar pelo próprio sustento.

Talvez por causa da situação escatológica, podemos perceber que os Tessalonicenses criam na volta de Jesus muito rapidamente, ao ponto de que até o apóstolo Paulo, que também cria na volta de Jesus em seus dias (como ele mesmo cita na primeira carta a esta igreja), ao ponto do próprio Paulo ser obrigado a dizer aos Tessalonicenses que é necessário ainda se cumprir um derradeiro sinal, como definitivo antes da vinda de Jesus: o surgimento do anticristo e de sua operação do erro-engano-injustiça-mentirae que se manifestaria no mundo.

Paulo deixa claro que antes de se manifestar esse sinal, junto com a apostasia da igreja, não ocorrerá a vinda de Cristo. A intenção era falar para os Tessalonicenses que, mesmo que estivesse perto, eles poderiam continuar vivendo a vida, trabalhando e fazendo suas coisas normais, porque um derradeiro sinal lhes mostraria quando estivesse mais perto ainda a sua volta.


Lucas Durigon




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quarta-feira, 8 de maio de 2024

I Tessalonicenses – Sendo referência onde estivermos

 

A carta de Paulo aos Tessalonicenses é mais conhecida e geralmente citada por seu conteúdo escatológico. E não é para menos. Dos seus 5 capítulos, a segunda metade do cap. 4 e a primeira metade do cap. 5 tratam de forma direta e com muitas revelações que só aparecem aqui sobre o tema da escatologia: o fim dos tempos. A palavra “arrebatados”, neste sentido escatológico, só aparece na Bíblica aqui em I Tessalonicenses 4: 17. Só temos o conhecimento do arrebatamento com o uso desta palavra por causa deste trecho desta distinta carta de Paulo aos Tessalonicenses.

A segunda metade do cap. 4 nos diz que os mortos ressuscitarão no dia do arrebatamento, e subirão antes dos vivos ao céu, sendo o derradeiro sinal da vinda de Cristo. Ali confirma que Jesus vem ao som da trombeta. No cap. 5 fala dos tempos, da súbita aparição de Cristo, sem que ninguém saiba o dia e revela-nos que isto ocorrerá após um período de muita paz e segurança. E diz também que nós, os que já andamos na luz, não seremos surpreendidos por este Dia repentino. E nos diz que, já que podemos ver os sinais de sua vinda (já que somos da luz) devemos, pro isso mesmo, andar conforme seus preceitos e devemos vestir a armadura do Cristão para estarmos preparados justamente para este dia.

O final, na segunda metade do cap. 5, dá instruções bastante práticas para a vida cristã, que é a que pede que vivamos em virtude do fato da vinda de Jesus (que pode ocorrer, particularmente, a cada um de nós, no momento de nossa morte). Ou seja, devemos viver segundo as ordens e orientação de Deus, lembrando que o dia do acerto de contas é certo e não demora.

Neste final da carta (cap. 5 e 2ª metade do cap. 4), Paulo dá portanto orientações para uma vida santa, lembrando-nos que nos encontraremos com Cristo e daremos conta de tudo o que fizemos.

Mas os 3 primeiros capítulos de I Tessalonicenses, juntamente com a primeira metade do cap. 4 não costumam ser tão citados e lembrados. Mas temos aqui um conteúdo interessantíssimo!

Nesta parte, Paulo elogia os Tessalonicenses e deixa claro que eles se tornaram referência e modelo, não apenas para os da cidade de Tessalônica, mas para toda aquela região. Elogia o fato de terem eles se tornado referência de fé e amor, de um verdadeiro cristianismo para todos ao redor (vs 1: 7-8). Mas também deixa claro que eles não devem se satisfazer com isso ao ponto de acharem que já cumpriram seu papel. Paulo os exorta a continuar e progredir ainda mais neste comportamento, deixando claro que, mesmo que sejam um bom exemplo, ainda devem procurar melhorar sempre, com a firme consciência de que como ainda não alcançaram a perfeição, por bons que sejam, devem procurar ainda melhorar.

É como se Paulo dissesse a todos nós, por meio dos Tessalonicenses: por melhores que sejam, não deixem de avançar e progredir na vida cristã, porque ainda não alcançamos a perfeição. Progredir sempre.

Paulo deixa claro que desejou não ser pesado aos Tessalonicenses durante a pregação do evangelho, trabalhando duro para prover o próprio ministério enquanto pregava a este povo. Não apenas deu da palavra, mas a si mesmo durante a pregação, a qual os Tessalonicenses receberam de bom grado e abraçaram a fé com amor. Paulo elogia, nestes primeiros capítulos, o quão forte foi a fé deles para crer na palavra pregada. Fala de sua fé em se manter firmes mesmo com perseguição, comparando-os aos primeiros judeus convertidos e perseguidos pelos seus compatriotas.

Fala também do desejo de ir visitá-los pessoalmente, embora impedido por satanás. Enviando então Timóteo, Paulo alegra-se em receber notícias de quão abençoados e firmes na fé estão os Tessalonicenses (vs 3: 8).

Neste início da carta, Paulo tece elogios e uma vívida exortação pelo fato de terem os Tessalonicenses fé genuína e forte. É um reconhecimento por estarem eles andando na presença do Senhor. Isso não significa que Paulo diga que já está tudo acabado, que já alcançaram o objetivo final. Pelo contrário, exorta-os a assim continuarem e ainda avançarem e progredirem ainda mais neste caminho que estão trilhando (vs 3: 12-13; 4: 1).

Enfim, podemos entender que o desejo do Senhor é nosso progresso contínuo, até o dia final.

Lucas Durigon




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