A carta de Paulo aos Tessalonicenses é mais conhecida e geralmente citada por seu conteúdo escatológico. E não é para menos. Dos seus 5 capítulos, a segunda metade do cap. 4 e a primeira metade do cap. 5 tratam de forma direta e com muitas revelações que só aparecem aqui sobre o tema da escatologia: o fim dos tempos. A palavra “arrebatados”, neste sentido escatológico, só aparece na Bíblica aqui em I Tessalonicenses 4: 17. Só temos o conhecimento do arrebatamento com o uso desta palavra por causa deste trecho desta distinta carta de Paulo aos Tessalonicenses.
A segunda metade do cap. 4 nos diz que os mortos ressuscitarão no dia do arrebatamento, e subirão antes dos vivos ao céu, sendo o derradeiro sinal da vinda de Cristo. Ali confirma que Jesus vem ao som da trombeta. No cap. 5 fala dos tempos, da súbita aparição de Cristo, sem que ninguém saiba o dia e revela-nos que isto ocorrerá após um período de muita paz e segurança. E diz também que nós, os que já andamos na luz, não seremos surpreendidos por este Dia repentino. E nos diz que, já que podemos ver os sinais de sua vinda (já que somos da luz) devemos, pro isso mesmo, andar conforme seus preceitos e devemos vestir a armadura do Cristão para estarmos preparados justamente para este dia.
O final, na segunda metade do cap. 5, dá instruções bastante práticas para a vida cristã, que é a que pede que vivamos em virtude do fato da vinda de Jesus (que pode ocorrer, particularmente, a cada um de nós, no momento de nossa morte). Ou seja, devemos viver segundo as ordens e orientação de Deus, lembrando que o dia do acerto de contas é certo e não demora.
Neste final da carta (cap. 5 e 2ª metade do cap. 4), Paulo dá portanto orientações para uma vida santa, lembrando-nos que nos encontraremos com Cristo e daremos conta de tudo o que fizemos.
Mas os 3 primeiros capítulos de I Tessalonicenses, juntamente com a primeira metade do cap. 4 não costumam ser tão citados e lembrados. Mas temos aqui um conteúdo interessantíssimo!
Nesta parte, Paulo elogia os Tessalonicenses e deixa claro que eles se tornaram referência e modelo, não apenas para os da cidade de Tessalônica, mas para toda aquela região. Elogia o fato de terem eles se tornado referência de fé e amor, de um verdadeiro cristianismo para todos ao redor (vs 1: 7-8). Mas também deixa claro que eles não devem se satisfazer com isso ao ponto de acharem que já cumpriram seu papel. Paulo os exorta a continuar e progredir ainda mais neste comportamento, deixando claro que, mesmo que sejam um bom exemplo, ainda devem procurar melhorar sempre, com a firme consciência de que como ainda não alcançaram a perfeição, por bons que sejam, devem procurar ainda melhorar.
É como se Paulo dissesse a todos nós, por meio dos Tessalonicenses: por melhores que sejam, não deixem de avançar e progredir na vida cristã, porque ainda não alcançamos a perfeição. Progredir sempre.
Paulo deixa claro que desejou não ser pesado aos Tessalonicenses durante a pregação do evangelho, trabalhando duro para prover o próprio ministério enquanto pregava a este povo. Não apenas deu da palavra, mas a si mesmo durante a pregação, a qual os Tessalonicenses receberam de bom grado e abraçaram a fé com amor. Paulo elogia, nestes primeiros capítulos, o quão forte foi a fé deles para crer na palavra pregada. Fala de sua fé em se manter firmes mesmo com perseguição, comparando-os aos primeiros judeus convertidos e perseguidos pelos seus compatriotas.
Fala também do desejo de ir visitá-los pessoalmente, embora impedido por satanás. Enviando então Timóteo, Paulo alegra-se em receber notícias de quão abençoados e firmes na fé estão os Tessalonicenses (vs 3: 8).
Neste início da carta, Paulo tece elogios e uma vívida exortação pelo fato de terem os Tessalonicenses fé genuína e forte. É um reconhecimento por estarem eles andando na presença do Senhor. Isso não significa que Paulo diga que já está tudo acabado, que já alcançaram o objetivo final. Pelo contrário, exorta-os a assim continuarem e ainda avançarem e progredirem ainda mais neste caminho que estão trilhando (vs 3: 12-13; 4: 1).
Enfim, podemos entender que o desejo do Senhor é nosso progresso contínuo, até o dia final.
Lucas Durigon
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