segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

I João – o amor é tudo: o contrário disto é o pecado!


“Deus é amor” pode ser considerada a frase central deste livro. Desta forma simples e direta, só aparece aqui. A revelação da essência de Deus foi dada a João neste versículo para nos mostrar quem é Deus. Também é nesta carta, que João deixa claro que nossa capacidade de amar a Deus e ao próximo reside no fato de que Deus nos amou primeiro, ou seja, Ele tomou a iniciativa de quebrar o ciclo gerado pelo pecado, a fim de permitir voltar a se relacionar conosco, pela iniciativa de nos amar, quando nós ainda éramos pecadores, e não merecíamos, nem desejávamos, nem pedimos por esse amor. Mesmo assim, Ele nos amou primeiro e, por isso, somente por isso, é que temos a mínima possibilidade de retribuir esse amor. E assim devemos fazer, amando a Deus e ao próximo, não apenas um amor de palavras, ou de sentimentos, mas de atitudes e de verdade, de fato! Isso também fica claro em I João.
Nesta carta de João, sua primeira carta (escreveu mais 2, além do evangelho de João e do apocalipse), até o momento que declara a revelação que “Deus é amor”, João mostra, num texto que contrapõe o amor e o pecado que o motivo de podermos acreditar no amor de Deus é justamente o fato de, sendo nós pecadores, Ele não nos rejeitou totalmente, mas nos amou ao ponto de providenciar a cura para o nosso pecado.
Embora o tema seja o amor, ao deixar claro para nós, nesta carta que Deus nos ama ao ponto de nos providenciar a cura para o pecado, enviando seu filho para morrer por nós, João fala bastante sobre o pecado também. Quer nos fazer entender a gravidade desta atitude e como o pecado se contrapõe ao amor e como foi caro para Deus entregar seu filho para libertar os pecadores que, apesar de tão grande ofensa, ainda são alvo do amor de Deus.
Quando João deixa claro que “Deus é amor”, após falar muito sobre a gravidade do pecado, que nos torna indignos do amor de Deus, João deixa claro que o único motivo pelo qual Deus foi capaz de tão grande sacrifício por nós, ao ponto de entregar seu filho para sofrer a justiça do pecado, é porque o amor está na sua essência e não pode negá-la, nem deixar de agir com amor. Se Deus apenas “tivesse” amor pos nós, esse amor seria perdido pela insistência do ser humano em ofendê-lo com o pecado. Mas, como o amor faz parte do próprio Deus e o define, em sua natureza, então Ele só pode agir com este amor.
Mesmo que nossos pecados sejam muitos, quando há arrependimento do pecado por parte do pecador, João deixa claro que o próprio Jesus é nosso advogado, que nos defende da acusação (do diabo) e da condenação (do juiz supremo, Deus Pai). Então João também faz questão de deixar claro nesta carta 2 coisas:
A primeira é que o pecado é algo muito grave, que seria motivo para Deus nos abandonar definitivamente, não fosse esse amor que o define. E João deixa isso muito claro ao repetir, insistentemente, sobre a presença do pecado na vida dos homens.
A segunda é mostrar que, mesmo diante de algo tão grave quanto o pecado, Deus ainda mantém seu amor por nós, o qual supera o pecado e nos permite reconciliar com Deus, se respondermos ao seu chamado para o arrependimento.
Mas João deixa claro que devemos viver esse amor, em nossas vidas, amando a Deus e ao próximo, não apenas de palavras, mas por atitudes e em verdade, assim como Deus nos amou, mesmo sendo pecadores. Se Deus nos amou tanto, devemos repassar esse amor a todos. Se o pecado é a origem de todo o mal, de todas as mazelas do ser humano, o amor é a cura. Mas só desfrutaremos dessa cura se praticarmos esse amor, que recebemos de Deus primeiro para que o possamos repassar aos outros.





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