“Deus é amor” pode ser considerada a frase central
deste livro. Desta forma simples e direta, só aparece aqui. A
revelação da essência de Deus foi dada a João neste versículo
para nos mostrar quem é Deus. Também é nesta carta, que João
deixa claro que nossa capacidade de amar a Deus e ao próximo reside
no fato de que Deus nos amou primeiro, ou seja, Ele tomou a
iniciativa de quebrar o ciclo gerado pelo pecado, a fim de permitir
voltar a se relacionar conosco, pela iniciativa de nos amar, quando
nós ainda éramos pecadores, e não merecíamos, nem desejávamos,
nem pedimos por esse amor. Mesmo assim, Ele nos amou primeiro e, por
isso, somente por isso, é que temos a mínima possibilidade de
retribuir esse amor. E assim devemos fazer, amando a Deus e ao
próximo, não apenas um amor de palavras, ou de sentimentos, mas de
atitudes e de verdade, de fato! Isso também fica claro em I João.
Nesta carta de João, sua primeira carta (escreveu mais
2, além do evangelho de João e do apocalipse), até o momento que
declara a revelação que “Deus é amor”, João mostra, num texto
que contrapõe o amor e o pecado que o motivo de podermos acreditar
no amor de Deus é justamente o fato de, sendo nós pecadores, Ele
não nos rejeitou totalmente, mas nos amou ao ponto de providenciar a
cura para o nosso pecado.
Embora o tema seja o amor, ao deixar claro para nós,
nesta carta que Deus nos ama ao ponto de nos providenciar a cura para
o pecado, enviando seu filho para morrer por nós, João fala
bastante sobre o pecado também. Quer nos fazer entender a gravidade
desta atitude e como o pecado se contrapõe ao amor e como foi caro
para Deus entregar seu filho para libertar os pecadores que, apesar
de tão grande ofensa, ainda são alvo do amor de Deus.
Quando João deixa claro que “Deus é amor”, após
falar muito sobre a gravidade do pecado, que nos torna indignos do
amor de Deus, João deixa claro que o único motivo pelo qual Deus
foi capaz de tão grande sacrifício por nós, ao ponto de entregar
seu filho para sofrer a justiça do pecado, é porque o amor está na
sua essência e não pode negá-la, nem deixar de agir com amor. Se
Deus apenas “tivesse” amor pos nós, esse amor seria perdido pela
insistência do ser humano em ofendê-lo com o pecado. Mas, como o
amor faz parte do próprio Deus e o define, em sua natureza, então
Ele só pode agir com este amor.
Mesmo que nossos pecados sejam muitos, quando há
arrependimento do pecado por parte do pecador, João deixa claro que
o próprio Jesus é nosso advogado, que nos defende da acusação (do
diabo) e da condenação (do juiz supremo, Deus Pai). Então João
também faz questão de deixar claro nesta carta 2 coisas:
A primeira é que o pecado é algo muito grave, que
seria motivo para Deus nos abandonar definitivamente, não fosse esse
amor que o define. E João deixa isso muito claro ao repetir,
insistentemente, sobre a presença do pecado na vida dos homens.
A segunda é mostrar que, mesmo diante de algo tão
grave quanto o pecado, Deus ainda mantém seu amor por nós, o qual
supera o pecado e nos permite reconciliar com Deus, se respondermos
ao seu chamado para o arrependimento.
Mas João deixa claro que devemos viver esse amor, em
nossas vidas, amando a Deus e ao próximo, não apenas de palavras,
mas por atitudes e em verdade, assim como Deus nos amou, mesmo sendo
pecadores. Se Deus nos amou tanto, devemos repassar esse amor a
todos. Se o pecado é a origem de todo o mal, de todas as mazelas do
ser humano, o amor é a cura. Mas só desfrutaremos dessa cura se
praticarmos esse amor, que recebemos de Deus primeiro para que o
possamos repassar aos outros.
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