quinta-feira, 16 de junho de 2022

10. A Luta contra o pecado

 

A luta contra o pecado é séria! Não é uma briguinha, é uma verdadeira guerra. Perder esta guerra tem uma consequência drástica, com duração eterna: viver no inferno, afastado de Deus. A boa notícia, a boa nova, é que você pode vencer, se quiser.

Ainda não resististes até ao sangue, 
combatendo contra o pecado.” (Hebreus 12: 4)



Impossível de se ganhar sozinho, essa guerra já foi vencida por Jesus Cristo, que venceu o pecado na carne. Por isso ele precisava vir em carne, porque o pecado atua na carne, não no espírito. E, na carne, Jesus venceu o pecado. Ele precisava vencer o pecado na carne, não no espírito, a fim de poder dar para nós o perdão dos pecados, através de seu sacrifício na cruz do calvário.

Nós não tivemos que dar a nossa vida para vencer o pecado porque Jesus fez isso por nós. O pecado só pode ser perdoado com a doação da vida “e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9: 22b). Se cada um de nós tivesse que pagar a dívida do próprio pecado, teríamos que dar nossa vida em troca do perdão! E daí, já imaginou? Não teria ser humano sobre a face da terra, porque logo que alguém cometesse os primeiros pecados, com seus 10 ou 12 anos de idade, teria de morrer pelo próprio pecado, entregar a vida (derramar seu sangue) para ter a remissão do pecado e não poderia gerar descendentes. A vida, no planeta, não existiria!

Por isso, Deus estabeleceu, desde o princípio quando o pecado entrou no mundo, o sacrifício vicário, ou seja, aquele que é feito por outro no meu lugar. Primeiro, durante o tempo da antiga Aliança, essa substituição era feita por animais. Então, entregavam-se periodicamente, animais para serem sacrificados no meu lugar pelos meus pecados! Esse tempo preparava o povo para ensiná-lo sobre o sacrifício definitivo do cordeiro de Deus, que tira todo o pecado do mundo, que é Jesus Cristo.

Então Jesus, derramou seu sangue, entregou sua vida no meu lugar, para sofrer o castigo do meu pecado. Isso porque Ele mesmo não tinha pecado algum que justificasse ser sacrificado pelo próprio pecado. Sim, porque se Jesus tivesse algum pecado em si mesmo (Hebreus 9: 28), seu sacrifício, sua vida sendo oferecida seria apenas para pagar pelo próprio pecado. Mas quando Ele, que não cometeu nenhum pecado, se oferece para sacrifício pelos pecados na cruz, Jesus o faz para poder pagar a dívida do pecado dos outros, meu e seu.

Mas isto não significa que eu posso sair por aí pecando em todo tempo, só porque Jesus me perdoou na cruz do calvário. Essa graça que Ele nos oferece está aí para ser usada, mas não abusada. O que Deus espera de nós é que lutemos contra o pecado, para não cometê-lo, que fujamos das situações que nos colocam em risco de cometer o pecado, que busquemos a santidade, que lutemos para resistir às tentações de satanás, que nos quer fazer pecar. Deus espera de nós que façamos nossa parte, que sejamos firmes no abandono do pecado. Porém, em algum momento, acabamos caindo nesta armadilha e somos levados ao pecado. Para estes momentos em que não conseguimos, por mais que tentemos, vencer o pecado e o cometemos, temos a graça de Cristo e sua defesa perante o pai do céu, como nosso advogado (I João 2: 1-2) a fim de nos defender das acusações. Mas o versículo inicia dizendo “estas coisas vos escrevo para que não pequeis”. O objetivo é que cada um de nós fuja e evite o pecado. A graça e a defesa de Jesus como nosso advogado é para aqueles momentos que nos descuidamos, que a tentação foi mais forte, que o engano do inimigo conseguiu nos ludibriar e isso nos fez cair.

Mas jamais devemos premeditar usar esta graça, como alguém que diz algo do tipo: “ah, já que Jesus perdoa mesmo, vou pecar que depois basta pedir perdão e estará tudo bem”. Não podemos, jamais, abusar da graça de Jesus desta forma. Devemos sim, sempre, usar a graça de Jesus para nos purificar, quando o pecado for mais forte do que nós. Mas jamais abusar desta mesma graça, como que vituperando e desprezando o sacrifício de Jesus na cruz, porque Ele fez isso por nós, não pra que pudéssemos abusar dele, mas para termos uma saída, que antes não tínhamos, e podermos restabelecer nossa comunhão com Deus, quando pecamos.

Esta graça está à nossa disposição e o Senhor Jesus se alegra em poder nos dar esta graça quando dela realmente precisamos. Não quando abusamos dela. Jamais podemos premeditar e cometer o pecado, pensando que podemos abusar do sacrifício de Jesus na cruz.

Essa graça é para aqueles momentos que, mesmo tentando, com todas as forças, evitar e vencer o pecado, somos vencido por ele. É para quando fracassamos nesta luta, mas Deus vê, em nosso coração e em nossas atitudes, que fizemos de tudo, que tentamos tudo o que estava ao nosso alcance para evitar e vencer o pecado, mas não conseguimos. Nestes momentos, não podemos nos deixar acusar por Satanás e sermos convencido de que não há saída. É justamente para os momentos em que somos vencidos, embora tenhamos tentado muito, que esta graça está à nossa disposição.

Jesus venceu todas as tentações. Por isso pode nos ajudar, como um sumo sacerdote que conhece nossas dificuldades, assim Ele pode nos ajudar a vencer os nossos pecados. Ele passou por tudo o que passamos, na carne, a fim de compreender a dificuldade que é vencer as tentações e poder nos ajudar neste momento, uma vez que Ele conseguiu vencer tudo isso, não sendo fácil para Ele também.

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hebreus 4: 15, 16)

É maravilhoso o fato de que o Filho de Deus, o próprio Deus encarnado, criador do universo, venha se colocar em nosso lugar para nos compreender melhor e para nos dar a confiança e a certeza de que somos compreendidos e temos Sua ajuda para vencer aquilo que é tão difícil.

Nesta luta, precisamos ter 2 coisas em mente, sempre: A primeira é que temos que fazer nossa parte, lutar contra o pecado, afastar-se de cometê-lo e de estar em lugares e situações onde isso possa ser mais fácil de acontecer. Temos de dar o máximo nesta luta contra o pecado. Se possível, evitar ele sequer de estar perto de nós. Essa parte exige esforço de nossa parte. Não é algo fácil. Não é um passeio. É uma verdadeira guerra. Muitas vezes a luta contra um pecado pode ser desgastante. Pense em alguém que se vê assediado(a) diariamente por uma pessoa do outro sexo, sendo casado(a), da qual não pode se distanciar por ser, por exemplo, colega de trabalho. Ou para aqueles que precisam vencer algum vício, sempre é muito difícil e exige esforço próprio também.

Mas a segunda coisa que temos de ter em mente é que não conseguiremos, sozinhos, ir até o fim nesta luta. Precisamos da graça e da ajuda de Deus, seja para nos dar forças, estratégias e sabedoria para evitar o pecado, seja para nos perdoar quando não conseguimos evitar, quando fracassamos nesta luta.

Porque, se não fosse a esperança da certeza do seu perdão e da sua ajuda, desfaleceríamos em perceber que não somos capazes de vencer. Então, quando escorregamos (apesar de tentar sincera e tenazmente vencer) e cometemos o pecado, precisamos nos apoiar nesta graça e obter força para sabermos que Ele nos entende, nos perdoa, que não estamos sozinhos, que podemos ser perdoados e recomeçar a caminhada, porque não seremos destruídos por um erro, por uma fraqueza, se contarmos com seu perdão. Mas temos de ter em mente que isso não anula a necessidade de pedir o perdão, de ver onde errou e procurar ganhar experiência para não cometer o mesmo erro novamente.

Se não fosse isso, poderíamos perder a esperança de ver que não haveria solução, não fosse a graça e o sacrifício de Jesus em nosso favor. Essa luta é tão forte que o apóstolo Paulo orientou seu discípulo Timóteo da seguinte forma “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.” (II Timóteo 2: 1), pois se não fosse essa ajuda de Jesus em nos garantir o perdão nos momentos de nossa fraqueza, então estaríamos definitivamente perdidos, sem esperança, seríamos derrotados pelo inimigo sem chance de recuperação.

Não fosse essa graça, imagina você lutar tenazmente contra o pecado, não conseguir vencer e ainda saber que isso o levaria para uma condenação eterna. Isso seria desesperador, de fazer o mais forte se entregar e desistir de tudo. Mas Paulo diz a Timóteo e o Senhor fala o mesmo a nós: não desista, fortifica-te no fato de que Jesus te oferece graça e perdão para recomeçar. Pode deixar o erro para trás, no passado e buscar uma nova vida.

Essa graça nos fortalece, nos dá esperança, nos faz saber que um erro, um fracasso na luta contra o pecado não é o fim definitivo quando nos arrependemos e contamos com a graça oferecida pelo nosso Salvador. Há sempre um recomeço.

Use da graça de Cristo, quando não conseguir vencer. Mas tente, com todas as suas forças, vencer e evitar o pecado. Quando não conseguir, conte com Ele, com sua graça, que restaura, renova e fortalece. E continue a caminhada. Continue lutando. Continue crendo e contando com a graça de Jesus em sua vida. E vença.


Lucas Durigon


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