quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A marca da Besta


Este texto faz parte de um curso de Escatologia. Venha conhecer o curso todo.

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Assista também ao vídeo no youtube

https://youtu.be/FCkoGdK6IVY

E leia também o outro artigo sobre a Marca da Besta: 
https://perolasnabiblia.blogspot.com/2018/06/a-marca-da-besta.html


No livro de Apocalipse, o Senhor nos revela que durante o curso dos acontecimentos dos últimos tempos, uma das coisas que irá acontecer é que o anticristo irá marcar as pessoas com um sinal. Esta situação é apresentada em Apocalipse 13: 16-18. Há algumas características dessa marca, importantes de serem aqui destacadas, para entendermos melhor esta situação:

      • é para todos, sem distinção (pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos).

      • É obrigatório (“faz” que a todos).

      • Será colocada na mão direita ou na testa (ou seja, no corpo)

      • quem não tiver, não poderá comprar ou vender

      • é identificada com um nome ou o número do seu nome, que é 666.

Além desta primeira citação da marca da Besta, é citada novamente em Apocalipse 14: 9-12. Neste ponto, outras características desta marca aparecem. Para quem a receber, sinal de que adora a besta e sua imagem, acontecerá com esta pessoa o seguinte:

      • beberá o vinho da ira de Deus

      • será atormentado com fogo e enxofre

      • não tem repouso, nem de dia nem de noite

O sinal da besta ainda é citado em Apocalipse 16: 2; 19: 20; 20: 4.


… (veja mais sobre isso no curso de Escatologia com foco no Apocalipse).


Em Apocalipse 13: 16, o verso inicia com “e faz que a todos, …” Essa expressão “faz” indica que a besta irá determinar que todos, conforme dito, coloquem esse sinal. Não é algo opcional e a negação de colocar esse sinal implica em consequências para quem desobedecer essa determinação dada pela besta.

Provavelmente, esta obrigação se dará mediante um decreto. Um governante global, a nível mundial, irá determinar que esta marca seja colocada nas pessoas, com a justificativa de controle da população, cadastramento universal e controle de suas ações. Apocalipse 13: 7b diz “e deu-se-lhe poder sobre toda tribo e língua e nação”. A besta tem autoridade mundial.

Esta marca limitaria o acesso das pessoas ao comércio. Quem tivesse uma empresa, não conseguiria vender nada. Os consumidores, sem essa marca, não comprariam nos estabelecimentos oficiais. Provavelmente só numa rede clandestina ou que operasse fora do sistema oficial se conseguiria fazer comércio sem o uso desta marca. Mas isso, com certeza, também traria consequências para quem intentasse agir assim. Ou seja, a situação não deixaria uma saída fácil.

Mas a justificativa da besta para decretar o uso obrigatório desta marca poderia ser um controle no qual as pessoas gostariam de ter. Como já está ocorrendo, quando os governos justificam certos controles de liberdade e privacidade atuais, usando a segurança por exemplo como justificativa, as pessoas tendem a aceitar mais facilmente.

Quem não gostaria de saber que as pessoas que são seus vizinhos sejam cidadãos exemplares. Quem não gostaria que o governo declarasse isso sobre seu vizinho, baseado no histórico de atitudes, de compras, de hábitos destas pessoas, atestando portanto que são vizinhos “idôneos”. Quem não gostaria de ter um governo que dissesse quais pessoas ao seu redor são dignas de confiança. Já pensou morar num lugar onde o governo pudesse colocar um certificado de “boa pessoa” naqueles que moram ao seu redor? Quem não gostaria disso? Esse seria, provavelmente, um dos subterfúgios usados para justificar e convencer as pessoas a aceitarem sem restrições essa marca. A marca da besta poderia gerar este tipo de controle e resposta.

A Marca da Besta no Antigo Testamento

A ideia de um sinal ou marca não é inédita nem exclusiva do Apocalipse. Desde o momento em que o povo de Deus saía do Egito, …


(se quiser saber mais, faça o curso completo de Escatologia com Foco em Apocalipse)


O que seria esta marca?

Ao longo da história, muitas opções de como seria feita essa marca foram cogitadas. Muitos já disseram que a marca seria um tipo de tatuagem ou carimbo que não sai do corpo. Pouco tempo atrás, disseram que este carimbo seria um código de barras que seria lido por um aparelho, que liberaria o acesso da pessoa ao supermercado, por exemplo.

Já cogitaram que o código de barras dos produtos ou o cartão de débito/crédito fossem a marca da besta. Mais recentemente, com o advento e evolução da tecnologia, a ideia de um chip implantado no corpo tem sido a teoria mais aceita. E essa ideia tem evoluído bastante.

Mas o que é necessário para que seja considerada marca da besta, conforme a Bíblia?

      • é para todos, sem distinção (pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos).

      • É obrigatório (“faz” que a todos).

      • Será colocada na mão direita ou na testa (no corpo)

      • quem não tiver, não poderá comprar ou vender

      • é identificada com um nome ou o número do seu nome, que é 666.

Para argumentar sobre o código de barras dos produtos e o cartão, embora eles facilitem ou dificultem o acesso aos produtos (compra e venda), não impedem isso. Pode-se comprar ou vender usando outras formas. Além disso, estes itens não são implantados no corpo, conforme a marca da besta, que será algo no corpo do ser humano. Portanto, principalmente pelo fato de não serem algo que se coloca no corpo, estas coisas não são boas candidatas à marca da besta.

Outra opção para a marca da besta seria um chip. Atualmente, já existem chips sendo implantado em algumas pessoas, com várias justificativas. … . Mas as pessoas desejam isso. Pedem por isso. Pagam por isso. Acham vantajoso. Se deixam seduzir por esta ideia.

Este chip não é tão pequeno a ponto de poder ser implantado, de forma imperceptível, através de uma vacina por exemplo. Do ponto de vista bíblico, o chip não será implantado de forma que o receptor não saiba. Faz parte do processo a aceitação consciente do receptor do chip para que, do ponto de vista bíblico e espiritual, ele cumpra com a função que está prevista na Bíblia, de se colocar sob controle da besta. Apocalipse 14: 9 diz “Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão,

Vamos então acrescentar aqui uma outra característica da marca da besta:

      • o indivíduo que a recebe precisa aceitá-la (é obrigatório, mas não forçado)

Por isso, implantar quando a pessoa toma uma vacina, sem avisar a pessoa, além de ser tecnicamente impossível (por menor que seja, seria visível), também não cumpriria com o propósito, da pessoa escolher isso, aceitar ou receber o sinal de livre e espontânea vontade e escolha. Ou, pelo menos, decidir não resistir a isso, aceitar a implantação em seu corpo. …


A tecnologia hoje existente permite que chips eletrônicos, do mesmo tipo utilizado em computadores, sejam conectados em nossos cérebros e comandem funções neurológicas através de impulsos elétricos diretamente nos nossos neurônios e redes neurais do nosso corpo.

Assim como já podemos observar atualmente, esses chips, a princípio, serão utilizados para curar, prevenir ou melhorar a condição de certos doentes, como aqueles que sofrem do mal de parkinson, ou pessoas com membros sem movimentos, pessoas que tenham perdido a visão por problemas neurológicos.

Não há dúvidas que esta tecnologia, aplicada em questões médicas, pode ajudar muita gente. Na verdade, já está ajudando, porque isso já vem acontecendo há alguns anos. Mesmo quando uma pessoa tem um membro amputado, uma prótese, quando conectada com chips, possibilita que os movimentos sejam melhores e mais precisos, totalmente integrada ao corpo.

Então, assim como a tecnologia que implanta um GPS na mão e ajuda a localizar uma possível vítima de sequestro, é claro que a tecnologia que permite um paraplégico voltar a ter movimento nas pernas é algo fantástico, muito bom. E isso tudo significa que o ser humano tem feito progressos tecnológicos enormes em nome do bem estar do próximo, para o bem da humanidade.

Por si só, isso tudo não é ruim. É benefício para o ser humano.

Mas precisamos ver além disso.



Isso não significa que as pessoas que estão buscando todas estas soluções são seguidores ou trabalhem para o anticristo. Talvez nem acreditem nisso ou nem saibam sobre ele.

Lembre-se: para que um determinado item, como um chip por exemplo, seja considerada a marca da besta, precisa atender aos requisitos dos quais falamos aqui: ser no corpo, proibir compra/venda, ser aceita pelo receptor.

Mas, mesmo que toda esta tecnologia esteja sendo usada hoje para bons propósitos não significa que não possa ser, no futuro, no momento em que a Bíblia narra, convocadas para a função de realizar um controle mundial da população.

Vamos agora juntar as 2 tecnologias acima. O chip tem capacidade de se conectar com os nossos neurônios e, através do 5G, conectar-se na internet. Seria nosso cérebro conectado diretamente na internet! Isto já está acontecendo e sendo testado12. Por enquanto, como tecnologias separadas. Mas em breve, unidas para uso no ser humano.

E, embora ao oferecer esta tecnologia, os responsáveis venham a garantir que esta conexão não poderia sofrer nenhuma invasão ou interferência externa, esta garantia não passa de palavras vazias. A verdade é que a conexão entre o chip e o cérebro existe. A conexão entre o chip e um comando externo, via internet, também existe. Tecnicamente falando, não há nada que impeça alguém de comandar um sinal para este chip implantado, a fim de implantar na pessoa um “pensamento” qualquer, diretamente no seu cérebro. Poderia ser um pensamento de esquecimento, tipo ignorar todas as memórias referentes a citações que se refiram a Deus, Bíblia, fé, esperança etc.

Portanto, com este chip neural, a pessoa que permitir que ele seja implantado em seu cérebro, estará entregando a possibilidade do controle dos seus pensamentos e, por que não dizer, do seu livre arbítrio, da sua liberdade, das suas decisões e ações ao anticristo e à besta.

“Mas o pensamento não é dele, não é culpa da pessoa”. Alguns dirão. Mas o aviso foi dado, pela Palavra de Deus, antes, de que não se deve entregar a própria vida a este tipo de controle. Feito isso, a responsabilidade de todos os pensamentos entregues ao anticristo é da pessoa que entregou a ele o domínio e controle da própria mente.

Por isso, não haverá salvação para estes. Após entregar o domínio de sua mente ao anticristo, …

Essa pessoa rejeitou a Deus, agora sofre as consequências.

Ora, se o próprio Deus, todo poderoso e sendo o nosso criador, nunca agiu desta forma, em controlar nossa mente a fim de fazer-nos obedecer sua voz. Ora, se o próprio Espírito Santo nos dá, como fruto, o domínio próprio e não nos “hipnotiza” para servi-lo (Gálatas 5: 22). Se o Senhor não fez isso conosco, se Ele não tirou de nós o poder de escolha, mesmo sendo o todo poderoso, mesmo sendo Deus, nosso criador, então por que entregaríamos o domínio e controle dos nossos pensamentos ao anticristo?

A consequência é perigosíssima. A orientação bíblica é para que todos busquem a Deus enquanto há tempo (Isaías 55: 6). Mas com este chip, será o fim deste tempo!

Quando será implantada a marca da besta?

Se considerarmos que o arrebatamento ocorre ante a 7ª trombeta, então temos uma cronologia bem clara aqui. A sétima trombeta é tocada em Apocalipse 11: 15-19. Nos capítulos 12 e 13 aparecem a mulher e o dragão e a besta que surge do mar, depois a besta que surge da terra. Então, após a trombeta, aparecem o dragão e as 2 bestas.

É a besta que sobe da terra que decreta a implantação da marca da besta, após a 7ª trombeta, no cap. 13, parte final dele.

No cap. 14, aparecem os 144 mil, selados e marcados com a marca de Deus e os 3 anjos, com anúncios.

No final do cap. 14 vem o arrebatamento.

E a marca da besta ocorre após a trombeta, antes do arrebatamento em si. Lembremos que as trombetas são o aviso completo de Deus para os homens. Então, ao permitir que o anticristo decrete a marca após todos os avisos, pode-se garantir que todos estão avisados das consequências e do que ocorrerá com aqueles que receberem a marca.

Deus tem dados muitas chances (7 trombetas de avisos, 3 anjos proclamando avisos, toda a pregação durante milhares de anos após a ressurreição de Cristo, preservação da Palavra de Deus para nos alertar). Mas muitas pessoas rejeitarão todas as oportunidades e chances.

É como se a marca da besta fosse o último teste de fé para os verdadeiros fieis em Cristo. Apocalipse 13: 10 e 14: 12, mostra que devemos ser fieis e perseverantes em aguardar o momento certo dado por Deus para salvação. …

Este último teste de fé será recompensando com o arrebatamento e vida eterna.

É como se Deus aguardasse esse momento para saber quem realmente permaneceu fiel até o último momento. Porque aquele que perseverar até o fim, esse é que será salvo (Mateus 24: 13). Assim como fez com Abraão, quando pediu seu filho Isaque em sacrifício, …

...

Estude sobre o “arrebatamento” e o “teste de fé” neste curso, para entender mais.

Consequências da marca da besta

Somente quem tiver a marca poderá comprar e vender. Esta é a principal consequência prática de aceitar ou rejeitar a marca da Besta. Claro que a outra consequência inclui obter ou negar salvação! Ser aceito ou rejeitado por Deus. Ou pela besta. Ou seja, é uma escolha com graves consequências.

Fazer negócio ou interagir socialmente só será permitido para quem tiver a marca. Comprar e vender não inclui apenas comida para alimentar-se e roupas para vestir-se. Inclui água e energia elétrica em casa, passagens de transporte ou gasolina para locomover-se e ir a algum lugar, pagar o telefone ou a internet para comunicar-se ou informar-se, inclui escola para os filhos, remédios, lazer. Aliás, nestas questões, mesmo que a situação envolva aquilo que é fornecido pelo governo, que não envolva uma compra paga, será controlado por esta marca. Mesmo que a escola dos filhos ou os remédios sejam fornecidos pelo governo, entrarão na mesma lógica de ser fornecido apenas para quem tem a marca. Ou seja, quem não tiver a marca, não poderá mais interagir com a sociedade. Terá de viver em algum local isolado, à margem do sistema.

Mas as consequências não são apenas o fato de ir no supermercado e não poder comprar. Existe outra consequência em andamento. Existe atualmente no mundo uma discussão por parte de um grupo que acredita que é necessário reestruturar a economia mundial. Alguns dão o nome de grande reset. Dentro desta reestruturação, está sendo considerado o fato de que os empregos logo sofrerão com a tecnologia. Ou seja, a indústria já passa por um processo de automação, muitos empregos já foram extintos pela utilização da tecnologia e os robôs estão se tornando cada vez mais completos, podendo substituir os homens em muitas das suas funções. Em breve, não haverá muitos dos empregos disponíveis, daqueles que hoje temos. As máquinas farão quase todo serviço.

Então, como as pessoas vão sobreviver, conseguir sustento etc?

Um grupo político a nível mundial já discute há algum tempo a necessidade de se implantar um tipo de renda básica para as pessoas ao redor do mundo. Na prática, o pagamento de um salário para que as pessoas não morram de fome se não houver trabalho. Além da crise e falta de emprego, ainda existe o fato de que agora os robôs estão cada vez mais a tomar o lugar dos humanos na execução de um maior número de tarefas. Logo, não haverá mais trabalho para os humanos. Então, como as pessoas vão se sustentar?

Alguns falam desta renda básica. …

Mas eu digo isso por causa do que a Bíblia diz, que apenas quem tivesse a marca da besta poderia comprar e/ou vender. Talvez não seja apenas uma questão de ter acesso aos estabelecimentos comerciais para realizar a compra. A questão poderá ser que muitos não terão sequer emprego e dependerão desta renda mínima mundial para viver. E, com certeza, só quem tivesse a marca da besta, quem fizesse parte do sistema, teria direito a esta renda. Fora do sistema, não teriam como obter dinheiro. Sem a marca, não … poderão comprar e vender. Não apenas no quesito de acessar os estabelecimentos comerciais, mas para obter uma renda, um salário.

Além disso, o anticristo, além de controlar a mente através do chip, se fosse o responsável pelo pagamento dos salários e permissão de acesso aos locais de compra e venda,completaria suas formas de controle sobre a humanidade. É o desejo de um controle absoluto, que nem Deus nunca implantou sobre seus filhos.

Escolher ou se deixar ser controlado desta forma é uma afronta a Deus. Se nem Deus nunca propôs isso e se as pessoas, em sua grande maioria, sempre desprezaram e se rebelaram contra o criador todo poderoso, por que se deixariam controlar assim pelo anticristo? Por isso, o Senhor não permitirá que quem fizer esta escolha tenha lugar no céu junto aos servos fieis.

A preparação para aceitação da marca da besta

Desde já, o mundo está sendo preparado para aceitar esta marca como algo bom e benéfico para a sociedade. Quem negar isso, no momento de a aceitar, será considerado louco, porque os preparativos incluem fazer esta marca parecer algo bom, uma solução para muitos problemas da humanidade.

Embora a proibição de comprar e/ou vender possa parecer, num primeiro momento, algo ruim, se incluirmos a questão da renda mínima que as pessoas inseridas no sistema receberão, a marca será anunciada como uma ajuda para que as pessoas possam sobreviver em momentos de caos. Além disso, os governos justificarão a mesma como uma necessidade para evitar fraudes, para controlar melhor a situação, para saber realmente quem está usando o dinheiro de forma adequada. Por exemplo, se a pessoa quisesse comprar algo fora do sistema oficial (drogas por exemplo), o dinheiro não teria como sair das mãos da pessoa sem que o governo soubesse para onde foi. E impediria de realizar a compra. Ora, quem não acharia que este tipo de controle é necessário e bom. No fim das contas, são apenas meios usados para convencer de que este procedimento será algo bom para todos.

Então, vão dizer algo como: “Você precisa se cadastrar e inserir o chip para controlarmos a distribuição mundial de alimentos e renda mínima. Se você não fizer a opção pelo chip, não receberá esse valor para te garantir o sustento.”

Além disso, o chip neural, aquele implantado no cérebro, hoje em dia já traz algumas vantagens. Quem não gostaria de poder curar o mal de Parkinson, voltar a andar, a enxergar, com uma simples cirurgia de implantação do chip? Isso tudo vai fazendo com que a ideia desta implantação de chip não seja tão ruim assim. As pessoas já estão se acostumando com isso.

Mais do que isso, muitos verão isso tudo como vantagem. O anticristo que oferecerá isso será visto como um verdadeiro herói!

Quem não acha que o celular facilita a vida? Hoje fazemos inúmeras atividades, resolvemos inúmeros problemas do dia a dia através do celular, em nossa mão. E se ele estivesse dentro de nós? Não seria melhor ainda? Quem não vai querer isso?

Tudo isso são preparações para que as pessoas se acostumem e simpatizem com a ideia.

Considerando tudo isso, negar este chip será um teste de fé bastante difícil. Jesus disse que se possível, o anticristo enganaria até os escolhidos (Mateus 24: 24 e Marcos 13: 22). Imagina alguém indo contra estas ideias, numa sociedade onde todos acreditam que o anticristo está oferecendo facilidades e soluções para a vida. Esta pessoa seria realmente marginalizada.

Os cristãos precisam estar atentos para escolher em quem realmente crer.

Veja este outro exemplo: existe atualmente alguns aplicativos, que te ajudam a tomar decisões. Quantas pessoas já estão dispostas a abrir mão de suas próprias escolhas, de sua privacidade, de sua personalidade e entregar para um aplicativo o poder de decisão de sua própria vida em nome da facilidade de não ter que se preocupar em escolher? …

Imagina quando o anticristo falar que você não precisa mais se preocupar com nada. Que ele decide por você e só te diz o que você tem que fazer! Muitos vão querer isso. Para uma grande parcela da população, isso não será visto como um problema. Pelo contrário.

Embora possa parecer absurdo hoje que alguém entregasse deliberada e voluntariamente o controle da própria vida a um agente do mal, a um enviado de satanás, não parecerá assim quando for determinado, quando estiver acontecendo. As coisas parecerão bem mais bonitas quando isso acontecer. A operação do engano vai garantir que tudo seja pintado com cores bem mais bonitas para parecer bom (II Tessalonicenses 2: 9-11).

Por isso mesmo, é necessário se preparar antes, crer na Palavra de Deus, discernir e entender o que tudo isso significa e estar preparado para fazer a escolha e conviver com as consequências.

É importante lembrar que isso tudo são interpretações dos acontecimento atuais, levando em consideração os acontecimentos previstos na Bíblia. E aguardamos a efetivação de tudo isso para realmente entender os desdobramentos de cada acontecimento.

E tudo isso não significa que os fabricantes atuais destas tecnologias sejam o anticristo. Nem que já esteja tudo em uso pelo anticristo. Nem muito menos que quem projetou estas tecnologias o fizeram pensando nesta utilização prevista em Apocalipse. Com certeza, quem projetou tudo isso o fez pensando em melhoria de vida para o ser humano.

Também não significa que alguém que hoje use uma destas tecnologias já esteja marcado com a marca da besta. …

Lembre-se dos requisitos bíblicos para que seja considerada marca da besta

Talvez aqui tenha também um novo significado as palavras de Jesus: “se o teu braço te faz pecar, corta-o e joga fora” (Mateus 18: 8-9). …

Controle de mente é algo muito sério: Imagine não conseguir pensar no conceito de “arrependimento” ou “perdão”, como se nunca tivesse aprendido sobre isso. Imagine que essas ideias simplesmente não existam dentro do seu cérebro e que, portanto, você não tenha a chance de buscá-las.

“Mas”, alguém pode dizer, “o Espírito de Deus não é mais poderoso do que isso e poderia falar direto ao meu espírito, sem necessidade de passar pelo cérebro?”. Sim, o Espírito é poderoso pra isso. Porém, a questão é que o Espírito não faz nada na vida de alguém de forma intrusiva, de forma forçada. A pessoa precisa querer e pedir para Ele agir. E, nessa situação, esse pedido não será possível. E a questão principal é que a pessoa deu autorização, antes de tudo, para se entregar a esse controle. A própria pessoa entregou seu livre arbítrio ao controle do anticristo. Isso indica desprezo a Deus. Não há nada que o Espírito faça para passar por cima da própria vontade da pessoa, quando decidiu aceitar a marca da besta.

Então pense bem antes de decidir-se. Não permita que isso aconteça se você quer ter uma chance de pensar por si mesmo. “Busque a Deus” antes disso, “enquanto se pode achar” (Isaías 55: 6), porque depois de se deixar controlar por satanás, de forma voluntária e deliberada, não mais poderá achar a Deus em seu coração, em sua mente.

1https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2024/08/05/neuralink-fez-2o-implante-de-chip-cerebral-em-humano-diz-musk.ghtml

2https://olhardigital.com.br/2025/01/12/ciencia-e-espaco/neuralink-elon-musk-quer-mais-30-pacientes-com-chips-cerebrais-este-ano/

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Diferenças entre um seminário livre básico e bacharel em teologia (analisando - parte 2)

 


atenção: se você não leu o artigo anterior a este, leia clicando no link abaixo: 

https://perolasnabiblia.blogspot.com/2024/12/diferencas-entre-um-seminario-livre.html


Considerando as questões básicas apresentadas no texto anterior, vamos agora fazer uma análise destes tipos de seminário. Se não leu o texto anterior, é imprescindível que o faça para conseguir entender esta análise que vamos apresentar.

Avaliando as possibilidades

Mas e então, qual a melhor opção? Qual deles eu devo escolher pra mim?

Não é uma resposta direta. Porque qual escolher depende de muitas coisas.

Por exemplo, a primeira pergunta a se fazer é: eu tenho um chamado para trabalhar de forma integral numa igreja e dedicar minha vida para o ministério ou serei um auxiliar nos trabalhos da igreja, auxiliando de forma voluntária, numa dedicação parcial?

Na minha opinião, o seminário básico livre deveria ser o alvo de todo cristão que deseja aprofundar um pouco o seu conhecimento na Palavra de Deus. É um curso de muita ajuda, que leva a pessoa a entender melhor a Bíblia e os elementos que fazem parte do estudo bíblico e de uma vida eclesiástica. Também todo obreiro voluntário, de qualquer nível ou cargo, deveria fazer este tipo de seminário, para melhor estar preparado para realizar a obra de Deus que se propõe. Então, seja você da equipe de louvor, um professor da EBD (e, neste caso, vale uma ressalva, a ser citada depois), seja você alguém que auxilia o pastor a fazer visitas ou organizar eventos na igreja. Até mesmo se você é um pastor auxiliar, com menos responsabilidades, ou qualquer outra função na igreja, então você deveria fazer este tipo de curso.

Também há de se considerar uma outra questão: qual a disponibilidade para eu frequentar as aulas. Os cursos que oferecem apenas 1 aula semanal são bem menos intensos e há menos cobranças, no que se refere à dedicação do aluno. Ou seja, se você tem um emprego, uma família para cuidar e outras responsabilidades, talvez seja a única opção. Pensar num curso com duração de 4 anos e aula todo dia é uma decisão que deve ser tomada com cuidado, em conjunto com a família e bem planejada. Pode ser que não consiga chegar ao final deste tipo de curso, por causa da dedicação exigida a longo prazo, principalmente se você for uma pessoa que já tem muitas outras tarefas a fazer no dia a dia.

Mas, quando alguém sente-se chamado a dedicar sua vida no ministério pastoral ou qualquer outro ministério eclesiástico de dedicação integral, então talvez estes cursos básicos não sejam suficientes. Talvez se possa começar com eles, mas à medida que as complexidades apresentadas no serviço cotidiano exigem mais conhecimento e preparo por parte do ministro, daquele que está trabalhando na casa de Deus, então pode ser necessário um aprofundamento dos conhecimentos a um ponto que somente cursos de bacharel de tempo equivalente a uma faculdade poderiam dar.

Não há problema de um pastor em tempo integral fazer primeiramente um Seminário Básico e depois de algum tempo aprofundar num Seminário Bacharel, de formação mais sólida. Até porque, se é pastor tempo integral, então seu tempo a ser dedicado é para o ministério, incluindo seus estudos. Fica mais fácil, neste caso, conciliar o tempo que precisará dispor junto com suas tarefas cotidianas.

Aqui, vamos usar alguns exemplos e explicações mais práticas, para ficar mais claro.

A questão aqui passa a ser de carga horária. Em vários sentidos.

Ou seja, não existe nada mágico ou milagroso, por mais que o curso seja com o objetivo de servir a Deus. Mesmo ao se comparar os 2 cursos acima, chamados de bacharel, ambos com duração de 4 anos, mas um com aulas todos os dias da semana e outro com aulas apenas 1 vez por semana, fica fácil entender que o conteúdo ensinado e aprendido tem uma diferença de 5 vezes de um pra outro. Ou seja, não é possível aprender indo à aula apenas 1 vez por semana, o mesmo conteúdo que se aprenderia num curso que tem aulas 5 vezes por semana. A simples questão de carga horária coloca esta situação numa comparação injusta. Não seria possível que alguém que faça um curso teológico com o mesmo tempo de duração total (4 anos), mas com menos aulas por semana, venham a adquirir conhecimentos iguais. Pelo simples fato de que não há tempo para ensiná-los. O curso pode até dizer que vai oferecer as mesmas matérias. Mas não conseguirá dedicar o mesmo tempo a ensinar cada matéria, a fim de fazer o aluno aprender de forma consistente e profunda. Neste caso, o curso de apenas 1 vez por semana pode até oferecer as mesmas matérias, mas jamais conseguirá oferecer, num tempo 5 vezes menor, a consistência em cada matéria que permita um conhecimento mais profundo. Será um conhecimento básico, mas amplo (várias matérias, uma boa visão geral).

Então, se a intenção é aprender para dedicar-se integralmente no ministério eclesiástico, há a necessidade de um melhor preparo, de mais dedicação. E, consequentemente, mais tempo dedicado. Um curso de 2 anos, com aulas apenas 1 vez por semana não oferece um conteúdo mínimo necessário para alguém que deseja se dedicar integralmente ao ministério eclesiástico.

Vamos a um exemplo prático de matéria. Num curso de bacharel, geralmente constam das matérias alguns conteúdos correlacionados, como psicologia, filosofia, antropologia e outros. São conteúdos que num curso de menor carga horária, não cabem no tempo. Por exemplo, para um pastor, que pretende atender aos membros da igreja dando conselhos, os conteúdos de psicologia podem ser de grande ajuda. Veja bem, não é uma faculdade de psicologia dentro da faculdade de teologia. Mas algumas introduções que permitam ao pastor ter um melhor entendimento dos problemas que as pessoas enfrentam e suas soluções. Mais do que isso, quando se insere noções de psicologia dentro da teologia, o pastor está mais habilitado a fazer diagnósticos simplificados, pelo menos para saber se o caso da pessoa exige realmente um atendimento por um profissional da saúde mental e se ele, como pastor, deve indicar a pessoa para um tratamento clínico com um psicólogo, um psiquiatra etc. Mas esta noção da psicologia ajuda a entender o processo de saúde mental, para distinguir se o caso que tem diante de si é para ser tratado com aconselhamento pastoral ou se deve ser enviado para outro profissional, a fim de não causar na pessoa que está sendo cuidada mais problemas do que já tem. Este tipo de conteúdo extra, presente apenas num seminário bacharel completo, permite ao líder eclesiástico dar uma atenção diferenciada à pessoa que precisa de cuidados. Já num curso Básico, esse tipo de assunto nem sequer é abordado.

Mas é importante entendermos que não há um curso certo e outro errado, por si só. Depende do propósito do aluno, do que ele pretende com este curso. Então, se é um cristão, um obreiro que deseja aprender mais, um seminário básico é mais que suficiente, o que não significa que ele não possa continuar aprendendo na EBD, por exemplo. Aliás, ele até pode dar aulas na EBD. Mais do que isso, se ele fez um seminário básico e puder fazer um curso específico para professores de EBD (e tudo isso, claro, se tiver o dom de ensino, dado pelo Espírito Santo), então ele pode ser um ótimo professor de Escola Bíblica.

Mas se a intenção é ser um pastor que vai cuidar de todos os aspectos da igreja, então este curso básico poderia até ser o começo. Mas não dá pra ficar só nisso. Vou usar outro exemplo: um pastor que cuida da administração da igreja, precisa entender um pouco de administração eclesiástica, uma das matérias que fazem parte de um curso de bacharel em teologia. Para aprender a administrar. Mas, num seminário básico livre, quando entra essa matéria (porque a maioria nem oferece ela), geralmente é apenas um pequeno vislumbre da matéria. O aprendizado ali não tem por finalidade ensinar a usar a administração eclesiástica, mas apenas conceituar do que se trata. Não é um ensino para uso, mas apenas para conhecimento. Porque não dá tempo.

Explicando melhor: é muito comum que um Seminário Básico Livre ofereça, num período de 2 anos, de 15 a 20 matérias, com aulas 1 vez por semana. Isso permite que se ofereça, para cada matéria 4 ou 5 aulas apenas. Em 4 ou 5 aulas, numa matéria de Administração Eclesiástica, por exemplo, não é possível aprender algo que fosse realmente relevante para usar na prática. Outro exemplo da mesma forma seria a matéria de hermenêutica. Algo que num seminário com mais tempo disponível toma um bom pedaço do tempo do curso, num Seminário de 2 anos seriam apenas 4 ou 5 aulas dessa matéria. Mas, neste tempo, a única coisa que o estudante consegue é conceituar e, no máximo, entender de que se trata a hermenêutica. Não é um tempo suficiente para se aprender as ferramentas de análise hermenêutica, que o ajudem a analisar um texto bíblico, o que só é possível aprender se houver mais tempo disponível de curso.

Mas isso não significa que ter essas noções, que fazer um Seminário Básico seja inútil ou fora de propósito. De maneira alguma. Apenas precisam as coisas serem colocadas nos seus devidos lugares.

Como disse, um pastor que pretende se dedicar ao cuidado da igreja de forma integral até pode começar com o aprendizado oferecido neste seminário Básico. Mas, em algum momento, ele precisa entender que será necessário dedicar-se a um aprendizado mais profundo, mais consistente, com mais conteúdo.

O intento deste artigo não é valorizar um tipo de curso em detrimento de outro. De forma alguma. Cada um tem seu espaço e propósito na Igreja de Cristo. Mas é preciso entender em que termos cada tipo de curso ajuda a pessoa, dependendo do que ela pretende fazer.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Diferenças entre um seminário livre básico e bacharel em teologia



Introdução

Em outro texto, fizemos uma distinção de propósitos e métodos entre a EBD e um Seminário Teológico, explicando que o conteúdo a ser ensinado nestas 2 formas de ensino praticadas na igreja são diferentes.

Mas, mesmo quando falamos em Seminário Teológico, não podemos considerar tudo a mesma coisa. Há diferenças entre um e outro tipo de seminário que, quando se trata de alguém que não conhece estas diferenças, pode pensar serem a mesma coisa.

Mas quero neste texto explicar para quem nunca pensou sobre estas diferenças e entender, principalmente no caso de alguém que pretende fazer uma escolha de qual frequentar, entender as diferenças e poder fazer uma escolha correta, sem falsas expectativas que venham a causar frustração por causa do desconhecimento destas diferenças.

O Senhor deixa claro na sua palavra: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Oseias 4:6

Por toda a Bíblia, seja no livro de provérbios, provavelmente o livro bíblico que mais trata deste assunto, ou mesmo nas epístolas do Novo Testamento e espalhado por toda a Palavra de Deus, é muito claro que o Senhor deseja que seu povo progrida em todos os sentidos, mas especialmente no conhecimento e na sabedoria.

Buscar o conhecimento, fortalecer a maturidade e alcançar a sabedoria são metas que todo cristão deveria ter ao longo da vida, não apenas por algum momento. E buscar para não ser destruído! Mas há várias formas de se alcançar este objetivo.

E neste texto, quero levar o conhecimento de alguns tipos de seminário.

Não vou me alongar mais neste texto discutindo sobre a importância do estudo e da busca do conhecimento. Vou partir do ponto que isso é algo que o leitor considera importante e prioridade. Algo resolvido em seu interior.

Quero falar neste texto sobre as diferenças entre seminários teológicos que se propõem a fornecer este conhecimento. Há vários tipos e nem todas as pessoas que almejam estudar num seminário entendem estas diferenças. E, por não entender, acabam escolhendo um tipo, pensando que estão escolhendo outro tipo.

Só relembrando, para reforçar a diferença entre um seminário e uma EBD, no Seminário aprendem-se técnicas para estudo da palavra de Deus. Na EBD, aprendem-se conteúdos prontos (leia o outro artigo). Claro que existem no Seminário conteúdos prontos também, mas aqueles que fazem uso de ou ensinam a usar técnicas de interpretação teológica. Se o Seminário que você escolheu só ensina conteúdo pronto, nada de técnica, então não é bem um seminário, mas um conjunto de matérias de EBD.

Tipos de Seminários

Vou dar primeiro um resumo dos tipos de seminário mais comuns oferecidos.

Seminário básico livre, com 2 anos de duração, aulas 1 vez por semana, para aprender o básico da teologia. Voltado para líderes e, em algumas denominações, para pastores que desejam iniciar o ministério. É oferecido por instituições religiosas ou diretamente nas igrejas, com um certificado que não tem validade para além das igrejas e denominações que os aceitam como formação ministerial. Mas não é algo que tenha muita validade para busca de um emprego secular, até porque não é este o objetivo e o propósito de se fazer um seminário deste tipo. Geralmente é voltado para aquela igreja ou denominação que o oferece, tendo por base formar obreiros e pastores que venham a servir naquela denominação em específico, pois geralmente tem conteúdo específico.

Seminário em nível de bacharel. Quando se fala em bacharel, estamos falando de formação de graduação de faculdade. Existem os bacharéis em direito, em engenharia, em psicologia etc. e em teologia. Trata-se da graduação que forma a pessoa, num determinado assunto, no chamado nível superior. Geralmente, duram 4 anos, com aulas os 5 dias da semana. Quem oferece este tipo de curso geralmente é uma universidade com estrutura mais robusta para receber os alunos. E, hoje em dia, muitos destes cursos oferecem um diploma que tem validade como curso superior. Estes geralmente são interdenominacionais, a fim de atender interessados no aprendizado que frequentem todo tipo de denominação.

Seminário “bacharel” livre. Aqui é meio que uma mistura dos 2 anteriores. Embora receba o nome de bacharel, para parecer que oferece uma formação melhor que o seminário básico, a carga horária, na maioria dos casos, continua sendo de ter aulas 1 vez por semana. Alguns duram 2 anos e outros oferecem isso em 4 anos, mas ainda com apenas 1 aula por semana. Geralmente também é denominacional e tenta oferecer um conteúdo mais avançado do que o seminário básico livre, mas ainda permanece aquém de um bacharel cuja carga horária seja cheia nos 4 anos, ou seja, aula todos os dias da semana.

Cursos livres avulsos. São cursos oferecidos, com propósito bem específico, geralmente de curtíssima duração (alguns dias ou mesmo poucas semanas), para ensinar sobre um determinado assunto. Não é um seminário. Apenas cito para esclarecer. Em contrapartida, quando falamos de um seminário, independente do tipo que ele seja, sempre se estrutura com um conjunto de matérias, ou um conjunto de cursos curtos (as matérias) sobre temas específicos que, em conjunto, fornecem um conhecimento mais amplo sobre um assunto, abordado sob vários aspectos (as matérias individuais). Um curso livre avulso seria apenas 1 destas matérias. Mas é muito útil, principalmente quando se tem um conhecimento básico e geral sobre o todo das matérias e deseja-se aprofundar e especializar-se em um tema específico. Ou seja, o seminário dá a ideia geral, sobre tudo, um pouco de cada coisa. Mas os cursos livres avulsos aprofundam e mostram o conteúdo de uma matéria específica, para quem deseja aprender mais daquele assunto em questão.

Falando em termos gerais, os cursos livres com aulas 1 vez por semana oferecem conteúdos amplos. Ou seja, um pouco de tudo. Várias matérias, mas sem aprofundar em nenhuma delas. Já o curso de bacharel de carga horária cheia, além de amplo, é mais profundo também, buscando ir um pouco além no conhecimento. A ideia dos cursos livres avulsos é aprofundar, um assunto de cada vez. É para quem já fez algum curso que oferece um curso mais amplo, mas aqui tentando aprofundar o conteúdo de algum assunto específico. Este último, geralmente não é indicado para quem não tenha, previamente, um conhecimento geral, oferecido nos outros cursos.

Além disso, não estou, neste texto, diferenciando a EAD (Ensino à distância, cursos onLine, pela internet) daqueles presenciais. Porque estou focando no tipo de matéria e carga horária oferecidas. Ou seja, pode-se ter aulas 1 ou 2 vezes por semana, seja presencial ou onLine, ou mesmo um misto das 2 coisas. Se o conteúdo existe, o meio para se chegar a ele não é o mais importante.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Colossenses – O devido valor a cada coisa

Paulo escreve aos crentes que estão na cidade de Colossos a pedido de Epafras, que foi quem provavelmente evangelizou estes irmãos e os trouxe ao conhecimento do Evangelho. A pedido deste, Paulo escreve aos Colossenses, sem ter tido contato pessoalmente com estes irmãos, pois (pelo menos até este momento de escrever a carta), Paulo ainda não tinha visitado Colossos pessoalmente.

Mas tem uma orientação para estes irmãos. E divide sua carta em 2 partes. Nos 2 primeiros capítulos, fala do ministério de Cristo e de como Jesus realizou seu ministério, estando acima de anjos e principados. Nos 2 capítulos finais, dá orientações prática de vida cristã aos Colossenses, que servem a nós também.

Ao ler esta carta de Paulo, podemos perceber quantas riquezas espirituais Deus reservou a nós, os salvos, os que andam na Sua luz, que superam em muito as vantagens e riquezas deste mundo. O espiritual e o carnal, o mundo material e o eterno são contrastados nesta carta, para nos deixar claro que nada neste mundo supera a grandeza das riquezas que Deus reservou para os seus filhos, através de Cristo Jesus.

E, por causa desta superioridade das coisas espirituais, quando Paulo fala das orientações práticas de uma vida cristã, deixa claro que tudo o que está relacionado à carne e à matéria deve ser subjugado pelo poder do Espírito, a fim de recebermos as recompensas espirituais, que são infinitamente superiores à possíveis recompensas materiais e carnais que poderíamos receber, porque as espirituais são eternas e as materiais perecem e deixam de existir em pouco tempo.

Devemos portanto buscar as recompensas que permanecem para sempre, por toda a eternidade e Paulo exorta e encoraja aos Colossenses e a todos nós a que não nos deixemos enganar, pensando que as coisas que vemos neste mundo possam ter algum valor real, quando comparadas com as coisas espirituais, as quais Deus separou para os seus salvos.

As questões deste mundo, as coisas materiais têm sua importância, desde que vistas sob o ponto de vista eterno. Assim, as relações em família, e entre pessoas na sociedade, citadas por Paulo nesta carta são mais importantes que as riquezas que as pessoas possam obter, porque através dos relacionamentos humanos refletimos a salvação dentro de nós e a presença de Deus e do seu Santo Espírito em nós.

Assim, Paulo exorta nesta carta a darmos a devida importância a cada coisa, a reconhecermos o devido valor da obra de Cristo e suas consequências para nossas vidas, dando também o devido valor às coisas deste mundo, mas colocando-as no seu lugar de submissão às riquezas espirituais, que são eternas e têm verdadeiro valor que não se corrompem nem se desgastam com o tempo.

Para aqueles que já ressuscitaram com Cristo, ou seja, já morreram para o mundo e viveram para Cristo, através do batismo, a única escolha possível é valorizar as coisas do céu, da eternidade, as coisas que são de cima e não as da terra, que são perecíveis.

Devemos aprender a dar o devido valor a cada uma destas coisas em nossas vidas, sob o risco de perdermos a herança de Deus dada a nós através de Cristo Jesus.



segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Gálatas – a carne e o espírito lutam pela nossa alma



A carta aos Gálatas, com apenas 6 capítulos, trata da dualidade entre a carne e o Espírito.

Paulo explica que aqueles que vivem na carne buscam viver pela lei, porque não conhecem ainda a plena ação do Espírito em sua vida. Apesar de Cristo ter vindo e morrido por nós, para que possamos receber, através de sua graça, mediante a nossa fé, a salvação das nossas almas, muitos ainda se apegavam à necessidade de realizarem coisas com sua carne a fim de serem salvos.

Paulo nos deixa claro que nossa carne não tem a capacidade de realizar atos para nos levar à salvação. Tudo o que realizamos com nosso corpo não tem efeito para salvação, embora seja consequência desta, para a glória de Deus.

No livro de Gálatas, Paulo está falando com aquele povo daquela igreja da cidade da Galácia. Mas bem que poderia ser com qualquer um de nós, quando queremos ter algum mérito em nossa própria salvação, alegando que seriam nossas atitudes as que nos salvam. Paulo deixa claro que isso não é possível.

O que pode ocorrer, sim, é que existem 2 grupos de atitudes bem claros, um grupo dominado pela carne, outro dominado pelo Espírito, ao gerar seu fruto em nós, que nos fazem perceber e detectar se há salvação em nós dada pelo Espírito. Sou seja, se em nossas vidas existe o fruto do Espírito, citado por Paulo neste livro, então é sinal do agir do Espírito de Deus em nós e evidência de que a salvação está em nós.

Por outro lado, se o que se evidencia em nossas vidas são as obras da carne, também descritas ali por Paulo, então não há evidência de que tenhamos sido realmente salvos. Se as obras da carne são parte constante de nossas vidas, então por mais que cumpramos mandamentos e leis, significa que a salvação não está em nós.

Aliás, Paulo fala destas 2 leis, a do Espírito e a da carne. A lei do Espírito nos dirige a realizar atos que sejam claramente dirigidos pelo Espírito. Se estamos debaixo desta lei, do Espírito, então não há problema: a salvação está em nós.

Paulo não está dizendo que não existe mais lei, como alguns dizem a respeito de Gálatas. O que foi abolido é a lei que se segue e se obedece pela carne. Agora, a lei do amor, dirigida pelo Espírito, é o que comanda e governa nossas vidas e assim deve ser.

Paulo está nos ensinando uma maneira de podermos identificar não apenas em nós mesmos, se temos a salvação, mas aprender a detectar nas outras pessoas. Jesus disse que conheceríamos e poderíamos fazer a diferença entre o verdadeiro e o falso cristão através dos frutos. E Paulo aqui deixa claro que estes frutos são produzidos na vida do verdadeiro cristão pelo Espírito Santo, e que não há outra lei que poderia sobrepor-se a essa.

Também é uma maneira de reconhecermos os falsos dos verdadeiros cristãos e não sermos enganados por aqueles que tenham aparência de piedade, mas que não vivem, em verdade e sinceridade, pela direção do Espírito.

O que Paulo está dizendo aqui também é que existem estas duas leis, a da carne e a do Espírito, a da escravidão e a da liberdade e nos orienta a escolher viver pela lei do Espírito, em liberdade, porque onde há o Espírito, aí há liberdade. Paulo condena o mostrar aparências externas através de atos que venham a disfarçar uma falsa piedade, dizendo que é necessário que estes frutos do Espírito venham de dentro para fora.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Jeremias – A última chance


Jeremias é o profeta da última chance. Quando o povo de Israel caiu e permaneceu em pecado, Deus enviou profetas advertindo o povo que deveriam se arrepender e abandonar o pecado a fim de não receberem em suas vidas o justo castigo que estava sendo anunciado.

Durante muito tempo o aviso foi dado. Israel, o Reino do norte, havia sido levado cativo pelos assírios cerca de 1 século e meio antes. O castigo dado ao Reino do Norte, que deveria fazer com que o Reino de Judá, ao sul, se arrependesse e mudasse de atitude, serviu apenas para atiçar a arrogância de Judá. Eles se achavam superiores e que Deus os livraria dos inimigos, como fez no passado, apenas porque eram o povo escolhido de Deus, mesmo que suas vidas não refletisse isso e estivessem vivendo em pecado.

O fato de seu “irmão”, Israel, ao norte ter sofrido o castigo, ao invés de impor temor e arrependimento, fez com que o povo de Deus do Reino de Judá se julgasse superior e merecedor de melhor tratamento da parte de Deus, ainda que sua vida não fosse muito melhor que a de seu irmão, Israel.

Após muitas advertências, quando o inimigo já estava às portas, surge Jeremias para avisar que eles precisavam se arrepender urgentemente porque o juízo estava chegando rápido. A maioria dos profetas que avisaram antes morreram e nada aconteceu. Muitos judeus acreditavam que o mesmo aconteceria, que aqueles profetas eram um tanto alarmistas e fecharam os ouvidos para a advertência do profeta Jeremias, que prevenia o povo sobre um terrível castigo, preferindo acreditar nos falsos profetas que insistiam em dizer que Judá seria, como dantes, protegido por Deus e que o Senhor não permitiria que passassem por tal provação.

Julgavam-se superiores, especiais, eleitos por Deus, independente de suas vidas.

Mas Jeremias profetizou em vida até que Nabucodonosor invadiu Judá e levou cativos os judeus. Jeremias é o profeta da última chance porque foi o último aviso de Deus antes de executar seu juízo. Jeremias mesmo presenciou a invasão e a guerra e sofreu com o castigo que seu povo estava sofrendo.

Enquanto ele profetizava, a invasão ocorreu.

Ou seja, não foi um profeta que veio, falou e morreu antes de acontecer. Foi o profeta dos dias do juízo, a última chance que o povo estava recebendo, a fim de livrar-se de tão duro julgamento.

O livro de Jeremias narra tanto o clamor por arrependimento, as advertências pelo pecado quando a surpresa do profeta ao ver quando Deus cumpria seu desígnio.

No livro de Jeremias, podemos encontrar um rei que rasgou a Palavra de Deus, por desprezá-la e sofreu com isso. Vemos um profeta sofredor que vivia, junto com seu povo, o juízo de Deus, apesar de ser especial e particularmente protegido por Deus. Neste livro podemos ver um Deus que orienta o profeta a não orar mais pelo povo, intercedendo por ele, porque não mais seria ouvido, porque Deus já havia decretado sua ação.

Podemos considerar Jeremias como um tipo dos profetas do fim dos tempos que, apesar de avisar, não são ouvidos e seu povo, como o povo que está fechando os ouvidos para as advertências e irá receber, em suas vidas, as consequências do pecado e do não arrependimento.

O livro do profeta Jeremias tanto mostra a misericórdia de um Deus que até o último momento chama o seu povo, a fim de que ele venha a se livrar do juízo, mas também deixa claro que, quando este mesmo povo nega-se ao arrependimento, o juízo vem, é certo e justo.


Lucas Durigon




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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Lamentações de Jeremias – As consequências do pecado


Após o seu povo ter sido levado para o exílio, o profeta Jeremias se lamentou e chorou pelo que estava acontecendo ao seu povo. Ficou consumido pela tristeza ao ver que seu povo, ao não se arrepender, respondia a Deus pelos seus pecados.

O livro de Lamentações foi escrito pelo profeta Jeremias após seu povo ter sido levado ao cativeiro. Já o seu livro profético foi escrito basicamente antes do cativeiro, como um último aviso de Deus para o povo, a fim de que se arrependesse.

Quando Jeremias escreveu suas lamentações, estava estupefato. Ele quase não acreditou no que via e se comoveu com as consequências que sofria seu povo, por ter virado as costas pra Deus. Narrou as dificuldades que seu povo sofria, em virtude do seu pecado, e lamentou que as coisas tivessem chegado a esse ponto, porque Jeremias sabia que aquilo tudo poderia ter sido evitado, se o povo tivesse dado ouvidos a Deus no tempo certo.

O livro de Lamentações é escrito em estilo poético. Com seus 5 capítulos, os versículos neste livro, a exemplo do Salmos 119, iniciam cada um com uma das 22 letras do alfabeto hebraico. Na verdade, o capítulo 3 tem 3 versículos para cada letra, mas os outros capítulos tem 1 versículo para cada letra do alfabeto hebraico. Quando se traduz para o português, não dá pra perceber muito, mas tente imaginar as estrofes de um poema, começando cada uma com uma letra do seu alfabeto, em ordem. Assim, a primeira estrofe começa com “a”, a próxima com “b” e assim por diante.

O livro de Lamentações traz alguns tesouros para nós, como por exemplo o versículo que diz “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim.” (3: 22), ou ainda “De que sei queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” (3: 39). Jesus também usou seus versículos como citação em seus ensinos. Por exemplo: “Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. Porque o Senhor não rejeitará para sempre.” (3: 30-31) quando falou sobre darmos a outra face. Ou ainda quando na cruz clamou “está consumado”, citando Lamentações 4: 22: “O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de sião; ele nunca mais te levará para o cativeiro; ele visitará a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.”, de onde entendemos que quando Jesus disse “está consumado” na cruz, referia-se ao número de afrontas e castigos que Ele mesmo sofrera, a fim de perdoar os pecados da humanidade.

Este livro é muito importante porque mostra o depois, as consequências, o que acontece quando não se dá ouvidos às repreensões e advertências do Senhor com relação ao pecado. Mostra que, mesmo que houvesse uma segurança por parte do povo que não haveria um castigo por causa do pecado, ele veio. E Lamentações mostra como e com que intensidade chegou esta consequência na vida daqueles que foram atingidos pela ira do Senhor. É um exemplo e uma advertência a nível pessoal para cada pessoa, a fim de que venhamos a considerar tanto a bondade, quanto a severidade de Deus (Romanos 11: 22).

O juízo cumprido por parte de Deus ao seu povo e que foi descrito em Lamentações é motivo de temor e de reflexão, para entendermos o quão grande é o juízo de Deus e a consequência do pecado.

Ainda assim, é um livro repleto também de esperança e de saber que a severidade de Deus não dura para sempre, que seu castigo tem um fim, que a restauração também virá após o tempo do castigo. Mas muito melhor seria se as pessoas considerassem também Jeremias e entendessem que melhor é prevenir, melhor é aceitar a correção e admoestação enquanto se está no caminho, que buscassem ao Senhor enquanto há tempo. Porque, quando o juízo chega, então não há mais tempo para arrependimento, apenas para viver as consequências e aguardar, com paciência, o seu fim.

É melhor dar ouvidos para o livro do profeta Jeremias, a fim de não sofrer as consequências das Lamentações de Jeremias.

Lucas Durigon




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