sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Êxodo - milagres e leis. Libertação e provação.



Segundo livro da bíblia, contendo 40 capítulos, número representativo de provação, neste livro ela aparece ligada à libertação. O número 40 aparece diversas vezes neste livro. Êxodo mostra-nos que libertação e provação andam juntas. Os milagres e as leis de Deus também. Logo no início, reconta o final da história de José, mostrando como o povo de Deus foi parar no Egito, onde cresceram abundantemente, vindo a ser um grande povo, contra o qual o novo Faraó do Egito lutou e perseguiu. Este novo Faraó não era amigo do povo hebreu, como os antigos, da época de José.
Podemos dividir o Êxodo em 2 metades. O capítulo 20, com a entrega dos 10 mandamentos a Moisés, para os repassar ao povo, é a linha divisória desta divisão. Antes disso, todos os eventos da libertação do Egito e curta caminhada no deserto até chegar ao monte Sinai. Depois disso, a entrega de diversas leis por parte de Deus ao povo, através de Moisés.
Em Êxodo, é contado como Moisés nasceu, em meio a uma grande provação de seu povo e um especial livramento de Deus dado a Ele, quando criança. Este que seria o principal personagem da história deste livro. Conta a história de como Moisés cresceu no Egito, preparando-se para ser um grande líder. Conta como ele fugiu, aos 40 anos de idade, após matar um egípcio. Como se tornou pastor de ovelhas, pelos outros 40 anos. E como Deus falou com ele de forma especial, numa montanha, do meio de uma sarça ardente, e o comissionou para liderar o povo de Israel numa marcha de libertação da escravidão. A vida de Moisés é dividida em 3 partes de 40 anos: como filho do Faraó, depois fugitivo, como pastor de ovelhas mais 40 anos e por fim o libertador, levando seu povo à terra prometida nos últimos 40 anos de sua vida. A história do Êxodo ocorre cerca de 400 anos depois do fim da história ocorrida no final de Gênesis.
Moisés, aos 80 anos de idade, inicia seu trabalho de libertar o povo de Israel do Egito. Nisso conduzido por Deus, recebe auxílio de seu irmão mais velho, Arão, para falar com Faraó. Pede, repetidas vezes ao Faraó que liberte o povo de Deus. Este se nega por diversas vezes e, a cada negação, Deus envia através de Moisés uma praga contra o Egito, num total de 10 pragas, que vai aos poucos sendo destruído, até sucumbir totalmente com a morte dos primogênitos e depois o afogamento dos exércitos de faraó no mar vermelho. Durante as dez pragas (águas transformadas em sangue, rãs, piolhos, gafanhotos, mosquitos, trevas, chuva de saraivas, …, …, e morte dos primogênitos), o povo de Deus foi também provado em sua fé, chegando Faraó a aumentar o sofrimento dos Israelitas neste período. Mas a cada praga, comprovava Deus sua superioridade perante Faraó e seus deuses.
Depois de, finalmente, Faraó permitir a saída do povo de Israel, na noite da morte dos primogênitos do Egito, enquanto Deus protegia os primogêntios do povo de Israel, aqueles que tivessem a proteção em suas portas do sangue de um cordeiro, o povo de Israel celebra a primeira Páscoa (passagem), que é a festa que celebra a libertação do povo de Israel de sua escravidão no Egito. Nesta mesma noite, as famílias dos egípcios deram aos israelitas jóias, ouro e prata e outros bens, e os Israelitas saíram do Egito para nunca mais voltarem. No caminho, uma nuvem protegia sua caminhada de dia, a fim de dar-lhes sombra em pleno deserto. Uma coluna de fogo os protegia de noite, durante o frio intenso daquela região. Depois de um curto tempo que os Israelitas tinham saído do Egito, Faraó se arrependeu de deixá-los sair e mandou os exércitos perseguirem-nos.
O povo de Deus se vê então cercado em sua caminhada. À frente, o mar vermelho. À retaguarda, o exército de faraó em sua perseguição. É então que Moisés abre o mar vermelho pelo poder de Deus, por onde o povo de Israel passa em terra seca, o que, tentando os egípcios, morrem afogados, porque Deus fechou o mar bem na hora que estavam passando.
O povo de Deus comemora o grande livramento que Deus lhe dá, com cânticos e danças. Depois, recebe os 10 mandamentos, não sem fazer rebeldia.
A partir do capítulo 21, várias leis são dadas ao povo, detalhando os 10 mandamento. Leis que falam sobre os escravos e homicidas, os que amaldiçoam seus pais ou ferem qualquer pessoa. Leis sobre propriedade, testemunho falso, sábado e ano do descanso para a terra. Leis sobre as festas que o povo deveria observar.
Deus promete a presença de um anjo junto ao povo. Moisés então, ao subri ao monte, recebe orientações de Deus para a construção do tabernáculo, para o qual Deus ordena que todos tragam ofertas para a construção. Deus dá orientações detalhadas a Moisés sobre o que deve fazer, sobre a arca e o propiciatório, a mesa, cortinas, tábuas, véu, altar e pátio do tabernáculo, além do azeite.
Deus ainda dá ordens sobre o sacerdócio de Arão e seus filhos e como proceder aos sacrifícios de consagração sacerdotal. Todos os detalhes do tabernáculo, como construí-lo, o que fazer, Deus dá nesta parte de Êxodo.
Neste meio, o povo resolve fazer para si um bezerro de ouro, e acende a ira de Deus e de Moisés, o qual quebra as tábuas dos 10 mandamentos dados por Deus e, apesar de tudo isso, intercede em favor do povo rebelde, para que não sejam destruídos por Deus. Deus envia novas tábua da lei e o povo então traz ofertas para construção do tabernáculo. Até as vestes dos sacerdotes são detalhadas nas orientações de Deus neste ponto.
Êxodo finaliza, após a construção do tabernáculo, com a ordem de Deus para levantar acampamento e continuar a viagem. Este tempo que ficaram acampados ali no Sinai, de aproximadamente 1 ano, serviu parra receberem as orientações e ordens do Senhor para a caminhada que fariam em seguida, cuja continuação é narrada no livro de Números.



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