Continuação da história de I Samuel, mostra a
história do Reinado de Davi. I Samuel termina com a morte de Saul e
Davi assume o trono em II Samuel. Muito interessante notar que eram
os reis que financiavam e promoviam os escritos de suas histórias. E
II Samuel é um livro também de confissões, pois ali estão os
vários erros e pecados de Davi cometidos durante o seu reinado. Ele
bem poderia ter deixado isso de fora, para fazer parecer melhor do
que realmente era. Mas, pela vontade e soberania de Deus, nesse livro
podemos ter a ideia de que todos erram, grandes ou pequenos. Aqui
também percebemos que todos necessitam de Deus, sua ajuda e
orientação, inclusive o grande Rei Davi. Nesse livro, onde são
narradas suas conquistas, também estão contidos seus pecados, suas
fraquezas, suas tristezas, sua dependência de Deus, seus
arrependimentos em cada uma destas situações. É um livro que Deus
usou para nos mostrar que não importa quão grande sejamos aos olhos
humanos, seremos sempre dependentes do Senhor. Mesmo o grande Rei
Davi sofre todas as dificuldades de qualquer ser humano.
Davi mostra-se aqui em II Samuel sempre arrependido dos
seus pecados, buscando sempre a reconciliação com Deus e acertar o
seu erro. Deus mostra-se compassivo e misericordioso, aceitando o
arrependimento de Davi.
O livro começa com Davi mostrando sua tristeza e luto
pela morte de Saul e Jônatas (filho de Saul e grande amigo de Davi)
e logo em seguida Davi sendo aclamado Rei em Judá, enquanto um filho
sobrevivente do Rei Saul (Isbosete), com o apoio do grande general
Abner, aliado e sobrinho de Saul, busca tornar-se Rei de outra parte
do povo de Deus, no reino de Israel. Este reinado dividido,
entretanto, durou pouco tempo, e teve pouca força, pois Davi crescia
em força e influência no Reino, sendo abençoado por Deus, enquanto
o lado do herdeiro de Saul se enfraquecia.
Abner, general que apoiava o reinado paralelo de
Isbosete, percebendo que seu lado começa a perder força, faz um
acordo com Davi, mas é morto logo em seguida por Joabe, o principal
general dos exércitos de Davi (e um dos principais personagens deste
livro de II Samuel), morte essa que levou Davi a lamentar muito, por
ser Abner um grande líder entre o povo. Logo em seguida é morto
também Isbosete e somente então Davi é considerado o único Rei
sobre todo o povo de Israel e Judá.
Davi então busca a Arca da Aliança para trazer a
Jerusalém, agora capital do Reino unificado. Neste momento, Uzá, um
sacerdote é morto pelo Senhor por tocar na Arca. Depois de deixar a
Arca 3 meses na casa de Obede-Edom, agora sim traz a arca para
Jerusalém, celebrando com danças, motivo pelo qual é repreendido
por sua esposa Mical, a qual permanece sem ter filhos até o fim da
vida, ela que era descendente da casa de Saul (lembrando que um
herdeiro de Mical poderia trazer confusão quanto ao direito de
herança ao trono, por ser um filho dela descendente de Davi e Saul
ao mesmo tempo).
Davi também se propõe construir um templo para a Arca,
o qual é bem visto pelo profeta Natã, mas proibido pelo Senhor
Deus. Natã de noite recebe de Deus a orientação de que o filho de
Davi construiria o templo, pois Davi, homem de guerra, tinha as mãos
sujas de sangue. Muitas vitórias sobre povos inimigos ocorrem neste
período da história retratada em II Samuel, sem contudo trazer
detalhes destas batalhas.
E um episódio que figura como demonstração da graça
de Deus, leva Davi a buscar na casa de Saul algum herdeiro que
pudesse ser por ele acolhido e sustentado. Fica sabendo que
Mefibosete, filho de seu amigo Jônatas, havia tornado-se coxo de
ambas as pernas e ainda vivia. Convida-o então a morar no palácio e
comer da sua mesa, como um de seus filhos.
Neste livro está também narrado o grande pecado de
Davi, seu adultério com Bateseba, mulher de Urias (a qual engravida)
e a sequência, em que Davi tenta fazer Urias dormir com sua esposa
para fazer parecer que o bebê era do marido e, com a recusa deste em
dormir com sua esposa no meio da guerra, Davi então manda seu
general Joabe colocar Urias em situação de perigo, sem ajuda, para
ser morto pelos Amonitas em batalha. Por este grande pecado de
adultério e homicídio, Deus o repreende através do profeta Natã,
o que leva Davi a arrepender-se de seu pecado e pedir perdão a Deus.
Deus o perdoa, mas a criança que nasceu deste ato morre com poucos
dias de vida, apesar do jejum e clamor de Davi para que deixasse a
criança com vida.
Na sequência, grandes problemas afetam a família de
Davi. Seu filho Amnon estupra sua meia irmã Tamar e é morto (por
causa disso) por Absalão, irmão de Tamar. Absalão então é
expulso do Reino e passa alguns anos fora, como fugitivo. Quando
volta a morar em Jerusalém, por influência de Joabe (general do
exército de Davi), passa então a disputar o Reino com seu pai Davi.
Sua intenção é reinar no lugar de seu pai e passa a influenciar as
pessoas a seu favor, contra Davi. Na tentativa de tomar o reino e
sendo que Davi não deseja batalhar contra seu filho Absalão, Davi
foge de Jerusalém. Absalão vai em busca de Davi e seus homens para
derrotá-los em batalha, mas é derrotado e morto nesta mesma
batalha, quando ficou com seus cabelos preso nos galhos de um
carvalho. Davi lamenta muito pela morte de seu filho (que tinha se
tornado inimigo) e volta para Jerusalém. Há a narração de um
período de fome e guerras.
O livro termina com uma oração de Davi, nos moldes de
seus salmos, no capítulo 22 e uma descrição dos homens valentes,
37 poderosos guerreiros que ajudaram Davi em todas as batalhas no
capítulo 23. No último capítulo 24, conta ainda um pecado de Davi,
ao tentar contar o povo e o consequente castigo de Deus por causa
disto, pelo qual Davi pede também perdão e a misericórdia de Deus.
Neste livro, não vemos a morte de Davi.
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