sexta-feira, 21 de setembro de 2018

II Samuel - O Reinado de Davi


Continuação da história de I Samuel, mostra a história do Reinado de Davi. I Samuel termina com a morte de Saul e Davi assume o trono em II Samuel. Muito interessante notar que eram os reis que financiavam e promoviam os escritos de suas histórias. E II Samuel é um livro também de confissões, pois ali estão os vários erros e pecados de Davi cometidos durante o seu reinado. Ele bem poderia ter deixado isso de fora, para fazer parecer melhor do que realmente era. Mas, pela vontade e soberania de Deus, nesse livro podemos ter a ideia de que todos erram, grandes ou pequenos. Aqui também percebemos que todos necessitam de Deus, sua ajuda e orientação, inclusive o grande Rei Davi. Nesse livro, onde são narradas suas conquistas, também estão contidos seus pecados, suas fraquezas, suas tristezas, sua dependência de Deus, seus arrependimentos em cada uma destas situações. É um livro que Deus usou para nos mostrar que não importa quão grande sejamos aos olhos humanos, seremos sempre dependentes do Senhor. Mesmo o grande Rei Davi sofre todas as dificuldades de qualquer ser humano.
Davi mostra-se aqui em II Samuel sempre arrependido dos seus pecados, buscando sempre a reconciliação com Deus e acertar o seu erro. Deus mostra-se compassivo e misericordioso, aceitando o arrependimento de Davi.
O livro começa com Davi mostrando sua tristeza e luto pela morte de Saul e Jônatas (filho de Saul e grande amigo de Davi) e logo em seguida Davi sendo aclamado Rei em Judá, enquanto um filho sobrevivente do Rei Saul (Isbosete), com o apoio do grande general Abner, aliado e sobrinho de Saul, busca tornar-se Rei de outra parte do povo de Deus, no reino de Israel. Este reinado dividido, entretanto, durou pouco tempo, e teve pouca força, pois Davi crescia em força e influência no Reino, sendo abençoado por Deus, enquanto o lado do herdeiro de Saul se enfraquecia.
Abner, general que apoiava o reinado paralelo de Isbosete, percebendo que seu lado começa a perder força, faz um acordo com Davi, mas é morto logo em seguida por Joabe, o principal general dos exércitos de Davi (e um dos principais personagens deste livro de II Samuel), morte essa que levou Davi a lamentar muito, por ser Abner um grande líder entre o povo. Logo em seguida é morto também Isbosete e somente então Davi é considerado o único Rei sobre todo o povo de Israel e Judá.
Davi então busca a Arca da Aliança para trazer a Jerusalém, agora capital do Reino unificado. Neste momento, Uzá, um sacerdote é morto pelo Senhor por tocar na Arca. Depois de deixar a Arca 3 meses na casa de Obede-Edom, agora sim traz a arca para Jerusalém, celebrando com danças, motivo pelo qual é repreendido por sua esposa Mical, a qual permanece sem ter filhos até o fim da vida, ela que era descendente da casa de Saul (lembrando que um herdeiro de Mical poderia trazer confusão quanto ao direito de herança ao trono, por ser um filho dela descendente de Davi e Saul ao mesmo tempo).
Davi também se propõe construir um templo para a Arca, o qual é bem visto pelo profeta Natã, mas proibido pelo Senhor Deus. Natã de noite recebe de Deus a orientação de que o filho de Davi construiria o templo, pois Davi, homem de guerra, tinha as mãos sujas de sangue. Muitas vitórias sobre povos inimigos ocorrem neste período da história retratada em II Samuel, sem contudo trazer detalhes destas batalhas.
E um episódio que figura como demonstração da graça de Deus, leva Davi a buscar na casa de Saul algum herdeiro que pudesse ser por ele acolhido e sustentado. Fica sabendo que Mefibosete, filho de seu amigo Jônatas, havia tornado-se coxo de ambas as pernas e ainda vivia. Convida-o então a morar no palácio e comer da sua mesa, como um de seus filhos.
Neste livro está também narrado o grande pecado de Davi, seu adultério com Bateseba, mulher de Urias (a qual engravida) e a sequência, em que Davi tenta fazer Urias dormir com sua esposa para fazer parecer que o bebê era do marido e, com a recusa deste em dormir com sua esposa no meio da guerra, Davi então manda seu general Joabe colocar Urias em situação de perigo, sem ajuda, para ser morto pelos Amonitas em batalha. Por este grande pecado de adultério e homicídio, Deus o repreende através do profeta Natã, o que leva Davi a arrepender-se de seu pecado e pedir perdão a Deus. Deus o perdoa, mas a criança que nasceu deste ato morre com poucos dias de vida, apesar do jejum e clamor de Davi para que deixasse a criança com vida.
Na sequência, grandes problemas afetam a família de Davi. Seu filho Amnon estupra sua meia irmã Tamar e é morto (por causa disso) por Absalão, irmão de Tamar. Absalão então é expulso do Reino e passa alguns anos fora, como fugitivo. Quando volta a morar em Jerusalém, por influência de Joabe (general do exército de Davi), passa então a disputar o Reino com seu pai Davi. Sua intenção é reinar no lugar de seu pai e passa a influenciar as pessoas a seu favor, contra Davi. Na tentativa de tomar o reino e sendo que Davi não deseja batalhar contra seu filho Absalão, Davi foge de Jerusalém. Absalão vai em busca de Davi e seus homens para derrotá-los em batalha, mas é derrotado e morto nesta mesma batalha, quando ficou com seus cabelos preso nos galhos de um carvalho. Davi lamenta muito pela morte de seu filho (que tinha se tornado inimigo) e volta para Jerusalém. Há a narração de um período de fome e guerras.
O livro termina com uma oração de Davi, nos moldes de seus salmos, no capítulo 22 e uma descrição dos homens valentes, 37 poderosos guerreiros que ajudaram Davi em todas as batalhas no capítulo 23. No último capítulo 24, conta ainda um pecado de Davi, ao tentar contar o povo e o consequente castigo de Deus por causa disto, pelo qual Davi pede também perdão e a misericórdia de Deus. Neste livro, não vemos a morte de Davi.



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