O menor em tamanho dos 4 evangelhos, Marcos era um
discípulo que não havia conhecido Jesus pessoalmente, portanto não
teve a oportunidade de andar com Jesus. Segundo estudos, é muito
provável que Marcos foi um companheiro de trabalho de Pedro, um
discípulo de Pedro, de quem teria ouvido as narrativas sobre a vida
de Jesus. Então, Marcos escreveu daquilo que Pedro lhe contou sobre
a vida de Jesus.
Marcos é o único dos 3 evangelhos sinóticos que não
narra o nascimento de Jesus. Começa contando sobre o batismo e o
ministério de Jesus. “Sinótico” é como chamamos os evangelhos
de Marcos, Lucas e Mateus, por serem “similares” entre si. O
evangelho de João foge à regra em termos de estilo de escrita.
Mas Marcos é um evangelho muito interessante, pois é
escrito por alguém que conheceu a história da vida de Jesus através
de um de seus discípulos e a registrou no seu evangelho, a fim de
que todos pudessem conhecer essa história. Seria como se eu ou você,
ouvindo a narrativa da história da vida de Jesus, resolvêssemos
escrevê-la para registrar. Assim como eu ou você, Marcos ouviu de
Jesus e quis contar para outros sobre Ele.
Por esse motivo, seu evangelho é muito direto e
objetivo. As narrativas de genealogia e do nascimento que Lucas e
Mateus contam, Marcos não o faz. Fala rapidamente de João Batista e
sem demora já fala do batismo de Jesus (logo no capítulo 1: 9,
diferente de Lucas e Mateus, que só tratam do batismo no cap. 3).
Logo após, Marcos já começa falando dos milagres e das pregações
de Jesus. Se olharmos Mateus, por exemplo, após falar sobre
nascimento, batismo, tentação no deserto nos 4 primeiros capítulos,
ainda tem mais 3 (do 5 ao 7) para falar da pregação do Sermão do
Monte. Só no Capítulo 8 que Mateus mostra Jesus curando. Marcos dá
prioridade para narrar logo estas atividades práticas de Jesus.
Resume, por exemplo, o batismo e tentação de Jesus em 5 versículos.
Todo preparo teórico para entender o ministério de Jesus é bem
resumido por Marcos. Por isso mesmo, é um evangelho ideal para quem
começa a ler a Bíblia ou querer entender sobre as atitudes de
Jesus.
As parábolas, curas, ensinos e pregações, os
milagres, as orientações aos discípúlos, a escolha dos 12
apóstolos e outros eventos ocorrem, em Marcos, misturados uns aos
outros, porque este evangelho é o mais próximo de uma ordem
cronológica dos acontecimentos. Diferente de Mateus, que escreve por
temas, de João, que apresenta Jesus sob a perspectiva de sua
natureza, diferente até de Lucas que, como pesquisador, quis narrar
detalhes da vida de Jesus, Marcos vai narrando os acontecimentos
conforme se seguem. Ele quer contar a história.
Como os outros evangelhos, a maior parte de seu texto é
dedicada à última semana de vida de Jesus, e também sua morte e
ressurreição. Já no capítulo 11 apresenta Jesus entrando em
Jerusalém, que é o evento que antecede sua morte e ressurreição,
que ocorre no domingo, sendo que na sexta-feira seguinte Ele é
crucificado e no domingo (apenas 7 dias depois de entrar em
Jerusalém, aclamado como Rei), Jesus já ressuscita. Este curto
espaço de eventos (apenas 1 semana), ocupa os capítulos 11 a 16 de
Marcos, equivalente a 44% do conteúdo de Marcos, quase metade!
Entre os capítulos 1 e 10, Marcos concentra-se em
narrar os atos de Jesus. As curas eexpulsões de demônios recebem um
destaque especial nesta parte do evangelho. A cura da sogra de Pedro,
de leproso, paralítico, no sábado, da filha de Jairo, da mulher com
fluxo de sangue, de um surdo-mudo, do jovem epiléptico, do cego
Bartimeu. Depois, após sua entrada em Jerusalém, não são narradas
curas. Orientações específicas e objetivas aos seus discípulos,
expulsões de demônios, muitas parábolas e repreensões aos
fariseus, que se apegavam às suas tradições também fazem parte
desta primeira parte de Marcos, caps. 1 ao 10, que narram 3 anos do
ministério de Jesus.
Entre os caps. 11 e 13, a revelação e explicação
clara sobre a natureza de Jesus, sua divindade, sobre o que
aconteceria a Ele e a consequente explicação das responsabilidades
de seus seguidores quanto a isso, sobre a posição que teriam quanto
a esta verdade sobre Jesus. Ele é Rei, é o Filho de Deus, filho do
homem, é o que tem autoridade para purificar o templo, e é o que
voltará para o julgamento final.
Os capítulos 14 e 15 falam da última ceia e a prisão
e morte de Jesus. O capítulo 16 encerra narrando sua ressurreição
e ascensão aos céus, com as orientações de Jesus para todos os
seus discípulos.
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