sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Marcos - a história contada por quem ouviu


O menor em tamanho dos 4 evangelhos, Marcos era um discípulo que não havia conhecido Jesus pessoalmente, portanto não teve a oportunidade de andar com Jesus. Segundo estudos, é muito provável que Marcos foi um companheiro de trabalho de Pedro, um discípulo de Pedro, de quem teria ouvido as narrativas sobre a vida de Jesus. Então, Marcos escreveu daquilo que Pedro lhe contou sobre a vida de Jesus.
Marcos é o único dos 3 evangelhos sinóticos que não narra o nascimento de Jesus. Começa contando sobre o batismo e o ministério de Jesus. “Sinótico” é como chamamos os evangelhos de Marcos, Lucas e Mateus, por serem “similares” entre si. O evangelho de João foge à regra em termos de estilo de escrita.
Mas Marcos é um evangelho muito interessante, pois é escrito por alguém que conheceu a história da vida de Jesus através de um de seus discípulos e a registrou no seu evangelho, a fim de que todos pudessem conhecer essa história. Seria como se eu ou você, ouvindo a narrativa da história da vida de Jesus, resolvêssemos escrevê-la para registrar. Assim como eu ou você, Marcos ouviu de Jesus e quis contar para outros sobre Ele.
Por esse motivo, seu evangelho é muito direto e objetivo. As narrativas de genealogia e do nascimento que Lucas e Mateus contam, Marcos não o faz. Fala rapidamente de João Batista e sem demora já fala do batismo de Jesus (logo no capítulo 1: 9, diferente de Lucas e Mateus, que só tratam do batismo no cap. 3). Logo após, Marcos já começa falando dos milagres e das pregações de Jesus. Se olharmos Mateus, por exemplo, após falar sobre nascimento, batismo, tentação no deserto nos 4 primeiros capítulos, ainda tem mais 3 (do 5 ao 7) para falar da pregação do Sermão do Monte. Só no Capítulo 8 que Mateus mostra Jesus curando. Marcos dá prioridade para narrar logo estas atividades práticas de Jesus. Resume, por exemplo, o batismo e tentação de Jesus em 5 versículos. Todo preparo teórico para entender o ministério de Jesus é bem resumido por Marcos. Por isso mesmo, é um evangelho ideal para quem começa a ler a Bíblia ou querer entender sobre as atitudes de Jesus.
As parábolas, curas, ensinos e pregações, os milagres, as orientações aos discípúlos, a escolha dos 12 apóstolos e outros eventos ocorrem, em Marcos, misturados uns aos outros, porque este evangelho é o mais próximo de uma ordem cronológica dos acontecimentos. Diferente de Mateus, que escreve por temas, de João, que apresenta Jesus sob a perspectiva de sua natureza, diferente até de Lucas que, como pesquisador, quis narrar detalhes da vida de Jesus, Marcos vai narrando os acontecimentos conforme se seguem. Ele quer contar a história.
Como os outros evangelhos, a maior parte de seu texto é dedicada à última semana de vida de Jesus, e também sua morte e ressurreição. Já no capítulo 11 apresenta Jesus entrando em Jerusalém, que é o evento que antecede sua morte e ressurreição, que ocorre no domingo, sendo que na sexta-feira seguinte Ele é crucificado e no domingo (apenas 7 dias depois de entrar em Jerusalém, aclamado como Rei), Jesus já ressuscita. Este curto espaço de eventos (apenas 1 semana), ocupa os capítulos 11 a 16 de Marcos, equivalente a 44% do conteúdo de Marcos, quase metade!
Entre os capítulos 1 e 10, Marcos concentra-se em narrar os atos de Jesus. As curas eexpulsões de demônios recebem um destaque especial nesta parte do evangelho. A cura da sogra de Pedro, de leproso, paralítico, no sábado, da filha de Jairo, da mulher com fluxo de sangue, de um surdo-mudo, do jovem epiléptico, do cego Bartimeu. Depois, após sua entrada em Jerusalém, não são narradas curas. Orientações específicas e objetivas aos seus discípulos, expulsões de demônios, muitas parábolas e repreensões aos fariseus, que se apegavam às suas tradições também fazem parte desta primeira parte de Marcos, caps. 1 ao 10, que narram 3 anos do ministério de Jesus.
Entre os caps. 11 e 13, a revelação e explicação clara sobre a natureza de Jesus, sua divindade, sobre o que aconteceria a Ele e a consequente explicação das responsabilidades de seus seguidores quanto a isso, sobre a posição que teriam quanto a esta verdade sobre Jesus. Ele é Rei, é o Filho de Deus, filho do homem, é o que tem autoridade para purificar o templo, e é o que voltará para o julgamento final.
Os capítulos 14 e 15 falam da última ceia e a prisão e morte de Jesus. O capítulo 16 encerra narrando sua ressurreição e ascensão aos céus, com as orientações de Jesus para todos os seus discípulos.



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