segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Jeremias – A última chance


Jeremias é o profeta da última chance. Quando o povo de Israel caiu e permaneceu em pecado, Deus enviou profetas advertindo o povo que deveriam se arrepender e abandonar o pecado a fim de não receberem em suas vidas o justo castigo que estava sendo anunciado.

Durante muito tempo o aviso foi dado. Israel, o Reino do norte, havia sido levado cativo pelos assírios cerca de 1 século e meio antes. O castigo dado ao Reino do Norte, que deveria fazer com que o Reino de Judá, ao sul, se arrependesse e mudasse de atitude, serviu apenas para atiçar a arrogância de Judá. Eles se achavam superiores e que Deus os livraria dos inimigos, como fez no passado, apenas porque eram o povo escolhido de Deus, mesmo que suas vidas não refletisse isso e estivessem vivendo em pecado.

O fato de seu “irmão”, Israel, ao norte ter sofrido o castigo, ao invés de impor temor e arrependimento, fez com que o povo de Deus do Reino de Judá se julgasse superior e merecedor de melhor tratamento da parte de Deus, ainda que sua vida não fosse muito melhor que a de seu irmão, Israel.

Após muitas advertências, quando o inimigo já estava às portas, surge Jeremias para avisar que eles precisavam se arrepender urgentemente porque o juízo estava chegando rápido. A maioria dos profetas que avisaram antes morreram e nada aconteceu. Muitos judeus acreditavam que o mesmo aconteceria, que aqueles profetas eram um tanto alarmistas e fecharam os ouvidos para a advertência do profeta Jeremias, que prevenia o povo sobre um terrível castigo, preferindo acreditar nos falsos profetas que insistiam em dizer que Judá seria, como dantes, protegido por Deus e que o Senhor não permitiria que passassem por tal provação.

Julgavam-se superiores, especiais, eleitos por Deus, independente de suas vidas.

Mas Jeremias profetizou em vida até que Nabucodonosor invadiu Judá e levou cativos os judeus. Jeremias é o profeta da última chance porque foi o último aviso de Deus antes de executar seu juízo. Jeremias mesmo presenciou a invasão e a guerra e sofreu com o castigo que seu povo estava sofrendo.

Enquanto ele profetizava, a invasão ocorreu.

Ou seja, não foi um profeta que veio, falou e morreu antes de acontecer. Foi o profeta dos dias do juízo, a última chance que o povo estava recebendo, a fim de livrar-se de tão duro julgamento.

O livro de Jeremias narra tanto o clamor por arrependimento, as advertências pelo pecado quando a surpresa do profeta ao ver quando Deus cumpria seu desígnio.

No livro de Jeremias, podemos encontrar um rei que rasgou a Palavra de Deus, por desprezá-la e sofreu com isso. Vemos um profeta sofredor que vivia, junto com seu povo, o juízo de Deus, apesar de ser especial e particularmente protegido por Deus. Neste livro podemos ver um Deus que orienta o profeta a não orar mais pelo povo, intercedendo por ele, porque não mais seria ouvido, porque Deus já havia decretado sua ação.

Podemos considerar Jeremias como um tipo dos profetas do fim dos tempos que, apesar de avisar, não são ouvidos e seu povo, como o povo que está fechando os ouvidos para as advertências e irá receber, em suas vidas, as consequências do pecado e do não arrependimento.

O livro do profeta Jeremias tanto mostra a misericórdia de um Deus que até o último momento chama o seu povo, a fim de que ele venha a se livrar do juízo, mas também deixa claro que, quando este mesmo povo nega-se ao arrependimento, o juízo vem, é certo e justo.


Lucas Durigon




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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Lamentações de Jeremias – As consequências do pecado


Após o seu povo ter sido levado para o exílio, o profeta Jeremias se lamentou e chorou pelo que estava acontecendo ao seu povo. Ficou consumido pela tristeza ao ver que seu povo, ao não se arrepender, respondia a Deus pelos seus pecados.

O livro de Lamentações foi escrito pelo profeta Jeremias após seu povo ter sido levado ao cativeiro. Já o seu livro profético foi escrito basicamente antes do cativeiro, como um último aviso de Deus para o povo, a fim de que se arrependesse.

Quando Jeremias escreveu suas lamentações, estava estupefato. Ele quase não acreditou no que via e se comoveu com as consequências que sofria seu povo, por ter virado as costas pra Deus. Narrou as dificuldades que seu povo sofria, em virtude do seu pecado, e lamentou que as coisas tivessem chegado a esse ponto, porque Jeremias sabia que aquilo tudo poderia ter sido evitado, se o povo tivesse dado ouvidos a Deus no tempo certo.

O livro de Lamentações é escrito em estilo poético. Com seus 5 capítulos, os versículos neste livro, a exemplo do Salmos 119, iniciam cada um com uma das 22 letras do alfabeto hebraico. Na verdade, o capítulo 3 tem 3 versículos para cada letra, mas os outros capítulos tem 1 versículo para cada letra do alfabeto hebraico. Quando se traduz para o português, não dá pra perceber muito, mas tente imaginar as estrofes de um poema, começando cada uma com uma letra do seu alfabeto, em ordem. Assim, a primeira estrofe começa com “a”, a próxima com “b” e assim por diante.

O livro de Lamentações traz alguns tesouros para nós, como por exemplo o versículo que diz “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim.” (3: 22), ou ainda “De que sei queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” (3: 39). Jesus também usou seus versículos como citação em seus ensinos. Por exemplo: “Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. Porque o Senhor não rejeitará para sempre.” (3: 30-31) quando falou sobre darmos a outra face. Ou ainda quando na cruz clamou “está consumado”, citando Lamentações 4: 22: “O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de sião; ele nunca mais te levará para o cativeiro; ele visitará a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.”, de onde entendemos que quando Jesus disse “está consumado” na cruz, referia-se ao número de afrontas e castigos que Ele mesmo sofrera, a fim de perdoar os pecados da humanidade.

Este livro é muito importante porque mostra o depois, as consequências, o que acontece quando não se dá ouvidos às repreensões e advertências do Senhor com relação ao pecado. Mostra que, mesmo que houvesse uma segurança por parte do povo que não haveria um castigo por causa do pecado, ele veio. E Lamentações mostra como e com que intensidade chegou esta consequência na vida daqueles que foram atingidos pela ira do Senhor. É um exemplo e uma advertência a nível pessoal para cada pessoa, a fim de que venhamos a considerar tanto a bondade, quanto a severidade de Deus (Romanos 11: 22).

O juízo cumprido por parte de Deus ao seu povo e que foi descrito em Lamentações é motivo de temor e de reflexão, para entendermos o quão grande é o juízo de Deus e a consequência do pecado.

Ainda assim, é um livro repleto também de esperança e de saber que a severidade de Deus não dura para sempre, que seu castigo tem um fim, que a restauração também virá após o tempo do castigo. Mas muito melhor seria se as pessoas considerassem também Jeremias e entendessem que melhor é prevenir, melhor é aceitar a correção e admoestação enquanto se está no caminho, que buscassem ao Senhor enquanto há tempo. Porque, quando o juízo chega, então não há mais tempo para arrependimento, apenas para viver as consequências e aguardar, com paciência, o seu fim.

É melhor dar ouvidos para o livro do profeta Jeremias, a fim de não sofrer as consequências das Lamentações de Jeremias.

Lucas Durigon




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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Ser cristão é ser Coerente

 

Uma das características indispensáveis para poder identificar um verdadeiro cristão é ver se na vida dele há coerência. Foi inclusive essa característica que Jesus disse que deveríamos usar para diferenciar um verdadeiro cristão de um falso cristão ou falso profeta.

Ser coerente é viver o que se prega. É dar frutos conforme a espécie da semente. É ter uma atitude de acordo com as palavras e vice versa. Jesus falou disso de várias formas.

Disse por exemplo que deveríamos saber se uma pessoa é realmente aquilo que diz que é olhando os frutos de sua vida, ou seja, sua conduta na prática.

Mateus 7: 15-20 “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.

Mesmo nosso falar deve condizer com o nosso agir. Mas o agir fala mais alto que o apenas falar. Então vale mais a atitude, mas é importante que condiga com o falar.

Mateus 21: 28-31a “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo.

Não podemos ser contraditórios no que dizemos. Não podemos viver dizendo uma coisa e fazendo outra, ou dizendo coisas contraditórias, cada vez uma coisa.

Tiago 3: 8-12 “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. 9 Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. 10 De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. 11 Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? 12 Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.

Por isso, quando dizemos sim, devemos realmente dizer “sim”. E quando dizemos não, devemos realmente dizer não. Mateus 5: 37 “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.

Manter nossa palavra firme, sem contradições e nossas atitudes condizentes com nossa palavra, faz parte de uma conduta verdadeiramente cristã. Mesmo que isso nos cause problemas e prejuízos. Salmos 15: 1, 4b “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? (…) aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda.

Lucas Durigon



Leia o artigo de introdução, também. 

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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Ser Cristão é imitar a Jesus até as últimas consequências

 Jesus viveu em obediência a Deus, o Pai, durante seu ministério terreno e seguiu todas as determinações estabelecidas na lei. Sua vida foi exemplo de amor. E o melhor que temos a fazer é imitar seu modo de viver em todos os aspectos. Em Jesus, sua conduta chegou a fazer os judeus o levarem para a morte. Pode ser que seguir seus exemplos até o extremo nos tragam algumas consequências. Alguns discípulos foram presos por pregarem a palavra de Deus.

Marcos 14: 36 “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.

Jesus nos mostrou como é viver a vida na dependência total de Deus. Como homem, fez assim para nos dar o exemplo. Se queremos ser chamados de cristãos, temos de seguir o exemplo de vida de Cristo, o Messias. Aliás, os primeiros discípulos que receberam o nome de cristãos, na cidade de Antioquia, foram assim chamados por serem, em sua conduta, parecidos com Cristo.

Atos 11: 26 “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.

Paulo viveu tanto até as últimas consequências a vida de Cristo que uma vez disse que nem era mais ele que vivia, mas na verdade, Jesus estava vivendo nele. Sua vida agora era totalmente de Deus.

Gálatas 2: 20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.

Quando eu digo que vivo minha vida na fé do Filho de Deus, isso pode significar também que eu vivo minha vida nas pegadas do Filho de Deus ou, seguindo o exemplo de vida do Filho de Deus.

Um verdadeiro Cristão, para ser digno de ser chamado assim, precisa imitar a Cristo. Jesus não obriga ninguém a imitá-lo ou segui-lo. Apenas diz que, se assim queremos fazer, se queremos seguir a Ele, devemos viver nossa vida de acordo com a vida dele. Em outras palavras, negar a nós mesmos para seguir a Ele.

Mateus 16:24 “Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;

Jesus não disse que éramos obrigados a segui-lo. Mas disse que “se” quiséssemos fazer assim, então deveríamos renunciar a nós mesmos. Negar nossa própria vida para viver a vida do Filho de Deus. Deixar Cristo viver em nós.

Quem quer imitar a Cristo até o fim?

Lucas Durigon



Leia o artigo de introdução, também. 

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