O livro de Ester e o de Rute são os únicos 2 livros da
Bíblia que recebem o nome de uma mulher. Rute, bisavó do Rei Davi.
Aqui, Ester é esposa do Rei Assuero, também chamado de Xerxes ou
Artaxerxes, rei da Pérsia. O livro conta como o povo judeu recebeu
livramento de um extermínio coletivo. Mas o livro começa contando
como Ester chegou a ser rainha.
Primeiro, o Rei Assuero (Xerxes) era casado com Vasti.
Num evento tipo “palácio de portas abertas”, o Rei decidiu expor
a grandeza de seu palácio por 6 meses para convidados. Ao final
deste período, fez um banquete de 7 dias e mandou chamar a rainha
Vasti para mostrá-la (e sua beleza) aos homens importantes do lugar.
Como ela decidiu não comparecer, negando o pedido do rei, o mesmo
decidiu mandá-la embora e procurar outra rainha.
Nesta busca, mandou chamar todas as moças virgens de
seu reino e, entre elas, estava Hadassa, que se chama Ester, criada
pelo seu primo mais velho Mardoqueu, que trabalhava no palácio do
Rei, ambos judeus. Ester então apresentou-se como candidata ao Rei e
foi escolhida, pois era muito bonita e havia agradado ao Rei.
Neste momento, Ester, uma judia, torna-se rainha da
Pérsia, que era o império que havia tomado o Reino da Babilônia,
das mãos dos descendentes de Nabucodonosor. O povo judeu ainda vivia
em parte nesta terra para a qual tinha sido levado na época que
Nabucodonosor os levaram cativos (na época de Daniel e Jeremias).
Parte do povo já havia voltado para sua terra de Jerusalém, com a
autorização dos Reis Dario e Ciro, também do Reino Medo-Persa, que
antecederam Xerxes. Ou seja, Os judeus foram levados pelos
babilônicos e viveram na babilônia e em todo seu reino por anos. A
Babilônia, por sua vez, foi vencida pelos medo-persas, mas os judeus
continuaram ali, até que Ciro iniciou a autorização para que os
judeus voltassem a Jerusalém, sob pedido do profeta Daniel. Xerxes,
o que estava se casando com Ester, era o terceiro rei deste novo
reino medo-persa, depois de Dario e Ciro. E agora que Daniel já
estava morto, Deus provê uma rainha para se casar com o Rei Xerxes.
Neste tempo, Mardoqueu, o primo de Ester que a havia
criado, descobre um complô contra o Rei Xerxes, denuncia o mesmo e
salva a vida do rei, o que fica registrado num livro. Havia no
palácio do Rei um governador, de nome Hamã, não judeu, que gostava
de ser reverenciado e exaltado, para o qual o Rei Xerxes havia
ordenado que todos deveriam se inclinar. Como Mardoqueu, judeu e fiel
a Deus havia se recusado a se inclinar perante Hamã, este passou a
ter ódio de Mardoqueu e, por extensão, teve ódio de todo o povo
judeu, contra o qual intentou um extermínio coletivo, induzindo o
rei a promulgar uma lei dizendo que no dia 13 do mês de adar (último
mês do ano), todos os judeus deveriam ser mortos, em todas as
províncias do Reino Persa, sob a autoridade do Rei Xerxes. O rei
promulgou esta lei, influenciado por Hamã e esta lei chegou ao
conhecimento de Mardoqueu.
O mesmo pede então para que Ester, esposa do rei, clame
pelo seu povo judeu, dizendo que talvez tenha sido este o motivo de
ela ter alcançado o posto de rainha. Ester pede para que todos ali
do seu povo façam um jejum. Neste meio tempo, o Rei, numa noite de
insônia lembra que Mardoqueu havia salvado sua vida e nada havia
sido dado a ele em recompensa. Pergunta o rei a Hamã (o que odeia
Mardoqueu) qual o prêmio deveria receber alguém que agradou o rei,
sem dizer quem era. Mardoqueu é honrado pelo rei, o que deixa Hamã
mais furioso ainda. Ester então se apresenta ao Rei Assuero e pede
para oferecer um banquete a ele e Hamã junto. 2 vezes. Então ela
clama pela própria vida e de seu povo, dizendo ser judia e alvo do
ódio de Hamã, que planejou a morte de todos os judeus.
O Rei Assuero manda matar Hamã, e envia cartas aos
judeus em todas as províncias, orientando-os a se defenderem, porque
a matança dos judeus estava programada para um determinado dia. Os
judeus conseguem sobreviver, matam seus algozes com a autorização
do Rei da Pérsia e, a partir daí, passam a comemorar a festa do
Purim, que até hoje é comemorada, para relembrar esse livramento,
semelhante ao livramento da escravidão do Egito, quando comemoram a
festa da Páscoa.
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