sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ester - O Livramento do povo judeu


O livro de Ester e o de Rute são os únicos 2 livros da Bíblia que recebem o nome de uma mulher. Rute, bisavó do Rei Davi. Aqui, Ester é esposa do Rei Assuero, também chamado de Xerxes ou Artaxerxes, rei da Pérsia. O livro conta como o povo judeu recebeu livramento de um extermínio coletivo. Mas o livro começa contando como Ester chegou a ser rainha.
Primeiro, o Rei Assuero (Xerxes) era casado com Vasti. Num evento tipo “palácio de portas abertas”, o Rei decidiu expor a grandeza de seu palácio por 6 meses para convidados. Ao final deste período, fez um banquete de 7 dias e mandou chamar a rainha Vasti para mostrá-la (e sua beleza) aos homens importantes do lugar. Como ela decidiu não comparecer, negando o pedido do rei, o mesmo decidiu mandá-la embora e procurar outra rainha.
Nesta busca, mandou chamar todas as moças virgens de seu reino e, entre elas, estava Hadassa, que se chama Ester, criada pelo seu primo mais velho Mardoqueu, que trabalhava no palácio do Rei, ambos judeus. Ester então apresentou-se como candidata ao Rei e foi escolhida, pois era muito bonita e havia agradado ao Rei.
Neste momento, Ester, uma judia, torna-se rainha da Pérsia, que era o império que havia tomado o Reino da Babilônia, das mãos dos descendentes de Nabucodonosor. O povo judeu ainda vivia em parte nesta terra para a qual tinha sido levado na época que Nabucodonosor os levaram cativos (na época de Daniel e Jeremias). Parte do povo já havia voltado para sua terra de Jerusalém, com a autorização dos Reis Dario e Ciro, também do Reino Medo-Persa, que antecederam Xerxes. Ou seja, Os judeus foram levados pelos babilônicos e viveram na babilônia e em todo seu reino por anos. A Babilônia, por sua vez, foi vencida pelos medo-persas, mas os judeus continuaram ali, até que Ciro iniciou a autorização para que os judeus voltassem a Jerusalém, sob pedido do profeta Daniel. Xerxes, o que estava se casando com Ester, era o terceiro rei deste novo reino medo-persa, depois de Dario e Ciro. E agora que Daniel já estava morto, Deus provê uma rainha para se casar com o Rei Xerxes.
Neste tempo, Mardoqueu, o primo de Ester que a havia criado, descobre um complô contra o Rei Xerxes, denuncia o mesmo e salva a vida do rei, o que fica registrado num livro. Havia no palácio do Rei um governador, de nome Hamã, não judeu, que gostava de ser reverenciado e exaltado, para o qual o Rei Xerxes havia ordenado que todos deveriam se inclinar. Como Mardoqueu, judeu e fiel a Deus havia se recusado a se inclinar perante Hamã, este passou a ter ódio de Mardoqueu e, por extensão, teve ódio de todo o povo judeu, contra o qual intentou um extermínio coletivo, induzindo o rei a promulgar uma lei dizendo que no dia 13 do mês de adar (último mês do ano), todos os judeus deveriam ser mortos, em todas as províncias do Reino Persa, sob a autoridade do Rei Xerxes. O rei promulgou esta lei, influenciado por Hamã e esta lei chegou ao conhecimento de Mardoqueu.
O mesmo pede então para que Ester, esposa do rei, clame pelo seu povo judeu, dizendo que talvez tenha sido este o motivo de ela ter alcançado o posto de rainha. Ester pede para que todos ali do seu povo façam um jejum. Neste meio tempo, o Rei, numa noite de insônia lembra que Mardoqueu havia salvado sua vida e nada havia sido dado a ele em recompensa. Pergunta o rei a Hamã (o que odeia Mardoqueu) qual o prêmio deveria receber alguém que agradou o rei, sem dizer quem era. Mardoqueu é honrado pelo rei, o que deixa Hamã mais furioso ainda. Ester então se apresenta ao Rei Assuero e pede para oferecer um banquete a ele e Hamã junto. 2 vezes. Então ela clama pela própria vida e de seu povo, dizendo ser judia e alvo do ódio de Hamã, que planejou a morte de todos os judeus.
O Rei Assuero manda matar Hamã, e envia cartas aos judeus em todas as províncias, orientando-os a se defenderem, porque a matança dos judeus estava programada para um determinado dia. Os judeus conseguem sobreviver, matam seus algozes com a autorização do Rei da Pérsia e, a partir daí, passam a comemorar a festa do Purim, que até hoje é comemorada, para relembrar esse livramento, semelhante ao livramento da escravidão do Egito, quando comemoram a festa da Páscoa.


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