sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Juízes - a falta que faz uma liderança obediente a Deus


O livro de Juízes conta a história do povo de Israel num período meio indefinido. Logo após a morte de Moisés e Josué, não mais tiveram um líder como eles. Juízes conta a história neste período, depois da morte deles e antes de aparecerem os reis de Israel. Samuel, que ungiu Saul e Davi como reis, foi o último dos juízes de Israel, fechando este período.
Aliás, se pensarmos na história do povo de Israel por blocos, temos a era dos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, que desce ao Egito com seus 12 filhos e lá ficam por aproximadamente 400 anos. Depois temos a libertação do povo e o estabelecimento deles de volta na terra prometida, com Moisés e Josué. Logo em seguida, vem esta fase dos Juízes, seguida pela monarquia, com o estabelecimento do Reino, tendo uma fase unificada e outra em que o próprio Israel se dividiu em 2 (tribos do Norte, chamadas de Israel e tribos do Sul, chamadas de Judá). Mas durante a monarquia, como castigo pelos pecados do povo, Deus os entregou aos inimigos e foram levados cativos. Logo após este período, voltaram à sua terra, para a reconstruírem e esperarem pelo Messias, que veio depois do período chamado interbíblico.
Mas voltando ao livro de Juízes especificamente, depois do povo de Israel morar na terra prometida, passou a enfrentar lutas e problemas com alguns inimigos ao redor, principalmente porque durante as conquistas, não foi totalmente obediente a Deus, e também deixou de eliminar alguns povos que ali viviam, os quais lhes trouxeram problemas depois.
Neste período de Juízes, embora o povo não tivesse um líder único e centralizador, como haviam sido Moisés e Josué, e como viriam a ser os reis, principalmente Davi e Salomão, tinham alguns líderes que se levantavam temporariamente para orientar o povo a fazer a vontade de Deus e livrá-los dos perigos que os inimigos traziam. Estes juízes tinham basicamente 2 tarefas: julgar o povo de Israel em suas diferenças entre si e liderar o mesmo em suas guerras contra outros povos estrangeiros, inimigos.
É neste período que podemos ver a história de Gideão, Sansão, Jefté, Débora e Baraque …
Basicamente, o livro de Juízes segue um ciclo onde o povo se afasta de Deus, comete pecados e sofre por este afastamento, perdendo a proteção de Deus e sendo maltratado pelos inimigos. Então o povo clama e pede a ajuda de Deus, se arrepende e Deus envia um libertador (um juiz) que os lidera numa luta ou os livra sozinho mesmo (como Sansão). Então há paz por um tempo, até que o povo volte a pecar, se afaste de Deus novamente, sofra com os inimigos etc., e todo este ciclo se repete várias vezes neste livro. De certa forma, é um sinal para cada pessoa, mostrando que se nos afastamos de Deus através do pecado, perdemos sua proteção e somos subjugados. Mas Deus retorna em nosso socorro quando nos arrependemos e nos voltamos a Ele. Porém, esta narrativa é também uma advertência, porque diz nas entrelinhas que o ideal seria que nunca nos afastássemos de Deus, mas que nos mantivéssemos sempre na sua presença para recebermos suas bênçãos e proteção. O livro de juízes deixa muito claro que o afastamento de Deus tem consequências sérias.
Logo no cap. 1, é mostrado um resumo dos habitantes inimigos que não foram expulsos da terra, com os quais o povo de Israel conviveu e que trouxeram problemas mais tarde. E no cap. 2, o Senhor deixa claro que a presença destes povos inimigos junto deles lhes trariam laço e problema. E o próprio Senhor os abandonaria à própria sorte, por não terem obedecido à Sua voz! E não tiraria dali estas nações, porque o povo se permitiu conviver com eles e seus deuses.
No capítulo 3 de Juízes, começa o ciclo em que aparece o povo de Israel sofrendo debaixo de algum povo inimigo e o envio de um juiz para os libertar. Neste capítulo, aparecem Otniel, Eúde e Sangar para ajudar Israel. Os versículos que iniciam o cap. 4, que ocorre logo após o povo ser liberto do inimigo por algum juiz, é repetido por todo o livro de Juízes: “Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos ohos do Senhor, depois de falecer Eúde. E vendeu-os o Senhor na mão de … então os filhos de Israel claramam ao Senhor, … e por vinte anos oprimia violentamente os filhos de Israel”. Neste caso, sós este verso, o Senhor enviou Débora e Baraque, os quais libertaram Israel. Mas depois disso, logo o povo de Israel pecava novamente (cap. 6), se afastava de Deus, O qual os entregava ao inimigo de novo. Então clamavam, pediam ajuda e Deus enviava ajudadores.
Este ciclo se repete por todo o livro. E é o espelho da vida pessoal de muitos cristãos.
Nos caps. 7 e 8 temos a famosa história de Gideão, um dos juízes que libertou Israel. No cap. 9, o filho de Gideão, Abimeleque, toma o poder à força, por interesse, matando seus 70 irmãos. Mas a história mostra que ele, que não era um homem de caráter, tomou o poder à força porque Gideão e seus outros filhos negaram-se a reinar sobre Israel sob a mão de Deus.
Depois Jair, Jefté, Ibzã, Elom e Abdom livram e tornam-se juízes sobre Israel.
Entre os capítulos 13 a 16 temos a conhecida história de Sansão.
E depois, alguns eventos dramáticos nesta fase da história do povo de Israel. A Tribo de Dã quase foi dizimada de entre Israel, por causa da vingança de um crime cometido. Um homem de Israel investe seu dinheiro para fazer a imagem de um ídolo e contratar um sacerdote para lhe atender particularmente. Muitos erros eram cometidos, com graves consequências pela falta de líderes que conduzissem o povo.
Outra frase que se repete no livro de Juízes é: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”.

Lucas Durigon




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